Um dia de revelações.



Gina e Hermione fizeram menção de ralhar com eles, mas estavam exaustas e sabiam que a Ordem iria dar um jeito nas coisas. Harry recostando-se ao lado de Gina, percebeu que algo muito estranho acontecia, pois não havia vizinhos nas janelas e o ar parecia coberto de magia. Mas isso seria assunto para outra hora, a única coisa que ele desejava era a segurança dos restantes e uma boa noite de sono.




Capítulo 3 - Um dia de revelações.




O cansaço tomava conta de todos, e sucessivamente membros da Ordem, iam e vinham, analisando as construções, conversando e se chocando a cada descoberta que faziam. Decidiram por fim levar todos a Ottery St..Catchpole, onde A Toca ficava localizada, com adicionais proteções, mas mesmo assim vigiada constantemente por no mínimo três membros da Ordem.

Sem tempo para conversar ou se despedir, além da completa exaustão, todos se recolheram rapidamente, e a manhã parecia que havia chegado mais cedo, pois eles mal pregaram o olho, e os primeiros raios de Sol da manhã penetravam em seus quartos, dançando em um arco íris de cores, refletindo uma ligeira camada de poeira nos aposentos, e uma completa bagunça. A Ordem estava em alerta máximo, e já se encontrava reunida quando Hermione, finalmente vencendo o cansaço, levantou-se para averiguar o local de onde as vozes se sobrepunham umas as outras.

Um a um, todos foram se levantando preguiçosamente, cada qual envolto em seus pensamentos e angustias da noite anterior. O cérebro de Harry parecia não estar assimilando totalmente aquilo tudo que havia acontecido, o que fez com que ele agisse apenas por instinto, descendo as escadas e se juntando aos outros. Ao descer, as lembranças reavivaram sua mente, pois as expressões tristes e exaustas, além de escoriações e ferimentos, eram visíveis em todos os componentes da mesa. Para a maior surpresa do garoto, ninguém menos que o Ministro da Magia, estava sentado a mesa que contava com todos os Weasleys, absorto em uma discussão discreta com Remo Lupin, e sentados próximo a eles, havia Quim e um auror desconhecido aos garotos.

Harry sentou-se ao lado esquerdo de Ron e Gina, e observou que Hermione exibia o seu famoso olhar de compreensão, enquanto mexia uma colher sem levá-la a boca. Rony quebrou o gelo perguntando a sua mãe: - Onde está o papai? Ele ainda não voltou da tal missão secreta? – completou Ron, com seu habiitual tom inquisidor. Molly remexeu-se desconfortavelmente, e com uma voz terrivelmente chorosa e cansada respondeu ao filho: - Ainda não Rony, mas tenho certeza que ele está bem, afinal é uma missão muito importante que ele está realizando, só fico apreensiva com a demora no envio de noticias. – Molly finalizou, levantando-se da mesa para servir o restante do café aos convidados, sem contudo, tirar os olhos de seu famoso relógio que apontava Perigo Mortal para todos os ponteiros. Suspirou e contiou seus afazeres, não escondendo a tristeza que emanava de seus poros e parecia atingir a todos na mesa.

Aos poucos as conversas tornavam-se paralelas e em grupos, enquanto todos pareciam discutir questões importantes, ou fatos da noite anterior. Somente Harry estava em silêncio, relembrando das mortes e de como fora capaz de tirar a vida de alguém. Algo dizia em sua consciência que o Comensal iria matar Hermione, mas o fato não mudava a atitude de lançar uma azaração da morte sobre alguém, mesmo uma pessoa como ele. Gina notou superficialmente o conflito interior que Harry se encontrava e apenas capturou uma das mãos de seu amado, a apertando ligeiramente, um gesto de compreensão para com o garoto. Harry finalmente parecia ter notado a presença do Ministro e se dirigiu a ele de uma forma fria e indignada.

- Ministro, você acha que Dumbledore concordaria com o que você está fazendo com a Ordem? Divulgá-la ao Profeta Diário, como uma forma de tranquilizar a população, passando uma falsa imagem de que estamos um passo a frente de Voldemort? Eu já disse a você no ano anterior o que eu pensava de tal atitude, e num piscar de olhos você desfez tudo que Dumbledore fez questão de esconder por anos - perguntou Harry, ao mesmo tempo que observara alguns presentes terem um acesso de tosse ou se remexer nervosamente a mesa com a menção do Lord das Trevas.

