O começo do Fim?



Harry Potter e a II Grande Guerra Bruxa


Capítulo 1 – O começo do fim
APÓS O TÉRMINO DO ANO LETIVO, Harry Potter decidiu cumprir a promessa que fizera a Dumbledore e retornou pela última vez a casa dos Dursley.

Alheio a indiferença dos tios, passou muitos dias refletindo sobre tudo que havia ocorrido no último ano. Sentado em sua cama, as terríveis Horcruxes vinham a sua cabeça, assim como a vida de Tom Riddle, a morte de Dumbledore, que o perturbava em todos os sonhos, junto da lembrança de um ser que era tão odiado quanto o próprio Voldemort, o antigo professor Severo Snape.

Harry tentava a todo custo manter suas lembranças, pensamentos e problemas focados em tais fatos, porém algo mais forte que sua vontade, que suas lembranças ou mesmo que sua própria existência o impedia de desfalecer ou pensar em qualquer outra coisa: uma garota, cujo nome pairava em tudo que Harry via - Gina.

Por mais que insistisse, os pensamentos dos momentos felizes, o primeiro beijo apaixonado em meio a uma vitória no Quadribol, as declarações de amor, tempos que fizeram Harry esquecer dos problemas, que o ensinaram a lidar com a morte do padrinho, tudo realmente parecia um sonho que não acontecera e que nunca seria concretizado.

Por mais que relutasse em resistir à ruiva de seus sonhos, uma batalha interna o assolava.

Voldemort a usará para chegar a mim! Eu não posso me dar ao luxo de a perder!
Ele já a usou e você nunca foi um bom Oclumente... Ele saberá de qualquer forma.
Ele não a usaria estando separada de mim! Eu treinarei Oclumência!
E você acha que vai adiantar? Siga seu coração...
E me arriscar a perder a pessoa que amo? Eu não agüentaria mais uma morte!
Então a decisão dela não vale nada? Será que ela não está disposta a arriscar?
Nunca, nunca... Não vou perdê-la! A decisão está tomada e não voltarei atrás.
Você não manda no seu coração e não se esqueça de Dumbledore... O desejo dele...
Pare de me atormentar! Não quero mais pensar nisso...

Harry, sem perceber, adormecera ali mesmo, pensando em inúmeras coisas e freqüentemente sendo invadido pela imagem de sua amada, tencionando a desistir de sua decisão para poder tê-la novamente em seus braços. Tinha que ser forte e agüentar a todo custo.

Acordara ao nascer do sol, com os raios penetrando de maneira espectral no quarto, e decidiu se levantar, mas com muito esforço, pois dormira de mal jeito e suas costas berravam por uma massagem. “Ai, se minha ruiva estivesse aqui...”

Procurando tirar esses pensamentos da cabeça, tomou uma ducha gelada e desceu as escadas em direção à cozinha para tomar o café da manhã.

Ao adentrar a limpíssima cozinha de seus tios, encontrou-os já em seus devidos lugares, em torno de uma mesa nova, reluzente e de cristal, e se dirigiu ao fogão para fazer os bacons. Ao revirar os olhos com a fumaça que provinha da frigideira, reparou em algo que lhe chamou a atenção: sua tia Petúnia o estudava de maneira quase carismática, não mais mantendo aquela face a qual o garoto estava acostumado. Esfregou os olhos, por pensar estar tendo alucinações, e ao olhar novamente viu a face de sua tia se contrair em um tom de preocupação. Alheio aos fatos tio Válter deu uma gargalhada e disparou para o sobrinho:

- Nunca estive tão feliz em toda a minha vida, afinal HOJE é dia 30 de Julho, e significa que daqui a algumas horas você terá definitivamente partido dessa casa! – disse tio Válter, satisfeito, com um ar presunçoso para Harry.

Harry parecia acordar de um devaneio quando realmente se recordou que faria 17 anos e estaria, enfim, livre dos tios, livre para entrar na Ordem e finalmente livre para caçar Voldemort sem se preocupar com nada mais. Pelo menos era assim que ele pensara.

