Surrey e Ministério



- Tudo bem então garotos, o Moody já analisou, e a maioria dos comensais estão escondidos nas casas a nossa frente. Creio eu que vocês já pensaram em nossa retaguarda, então vocês serão responsáveis por ela, e após segura poderão se juntar a nós. Mas lembrem-se, caso vocês se envolvam com isso, às vezes não poderemos lhes ajudar, portanto é necessário que fiquem juntos. Confio em vocês e sei que não irão nos decepcionar. - finalizou um Lupin muito mais rígido e controlado que o normal. – Fiquem a postos, assim que o relógio marcar 00h00min o feitiço invocado por Dumbledore perderá sua força e sairemos ao jardim.


Capítulo 2 - Surrey e Ministério


MINERVSA REPENTINAMENTE DESCEU AS ESCADAS, ninguém havia notado sua falta entre os membros da Ordem. Ao chegar à sala pronunciou severamente a Harry:

-Harry como você pôde esquecer seus tios presos no próprio quarto? Eu os destranquei mas avisei a eles que não devem deixar essa casa, e também não bisbilhotar nas janelas para não correrem o risco de serem atingidos por feitiços. Confesso que se eu não tivesse tanta experiência com alunos teria os deixado lá trancados. Francamente, como são mal educados seus tios. – finalizou a professora em seu tom severo e único, não dando chances do garoto sequer pensar em responder.

O nervosismo instaurado havia tomando conta de todos. Tonks apoiou uma de suas mãos no ombro de Harry como sinal de apoio. O garoto apenas olhava para a porta, e desviava o olhar para Gina, que estava a seu lado, segurando sua Firebolt. Mione já estava pronta para saltar e cobrir-se com a capa, e Ron sussurrava algo inaudível para Harry ou qualquer ser humano comum.

Ao som do relógio na parede frontal da sala, o relógio marcaria 00h00min, em 20 segundos e Harry fez a única coisa que não deveria fazer, ou talvez a única cabível no momento. Virou-se para Gina, beijou-lhe os lábios suavemente e disse:

- Por Merlim Gina, não se exponha, eu não suportaria... Eu morreria. – mas foi calado pelo tilintar do relógio apontando que Harry enfim completara 17 anos. Não mais era um menino, e sim um homem formado, decidido e destinado a enfrentar o maior bruxo das trevas de todos os tempos, e por um momento, com todas aquelas pessoas em sua volta, arriscando suas vidas para lutar por uma causa e também protegê-lo, ele sentiu que poderia haver esperança.

Um turbilhão púrpuro rodeava a casa, e involuntariamente todos se dirigiram ao jardim. Era um espetáculo de cores que desencadeava no céu, era possível pressentir o quão forte aquela mágica era pois causava um arrepio involuntário perpassando o corpo dos presentes inúmera vezes se esvaindo da casa dos Dursley, que outrora fora o lar do bruxo que viria a se tornar uma lenda viva. Harry focalizou Gina e Ron posicionados para cobrir a parte lateral e traseira da casa, e instintivamente, não saberia dizer como, Hermione estava parada a um ponto tangente aos dois. O espetáculo foi cessando ainda causando o espanto dos presentes, e Harry nunca havia presenciado algo assim, nem mesmo em seu quinto ano, quando os gêmeos deram aquele pequeno presente a Dolores Umbridge, e o que viria a seguir não era uma visão agradável.

O “campo de batalha” a frente nada mais era que um jardim bem cuidado grudado a casa, uma árvore sombreava a casa, se impondo sobre os postes de energia elétrica, um espaço amplo até a calçada e o restante uma rua comum. A casa dos Dursley possuía um grande quintal nos fundos e era bem larga, portanto o corredor que ladeava até a parte traseira da casa era relativamente comprido.

Lúcio Malfoy, ladeado por Goyle e Mcnair adentravam a visão dos membros da Ordem, sendo seguidos por 15 Comensais da Morte. Harry sem pestanejar puxou a varinha com a menção de atacá-los, porém foi contido por Lupin que estava a seu lado. Moody adiantou-se aos demais seguido por Hagrid, que estava com as faces contraídas e exalava o único sentimento que todos ali sentiam, mas sabiam dosar e controlar, um ódio sem igual que concedia ao meio-gigante uma aparência de assustar até mesmo um rabo-córneo, então Moody pronunciou:

- Vocês não são bem-vindos aqui Comensais, retirem-se e não haverá conflito. – disse com a varinha em punho e o semblante assustadoramente franzido. Harry jurou que poderia correr só com aquele olhar que o ex-auror lançava aos comensais. Um segundo após as palavras todos os combatentes tinham as varinhas em punho, porém Malfoy se adiantou e acenou brevemente a seus comensais.

