Todos os Nossos Laços de Amor

Todos os Nossos Laços de Amor



N/Rbc: Madrugada. Muito sono. e uma página de word aberta na minha frente. Nela escrita apenas Laços de Vida - Capítulo Onze - Todos os nossos laços de amor. Eis que eu começo a escrever...e vai lá duas horas...de manhã eu até me lembro que eu escrevi o capítulo 11, mas não me lembro do que eu escrevi...e foi isso daí q saiu, em meio aos meus deliciosos delírios de sono...

certo...então parece que todos gostaram do capítulo anterior...mas eu gosto muito mais desse!
Então é isso...divirtam-se com a leitura do último capítulo de Laços de Vida...depois só tem mais um epílogo...
Bjinhos...
Rebeca Maria!

Laços de Vida Capítulo ONZE
“Todos os Nossos Laços de Amor”

A luz incidia no prisma e ela encantava-se com o arco-íris formado próximo à parede. Gina sorria bobamente, admirando o prisma de flor que ela ganhara de Draco há tantos anos.

“Você está feliz...- Draco observou, sentando-se na cama ao lado dela e observando o prisma.”

“Muito...é como se eu soubesse que tudo acabou...e que agora finalmente estamos livres...”

“Nós estamos, meu amor. Mas ainda precisamos terminar essa história com a Sarah para entendermos tudo o que aconteceu, e finalmente poderemos ser livres de verdade.”

Draco levantou-se e foi até à frente do espelho. Observou-se durante uns segundos, arrumando a gravata borboleta e o sobretudo negro. Logo depois Virgínia apareceu atrás dele com um pente. Virou-o para si e arrumou o cabelo dele, deixando alguns fios loiros caídos sobre os olhos.

“Você está lindo assim...”

“E você com essa mania de me arrumar sempre para uma festa...”

“E você que não gosta disso...!

“Eu gosto...- os dois riram.”

Draco foi até ao armário, abriu a porta e retirou de lá um vestido longo, num tom verde escuro quase preto, com um decote em V no busto, a saia em pontas de tamanhos diferentes, caindo até um pouco abaixo dos joelhos, o decote nas costas, discreto, não muito ousado.

“Quero que você use isto hoje...- Draco falou, estendendo o vestido para a mulher- Comprei especialmente para esta ocasião.”

“Draco, eu...- ela abriu e fechou a boca várias vezes, sem conseguir dizer alguma coisa.”

“Eu sei que você já tinha preparado o vestido vermelho, mas Peter e eu decidimos que esse seria melhor.- ela sorriu.”

Gina levou as mãos aos cabelos e soltou-os. Os fios ruivos caíram sobre os ombros em cachos bem feitos, emoldurando o rosto da mulher. Ela apanhou o vestido das mãos de Draco depois de tirar a camiseta que usava. Colocou-o agilmente, fazendo-o deslizar pelo seu corpo e assentar perfeitamente. Draco admirou a mulher com um brilho incomum nos olhos.

“Você está linda...- ele falou, dando um beijo rápido nos lábios dela- Está na hora. Vamos?- Draco estendeu a mão para a mulher e puxou-a para fora do quarto.”

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Kathy olhou a imagem refletida de Peter no espelho, logo atrás dela. Ela sorriu e recebeu um sorriso de volta. Ela virou-se para ele e desentortou a gravata borboleta. Em seguida pegou o sobretudo verde escuro do rapaz e colocou sobre os ombros dele. Apanhou um pente e penteou os cabelos de Peter de lado, dando um aspecto charmoso.

“Minha mãe sempre arruma o meu pai nessas festas...- ela riu.”

“Como eu estou fazendo agora?”

“Exatamente.”

Peter colocou a mão por dentro do sobretudo e retirou de lá uma caixa retangular, de veludo vermelho. Estendeu-a para Kathy e sorriu.

“Eu comprei isso pra você. Quero que use hoje...”

A garota abriu a caixa e encantou-se com o fino colar de ouro, o pingente pequeno e delicado, no formato de um pequeno coração metade ouro metade ouro branco.

“O...Obrigada, Pete...- ela falou, sorrindo, e com os olhos brilhando.”

Peter apanhou o colar e virou Kathy para o espelho. Ele passou os braços à frente dela, com o colar próximo ao seu pescoço, e em seguida fechou-o.

“Perfeito.- ele sussurrou ao ouvido dela.”

Ela virou-se para o amigo, fitando-o profundamente. Peter passou os braços pela cintura dela, trazendo-a para próximo de seu corpo e quase colando os rostos. Inclinou o rosto um pouco e viu-a fechar os olhos.

Foi então que a porta do banheiro se abriu e Haward apareceu. Os dois olharam sobressaltados para a porta e Peter, por impulso, abraçou Kathy.

“Desculpa...eu atrapalhei algo?- os dois sorriram e olharam-se.”

“Sai!- disseram ao mesmo tempo, ao que Haward imediatamente fechou a porta.”

Kathy desvencilhou-se dos braços de Peter e saiu. Não olhou para ele, estava constrangida e vermelha. Peter também estava desajeitado e dirigiu-se à porta.