Tranqüilamente mirou o tio, estudando-o, e por fim as palavras saíram de sua boca antes mesmo dele conseguir segurá-las.

- Prefiro morrer caçando Voldemort a ter que olhar para a cara de vocês novamente, e, sinceramente, espero que ele faça uma visita cordial para vocês. Assim me poupará o trabalho de me preocupar com vermes. – em tom firme e decidido, saiu da cozinha, deixando os tios e primo atônitos.

Subindo as escadas, furioso e surpreso com si próprio, ouviu vagamente a voz de seu tio.

“Depois de tudo que fizemos a ele, esse moleque tem coragem de dizer isso, francamente...”

Ignorando o comentário, adentrou o quarto e sentou na parte do recosto da cadeira, de modo que tinha completa visão da Rua dos Alfeneiros. Sem se dar conta de quanto tempo estava vagando em sonhos, viu ao longe três corujas em direção a sua janela. Rapidamente se levantou, fato que quase o fez cair, abriu a janela e aguardou as cartas e pergaminhos serem depositados em sua cama.

Sentou-se de modo eufórico, sem esconder a preocupação e ansiedade que sentia, e pegou o Profeta Diário. Tudo pareceu parar por um segundo e ele congelou ao ler a manchete na primeira página:


Azkaban em Ruínas



O Profeta Diário, em primeira mão, traz a vocês a matéria completa da destruição do maior presídio para bruxos das trevas. Fontes ministeriais informam que Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, em conjunto com o maior número de comensais da morte já vistos, invadiram o presídio, mataram todos os guardas e resgataram todos aqueles que juraram aliança e servidão ao Lord das Trevas. Após a saída, uma estranha magia foi invocada e a prisão se encontra nesse estado que vocês leitores podem presenciar. A população está em pânico, as lareiras e todos os meios de transporte para fora do país estão congestionados. O ministério tenta, sem sucesso, apaziguar a população, porém, com a recém morte do ex-Diretor de Hogwarts, Alvo Dumbledore, a esperança da população caiu bruscamente e muitos questionam se seria a hora de uma intervenção mundial na Inglaterra (mais detalhes nas páginas 3,4,7 e 12).

Fato igualmente preocupante é o sumiço dos membros da Ordem da Fênix, agora liderada pelo famoso ex-auror Alastor “Olho-Tonto” Moody. Muitos acreditam que seja pela baixa que sofreram com a perda de Dumbledore, outros que eles estão apenas traçando um plano para deter os inimigos, porém acreditamos que os membros se acovardaram e estão procurando meios de deixar o país ilegalmente para não serem julgados por covardia ou omissão (continua na página 5).

E Harry Potter? Aonde anda o “Eleito”? Membros da alta comunidade começam a por em xeque as atitudes do garoto. Muitos atribuem a falta de coragem à perda de Dumbledore, que por sinal foi sentida por todos, e isso estaria impedindo o antes salvador da comunidade e o transformando em mais um Desertor, assim como seus companheiros e amigos (noticia completa na página 2).


Extremamente irritado e preocupado com as notícias, Harry jogou o jornal para o outro lado do quarto e tentou respirar fundo, procurando se acalmar. Pegou uma carta com uma caligrafia torta e disforme e rapidamente a reconheceu como sendo do seu melhor amigo, Rony. Abriu a carta lentamente e se deparou com a mensagem.



Harry,

Sei que deve estar muito preocupado com tudo que está acontecendo, mas gostaria de pedir que você não faça nenhuma loucura, não saia da casa dos seus tios e espere pela gente. Eu sei que sou a pessoa menos indicada para dizer isso, mas lembra aquela carta que a Ordem recebeu? Então, receberam outra, e o cara é da confiança do Dumbledore. Você lembra o que ele deixou escrito pro Moody. E na carta falava claramente de alguns ataques, Harry, hoje a noite, cara! A gente vai pra casa dos seus tios antes do seu aniversário e aí te conto tudo certinho.

Queria também falar com você sobre o meu pai. Ele saiu para aquela missão que Dumbledore deixou para ele fazer após a morte e se comunica muito pouco com a gente. Estamos ficando preocupados. Mas, por hora, temos coisas mais importantes para tratar.