- Me entregue o garoto Moody, e a localização de meu filho, que nada mais acontecerá a vocês. Ninguém precisa sair ferido, esse combate está perdido para vocês. Apenas façam o que eu mando e serei misericordioso, algo que o Lord das Trevas nunca concederia a vocês. – completou com uma estranha inquietação na voz.

O cérebro de Harry trabalhava a mil, tentando entender o porquê de Draco e Snape não terem se reunido aos comensais da morte. Captou a sua esquerda Rony e Gina avançando lentamente para visualizarem um corredor vertical e escuro, iluminado apenas por alguns lustres belíssimos, mas que estavam apagados, devido a magia que fizera toda a energia elétrica da rua se extinguir, que levava até o fundo da casa dos Dursley, a fim de ganhar vantagem quando o combate começasse. Subitamente, Harry vendo o silêncio que pairava no ar decidiu por fim finalizar aquela conversa que todos sabiam onde terminaria.


- Se me quer, e quer seu filho vivo Malfoy, venha me pegar. Assim como você tentou no ministério, falhará novamente em nossas mãos. – acrescentou Harry com as mãos suando e o semblante franzido devido à preocupação com a mentira que acabara de contar. Lucio estava atônito e os membros da Ordem pareciam saber que Harry estava blefando pois não esboçaram nenhuma reação. Por fim o silêncio foi quebrado por Malfoy que aparatou atrás dos comensais e gritou:

- Matem a todos. – foi a última palavra que Harry conseguiu ouvir antes que uma chuva de feitiços começasse a esvoaçar por todos os lados. Ao último olhar antes de iniciar o combate, pôde ver Gina perdendo-se pela parede lateral da casa, e avistou uma cena um tanto curiosa ao olhar ao redor dele. Os Dursley estavam encolhidos na janela do quarto de Harry assistindo a feroz batalha que estava sendo iniciada. Sem perder nem mais um segundo Harry localizou um comensal da morte e sem perder tempo bradou:

- Estupefaça!, e sorriu ao ver que acertara o alvo. O que viu a seguir foi um sujeito escapando ao combate e rumando as costas de seus amigos, que ele rapidamente reconheceu como Mcnair, o carrasco de Bicuço. Harry instantaneamente se livrou de um feitiço lançado em sua direção e disparou atrás de Mcnair, quando o viu lançar um feitiço em direção a Gina, que sobrevoava o fundo da casa dos Dursley. Sua raiva aumentou de uma maneira que ele não pensou duas vezes e bradara:

- Crucio! - mas o feitiço explodiu na parede e não acertou o comensal que desatava a correr. Sem alternativa correu em seu encalço, rezando para que Gina estivesse bem.







Gina levantou vôo em meio ao início do combate sendo seguido por Rony e provavelmente por Hermione. Não sabia ao certo onde procurar, então rapidamente guinou a vassoura ao alto para ter uma visão periférica melhor da região. A batalha se tornava feroz e o vento gelado faziam percorrer um estranho arrepio gélido em suas costas. Percorrendo o perímetro, o que ela mais temia aconteceu. A alguns metros abaixo, um Comensal andava sorrateiro por detrás de uma árvore e encontraria Ron e Mione. Veloz como uma bala desceu ao encontro do comensal com a varinha em punho mas foi atingida na cauda fazendo-a perder o controle e cair da vassoura. Escutou uma voz ao longe, e a queda parecia não ter fim, ela descia lentamente, onde caiu com estrondo quando ficou a 2 metros do chão, caindo aparentemente inconsciente no chão.

-Aresto Momentum! bradara Ron assim que viu sua irmã caindo com um feitiço que ele não viu de onde veio, o que suavizou a queda de Gina, mas foi surpreendido por um raio avermelhado que lhe atingiu a costela. Caiu de mal jeito, com uma falta de ar sobrenatural. O ar escapava de seus pulmões e a consciência estava se esvaindo. – não posso desmaiar agora, pensou Rony. Meus amigos precisam de mim, infelizmente estava sem ação durante algum tempo, mas conseguira ficar consciente, o que era um bom sinal. O comensal investira contra Rony novamente, dessa vez se aproximando com a varinha em punho pronto para liquidá-lo.