-Harry, Harry... não esperava realmente que você fosse compreender. A população necessita de boas notícias, e a única que podiamos dar era revelando um pouco mais sobre a Ordem da Fênix, mesmo ela não contando mais com a direção de nosso finado Alvo Dumbledore - Ruffo completou em um tom falsamente bondoso, e dirigindo-se novamente a Lupin, mas foi interrompido novamente por Harry, que ao ouvir as palavras do ministro, levantou-se da mesa, chutou a cadeira e gritou a plenos pulmões:

- Então você acha tudo bem expor a única chance que temos contra aquele demônio das trevas, pois bem, mas saiba que se Dumb... - mas Harry interrompeu a frase pois Lupin levantara-se, e entrementes, nesse meio tempo Gina e Rony pareciam prestes a explodir e lançar uma maldição imperdoável no ministro apenas com os olhos, mas Lupin pronunciou em sua usual calmaria: - Harry, se acalme, realmente não vimos outra opção, pois com a morte de Dumbledore, todos estão amedrontados e deixando o país em bandos. O Governo está tentando de todas as formas acalmar as pessoas, e mesmo não concordando com o fato de tornar a Ordem um órgão público, era necessário, e existe um pormenor que você desconhece Harry, mas creio que poderemos conversar sobre o assunto mais tarde. Hermione, você poderia acompanhar esses dois Weasleys, que já estão com as pontas das orelhas vermelhas e Harry ao quarto de vocês? Leve o Profeta Diário e eu subirei assim que possível. - finalizou em um tom bondoso, mas que deixava claro que não gostaria, e nem seria contrariado, pois ao menor sinal de Gina, Molly lhe lançou um olhar enregelante, que a fez mudar de idéia, e os garotos subiram lentamente ao quarto.

Ainda enregelado pela fúria que tomava conta de si, Harry sentou-se a um canto e as pontas de seus sapatos pareciam mais interessantes que os olhares cruzados e sussurros de seus amigos, na verdade entre os dois irmãos, pois Mione também parecia alheia ao mundo encostada na cabicera da cama e devorando o Profeta Diário, como um livro prestes a ser tirado de suas mãos, quando Rony percebeu a inquietação da garota e quebrou o silêncio perguntando:

- O que está acontecendo Hermione, porque você está assim, afinal, o que está escrito nesse jornal? Mais uma matéria daquela nojenta da Rita Skeeter? - completou Rony, com sua habitual conclusão antecipada das coisas. Mas Mione continuava estática, sem esboçar reação ou surpresa pelas palavras de Rony, e lentamente virou-se para onde eles estavam, ao tempo que até mesmo Harry analisava a cena com apreensão. Levantou, deu algumas voltas em torno de si mesma e pronunciou:

- Vocês não vão acreditar no que aconteceu - disse a garota em um tom muito sério. - Pelo que eu li, já temos as nossas respostas da noite anterior. E infelizmente não são nada boas... Aqui está falando brevemente e sem detalhes sobre os incidentes que ocorreram na casa dos seus tios Harry, e no Ministério, mas infelizmente, eles explicam o porque dos trouxas em volta das duas regiões não reclamaram ou perceberam o que havia ocorrido. Hoje, eles foram verificar os locais, e se defrontaram com um batalhão da policia trouxa nessas regiões, e pelo que puderam apurar, houve o que eles chamam de chacina nessas regiões... - disse Hermione, chocada e com a voz um pouco deturbada. - Estão todos mortos, seus vizinhos Harry, a Srtá. Figg, todos sem exceção, e agentes especiais do Ministério identificaram uma suave onda de magia em volta dos locais, que parecia estar minimizando os efeitos de som e luzes que aconteciam durante as batalhas. - finalizou Hermione, sentando-se novamente na cama e encarando os amigos.

- Isso não é possível, não pode ser verdade, como eles tiveram coragem de fazer uma brutalidade dessas? - disse Harry, indo de encontro a Hermione para ler o jornal. Parecia não acreditar que tudo isso estava ocorrendo, mas a cada parágrafo que lia em voz alta, as expressões chocadas de seus amigos aumentavam, e algo no interior de seu estomâgo parecia querer perfurá-lo na região abdominal. Sentou-se ofegante, enquanto Rony, tentando tranquilizá-lo disse: - Não é sua culpa, e nem pense em sair por ai atrás de ninguém, não se esqueça que já temos nosso plano, e vamos segui-lo, assim como você nos disse. Harry que parecia não ouvi-lo disse por fim: - Parece que até as pessoas que não são ligadas a mim estão morrendo, e por motivos banais. Vejo que teremos que botarmos em prática o quanto antes, iremos nós três... - mas Harry não pode continuar a frase, pois um Hem Hem conhecido por eles foi pronunciado e suas atenções voltaram para Gina.