“Bem...eu vou te esperar lá fora...te deixar terminar de se arrumar...acho que seria estranho eu ficar aqui enquanto você se vestir...digo...já é estranho estarmos juntos no banheiro dos monitores...então...é...é isso...eu acho que é...- Kathy virou-se e riu para ele.”

“Tudo bem, Pete...vai lá, eu não demoro...”

“Ce...certo...- e saiu, deixando uma Kathy risonha e sonhadora no banheiro.”

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Peter não se preocupou com sua boca aberta e seus olhos tão fascinados pela figura de Kathy à sua frente. Jamais tinha visto a amiga tão bonita como via naquela hora, e jamais tinha sentido seu coração bater tão rápido como naquele momento.

Ele olhou-a dos pés à cabeça, admirando o penteado meio solto meio preso da garota, o vestido vermelho, liso com uma abertura na perna esquerda, que ia dos pés até próximo ao quadril, o busto era arredondado, sem um decote grande, mas as costas eram nuas, a não ser por uma fina fita que amarrava o vestido atrás.

“Você está...linda...- ele engoliu em seco e estendeu o braço para ela.”

“Obrigada...- o silêncio pairou entre eles durante parte do caminho do banheiro até o salão principal.”

“É difícil se acostumar com o fato de que não vamos mais ver esse castelo, não é? Que estamos nos formando...”

“Bem, talvez algum dia, daqui muitos anos, nós voltemos ao Castelo. Quem sabe para darmos aulas ou sei lá...”

“Ou para trazermos nossos filhos?- ele perguntou. Kathy olhou curiosa para ele e sorriu.”

“É, ou quem sabe para trazermos nossos filhos...”

Os dois pararam no alto da escada e observaram o salão abaixo deles. Estava ricamente decorado com os brasões das quatro casas, flutuando no alto, velas iluminando ao redor, mesas redondas espalhadas por todo o lugar e um espaço circular, bem ao meio, que provavelmente seria a pista de dança.

Peter avistou seus pais e seus irmãos, bem ao lado dos pais e do irmão de Kathy. Desceram e juntaram-se a eles.

“Vocês estão lindos...- Gina sorriu, deixando uma lágrima escorrer pelo seu rosto, e abraçando-se ao filho- meu bebê cresceu...está maior que o pai...”

“Eu disse que eu ficaria maior do que ele...e você está linda mãe...se não fosse minha mãe eu te pediria para ficar comigo...”

Kathy cumprimentou os pais e o irmão, e depois virou-se para os pais de Peter. Logo depois abaixou-se perante Aidan e sorriu para ele.

“Você está linda...- ele disse, timidamente.”

“E você está muito bonito com essa roupa de gala.- ele corou e ela o achou gracioso- E eu ainda não te agradeci pelo que você fez, Aidan.”

“O quê?”

“Por você ter chamado o Peter naquele dia pra mim...Obrigada por você tê-lo chamado tão depressa...- ele sorriu para ela e deu de ombros.”

“Não foi nada. Eu faria quantas vezes fosse necessário.- ela virou o rosto dele para ela e deu um selinho rápido e discreto em Aidan, deixando-o ainda mais corado, mas com um sorriso imenso no rosto.”

“Obrigada.”

Aidan ficou calado, olhando atentamente para Kathy, surpreso com a atitude dela, mas imensamente feliz pelo beijo. A verdade era que ele estava encantado, ou apaixonado, com os olhos surpresos e sem reação, tentando falar alguma coisa, mas não conseguindo pensar em nada para falar. A garota sorriu, passou a mão nos cabelos dele, bagunçando-os levemente, e levantou-se.

“Pára de babar, Aidan.- Ephran bateu no ombro dele- É a minha irmã, cara...”

“É, a sua irmã que acabou de me beijar...- ele murmurou, alargando ainda mais o sorriso. Peter abaixou-se diante dele e deu tapinhas nas suas costas.”

“Você conseguiu conquistar a Kathy antes de mim, maninho...Parabéns, Don Juan...”

“Peter...- Kathy chamou-o, ao que ele imediatamente olhou- você quer dançar?”

“Kathy, eu...”

“Não se recusa uma dança a uma mulher, Peter...- Draco falou discretamente no ouvido do filho. Peter estendeu a mão para a amiga e levou-a para a pista de dança.”

Draco virou-se para Gina e estendeu a mão, convidando-a para dançar também. A mulher apanhou a mão dele e, no mesmo instante, ele puxou-a para perto de seu corpo, dando-lhe um beijo rápido.

“Preciso falar com você- ela franziu o cenho- É urgente.”

Assim que Draco ia puxando a mulher para fora do salão, viu Harry e Luna se dirigindo à pista de dança e Ephran tentar, timidamente, puxar Sarah para dançar. Avistou Aidan num grupo de meninas mais velhas, provavelmente do sétimo ano, sendo paparicado por elas.

“Queria saber de onde vem o charme do Aidan para atrair meninas mais velhas...e mesmo o gosto dele por meninas mais velhas...- Gina comentou, observando o filho. Draco olhou para ela e sorriu.”