- Um traidor do sangue, meu mestre ficará satisfeito que dei cabo de um de vocês. Sua família tem sido um entrave durante alguns anos e iremos eliminar um a um, amantes dos trouxas. – acrescentou o comensal da morte em tom debochado. – Agora é seu fim caro Weasley, fundirei seu cérebro de tanta dor, Cruc... - mas o comensal não conseguira terminar o feitiço, pois foi jogado com uma força descomunal por um jato colorido que fez com que ele voasse e batesse numa porta lateral dos fundos da casa dos Dursley.

Hermione lançou uma azaração tão forte que o comensal não teve tempo algum para reagir, e também contara com os elementos surpresa, a capa da invisibilidade e o feitiço não verbal, que davam ao atacante alguns centésimos de segundo de vantagem sobre seu oponente. Correndo em direção a Rony, a garota não percebeu os dois vultos se aproximando em direção ao fundo da casa, agitou rapidamente a varinha e pronunciou:

- Enervate!, ao mesmo tempo em que acenava e conjurava a varinha do “amigo”. Ainda zonzo com o impacto, levantou-se lentamente e apanhou sua varinha. Hermione espiou por seu ombro para verificar como andava o comensal, mas ele parecia desacordado. Por fim falou: - Você quer me matar de susto? Foi muito nobre o que você fez, mas você tem que se concentrar a sua volta quando está no campo de batalha. – acrescentou a garota visivelmente preocupada, que se assustou com o semblante de Rony, que olhava na direção contrária a Mione.

Mcnair adentrou o fundo da casa, e avistou duas pessoas conversando e aparentemente descontraídas, sem ter dúvida de suas ordens, murmurou: - Adeus infelizes, Avada Ked...

O que se sucedeu depois disso foi tão rápido que ninguém soube direito o que aconteceu. Ao presenciar o comensal lançando uma azaração da morte em sua direção, Rony empurrou bruscamente Hermione, que caiu no chão com um baque seco, ao mesmo tempo em que duas vozes bradavam: - SECTUMSEMPRA! e cortes profundos que pareciam feitos por espadas fazia jorrar sangue das costas, peito e rosto de Mcnair. Antes mesmo de esboçar uma reação qualquer que fosse outro som foi ouvido atrás de Ron, que se virou e viu um feitiço sendo desviado por Gina, que pulara para defendê-lo, sem pestanejar a garota agora utilizou um feitiço de especialidade dela, Riddikulus!, e o comensal foi bruscamente atacado pela brilhante azaração de Gina. Hermione automaticamente aplicou uma azaração de Impedimenta ainda ao chão e se levantara pronta para dar combate, mas o comensal estava inconsciente. Ambas conjuraram cordas para prender o comensal e imobilizá-lo.

Rony e Harry caminhavam atônitos em direção ao comensal caído, detectaram para o espanto de ambos, que os feitiços em conjunto havia o ferido de tal maneira, que ele estava morto. Sem reação ou tempo para lamentar o ocorrido Harry gritou: - Vamos logo, ainda temos uma batalha para vencer. – correndo em direção a parte da frente da casa, sendo seguido por Rony, que olhou para constatar se a irmã e amiga estavam bem, Hermione que havia se recuperado do susto e Gina com a expressão séria e preocupada seguiram o caminho para a luta que parecia mais feroz que há alguns minutos.







Ali no átrio do ministério estavam nada menos que praticamente todos os aurores ingleses, auxiliados por um recém reforço de sete aurores irlandeses. O pânico gerado pela suposta presença de Lord Voldemort, ladeado de dezenas de comensais era visível até mesmo em experientes aurores como Smith, Dawlish e Williamson. O ministro recebera a informação da Ordem, que ele era membro honorário, que o ministério seria atacado por Voldemort em pessoa. A principio pensou se tratar de uma brincadeira de mau gosto, porém ao perceber a seriedade do assunto entrou em pânico, como poucas vezes fizera na vida.