Tô de saída agora pra resolver algumas coisas e não dá para escrever mais. Só peço que se cuide, amigo, pois você é o irmão que eu nunca tive e não quero que nada de ruim te aconteça. Ah, e por último, a Gina tá muito mal, cara. Não come e não dorme direito. Você sabe, ela é durona e não quer aparentar, mas a separação de vocês está apenas piorando a situação.

Um abraço de seu amigo,

Rony Weasley.




Digerindo ainda os fatos que Ron lhe contara, e procurando entender o que o amigo tinha ocultado, lentamente abriu a segunda carta e reconheceu instantaneamente a caligrafia de Gina Weasley. Ao abrir a carta, sentiu suas mãos suarem ligeiramente, um tremor lhe percorrer todo o corpo e uma estranha palpitação em seu peito.



Ai Harry,

Queria ser forte e não estar escrevendo essa carta, mas não dá, não consigo. As coisas estão de cabeça para baixo. Primeiro a Ordem em pânico, depois o medo de perder todo mundo, e agora essa ameaça a você. Não sei o que eu faço, não consigo mais comer direito, me concentrar nas coisas que eu tenho que fazer e nem mesmo em jogar Quadribol com meus irmãos quando eles passam aqui em casa para tentar procurar um pouco de conforto.

Eu pensei muito em tudo que você me disse e resolvi não questionar os seus motivos, mas eu tenho um pedido e um aviso para você. O pedido é muito simples: gostaria que você pensasse e deixasse seu coração decidir o que fazer. E quero ter uma conversa com você sobre isso quando você chegar aqui em casa.

E eu termino a carta dizendo que não importa o que aconteça, eu sempre vou te amar, amo você com todas as minhas forças, mas nem você me impedirá de te ajudar. Eu irei com vocês três na busca pelas Horcruxes e Voldemort. Sim, eu sei de tudo sobre elas, e não aceitarei uma recusa. Irei à força se for necessário. Você pode querer me manter afastada por medo de seus sentimentos, mas não irá me impedir de te ajudar.

Com amor e eternamente sua,

Gina Weasley.



Harry não pôde deixar de sorrir após ler a carta de sua amada e, olhando atentamente, notou que havia muitas manchas na tinta e no pergaminho, fruto provável do choro de Gina.

Não se perdoando por fazê-la sofrer dessa forma e com o coração apertado, decidiu que pensaria nisso mais tarde e esperaria até chegar à Toca para refletir e discutir o assunto com Gina. Preso em seus devaneios e sonhos, não se deu conta que havia mais uma carta junto com as demais, e se dirigiu ao banheiro para outro banho. Não estava agüentando a ansiedade, o nervosismo e a emoção que tomava conta de seu corpo e um banho gelado talvez o aliviasse.

Retornando do banho, ele se jogou de toalhas na cama e adormeceu, cansado e exausto por conta da noite anterior mal dormida. Apesar de despertado pela campainha dos Dursley, sentia, pela primeira vez em muitos dias, que não tivera pesadelos e acordou de seu sono com a impressão de um sonho muito agradável. Olhou no relógio e se assustou ao ver que eram 20:32 horas e que, dentro de menos de 4 horas, seria seu aniversário e reveria todas as pessoas que realmente se importavam com a sua presença.

Tirado de sua solidão e melancolia, ouviu um grito de seu tio Válter.

- Moleque, venha logo aqui jantar e ver essa porcaria de caixote que você recebeu! - gritava tio Valter a plenos pulmões.

Sem nenhuma pressa, mas com alguma curiosidade pelo fato de ter recebido algo pelo método trouxa, pois julgava que aquela campainha era exatamente para entregar o tal caixote, ele desceu as escadas novamente. Entrando sem alarde na cozinha, verificou sua tia cozinhando calmamente, Duda assistindo a algum torneio em que homens ficavam batendo uns nos outros pela televisão e tio Válter analisando atentamente o embrulho, que parecia mais uma pequena caixa de presentes do que um caixote, como se referira o tio.