“Até os quinze anos eu era apaixonado por uma prima minha, sete anos mais velha. Quando eu tinha onze ela me beijou, sabe, foi meu primeiro beijo...- Gina olhou para o marido, com os olhos estreitos.”

“Você nunca me contou isso, Sr. Malfoy!- falou, com as mãos na cintura, numa pose de incredulidade.”

“É...digamos que eu nunca tenha contado isso a ninguém...

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Peter não sabia de onde vinha o seu dom de dançar. Nunca tinha dançado na vida, talvez quando criança, em um dos vários bailes da escola, mas isso já fazia muito tempo. O fato era que ele conduzia Kathy tão bem que os dois chegavam a flutuar pelo salão.

“Parece que foi há tanto tempo que estivemos assim, não é, Peter?- ela comentou, abraçando-se mais a ele e descansando a cabeça em seu ombro.”

“E foi, Kathy. Culpa minha que não tenha acontecido mais vezes, eu sinto muito. Eu fui um idiota, patético, imbecil e cego.- ela riu.”

“É, isso e mais um monte de coisa que é melhor a gente não comentar.”

“Sério que eu fui tão mal assim?”

“A conversa é imprópria para o horário, Peter, daí você tira todos os adjetivos que te qualificaram durante quatro anos.- ele riu, desconcertado.”

“Desculpa...- pediu, meio manhoso.”

“Não se preocupa mais com isso. Acabou, estará tudo bem agora, desde que nós dois estejamos bem. Só me prometa que estaremos bem. E me prometa que não vai mais quebrar nenhuma promessa.”

“Eu prometo, Kathy, para as duas coisas.”

Durante algum tempo ambos permaneceram calados, apenas sentindo os passos um do outro e acompanhando-os. Peter pegou-se, várias vezes, aspirando o perfume de flores do cabelo de Kathy, e constatou que, além de gostar do cheiro, sentia-se inebriado e tonto ao senti-lo, era uma sensação maravilhosa e única.

A um certo momento, quando a música parou, Peter afastou o corpo de Kathy do seu e fitou-a, profundamente. Ficaram assim enquanto nenhuma música começava a tocar. O rapaz suspirou e aproximou, vagarosamente, seu rosto do dela. Pela segunda vez naquela noite viu-a fechar os olhos e a seguir ele fechou os dele. Sentiram os lábios se tocarem, num deslizar suave de uma carícia.

E foi quando uma música agitada começou a tocar.

Os dois abriram os olhos ao mesmo tempo, olhando-se espantados, envergonhados e vermelhos. Ela desviou o rosto e ele pôde perceber que ela sorria timidamente, e ele não pôde deixar de sorrir também, apesar de, intimamente, sentir-se frustrado.

“Er...- ele começou, meio nervoso, apertando uma mão contra a outra- Você...- ela olhou para ele a assentiu, antes que ele terminasse de falar.”

“Sim, Peter, eu quero sair daqui.- ele sorriu, constatando que ela ainda era capaz de ler os desejos dos olhos dele, apesar de tudo.”

“(...)”

Os dois andaram meio separados até o jardim de Hogwarts, e pararam à beira do lago. Ficaram em silêncio, apenas apreciando a beleza da lua daquela noite, sendo refletida nas águas.

“Em que você está pensando, Peter?- ela quebrou o silêncio e ele demorou um pouco para processar a informação.”

“No nosso primeiro beijo.- ela franziu o cenho, procurando alguma explicação no olhar do amigo, mas dessa vez não encontrou nenhuma.”

“No trem?- ela questionou. Ele negou- Nós nos beijamos outra vez?- ele sorriu e afirmou com a cabeça. Ela parou para pensar- Eu tenho certeza que eu deveria me lembrar disso, mas...- ele não deixou que ela falasse. Passou o dedo sobre os lábios dela e olhou-a ternamente.”

“Você me perguntou se eu te amava e se eu já tinha beijado uma garota na boca- ele começou, com a voz calma e nostálgica. Ela permaneceu com o cenho franzido. Peter levou uma mão ao bolso do seu sobretudo e fechou os dedos em dois pedaços de papel coloridos, em formato de anel- Eu disse que era nojento, mas depois, de algum modo, eu quis tirar as minhas próprias conclusões.- ele abriu a mão e mostrou os ‘anéis’ para Kathy, que riu e finalmente lembrou-se do que ele falava.”

“E nós não sabíamos o que fazer depois- ela falou, com um tom divertido- E você acabou por me dar um anel de compromisso e eu perguntei se nos casaríamos...- então ele tomou a palavra.”

“Não agora. Agora é só o pedido. Mas daqui algum tempo, pouco tempo, com certeza nos casaremos.- Peter pegou a mão direita de Kathy e botou o anel rosa no dedo anelar- Isso é só o noivado. Agora você bota o anel azul nesse dedo.- e ele mostrou o seu próprio anelar direito. Ela riu e colocou o anel no dedo dele.”

“E nós ficamos ainda mais confusos por não saber o que fazer depois...- ela olhou para Peter e viu o olhar dele diferente. Parecia mais claro, mas ainda assim continuava num tom castanho- tínhamos quatro anos e não sabíamos o que faze...”