Esperando um bruxo terrível, que havia “voltado” do mundo dos mortos, não era uma tarefa fácil, e tampouco as pessoas estavam com uma grande disposição de apreciar tal situação. Porém era necessário, e morreriam lutando se assim fosse necessário, as providências cabíveis foram tomadas pois as lareiras estavam interditadas, feitiços anti-aparatação cercavam o ministério e o átrio fora ampliado para a batalha que poderia ocorrer a qualquer segundo. “Quem quer que fosse, teria que entrar e sair por suas próprias pernas.” – pensava o Ministro que não aceitara esperar em um local seguro, mas o fez porque não saberia se todos teriam forças para ficar ali.

Uma repentina corrente de ar gélido percorria o ambiente, e era recebida com inquietação pelos aurores e presentes. Até mesmo Umbridge, que ficara ao lado do ministro tinha uma expressão temerosa. Repentinamente um barulho fora ouvido e o elevador fora acionado, nos poucos segundos que sucederam tal fato, a balburdia se instalou, as pessoas corriam para seus postos e aguardavam ansiosos, com varinha em punho e um desconforto em regiões diferenciadas a cada um. Uma luz cegante se fez em torno do local onde pararia o elevador e choveram feitiços no local, porém pareciam apenas ricochetear em um aparente escudo invisível aos aurores, juntamente com uma nuvem de poeira negra que impedia a visão de todos.

Após poucos segundos, tudo o que era considerado os piores pesadelos dos presentes, se provou terrivelmente reforçados por uma dose de horror. Voldemort estava parado a frente de diversos comensais da morte, porém ao seu lado estavam Belatriz Lestrange, Amico, Greyback sobre a grotesca forma de lobisomem e ninguém menos que Severo Snape. O ministro se impôs na frente de todos, reunindo a coragem que lhe restava e sentenciou: - Vocês devem se render agora, e todos serão escoltados a uma prisão temporária para aguardar julgamento, e assim ninguém sairá ferido. – completou não acreditando que suas palavras fariam algum efeito.

- Ruffo, vejo que se tornou um comediante e tanto, confesso que estou surpreso com a recepção, conclui que haveria apenas uma guarda nos esperando, mas vocês parecem ter tido tempo para organizar... Hmmm.. Talvez deva chamar isso de exército? – concluiu em um tom debochado, que foi acompanhado pelos comensais que gargalhavam incansavelmente. – Vejo que se tornou confiante, acha mesmo que pode nos derrotar? Salve essas pessoas, você ainda pode. Me entregue o total controle do Ministério da Magia e Hogwarts, o cargo de Ministro Supremo da Inglaterra e ninguém mais sairá machucado... O que você me diz? – concluiu o Lord das Trevas em um tom sombrio que não pode deixar de causar náuseas em Fugde, que estava visivelmente em pânico.

- Se retire agora ou o forçaremos sem mais delongas. – afirmou Umbridge aos berros. – Eu ordeno que saiam seus mestiços imundos, vermes, bastardos que desonram esse governo. – gritava descontroladamente. Porém não houve tempo para uma resposta, pois Voldemort lançou em direção a ela um feitiço estuporante que a lançou do outro lado do átrio. As conversas haviam cessado, e o que se via agora parecia uma réplica do confronto travado na Rua dos Alfeneiros, exceto pela presença do Lord Negro, que fazia o número quatro vezes maior de aurores parecerem diminuídos a igualdade.

Enquanto Tom Riddle duelava com diversos aurores, os derrubando, enquanto outros vinham em seu encalço tomando o lugar dos companheiros na luta, Belatriz encontrara um adversário mais difícil do que ela previra, pois Dawlish se mostrava um grande guerreiro e extremamente poderoso também. O duelo entre os dois parecia um show a parte, feitiços esvoaçavam por todos os lados, e ao longe, em um canto estava parado Severo Snape, que apenas lançava ao longe aqueles que tentavam se aproximar do ex-professor de Hogwarts. Greyback parecia visivelmente em um paraíso, atacando a torto e a direita, qualquer um que entrasse em seu caminho.