- Acho que isso é meu – disse Harry sem emoção na voz. – Quem entregou? Era mesmo aquela pessoa que tocou a campainha? – finalizou Harry e, estendendo a mão, pegou a caixa e começou a analisá-la.

Alheio aos resmungos e xingamentos de seu tio para com ele, Harry subitamente sentiu uma estranha presença de magia e, com receio de que pudesse haver algo perigoso, pediu licença para abrir tranqüilamente seu presente na sala.

Reclinando-se no sofá e depositando a caixa no chão, puxou a varinha e mentalizou Specialis revelio! em um movimento suave de varinha. A caixa se abriu e um pergaminho saltou bem alto e explodiu em cores vivas, que formavam a frase: “A hora está chegando, Harry Potter!”

Ouviu os gritos de medo de sua tia, visualizou Duda se escondendo embaixo da mesa e, como sempre, tio Válter o analisando com aquele olhar mortífero.

Completamente aturdido e surpreso com aquela mensagem, correu e abriu a porta de entrada da casa, deparando-se com a mesma calmaria que sempre houve na Rua dos Alfeneiros.

Não havia nada suspeito, tampouco barulhos.

Harry, dando-se por vencido, cruzou novamente a soleira da porta e sentou-se no sofá, bufando, com os tios o analisando atentamente da cozinha, como se algo fosse explodir ou fazer alguma coisa que eles não julgassem normal. Caminhando lentamente, pegou algo para comer. Sentou-se à mesa e comeu vagarosamente, ignorando a presença de qualquer um no recinto.

Absorto em seus pensamentos, terminou a refeição e subiu as escadas rapidamente para escrever para Rony, quando se deparou com uma carta amassada no centro de sua cama. Completamente confuso com a situação, sentou-se na cama e abriu a carta rapidamente, contudo sem reconhecer a caligrafia da pessoa.



Harry Potter,

Conforme adiantado por Ron Weasley, que presenciou nossa conversa, escrevo apenas para alertar que não há perigos até as 00h00min do dia 31 de Julho, portanto você não deve sair de casa, não deve sair no jardim e nem tampouco se aventurar em qualquer outro lugar que saia da casa de seus tios. Estaremos ai em breve para escoltá-lo até um lugar seguro.

Vigilância constante, não se esqueça.

Alastor Moody.



Sentindo-se um completo idiota por não ter notado aquela carta antes, correu até a janela e passou a observar alguma movimentação estranha. Pegou sua varinha, colocou roupas para combate e deixou a capa da invisibilidade a alguns palmos da sua mão livre. Sentia que algo estava acontecendo e que em breve saberia o que era. Infelizmente, e para seu arrependimento, teve uma súbita vontade de avisar os Dursley. Ofendendo-se mentalmente, dirigiu-se ao quarto dos tios. Bateu na porta duas vezes e adentrou sem ao menos ouvir os tios autorizarem, com a varinha em mãos.

- O que é isso moleque? Está pensando em usar essas coisas na minha casa? E ainda entra no meu quarto sem eu autorizar? Quem você pensa que é para agir dessa forma sua... - porém a voz do tio Valter foi silenciada por um estrondo na parte de fora da casa. Assustados, os tios olharam em pânico para Harry, que pigarreou e começou a falar:

- O que acontece é o seguinte: me escutem e eu falarei apenas uma vez. Acredito que dentro de pouco tempo o assassino de meus pais, aquele sujeito que também mandou os dementadores atacarem a mim e ao Duda no ano passado, estará na soleira dessa casa para um acerto de contas. Não adianta me olhar com essa cara, pois não há nada que eu possa fazer. – acrescentou Harry, devido a cara que seus tios faziam para ele. Pigarreou novamente e continuou. – Porém, alguns amigos, por assim dizer, estarão aqui em breve e teremos um papo amigável com nossos visitantes indesejados. Portanto, me ignorem como sempre fizeram por 17 anos, e dentro de pouco tempo vocês nunca mais irão me ver e, para sua segurança, NÃO saiam daqui. Nada de mal lhes acontecerá se vocês não se envolverem no que vai acontecer. Vou lacrar agora magicamente a porta para protegê-los. – finalizou, saindo do quarto e o lacrando com um feitiço protetor.