Pega de surpresa, Kathy sentiu os lábios de Peter pressionarem os seus, não mais num roçar apenas, e talvez muito parecido com o beijo entre eles aos treze anos, mas ainda assim parecia (e com certeza era) muito mais significativo, intenso e, sobretudo, verdadeiramente apaixonado.

Ao fundo, como se fizesse parte de uma trilha sonora não autorizada (mas bem vinda) uma singela música era entoada por vozes suaves, muito parecidas ao mais belo canto de um pássaro, numa graciosa melodia, em forma de poema.

O que é o amor?

Eu não sei

Tudo o que sei é que experimentar o amor

é uma das coisas mais belas da vida

Para vivenciarmos o verdadeiro amor,

Quatro passos devem ser celebrados

O primeiro passo é: esteja aqui e agora

porque o amor só é possível aqui e agora

O segundo passo em direção ao amor

é libertar-se dos sentimentos negativos

porque muitas pessoas se amam,

mas poucas pessoas sabem amar

O terceiro: compartilhe

O amor é uma fragrância,

A ser compartilhada, irradiada

O quarto: seja um nada

Somente quando você está vazio de você,

Há o amor

Quando você está cheio de ego,

Não é possível amar

Somente uma pessoa que aprendeu a amar

É madura

E quando duas pessoas maduras se amam

Um dos maiores paradoxos da vida acontece

Elas estão juntas, são quase um,

Mas esta unidade não destrói a individualidade

Realça.

Duas pessoas em verdadeiro amor

Ajudam-se mutuamente a se tornarem

Mais livres, mais plenas, mais completas

O amor é tudo

Acende a vida, deixa o tempo mais bonito

E a gente sonha, busca o infinito

Se sente leve, e tem vontade de voar...

“O que foi isso?- ela sussurrou, sentindo-se um pouco tonta, mas sobretudo feliz, e com uma lentidão anormal em processar informações óbvias.”

“Um beijo...eu acho...- ele parecia tão lento quanto ela.”

“Você me beijou...- ela passou levemente os dedos sobre os lábios, ainda úmidos.”

“Eu sei...- ela aproximou-se para uma tentativa frustrada de beijá-lo novamente- E aí?”

“E aí?- ela repetiu, sem ter noção do que exatamente falava.”

“Bom...”

“Bom o quê?”

“Foi um beijo.”

“Eu sei.”

“E agora?”

“Eu não sei.”

“Eu também não sei.”

“Talvez...- ela processou alguma informação, mas logo ela se dispersou.”

“O quê?”

“Nada.”

“Ia dizer algo, o quê?”

“Nada...não sei o que eu ia dizer...”

“Que não devíamos ter feito isso. Foi o que pensou, certo?- ela pareceu indignada.”

“Na verdade, Peter, não estou pensando nada, mas parece que você pensou!”

“Não, não eu...”

“Olhe, vamos passar esta noite, ok?- ele olhou confuso para ela- Não juntos, digo...você no seu dormitório, eu no meu.”

“Certo, claro. É óbvio. Deixar a noite passar. Amanhã acordamos e terá sido um sonho.”

“Como se nunca tivesse acontecido?- dessa vez, além de indignada, Kathy estava com raiva.”

“É o que quer?- ele perguntou.”

“É o que você quer?- ela retrucou- Ótimo! Nada aconteceu, Peter. Te vejo depois!- falou, com certo mal humor, e virou as costas.”

“Hei, Kathy! Kathy!- Peter segurou a mão de Kathy e forçou-a a virar-se para ele- Nem pense em se afastar de mim agora!- ele sorriu para ela e puxou-a, de encontro ao seu corpo. Segurou o rosto dela com as mãos e beijou-a, mais intensamente que antes.”

“Por que temos que brigar até nessas horas?- ela perguntou, com os lábios quase colados um no outro. Ele sorriu, depositando um beijo rápido na boca dela.”

“Faz parte entre duas pessoas que se conhecem há...- e os dois prosseguiram juntos- 17 anos...- e sorriram, antes de beijarem-se novamente.”

Depois de um certo tempo, Peter estendeu seu sobretudo na grama perto do lago e sentou-se nele, com Kathy entre suas pernas, apoiada em seu peito.

“Eu nunca te disse, mas eu li o que você deixou na Ala Hospitalar pra mim...- ela comentou, depois de alguns minutos em silêncio.”

“E eu nunca te disse, mas eu li o que você escreveu pra mim no natal do sexto ano. Aidan achou a carta e me entregou.- ela sorriu e virou-se para ele.”

Olhou-o, admirou-o e prestou atenção ao brilho nos olhos dele. Um novo brilho. Não era castanho, definitivamente. Lembrava muito o olhar azul que Peter ostentara durante anos, e até mesmo o brilho cinza de quando era pequeno. Era claro, de um azul muito, muito claro e profundo. E Kathy pôde ler no olhar dele algo que ela sempre quisera ouvir da boca dele.

“Seus olhos...voltaram...”