Belatriz completamente fora de si levou aquilo como um desafio a sua pessoa, e passou a atacar com o máximo de empenho possível, para assim logo derrotar Dawlish, mas este parecia completamente controlado e não demonstrando sinais de fraqueza. Em um determinado instante, eles se acharam duelando perto da fonte, que se localizava no centro do átrio, e Dawlish em um rápido movimento contornou a estátua do elfo para não ser atingido por um feitiço, que explodiu com o raio esvoaçante verde de Bella, e mentalizou a primeira coisa que veio em sua cabeça: Diffindo!, Bella por ter achado que o havia acertado, descuidou-se um segundo e foi atingida na barriga. Caiu com um baque surdo, onde rapidamente visualizou algo que chamou mais a atenção que o auror caminhando, com um sorriso em seu rosto, na sua direção.

Dawlish avançou para a comensal, mas antes de desarmá-la, sentiu uma fisgada em sua costela, fruto de um dos destroços da estátua do elfo, dando tempo suficiente para Belatriz murmurar o feitiço em direção a uma dupla que batalhava a frente. Avada Kedavra, e Dawlish, desarmou-a após o golpe, assistindo impotente o feitiço atingir Fudge, que duelava contra um comensal da morte.

- Incarcerous!-pronunciou, prendendo a comensal que ria alucinada do corpo sem vida no chão. Subitamente um imenso comensal pulara em frente à Dawlish e recomeçara o combate com o auror.

Entrementes, Voldemort após matar três aurores, entre eles um irlandês, lançou algo em direção a um aglomerado de lutadores, e acertou Umbridge, que nada mais era que um feitiço que fez com que ela ficasse repentinamente fosforescente. Os comensais rapidamente entraram em uma formação esquisita de combate e Greyback avançou em direção a Umbridge. Algumas pessoas mais atentas com o fato pareceram acordar de um transe e notaram tarde demais que ela fora mordida.



A superioridade numérica, apesar de não equivaler em nível mágico, parecia estar resistindo bravamente, mesmo com Voldemort em combate, e mais em forma do que nunca. Percebendo o desenrolar dos fatos, decidiu que estava quase na hora de partir. QUASE.








O quarteto mal chegara e a recepção não podia ser das melhores. Um feitiço estuporante acertou Hermione na perna, o que fez com que Rony subitamente se tornasse maior e mais poderoso, saltou a frente de Harry, o impedindo de revidar, e deu combate ao comensal com uma intensidade poucas vezes, ou talvez nunca, pelo garoto que sobreviveu. Gina após socorrer brevemente a amiga, correu ao lado oposto da batalha, onde visualizou Tonks duelando com dois comensais e aparentemente perdendo as forças, pois seu rosto estava pálido e mesmo seus feitiços simples eram pronunciados, sinal de que a concentração e força para feitiços não verbais, havia se exaurido do corpo da auror.

Harry, após contemplar parte da situação avistou Lúcio Malfoy, e dirigiu-se a ele disparando o primeiro dos feitiços que lhe veio à mente: Bombarba Maximum, que surtia um efeito parecido ao de um feitiço estuporante com características que congelavam os movimentos do oponente.

- Protego! - gritou Lúcio quando o feitiço estava para acertá-lo. O raio voltou na direção de Harry, só que bem acima de sua cabeça, acertando de fato a janela do quarto do garoto, que para a alegria de Lúcio, explodiu e derrubou para trás, três curiosos debruçados sobre ela.

- Estupefaça - mentalizou Harry, mas o feitiço foi devolvido por Lúcio, dessa vez indo na direção do garoto. Harry então projetou um reluzente escudo prateado, semelhante ao que Voldemort usara contra Dumbledore, envolveu Harry Potter, este aproveitando a vantagem do escudo refletor, parou por alguns instantes para analisar a batalha que era travada. Para seu horror, quase em frente da soleira dos Dursley, Mione foi derrubada, e Crabble a torturava com a maldição Cruciatus.

Refletindo por alguns segundos, Harry estatelou uma árvore próxima de Malfoy, fazendo com que ele tivesse que se desviar e perder a concentração da batalha por alguns segundos, e nesse meio tempo o garoto desfez o escudo, viu Rony tentando ajudar Hermione, mas foi estuporado, e um ódio grande demais para ser controlado tomou conta do garoto, percorria suas veias e sua cabeça pulsava pedindo a exclusão do comensal do mundo dos vivos. Antes mesmo de Crabble visualizar o que viria a seguir, Harry expelia as palavras com ódio. – Avada Kedavra

Caindo estatelado e morto, podia notar-se o olhar surpreso do comensal. Esse tempo foi suficiente para Harry se descuidar da luta e Lúcio já jogava uma maldição da morte no garoto. Ele se virou e viu um raio verde em sua direção. Parecia não haver mais tempo para nada, então ele fechou o olho e esperou aquilo que seria inevitável e fatal. Mas foi bruscamente lançado ao chão por um empurrão de Dunga, que não teve a mesma sorte e recebeu a maldição no lugar de Harry, que parecia não acreditar que de todas as pessoas, justamente Dunga o salvara, e para isso, morreu em seu lugar.