- Esqueceu que somos em QUATRO aqui Senhor Harry James Potter? E antes que voê diga qualquer coisa a respeito de querer me proteger ou que eu não sei sobre o "planinho" de vocês, eu escutei esses dois aí conversando sobre as Horcruxes e eles tiveram que me contar tudo que voc... - mas desta vez foi interrompida por Rony, que vendo a expressão de Harry se intensificar num tom quase púrpura, procurou se defender. - Harry, não tivemos escolha, essa louca ouviu uma parte de nossa conversa e ameaçou contar para a mamãe sobre o que estavamos falando, eu disse para contar, pois não iamos falar nada a respeito, mas a Hermione disse que era melhor ela saber, e contou a ela. Então se você for lançar uma cruciatus em alguém, lance nela. - finalizou apontando o dedo para Hermione, e abaixou a cabeça esperando a explosão do amigo. Hermione também parecia impassivel, mesmo diante das declarações feitas por Rony, quando enfim Harry, para espanto de todos simplesmente fingiu ler o jornal.

- Não adianta ignorar Harry, eu sei sobre tudo, e nada que você diga vai me fazer mudar de idéia. Eu vou com vocês, quer você queira ou não. Já provei que sou digna de confiança, lutei com vocês no ministério, enfrentei os comensais da morte em Hogwarts, e você jurou que nunca mais ia tentar me proteger ou me afastar dessa forma. Se bem que você já quebrou uma de suas promessas, então não sei até onde vai realmente sua palavra. - completou Gina, saindo do aposento batendo a porta como poucas vezes Harry a vira, não dando chances para o garoto sequer dizer o que estava pensando. Antes mesmo dele entender o que estava acontecendo, Hermione rapidamente entrou em ação para intervir a favor de Gina.

- Harry, você pode querer nos matar, mas eu concordo com a Gina. Ela tinha o direito de saber, e agora não há mais nada que possamos fazer. E se eu bem conheço a sua EX - colocando uma enfase tão grande que o estomago de Harry deu algumas piruetas. - Ela com toda a certeza iria atrás de nós. Harry, Gina não é uma mulher de ser deixada para trás, e ela correria muito mais perigo sem saber o que estaria enfrentando. Se eu fosse você, repensaria tudo isso, pois você pode afastá-la de sua vida particular, mas não vai conseguir fazer com que ela não vá conosco. Pense primeiro, e depois sim tome uma decisão. - completou Hermione, saindo do quarto, emburrada, com a intenção de procurar a amiga. Rony apenas olhou para o amigo e disse: - Mulheres, tsc tsc. Vai entendê-las. - completou Rony.

Ao tempo em que Rony apenas analisava apreensivamente as diversas expressões no rosto do amigo, Lupin finalmente adentrou o quarto, fazendo com que os garotos saissem de seus respectivos devaneios e prestassem total atenção em seu ex-professor. Sentou-se próximo aos garotos, respirou fundo algumas vezes e disse por fim: - Bom, antes de vocês me questionarem, gostaria que me ouvisse com atenção. Daqui algumas horas, os funerais dos companheiros que perdemos serão iniciados, mas eu não gostaria que vocês fossem, em especial você Harry, pois além da desconfiança de que pode haver um ataque, gostaria que vocês descobrissem algo para mim. Só que, e apenas se, vocês prometerem guardar segredo. Concordam? - finalizou Lupin, com seu habitual tom calmo, mas sempre objetivo.

- Tudo bem professor, mas eu quero que o senhor nos responda todas as perguntas que lhe fizermos. - completou Harry, tendo o apoio de Rony, que mexia a cabeça em concordância com a frase. Lupin os analisou por um instante, parecendo analisar a situação.

- Você realmente parece mais com seu pai do que imagina Harry, pois bem, tudo que estiver ao meu alcance e não for prejudicar outras pessoas, com certeza eu posso responder. Antes, contudo, gostaria lhes contar que seus tios Harry, possuem uma nova casa, paga graças ao seguro que criamos para eles, e no momento estão em um hotel, seguros e guardados por um auror. Em segundo lugar, eu queria que vocês soubessem que a rede de flu d' A Toca, funciona apenas diretamente com a lareira localizada na antiga sala de Dumbledore, por isso não há outros meios de se viajar, senão a aparatação. Foi assim também que a casa dos seus tios estavam, e foi de lá que todos nós viemos quando aparecemos ontem. Como Hogwarts está fechada, estamos usando o castelo como um quartel general, além do Largo Grimmauld é claro, mas definimos um novo fiel do segredo, que para a segurança de todos, só eu conheço, e alteraram minha memória contra penetrações externas. - terminou Lupin, agora aguardando as perguntas que viriam a seguir.