“Eu te amo.- ele disse, sabendo que ela acabara de ver isso em seus olhos.”

“Eu sempre te amei, Peter...- ela sussurrou, antes que Peter pudesse novamente inclinar o rosto para alcançar os lábios dela, para mais um beijo tão desejado.”

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Gina encostou-se ao peito de Draco e sentiu os dedos dele enrolarem-se entre seus fios de cabelo, fazendo-lhe cafuné.

“Você acha que Peter e Katherine vão se acertar dessa vez?- Draco perguntou.”

“Eu tenho certeza que sim. Ela já esperou por muito tempo. Ele ficou cego por muitos anos.”

“Você parece uma filósofa falando assim...- ela riu.”

“Não chega a tanto. Sou uma pintora...uma artista...”

“A mais bela de todas, diga-se de passagem, e é minha!”

“Possessivo você...”

“Demais...preservo o que é meu, e ai de quem tentar tirar...”

“Mesmo?”

“Mesmo.”

“Então tá.- os dois ficaram em silêncio.”

“Como assim, então tá?”

“Então tá, oras.”

“Certo...então tá bom.- ela franziu o cenho.”

“Tá bom.”

“A gente não vai chegar a lugar nenhum desse jeito.”

“Você quer chegar a algum lugar? Porque eu não pretendo sair dessa cama tão cedo...”

“Você está falando de quê?”

“Dos meus desejos mais íntimos.- ela estreitou os olhos.”

“Sabe que eu compartilho dos seus desejos mais íntimos?”

“Sério?”

“Ahan!”

“É, ao menos uma Weasley e um Malfoy podem ter algo em comum...”

“Bem, depois de tantos anos, eu diria que eles têm três filhos em comum, uma casa em comum, uma cama em comum...”

“E se amam...- ela completou, dando-lhe um caloroso beijo.”

“Hei, Virgínia...- ele começou, num tom meio casual- Você quer casar comigo?- ela piscou algumas vezes.”

“Como?”

“É, casar, trocar alianças, juntar as escovas...você quer fazer isso comigo de novo?- ela gargalhou- Foi tão ruim assim?- ela deu com as mãos.”

“Não é isso...é só que é engraçada, para não dizer hilária, a perspectiva de eu me casar novamente...mesmo que com o mesmo homem...aos quase quarenta anos...”

“Crise dos 40 agora não amor! Eu tenho 40, e não estou com crise!”

“Não é crise, é perspectiva.”

“Da minha perspectiva eu acho uma boa idéia, imagine só: um casamento à beira rio, um tapete de pétalas, um descampado...”

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A marcha não era a nupcial. Nem mesmo havia marcha alguma. Ao invés disso, havia sim o canto da natureza. O barulho da cachoeira, a correnteza do rio, o canto dos pássaros.

Na grama estendia-se um belo e arranjado tapete de pétalas brancas e eventuais vermelhas, por longos cinqüenta metros, terminando num arco alto, com uma cascata de flores brancas. Atrás do arco, sob a sombra de uma grandiosa e imponente árvore, havia dois cavalos brancos.

A mulher despontou no começo do tapete. Aos olhos de Draco, debaixo do arco, Virgínia Weasley estava linda. Ela usava um vestido simples, tomara que caia meio solto, branco com a barra, um tanto rodada, meio rosada. Na cabeça, uma perfeita coroa de flores rosas, com uma fita branca enlaçada à mesma. O cabelo solto em cachos sobre os ombros, esvoaçando para o lado ao menor sinal de vento, por vezes fazendo algumas mechas caírem sobre o seu rosto, dando-lhe um ar sereno, de certo modo travesso, os pés descalços. Nas mãos, uma única rosa vermelha.

Gina sorriu, sentindo Peter, do seu lado esquerdo, tomar-lhe o braço e dar-lhe um leve selinho. Aidan, do lado direito, fez o mesmo.

“Você está linda...- ela sorriu para o filho e olhou-o.”

Never knew

I could feel like this

Like I’ve never seen

the sky before

Tanto Draco, como Peter e Aidan estavam praticamente vestidos iguais. Os três vestiam branco. Draco e Peter usavam calça, meio larga. O rapaz tinha uma camiseta branca sob uma camisa longa, com os botões abertos. Draco, por sua vez, usava apenas a camisa longa, fechada. Aidan estava de short e camiseta. No entanto, Peter e Aidan seguravam, na mão direita, uma rosa branca.

Peter e Aidan entregaram a mãe para Draco e, antes de afastarem-se, entregaram as duas rosas brancas para ela. Virgínia, antes de ficar realmente ao lado de Draco, virou-se para o pai, do lado direito do altar, e recebeu a rosa branca da mão dele, seguido de um beijo e um caloroso abraço. Ela sorriu para Remo e Harry, ao lado de seu pai, e recebeu mais duas rosas brancas, contando, agora, cinco.

Want to vanish

Inside your kiss

Every day I love you

More and More

Virou-se para Draco, recebendo um beijo rápido dele e sentindo-o enlaçar suas mãos, e entre elas, mais duas rosas, uma vermelha e uma branca. Dumbledore, parado ao meio do altar, pigarreou e entregou uma outra rosa a Virgínia.