Infelizmente não havia tempo para lamentar, e o garoto contemplou apenas por centésimos de segundo o rosto sem vida do companheiro. Retornou a batalha, dando combate a dois comensais que encurralavam um Rony caído e um Lupin defendendo o ex-aluno. Lupin agradeceu a ajuda com um sorriso no canto dos lábios e prosseguiu o combateu ao comensal. “A luta realmente parecia estar terminando e os comensais sem alternativa teriam que desaparatar”- pensou o maroto, após o feitiço do corpo preso acertar as costelas do comensal que lutava contra ele. Lupin parou por alguns segundos e lembrou de seu amigo Tiago, e como o garoto a sua frente era parecido com ele, o modo de se mover, de lutar, de sempre proteger os amigos. - Tiago, quisera eu que você estivesse aqui para vê-lo, com certeza o menino orgulharia você. – murmurou para si mesmo.

Hagrid gritava a um canto, atirando um comensal que estava acima de sua cabeça, em cima de outro a uma distância razoável, e avançava furiosamente para proteger os feridos. Alguns jaziam no chão inconscientes, outros apenas contemplando a luta sem poder ajudar ou sequer sair do caminho, e ao longe, Jorge no chão lançando feitiços contra os comensais, mesmo estando debilitado. Para a sorte da Ordem, os comensais pareciam estar em igual situação e desataram a correr e aparatar com seus parceiros feridos. Restando apenas vestígios de uma luta, os tios e primo de Harry, cruzaram a soleira da porta, pois a casa estava constantemente sendo atingida por feitiços.

Lúcio, pouco antes de desaparatar, deu sinal a dois comensais que jorraram feitiços na direção de Válter Dursley, mas foram contidos por Gina, Minerva e Quim, que apararam os feitiços, mas era tarde demais, pois Lúcio após o ataque ateou fogo a casa dos tios de Harry, e Goyle lançou algo parecido com um jato alaranjado na direção do grupo a frente, acertando em cheio Gina Weasley.

Moody vislumbrou os comensais se retirando e gritou logo em seguida: - Os feridos mais os quatro garotos devem ficar e apagar o incêndio, o restante se reúna aqui, para pegarmos a chave de portal até o ministério. Quim, Minerva, Fred, Lupin, Carlinhos e Hagrid se aproximaram, mas Moody pigarreou e completou: - Hagrid fique e cuide dos feridos, tenho certeza de que pode protegê-los se algo acontecer, e sumiu segurando uma velha bota surrada.








Surgiram no meio da fonte do ministério, em meio a uma batalha que era travada com violência, não havia tempo para analisar e além de tudo a figura do Lord das Trevas parecia piorar muito a situação. Desataram a correr e auxiliar os aurores que eram derrubados ou estavam sendo massacrados pelos comensais. Apesar do cansaço físico, a mente teria que agüentar mais um pouco, o mundo bruxo precisava resistir àquela invasão.

Voldemort astutamente percebeu os novos combatentes, e previu que era hora de uma retirada estratégica. Antes disso disparou alguns feixes de luz que traçaram cordas tremeluzentes por todo o aposento, com a impressão de serem alarmes posicionados cercando alguma coisa, por algum motivo desconhecido para os combatentes, aqueles feixes de luz não feriam os comensais que o atravessavam, mas provocava uma dor angustiante nos membros da Ordem e do ministério.

Por mais alguns segundos a batalha se desenrolara e repentinamente, luzes cegantes, seguidas por uma fumaça densa e negra cobriu o átrio do ministério. Os feitiços foram cessados para não acertarem seus próprios companheiros, mas bradavam combinações para diminuir ou expelir aquela névoa que ali estava formada. Em pouco mais de dois minutos, a batalha parecia finalizada.

