Jogos e Reencontros



Laços de Vida

Capítulo SEIS

“Jogos e Reencontros”

“É hoje que eu vou?- Sarah perguntou, com os olhinhos esperançosos.”

“Não hoje, princesa, mas será logo. Em alguns dias.”

“No natal?”

“Sim, no natal.- Sarah sorriu intensamente, depois esperou alguns minutos para perguntar ao avô.”

“Por que o senhor observa tanto o meu irmão em Hogwarts?”

“Ele é a pessoa mais próxima da sua mãe, Sarah. Observar a sua mãe é muito arriscado.”

“Mas ir em Hogwarts não é mais arriscado? Ouvi falar que o diretor é muito esperto.”

“É um velho parvalhão, querida. Dumbledore está velho demais, não é mais como antes, deixa coisas passarem bem diante de seu nariz.”

“Uma dessas coisas é você?”

“Sim, uma dessas coisas sou eu. Fiquei sabendo que até hoje a pobre Weasley não sabe que eu estou viva, porque os covardes nunca tiveram a coragem de contar a ela. Está na hora dela saber a verdade.”

“E como vai ser?”

“Eu não sei ainda, Sarah, mas ela precisa saber que o passado não pode simplesmente ser esquecido ou apagado. E um passado tão especial como o dela precisa ser vivido mais de uma vez, senão não tem graça alguma.”

“Quando eu vou aprender mais coisas, vovô?”

“Você já sabe muitas coisas, princesa Sarah. Não nega o seu sangue. Seus dons estão aparecendo rapidamente, e isso é ótimo. Pode continuar com o seu joguinho em casa.”

“Sério?- Sarah pareceu extasiada.”

“Mas vá com calma, pelo menos por enquanto. Não precisamos pressa, o mestre tem algum tempo e você não está preparada ainda.”

“E quando vou estar?”

“Receio que em alguns anos, não muitos, mas o bastante para o retorno ser perfeito. Não se preocupe, tudo vai dar certo, e você terá tudo o que eu prometi.- Sarah apenas sorriu e olhou misteriosamente para o avô.”

Sarah acordou com o sol batendo em seu rosto e ficou extremamente irritada ao constatar que ainda era muito cedo. Tentou dormir novamente, mas não conseguiu.

Desceu até o salão principal, verificando que o café da manhã já fora servido e que apenas algumas meninas mais velhas já estavam lá.

“A pequena estranha caiu da cama hoje?- provocou uma das meninas maiores.”

Sarah não tinha realmente boa reputação no internato, mas ela não se preocupava com isso, já que achava todos ali um bando de trouxas sangue-ruim.

“Eu não caí, eu apenas acordei mais cedo. Mas o seu cabelo mal arrumado, para cima, diz claramente que a sua queda foi feia.- ela rebateu.”

A garota imediatamente olhou-se no espelho de uma das paredes, verificando se seus cabelos estavam mesmo desalinhados. Não estavam, mas num momento seguinte, magicamente, ficaram para cima, como se a garota tivesse tomado um choque.

“Sua anormal, o que você fez comigo?- ela berrou, levantando-se da mesa.”

“Não se preocupe, o ritual satânico não é muito poderoso e você vai sobreviver.- Sarah falou, antes de gargalhar e sentar-se na mesa.”

Ouvir comentários sobre ela ser uma bruxa camuflada e praticar magia negra não era algo muito raro no internato de Sarah. Aliás, ela nem se preocupava com tais boatos, ou verdades. Boatos, definitivamente, não eram. Porque Sarah era mesmo uma bruxa, mas o fato de praticar magia negra, bem, quanto a isso ela não sabia muito bem, mas não se importava de todo modo.

“O que você falou não foi muito bonito, mocinha.- uma das freiras aproximou-se dela e falou, em um tom reprovativo e decepcionado- Eu vou mesmo Ter que falar novamente com o seu pai, Srta. Malfoy?”

“Eu não posso influenciar seu livre arbítrio, senhora.”

“Gostaria de saber onde você aprende essas coisas, Sarah. Não ensinamos essa sua má educação aqui no instituto, e de casa não pode ser, já que raramente vai para lá.”

“Não é má educação, senhora. São experiências adquiridas em todos os meus sonhos. Tenho quem me ensine muitas coisas úteis.”

“Claro, em sonhos. Mentiras também não são bonitas, Sarah, e você terá que aprender uma boa conduta e se portar muito bem aqui no instituto, ou teremos que tomar certas medidas que certamente não queremos tomar.- Sarah não falou mais nada, apenas atentou-se ao seu café da manhã, deixando a freira continuar o seu sermão sobre boa conduta e disciplina, além de castigos e a as aulas de boa educação e boa postura diante de um recinto que Sarah passaria a ter regularmente quando voltasse do Natal.