Logo atrás, Sarah veio andando calmamente, sorrindo para todos no altar, segurando uma almofada vermelha com uma única rosa branca sobre ela. Vestia uma roupa igual a da mãe, e estava imensamente parecida com ela. Assim que a garota chegou perto dos pais, estendeu a almofada e Draco pegou a rosa, juntando a décima flor entre as mãos da mulher, sendo que as duas vermelhas ficavam no meio.

Seasons may change

Winter to spring

But I love you

Till the end of time

No meio desta última rosa, no entanto, havia duas alianças, em conjuntos de três anéis cada, dois de ouro branco e um de ouro, entrelaçados. Eram as mesmas alianças que eles já vinham usando há 18 anos.

Draco apanhou uma das alianças e botou no anelar esquerdo de Gina, e ela fez o mesmo com a outra. A seguir, Dumbledore murmurou um breve “Você deve beijar a esposa!” e os dois se beijaram, ficando assim durante uns três minutos.

“Laços de amor como os que vocês dois têm, Draco Malfoy e Virgínia Weasley, não devem jamais ser quebrados, por qualquer motivo que possa existir. Não foi à toa que o tempo uniu dois inimigos num laço de vida tão forte, laços eternos. Saibam, agora, que o amor é mais forte que tudo, e só ele é capaz de vencer até o que, talvez, seja considerado invencível.”

Come what may

Come what may

Draco e Gina sorriram para Dumbledore, felizes. A mulher apanhou a fita que estava presa à sua coroa e amarrou as dez flores num buquê de rosas brancas com duas rosas vermelhas no meio.

A um certo instante, Gina ficou no meio do arco, enquanto todas as outras mulheres da festa juntavam-se atrás dela. Era o momento de jogar o buquê. A escolhida para pegar as dez rosas foi ninguém menos que Katherine Potter.

“Já podemos marcar o casamento?- Peter perguntou, ao ouvido dela. Kathy virou-se para ele e deu-lhe um selinho rápido.”

“É, acho que sim. Acho que quatorze anos de noivado já são mais do que suficientes para termos certeza que queremos nos casar.”

A seguir, Draco apanhou os dois cavalos brancos e aproximou-se de Gina, parando ao lado dela.

“Está na hora de irmos.- ela olhou para o marido e sorriu- Eles ficarão bem, vamos.”

Quase que sorrateiramente os dois subiram nos cavalos e galoparam, lado a lado, para longe daquele descampado. Talvez não fosse tão longe, mas era o suficiente para que ninguém os incomodasse.

A paisagem ainda era quase a mesma do local da festa. Com a exceção do tapete de rosas, o arco e os convidados. No entanto, havia também uma cachoeira, talvez mais bonita e maior do que a anterior, caindo em águas mais límpidas, onde dava-se para ver o fundo. Havia também diversas árvores com maravilhosas sombras. Sob uma certa árvore, a maior delas, havia uma enorme toalha quadriculada estendida, com uma bela cesta sobre ela.

Os dois desceram dos cavalos e deixaram-nos soltos. Olharam-se por um certo instante e sorriram um para o outro. Ao mesmo tempo, começaram a tirar a roupa e, agora completamente nus, ambos correram para a cachoeira.

Já debaixo das águas, Draco abraçou-se a Gina e assim permaneceu por vários minutos. Em seguida pôs-se a beijá-la, levando as suas mãos por lugares que, talvez não fossem tão ousados, mas que retardavam o prazer de ambos, dando-lhes a certeza de que cada segundo poderia ser muito prazeroso, desde que eles soubessem aproveitar bem.

A água gelada caía sobre o corpo quente deles, causando um choque gostoso que percorria a espinha de ambos, como um fio elétrico que os fazia tremer. Draco beijou a curva do pescoço da mulher, enquanto avidamente passeava a mão por todo o corpo dela, dessa vez com bastante ousadia.

Por alguns instantes ela deixou que Draco fizesse o que quisesse com ela, mas depois retribuiu com tantas ou mais carícias e beijos por todo o corpo dele, fazendo-o gemer baixinho, tremer e abraçar-se a ela, desejando por mais um pouco do sabor dela, desejando amá-la para sempre, ali, naquela paisagem em que estavam naquele momento.

Era perfeito, como há muito eles não se lembravam. Naquele momento ambos podiam dizer, com convicção, que aquela era a perfeição, o limiar do que chamavam de paraíso, porque aquele era, verdadeiramente, o paraíso que buscavam por tanto tempo e só agora, depois de tantas coisas, encontravam, juntos.

Bem no centro do salão estava um enorme quadro em especial, nele havia uma cascata ao fundo, árvores, morros, o pôr do sol e, debaixo da cascata, duas sombras, dois corpos abraçados, beijando-se. No rodapé do quadro, em letras pequenas e bem torneadas, em tinta preta, estendia-se a frase:

"...cum ad naturam eximiam et illustrem accesserit ratio quaedam conformatioque doctrinae, tum illud nescio quid praeclarum ac singulare solere exsistare."