Não havia resquícios de comensais vivos, feridos ou mortos, e Voldemort havia desaparecido. Uma mensagem foi escrita em letras cor de sangue na parede central.
“Essa é apenas uma pequena amostra do meu poder. Vocês têm três meses para se render ou o caos será instaurado permanentemente.”

O saldo final parecia devastador. O ministério estava irreconhecível, pelo menos o seu átrio, pois as paredes continham milhares de buracos, o chão havia sido arrancado em boa parte dos lugares e buracos de diversos tamanhos eram encontrados. As lareiras pareciam ter sido reduzidas a um amontoado de tijolos, e o mais grave era o dano humano. Alguns aurores haviam sido mortos, cinco para ser exato, além de Fudge e Umbridge parecia em estado de choque, pois havia sido mordida por Greyback.

Lupin adiantou-se ao ministro com uma expressão de completo cansaço e o avisou. – Daremos as explicações mais tarde, iremos retornar a Surrey, resgatar os feridos e mortos e os levar em segurança para seus devidos lugares. Amanha creio que a Ordem esteja a sua disposição para algumas questões que você achar necessário abordar. Até amanha ministro, e ah, lamento pelas perdas, realmente isso é terrível, e nada justifica a morte de um ser humano, mas temos que ser fortes e não o deixar se sobrepor a todos.

Antes mesmo que Ruffo tivesse a chance de responder, Lupin apoiando Moody pelo ombro, pois havia dilacerado sua perna boa, seguiu em direção a saída e Minerva locomovia o restante por magia, pois todos pareciam não ser suficientemente capazes de qualquer esforço físico.







Hagrid partira para o St. Mungus, acompanhando de Jorge, que dizia estar bem, e Gui, recuperado dos dois feitiços estuporantes que recebeu no peito, com alguns dos feridos. Hermione insistiu em ficar, dando o pretexto que os mais feridos deveriam ir primeiro, embora não tivesse forças para falar mais do que respostas monossílabas, assim como Gina, que foi acudida pelo irmão mais velho e Harry que correram em pronto socorro a garota.




Harry estava absorto em seus pensamentos, lembrando de como Dunga se sacrificara para mantê-lo vivo, quantas pessoas mais iriam morrer em seu lugar? E quantas baixas eles tiveram naquele dia, pois sentia que havia muita coisa estranha acontecendo. Voltou seus pensamentos aos dois comensais assassinados por ele, um com a ajuda de Rony, e imaginou o que as pessoas iriam pensar quando soubessem que ele tornara-se um assassino. Gina parecia muito triste por ver as pessoas feridas daquela forma, e a única coisa que fazia era chorar no peito de Harry, por tudo aquilo que estava acontecendo, pelo menos era o que o garoto achava.

A casa queimava agora mais do que nunca, e podiam-se ver os Dursley ajoelhados na calçada da casa, choramingando algo incompreensível aos ouvidos dos presentes. Harry se pôs de pé, junto com Rony e atravessaram a rua em direção a casa em chamas.
- Os dois juntos okay Rony? – o garoto indicou que sim com um movimento suave e desataram a tentar apagar o fogo.

Tio Válter gritava agora a plenos pulmões. – Meu Jardim, Meu carro novo, e tudo por causa dessas aberrações. A cozinha reformada... Oh Duda, eu sei que você gostava da sua televisão e de seu computador. – e virou-se para Harry com o rosto lívido de fúria. – Seu moleque, você vai pagar tudo isso, não quero saber o que sua laia fez, mas eu quero minha casa de volta.

Rony observou o diálogo e completou em tom ameno e frio. – Harry, acho que o fogo já está muito alto, não teremos mais como apagá-lo, e lentamente moveu-se para o encontro das garotas com um estranho sorriso de prazer e dever cumprido. Harry preferiu estar imaginando que seus instintos mentiam para ele e acompanhou o amigo, olhando categoricamente para um Duda desesperado e disse: - Sinto muito primo, não há mais nada que uma aberração como eu possa fazer. – e se afastou com um sorriso intrínseco em sua face.

Gina e Hermione fizeram menção de ralhar com eles, mas estavam exaustas e sabiam que a Ordem iria dar um jeito nas coisas. Harry recostando-se ao lado de Gina, percebeu que algo muito estranho acontecia, pois não havia vizinhos nas janelas e o ar parecia coberto de magia. Mas isso seria assunto para outra hora, a única coisa que ele desejava era a segurança dos restantes e uma boa noite de sono.



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