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Peter encontrou um vagão parcialmente vazio, não fosse pelo fato de Albert e Jackeline estarem por lá.

“Não tem outro modo- ele pensou- Os outros vagões estão lotados. Parece que todos de Hogwarts voltarão para o Natal esse ano...todos e mais um pouco...”

“Não é do meu prazer, Freak, mas infelizmente todos os vagões estão lotados, então teremos que ficar aqui.- ele disse, de uma forma indiferente.”

“Com uma condição, Malfoy.- Albert falou, levantando-se e apontando quatro lugares para Peter, Kathy, Anna e Haward.”

“E qual seria essa condição, Bert?- Kathy perguntou.”

“Verdade ou desafio, sendo que a última pergunta ou desafio, antes de chegarmos a Londres não vale.”

“E se não aceitarmos a condição?”

“Vocês saem e procuram outro vagão. Jackeline e eu chegamos primeiro aqui, temos todo o direito sobre ele.- os quatro amigos entreolharam-se.”

“Certo, condição aceita. E eu começo, Albert. Verdade ou desafio?- Peter falou, muito sério e decidido.”

“Acha-se muito esperto, Malfoy. Verdade.”

“O que você estava realmente fazendo com aquela garotinha do primeiro ano detrás das estufas na noite de Domingo?- Peter perguntou, com um tom venenoso e frio. Albert ficou sem reação.”

“Não é da sua conta, Malfoy.- Jackeline se intrometeu.”

“Ah, é sim, Jackeline, desde que começamos essa brincadeira estúpida. Se começamos, vamos terminar. Então, Freak, vai responder ou vai continuar calado, com essa cara de ‘eu fiz algo que não devia e o Malfoy sabe que eu fiz’?”

“Eu não estava fazendo nada.”

“Sério? Então porque a cara de culpa? Anda, Bertzinho, desembucha.”

“Ela me pediu um beijo...- ele falou com cautela- e algo mais...”

“Ela pediu?- enquanto isso, Kathy, Anna e Haward riam da situação- Tem certeza?”

“Certo, Malfoy, eu pedi.- ele confessou- Mas não rolou nada, ok? Está satisfeito?”

“Satisfeitíssimo.”

“Agora, Haward, verdade ou desafio?”

“Desafio.- Albert afinou o sorriso, num modo malicioso. Olhou de Peter para Anna e para Haward.”

“Dê um beijo na Anna.- Haward aproximou-se da garota e deu um beijo em seu rosto- Idiota! Eu disse um beijo, na boca. Você sabe o que é isso? Ou eu vou ter que explicar como se faz?”

Peter olhou perplexo para Albert, com um brilho de raiva nos olhos. Como ele tinha sido capaz de pedir isso? Anna era quase sua namorada...e agora teria que ver seu melhor amigo beijando-a?

Kathy percebeu a inquietação de Peter e segurou sua mão, tentando acalmá-lo. Peter olhou para ela, ainda perplexo, e leu nos lábios dela um gracioso “Vai ficar tudo bem, é só um jogo, não significa nada.”

“É só um jogo, Haward.- Jackeline falou- Não se faça de medroso.”

Haward olhou para Anna, que mantinha uma expressão vaga, sem reação, como se estivesse perplexa demais com a situação. Num instante o garoto juntou seus lábios com os dela, num beijo retraído, tímido, que logo terminou.

“Sua vez, Diggory.- Albert falou, calmamente, sentando-se displicentemente no sofá do vagão.”

“Anna, verdade ou desafio?”

“Verdade.- Haward pensou um pouco.”

“Para onde você vai sempre que diz pra mim que vai para um lugar e efetivamente não vai para esse lugar?- Anna ergueu a sobrancelha- Para onde você vai quando dá uma desculpa para sair?”

“Eu...- ela corou intensamente o olhou para Peter- eu vou me encontrar com o Peter.- Haward olhou para Peter e entendeu o caso deles.”

“Ulalá...acabamos de ter uma traição, não é, Malfoy?”

“Isso é um jogo, Freak!”

“Certo, agora é a minha vez.- Anna falou- Verdade ou desafio, Albert?”

“Hei, mas eu já fui.”

“Não importa. Eu escolhi você. Verdade ou desafio?”

“Verdade.”

“Qual a sua real relação com a Jackeline?- Albert ponderou um pouco.”

“Não é de amizade.- ele falou- Mas não é de namorados.”

“Amantes? Apenas uma brincadeira mais...quente?”

“Sabe definir bem as coisas. Malfoy- ele virou-se para Peter- Verdade ou desafio?”

“Desafio.- Albert sorriu, ainda malicioso.”

“Faça o que Haward fez.- ele falou e Peter sorriu, adiantando-se até Anna- Não na Anna, idiota.- o sorriso desapareceu- Na Katherine.”