"Eu acrescentei essa frase não faz muito tempo.- ela falou, assim que Draco espantou mais alguns jornalistas e a abraçou por trás- '...se a uma natureza excelente se reúne o estudo e a cultura, dessa...'"

"'...aliança algo de preclaro e singular costuma surgir.'- continuou uma voz que Gina reconheceu prontamente.”

A um certo momento ambos pararam de se beijar e olharam-se. Os lábios deles estavam muito avermelhados e as respirações intensamente pesadas. Ela buscou ar, na tentativa de falar algo.

“O que você pretende fazer agora, Malfoy?”

“Fazer amor com você, não é óbvio?”

“E o que te faz pensar que eu quero fazer amor com você?”

“Você mesma vai me responder isso, mas depois.- dizendo isso ele colou seus lábios aos dela e prensou-a contra a rocha, debaixo da cachoeira.”

Ele ergueu o corpo dela um pouco sobre a água e encaixou-a no seu. Em momento algum ele parou de olhar para ela, fitar os olhos dela, observando e admirando cada expressão de prazer do rosto contorcido dela.

“O que você está sentindo agora, Virgínia?- ele sussurrou, diminuindo o ritmo de seu corpo, sentindo-a protestar contra seu ato.”

“Êxtase...falta de ar...- ela falou, pausadamente, abraçando-se a ele, como se quisesse colar ainda mais os corpos- ...meu coração...”

“Eu estou sentindo...”

FIM

“Hei, espera! Como assim FIM?- a menina perguntou, parecendo incrédula demais.”

“FIM, oras, não é difícil deduzir o óbvio.- o rapaz ruivo, o mais velho, deu de ombros.”

“Não, não pode simplesmente acabar assim- ela retrucou ainda mais- Você não pode botar um FIM no final da página só porque quer acabar com a história.”

“Eu concordo com ela.- o menino loiro, também com aparência de 15 anos, como a menina, prontificou-se.”

“E o que vocês queriam? Que eu pusesse um E viveram felizes para sempre... com três pontinhos no final, indicando uma continuação abstrata?- o mais velho falou- Certo, então deixe-me concertar.

“O que você está sentindo agora, Virgínia?- ele sussurrou, diminuindo o ritmo de seu corpo, sentindo-a protestar contra seu ato.”

“Êxtase...falta de ar...- ela falou, pausadamente, abraçando-se a ele, como se quisesse colar ainda mais os corpos- ...meu coração...”

“Eu estou sentindo...”

E viveram felizes para sempre...

“NÃO! Ainda está errado. Quero dizer, se você bota um FIM bem naquela parte, dá pra deduzir que mamãe e papai ficaram naquela cachoeira para sempre, se amando, se amando, e se amando mais. E isso é fisicamente impossível. Tem que ter uma continuação.”

“Sarah, você quer o quê? Que eu termine uma história proibida para menores? Até onde me consta, você só tem 15 anos, não pode saber dos detalhes sórdidos.- a garota loira, ao lado do rapaz ruivo, abafou risadinhas.”

“Sério? Então, como é que você sabe dos detalhes sórdidos entre a mamãe e o papai? Posso saber? Hein, Peter?”

“Sabe aquela cachoeira, perto do altar, onde foi celebrado o casamento?”

“Ahn, sei. O que tem ela?”

“Uhm, bem, eu estava debaixo dela com a Kathy.”

“Peter!- Kathy repreendeu-o.”

“Ah Kathy, eles são meus irmãos, o seu irmão e o Haward! Não tem problema algum.- Peter aproximou os lábios do ouvido dela e continuou, de modo que apenas ela escutasse- Além do mais, a nossa primeira vez foi perfeita naquele dia.- ela corou imensamente.”

“Tá, tudo bem, isso explica a parte de você saber o que aconteceu entre eles, mas não justifica você ter terminado a história com um “Eu estou sentindo...”. Puts, sentindo o quê exatamente? Dor? Prazer? Paixão? Amor? Transbordamento de almas? Ou o quê?- Peter bateu com a mão na testa. Aidan abafou risadinhas. Ephran fez uma cara de profunda decepção. Kathy ainda continuava vermelha demais para expressar qualquer reação.”

“Sarah, eu vou fingir que você não sabe o que o papai quis dizer quando disse “Eu estou sentindo...”. E caso não saiba mesmo, não serei eu quem vou te contar. Se quiser, pergunte pro seu namorado o que ele sentiria nessa situação.- foi a vez de Ephran ficar vermelho.”

“Certo, certo, digamos que eu saiba exatamente o que o papai sentiu.”

“Como assim, exatamente?- Peter alarmou-se com uma idéia absurda que passou pela sua cabeça- Exatamente quanto?”

“Posso continuar?- ela falou, séria, ao que Peter abaixou a cabeça- Então, digamos que eu saiba exatamente- ele fez questão de frisar a última palavra- o que o papai sentiu, ainda assim não é um final plausível. Havia uma cesta na grama, provavelmente cheia de frutas, doces e mais um monte de coisa. Eles dispunham de cavalos...um final com “Eu estou sentindo...” é muito sem lógica. A gente pode deduzir qualquer coisa a partir daí, inclusive que o papai e a mamãe continuam lá, ainda se amando...- todos ao redor da mesa riram.”