Saindo a largos passos, encaminhou-se para a sala e observou o relógio marcando 22h40min. Preocupado, subiu as escadas, pegou sua capa da invisibilidade e passou a observar todas as janelas, a varinha em punho e sob a capa, para não despertar a atenção.

Algum tempo depois, tudo o que Harry temia parecia estar acontecendo. Com os sentidos apurados, percebeu uma estranha movimentação por entre duas casas quase frontais a sua e, num súbito reflexo de luz, a imagem de um homem coberto com um manto negro e capuz fez Harry concluir que em breve seria atacado por Comensais da Morte.

Seu cérebro estava em pólvora. Pensava em inúmeras maneiras de se livrar do ataque e de onde estariam seus amigos. Por fim, chegou a uma brilhante conclusão:

- Harry, seu estúpido, a sua cicatriz não está doendo! – murmurou para si. Inconformado em como não tinha pensado nisso, Harry não notou que algo de estranho acontecia atrás dele, e que ele não estava mais sozinho.

Tudo aconteceu muito rápido. Flashes e diversas luzes verdes emanavam da lareira, junto com muito pó e fumaça. Completamente desprevenido, sacou a varinha e exclamou Estupefaça! no primeiro vulto que conseguiu distinguir. Após o primeiro tombar, escondeu-se novamente sob o manto, deu a volta por trás do sofá e, quando fez menção de mentalizar Sectumsempra!, foi jogado para trás com um feitiço azul que o descobriu da capa e o levitou alguns centímetros. Ainda não se dando por vencido, conseguiu gritar pela última vez Pretificus Totalus! e foi desarmado, mas não antes de sorrir com o sucesso de outro ataque muito bem sucedido.

Tudo o que aconteceu foi tão rápido e dinâmico que Harry não parecia ter notado o que todos haviam notado. Gargalhadas ecoaram pelo local e, alguns segundos depois, com a luz acesa e sem fumaça, Harry viu a cena mais bizarra, engraçada e constrangedora de sua vida.

Um Moody perplexo com sua varinha ainda apontada para Harry, Lupin gargalhando de uma estátua de pedra que parecia muito a Tonks, algumas pessoas abaixadas e sorridentes olhando para ele e uma nervosa Hermione, com Rony deitado sobre seu colo, desacordado. Sem reação alguma, a única coisa que ele conseguiu proferir foi:

- Desculpem-me! – e olhou de maneira aturdida e cabisbaixa a todos. Quando as pessoas começaram a se levantar, ele foi colocado no chão e questionado por Lupin.

- Harry, qual era o local que costumávamos ir quando eu estava transformado em Lobisomem? – perguntou um Lupin sorridente e inquisidor olhando atentamente para Moody, que não desgrudava o olho de Harry.

- A Casa dos Gritos. Vocês entravam pelo Salgueiro Lutador, algo que eu descobri dolorosamente no meu terceiro ano, junto com Hermione e Rony. – disse em tom firme, sabendo exatamente o porquê daquela pergunta. Ao observar todos os presentes, surpreendeu-se ao ver ali, ao todo, 14 pessoas. Rony acordando no colo de Mione, Gina em um canto com os gêmeos, um pouco adiante estavam em pé Hagrid, Minerva, Quim, Gui, Carlinhos e, caído no chão, estava surpreendemente Dunga.

Após registrar a cena, foi em direção a Rony, estendeu a mão e murmurou:

- Desculpa, cara. É que você me deixou nervoso na carta e eu vi um monte de gente saindo da lareira e aparatando. A única coisa que eu pensei foi em infringir o maior dano possível aos invasores. – disse um Harry sério e arrependido.

- Sem problemas, Harry, eu te entendo. Você parece realmente bem melhor, hein! Me estuporou, paralisou a Tonks e só não acertou a Professora Minerva porque o Moody tem esse olho mágico dele. Não sei se te dou os parabéns ou uma repreensão. - comentou um Rony já com algum sarcasmo na voz. Sinal de que já estava curado, pensou Harry.