Peter engoliu em seco, sentindo seu coração acelerar, tamanha surpresa. Anna olhou de Kathy para Peter e para Albert, sentindo raiva do garoto. Kathy ficou sem reação.

“Andem logo, não é tão difícil.”

“Eu não...eu não posso beijar a Kathy.- a garota olhou para Peter, tentando entender o que ele dissera- Ela é minha melhor amiga.”

“É, e eu não posso beijar o Peter.”

“Ou ela ou a Jackeline, Malfoy.”

Peter olhou de uma para o outra. Kathy achou, por um instante, que Peter fosse escolher Jackeline, e surpreendeu-se quando ele virou-se para ela e aproximou-se.

Ela fitou os olhos azuis do amigo, vendo um brilho carinhoso. Sorriu para ele e ele sorriu de volta, levando sua mão à cintura dela e trazendo-a para junto de seu corpo.

Estranhamente seu coração acelerou, ainda mais do que acontecia com Anna. As borboletas também estavam mais frenéticas, deixando-o ao mesmo tempo eufórico e apreensivo.

Kathy levou sua mão à nuca de Peter e ele sentiu um arrepio serpentear toda a sua espinha, apenas ao sentir o movimento carinhoso dos dedos dela. Ele fechou os olhos assim que viu-a fechar os dela. Selou seus lábios com os de Kathy e sentiu algo estranho pelo seu corpo, como se fosse uma corrente elétrica, que o arrepiava, fazendo-o sentir algo gostoso.

O beijo foi aprofundado e, num instante, foi como se o tempo parasse. Peter esqueceu que aquilo era um jogo. Sentiram-se felizes e, pela primeira vez, completos.

A consciência de Peter voltou instantes depois e ele se afastou lentamente, ainda lutando contra a vontade de continuar beijando a amiga. Kathy permaneceu de olhos fechados por alguns segundos e, quando os abriu, pensou não ter passado de um sonho. Levou os dedos aos lábios e verificou que estavam molhados, pelo beijo doce e gentil de Peter.

“Satisfeito?”

“Satisfeitíssimo.”

“Jackeline, verdade ou desafio?”

“Verdade.”

“Por que, realmente, seu irmão não veio para Hogwarts?”

“Ele é um aborto, Lovegood! Nunca percebeu isso? Ele é um fracassado.”

“Eu sabia. E você também não tem lá níveis exorbitantes de magia, nem mesmo normais.”

“Isso não vem ao caso. Agora é a minha vez, Lovegood. Verdade ou desafio?”

“Desafio.”

“Albert está na sua frente, você sabe o que fazer.”

Kathy olhou assustada para Albert, que mantinha um sorriso malicioso. Ela aproximou-se, cautelosa. Viu, pelo canto do olho, que Peter queria estrangular Albert. Olhou para Albert um última vez antes de fechar os olhos.

De repente, o trem de Hogwarts estancou e Kathy e Albert caíram cada um para um lado. Peter olhou para o lado de fora do trem e sentenciou:

“Chegamos a Londres. Seu desafio está anulado, Jackeline Logan.- a garota bufou alguma coisa, vendo os quatro apanhando suas coisas.”

Kathy foi a última a sair, mas antes de fazê-lo foi barrada por Albert, que segurou seu braço.

“Ainda me deve um beijo, Potter.- ela riu, ironicamente.”

“Vai sonhando, seu nojento!- e saiu.”

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Gina acordou cedo àquela manhã e olhou para o marido, dormindo ao seu lado, com a cabeça praticamente enterrada no seu peito. Ela sorriu, parecendo feliz, lembrando-se que Peter chegaria logo mais e daí buscaria Sarah no orfanato, e reuniria a família inteira novamente.

“Mamãe...?- a voz de Aidan veio chorosa da porta- Posso ficar um pouquinho aqui?”

“O que foi, meu amor?”

“Pesadelo...- a mulher sorriu e estendeu os braços para o filho, aconchegando-o em seu colo durante algum tempo.”

“Foi só um sonho ruim, Aidan...se acalma...”

“Foi com a Sarah...e ela fazia mal a você, mamãe...- Gina ficou calada alguns instantes.”

“Sarah não vai fazer mal pra mamãe, está certo?”

“Não mesmo?”

“Não mesmo.- ela sorriu confiante para o filho- Então que acha de irmos fazer o café pro papai?”

“(...)”

Quando Draco acordou e não encontrou a mulher ao seu lado, achou estranho e ficou logo preocupado. Chamou-a umas duas ou três vezes e não obteve resposta. Levantou-se e verificou no quarto de Aidan. Nada. Até que ouviu vozes vindas do andar de baixo.

Desceu as escadas e parou na porta da cozinha, apoiado no batente. Observou, durante alguns minutos, Gina e Aidan brincando com a comida, sem que fosse notado. Ele sorriu, feliz e satisfeito por ver a mulher tão feliz.