- Hogwarts professor, vai continuar fechada? E mais uma coisa, será que você podia me ajudar a convencer esse cabeça dura de que ele deve voltar para lá conosco... e que no final das contas, não vai adiantar ele evitar minha irmã, porque raciocinando agora, ela vai correr mais perigo longe dele, do que se estivermos por perto. - completou Rony, que havia se adiantado a Harry, mas não teve tempo de ouvir a resposta de Lupin, pois o amigo respondera quase que instantaneamente.

- Bom, quem sabe eu possa voltar atrás de tudo que eu falei, se você tomar um minímo coragem, e assumir que você é apaixonado pela Hermione? - completou Harry, fazendo com que Rony ficasse de uma hora para outra, num estranho tom amarelo. Lupin percebendo a situação, inverveio.

- Hogwarts pelo que nossos informantes nos disseram, está em uma situação delicadíssima, não se sabe ainda o que irá acontecer, mas a Diretora McGonagall está fazendo o possível para que a escola seja reaberta. Em relação a essa dúvida de vocês, eu aconselharia ambos a seguirem o que o coração de vocês mandam, pois é o que Dumbledore diria. Infelizmente na Guerra, as pessoas não tem muito tempo para serem felizes e aproveitarem os momentos que poderiam ter em uma vida inteira, então não façam como esse velho professor de vocês, e corram atrás de seus sonhos, essa seria a melhor solução a se tomar. - completou Lupin com um embargo na voz. - O que eu quero que vocês façam - explicou Lupin fazendo aparecer alguns livros e pergaminhos com um aceno de varinha. -, é procurar ao máximo detalhes e referências sobre as Horcruxes, e analisar nesses pergaminhos, possíveis locais em que Voldemort as guardou. E não olhem para mim com essa cara - disse Lupin, ao perceber o espanto de Harry e Rony. -, Dumbledore me deixou uma carta com algumas explicações, e eu me sinto na obrigação de ajudá-los. Espero que vocês façam as escolhas certas, irei ao andar debaixo chamar suas duas amigas, e sairei com membros da Ordem para algumas tarefas, espero vê-los dentre no máximo dois dias. - finalizou Lupin, dirigindo-se à porta, deixando para trás um Harry estupefado, e um Rony encucado com as diversas coisas que lhe foram ditas.

Antes mesmo de qualquer reação, Lupin voltou ao quarto, acenou com a varinha, e apareçou no colo de Harry uma caixa muito grande, enquanto o ex-professor dizia: - Feliz Aniversário Harry, estava quase me esquecendo do seu presente. Aproveite-o bem. - e saiu sem dizer mais nenhuma palavra.

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Isadora - Ahh, pronto, postei...Agora quero ver você ler e palpitar ein. lalala

Mia - Ownn minha colunista preferidaaaaaaaa, eu tou lendo sua fic também, e espero muitos reviews
seus, afinal você que é a mestre dos palpitesssss !

Trinity - Trinity, fico lisonjeado de receber essas palavras, você realmente escreve muito
bem, então espero que continue lendo, e gostaria muito de suas opiniões sobre como está
o andamento da fic.

Rafael - É sumido, você pediu e eu coloquei o terceiro capitúlo, mas como voce é importante demais
para vir aqui ler, eu vou te ligar e obrigá-lo. hahaha

Black - Fico Lisonjeado mesmo. Muito Obrigado por ler, e espero que continue apreciando os capitulos.

Maria - Aqui estáaaaaaa...Pelo menos o terceiro né. Desculpe pela demora, eu estava cheio de coisas
para fazer, e perdi um pouco a inspiração.

Lize - Sim eu também escrevo colunas pro Potterish. Assim que eu tiver um tempo passo para conferir as suas
também. Obrigado pela leitura.

Leticia - Muito Obrigado Leticia. Atualizei mais um capitulo. bjs

Ah, me desculpem pelos curtos agradecimentos, mas eu não sei fazer isso direito ainda.
Obrigado também a todos os leitores, mesmo aqueles que não deixam comentários.
Thx a LOTTT !

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