Hagrid o observava com o seu imenso tamanho, ainda com olheiras fundas, marcas com certeza do choro pela morte de Dumbledore. Não se contendo, abraçou Harry de tal forma que quase arrancou seus ossos e disse, por fim, com embargo na voz:

- Ah, Harry, se o professor estivesse aqui, nada disso estaria acontecendo! Mas confiamos em você. Estaremos aqui para te defender e, não se preocupe, vai dar tudo certo. - disse Hagrid, parecendo tentar convencer mais a si mesmo do que o próprio garoto.

Passado o susto inicial, Rony e Tonks já recuperados, todos os restantes o cumprimentaram e, de propósito, Gina ficou por último. Abraçando a ruiva carinhosamente, antes que ela pudesse falar qualquer coisa, ele interveio e disse em seu ouvido:

- Conversaremos sobre tudo depois, mas quero que saiba que eu te amo muito e que daria minha vida por você.

Não saberiam dizer quanto tempo ficaram abraçados e só se separaram porque ouviram um Hem Hem familiar, que fez com que voltassem a realidade.

Moody acenara para Harry se sentar em um sofá e todos davam agora total atenção para o ocorrido. Com um displicente aceno de varinha, todas as janelas estavam bloqueadas e cobertas por um estranho tecido disforme que fazia com que nada fosse visto da parte de fora da casa. Pigarreou e começou o discurso:

- Bom, Harry, como você já deve saber, temos companhias agradáveis do lado de fora. Felizmente, talvez Voldemort não esteja entre eles. Porém, temos motivos para supor o porquê de tal fato. Por hora, vamos nos focar nos comensais e traçar um pequeno plano de ação para quando você completar 17 anos. Acho que temos, hmm, 35 minutos. Enquanto detalhamos algo aqui na sala, porque você não acompanha seus amigos até o quarto? – sugeriu um Moody extremamente sério e com um ar de que não seria contrariado.

- Certo. – disse Harry, subindo as escadas e sendo acompanhado por Mione, Ron e Gina. Ao entrar no quarto, sentiu-se eufórico e nervoso ao mesmo tempo. Tinha ali os amigos e diversos membros da Ordem. Porém, os Comensais lá fora o faziam temer que alguém não saísse com vida e algo dizia a Harry que ele estava certo.

Quando todos se acomodaram, Rony subitamente tomou a palavra.

- Bom, acho que primeiro vou resumir ao Harry o que está acontecendo e depois traçamos nosso próprio plano de combate, beleza? – questionou Rony, que recebeu sinais positivos com a cabeça. Pigarreou e continuou a falar. – Harry, não tem mais gente aqui para te proteger porque estão no ministério e o Moody acha que Voldemort não está aqui porque ele planeja matar alguns membros da Ordem e fazer você se abalar psicologicamente. E, enquanto isso, ele vai destruir o Ministério da Magia. Pelo menos é isso que ficamos sabendo e o que aquele cara estranho nos disse. O filho da mãe acertou sete vezes até agora e tem a anuência do Dumbledore, então não temos porque desconfiar do cara. Resumidamente, é isso, e vamos ao plano de combate, porque não temos muito tempo.

Harry, digerindo todas aquelas informações, parecia que surtaria, então resolveu questionar tudo calmamente quando chegasse à Toca. Acenando discretamente com a cabeça, levantou-se e começou a andar pelo quarto, pensando numa estratégia. Passados alguns segundos, talvez menos que um minuto, ele falou subitamente:

- Faremos o seguinte: a Ordem, com certeza, seguirá como uma linha ofensiva e não sabemos quantos comensais existem lá fora, nem onde eles estão. Então temos que traçar uma tática para atraí-los até um ponto onde possamos ver todos eles, ou pegá-los de surpresa. Ainda possuímos um trunfo, que é a capa da invisibilidade e poderia ser usada por um de nós. O que vocês acham?

Todos pareciam analisar a situação crítica em que se encontravam, até que Gina resolvera quebrar o silêncio.