“Certo, mas todos nós sabemos que eles não estão lá na cachoeira se amando. Eles podem até estar se amando, mas no chão da cozinha lá embaixo, e não fazem a mínima idéia que nós estamos discutindo a vida sexual deles aqui em cima.”

“Nós não estamos discutindo a vida sexual deles, Peter.- foi a vez de Aidan falar.”

“Não é?- ele negou- Até ainda agora nós estávamos discutindo o que o papai estava sentindo quando disse “Eu estou sentindo...” naquela situação. Caso você não tenha percebido, isso é vida sexual.”

“Olhando por esse lado...”

“Certo, certo!- Kathy levantou-se- É bem estranho estar discutindo a vida sexual dos pais do meu namorado...”

“Noivo.- Peter corrigiu.”

“Isso, noivo. Na frente dos irmãos dele, do meu irmão e do nosso melhor amigo. Já é esquisito tratar desse assunto quando é com meus pais, imagine com quem não é meu pai ou minha mãe. Então, acho melhor mudarmos de assunto.”

“Eu concordo plenamente com a Kathy- Haward falou.”

“Ok, é estranho- Peter disse- Mas vocês hão de concordar comigo que é engraçado. O que vocês sugerem?”

“Eu sugiro o caso do seu avô, Peter.- Haward falou.”

“Você quer ter as honras, Aidan?- o garoto loiro assentiu.”

“Vocês lembram da Dora?”

“A babá velha, gordinha, boazinha...?- Haward perguntou.”

“Pois é. A história dela, de ser sozinha, ter repudiado o filho por ele ter se casado com uma mulher que ela não queria, o marido ter se casado com uma namorada de infância...bem, não é mera coincidência.”

“Como assim?- Ephran perguntou.”

“O caso é que o Lúcio repudiou o papai por ter se casado com a mamãe, e a vó Cisa se casou com o vô Remo, um namorado de infância.”

“Então você quer dizer que...”

“É, Dora e Lúcio eram a mesma pessoa.”

“E como você descobriu isso?”

“Lógica. Eu vinha pensando no caso desde o Natal em que eu vi o Lúcio pela primeira vez. Eu tenho certeza que o vi naquela noite...”

“Você o viu.- Sarah confirmou.”

“É, mas eu sempre achei que eu tivesse sonhado com ele, porque eu não tinha imagens concretas. Dora de vez em quando agia muito estranhamente e naquela noite não era para ela estar dormindo. Ela tinha que estar cuidando da gente. No entanto o Lúcio apareceu e...nada...não tinha mais Dora...depois disso em pensei em muito mais coisas até ter certeza que era mesmo ele e denunciá-lo para o Dumbledore.”

“E depois disso o quê?”

“Bem, ele foi para Azkaban. Mas ano passado, com a revolução dos guardas, ele conseguiu fugir. É claro que ele já estava meio fora de si, então, para nós, ele era de certa forma inofensivo. O que aconteceu foi que ele foi atrás dos outros comensais, e matou um a um. Matou o Pedro, a Bellatrix, a Chang, que já estava meio morta, mas ainda deve ter sofrido com os vários Cruciatus e o Avada.”

“Por mim ela poderia ter sido dominada por um demônio maligno, que mata as pessoas de dentro pra fora, dos pés até chegar na cabeça, corroendo osso por osso, comento músculo por músculo, causando dor e desespero, consumindo-a por dentro, tendo os ossos quebrados, o falecimento múltiplo de órgãos, até a perda total de vida!- Peter falou muito rapidamente e de uma forma muito engraçada.”

“Seria um belo final.- Aidan comentou- Bem, ela já está morta de todo modo. Lúcio também. Foi pego por dementadores, recebeu o beijo e não faz muito tempo que morreu. E dessa vez ele morreu mesmo.”

“Mas e agora?- Kathy perguntou- O que faremos agora?”

Nesse instante, alguém bateu na porta do quarto e entrou. Eram Draco e Gina, trazendo uma enorme bandeja com panquecas de queijo e carne e uma jarra de suco de abóbora.

“Então, crianças- Gina começou, olhando para cada cara ali presente- Sobre o que conversavam tão animadamente?”

Sarah olhou com os olhos estreitos para Peter, que teve um espasmo de repente.

“Sarah, não.- ele pediu. A irmã riu.”

“Peter, sim.- ela disse.”

Aproximou-se cautelosamente dos pais, pondo-se entre eles e colocando um braço no ombro do pai e o outro no da mãe. Olhou para a mãe com certa cara de inocente e mostrou um sorriso fino e suspeito para o pai.

“Pai, nós viemos nos questionando aqui, já há algum tempo, discutindo fervorosamente, mas ainda não chegamos a uma conclusão em comum.”

“Do que você está falando, filha?- todos ao redor da mesas seguraram suas respirações e esforçaram-se para não rir, mas isso era inevitável de qualquer jeito.”

“O que você quis dizer com “Eu estou sentindo...”?”

FIM...

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