- Que tal a Mione ir com a capa da invisibilidade pelo lado de trás da casa assim que sairmos? Porque vocês sabem que vai ter aquela velha conversa até todo mundo começar a se estuporar, então teremos um tempo para vasculhar. Irei eu, Mione com a capa e o Rony, e você fica na parte da frente para não levantar suspeitas. Quando estivermos certos de que não existem perigos pelas costas, iremos ao seu encontro. - finalizou a ruiva, com o cenho franzido, esperando por uma resposta.

- Acho um bom plano, Gina – falou um Harry muito sério. - E podemos pedir pro Moody dar uma olhada se não existe ninguém com capas da invisibilidade, que esteja com um feitiço ilusório para se camuflar. O que vocês acham? E, ahn, alguém aí se lembrou de trazer vassouras? Acho que a busca seria até mais rápida. – visto as afirmações negativas dos presentes, Harry continuou – Então Gina usará a minha vassoura, pois é a melhor piloto entre vocês. Rony ficará perto para garantir a segurança dela e a Mione com a capa, pois se algo der errado, ela é a mais indicada para tentar achar uma solução. Todos de acordo?

Após um murmúrio geral de aprovação, Harry, seguido por Rony, Mione e Gina, desceu as escadas e encontrou todos os presentes já preparados para a luta que viria a seguir. Harry falou antes que qualquer um pudesse se manifestar:

- Iremos ajudar, quer vocês queiram ou não. Daqui a 4 minutos eu serei maior de idade, Rony e Mione também já são maiores e a Gina estará conosco. Então nos digam o que irão fazer e poderemos ajudar. – disse num tom extremamente sério e com o máximo de energia na voz que ele conseguiu transmitir.

Moody fez menção de falar. Minerva olhava com uma expressão severa, porém bondosa. Foi Lupin quem se pronunciou.

- Tudo bem, então, garotos. O Moody já analisou e a maioria dos comensais estão escondidos nas casas a nossa frente. Creio eu que vocês já pensaram em nossa retaguarda, então serão responsáveis por ela, e, após segura, poderão se juntar a nós. Mas, lembrem-se, caso vocês se envolvam nisso, às vezes não poderemos lhes ajudar. Portanto, é necessário que fiquem juntos. Confio em vocês e sei que não nos decepcionarão. - finalizou um Lupin muito mais rígido e controlado que o normal. – Fiquem a postos. Assim que o relógio marcar 00h00min, o feitiço invocado por Dumbledore perderá sua força e sairemos ao jardim.


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Nanda: eu tenho costume de chamar alguns personagens pelo nome em inglês e outros em português, porém no próximo capitulo estará tudo padronizado. Obrigado pela dica!

Bere: Muito bom seus comentários minha beta, hahaha, agradecimentos especiais no próximo capitulo a você.

Marcelo: Realmente o Harry é o irmão que o Rony nunca teve pois ele tinha pouca idade quando convivia com seus irmãos mais velhos Gui e Carlinhos, o Percy era um "babaca" utilizando as palavras do próprio e os Gêmeos não são do tipo fraternais. Harry foi um companheiro, amigo e parceiro durante 6 anos. Acho que isso explica a carta de Rony. E eu vou colocar os nomes em português. Não precisa chorar emo. \o/

MarciaM: Obrigado pelos comentários e eu também estou lendo a sua FIC.

Molly: A Primeira que comentou, obrigado pela força que você está dando. Thxxx mesmooo !!!

Tamara: Obrigado, e me diga, quais chavões? Para eu poder corrigi-los nos próximos capítulos.

Sr. Pontas e Will: Valeu pelo apoio, espero que continuem lendo a FIC.

Lucas: Meu famoso escritor de Slashs, eu não vou esquecer do Snape. É que não é hora dele aparecer pois tenho planos maléficos para ele. E Obrigado por me dar a honra de sua leitura.
*MuhauhsaUhasUH* Escritor planejando maldades.



PS: Galera depois de tudo que aconteceu no sexto ano, a ordem da Fênix se tornou conhecida. Continua sendo a mesma sociedade secreta só que a comunidade teve acesso a alguns de seus membros e nada mais. Eu vou explicar o porquê mais pra frente. Ainda não é a hora. Aguardem!

Abraços a todos e Obrigado

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