“Clap, clap, clap!- ele bateu palmas- Parecem duas crianças brincando de guerra de comida.”

Gina olhou para a bagunça que os dois tinham feito e sorriu inocentemente para o marido.

“Ih, Aidan, parece que o café da manhã do papai virou balas de guerra.- Draco franziu o cenho e Aidan riu abertamente.”

“Vocês querem dizer que esse negócio amarelo amassado no chão junto com a aveia e lambuzado de leite era o meu café da manhã?- os dois confirmaram- Céus, diante disso eu prefiro ficar com fome!- ele falou, falsamente indignado.”

“É claro que não era, meu amor.- Gina apontou para uma bandeja posta sobre o fogão e Draco sorriu.”

“Eu sabia que vocês não me deixariam com fome.”

“(...)”

Gina terminou de arrumar Aidan e desceu para a sala, onde Draco já os esperava para irem para a Estação King’s Cross buscar Peter. Não demorou para que o trem chegasse e os alunos começassem a descer.

Draco e Gina viram Luna e Harry de longe. Acenaram, mas não conseguiram falar com ele por causa da imensa multidão de pais, que agora juntava-se à multidão de alunos, que amontoava-se na Plataforma 9 ¾.

Peter se despediu rapidamente dos amigos, enquanto ia sendo levado por uma multidão de alunos eufóricos e apressados, e gritou que os esperava para o ano novo em Alderley Edge.

Assim que Gina viu o filho, correu até ele e abraçou-o, pondo-se a chorar, só então percebendo o quanto estava com saudades dele e o quanto não tinha prestado atenção nele no último semestre.

“Você cresceu tanto, meu anjo. Está parecendo um homem.- Peter sorriu, indignado e deu um selinho na mãe.”

“Eu sou um homem, mãe.”

“Para mim não. Para mim você sempre será meu bebê!- ela disse, abraçando-o com mais força e dando um longo beijo em sua bochecha.”

“Calma com isso, mulher, ou vai sufocar o garoto.- Draco falou, divertido, apertando a mão do filho e puxando-o para um abraço.”

“E você, Aidan- Peter falou, dando um abraço no irmão mais novo- Como está indo?”

“Bem e você?”

“Muito bem, amigão.- e bagunçou os cabelos loiros do pequeno, em seguida pegando seu malão e saindo da Plataforma com os pais.”

“(...)”

Draco parou o carro na frente do Internato Feminino da Inglaterra e olhou seriamente para Gina.

“Você quer mesmo fazer isso sozinha?”

“Eu preciso, Draco. Eu não posso ficar com medo da Sarah. Ela é minha filha, não minha inimiga.”

“Mas você já entendeu como você fica quando ela está com você, não é?”

“Não vai acontecer de novo, Draco.- o homem sorriu fracamente e beijou-lhe os lábios demoradamente.”

“Não quer nem mesmo que eu vá com você, mãe?- Gina olhou para Peter e sorriu.”

“Eu tenho que fazer isso sozinha, meu anjo.”

Gina desceu do carro e entrou no internato. Seguiu as placas, procurando o salão principal, onde geralmente as crianças ficavam esperando os pais quando iam buscá-las.

Assim que chegou lá, encontrou o salão vazio, a não ser pela própria Sarah, que esperava pacientemente, sentada numa das cadeiras mais no fundo, com a mala ao seu lado, balançando as pernas que não tocavam o chão, olhando atentamente para as mãos, que pareciam extremamente interessantes.

Gina olhou para a filha e sorriu, sentindo-se feliz por juntar mais um filho. Andou alguns passos e parou, ainda observando a atenção que a filha tinha com as mãos.

“Sarah...?- a garotinha olhou para quem a chamara e, assim que viu a mãe, incrivelmente sorriu e levantou-se da cadeira.”

“Você demorou...- ela disse, com um tom doce, e olhando carinhosamente para a mãe- Achei que não viesse mais...- Gina viu a filha se aproximar e abaixou-se até que seus olhos ficassem na altura dos dela.”

“Eu prometi, meu amor.- ela abriu os braços e deixou que Sarah a abraçasse, com carinho e amor, sem demonstrar qualquer vestígio de ódio ou raiva, ou da Sarah que Gina se lembrava de ter visto da última vez.”

“Você está bem, mamãe?”

“Sim, estou. Você?”

“Agora sim.- Sarah olhou para a mãe de uma forma que Gina só vira uma única vez, quando ela nascera. Era um brilho ingênuo e amoroso.”

“(...)”

Peter e Aidan receberam a irmã de braços abertos, ao que Sarah abraçou os irmãos com toda a alegria do mundo. A seguir Sarah abraçou o pai demoradamente e beijou-lhe a face, para surpresa do próprio Draco.

“Então estamos muito felizes, não é mesmo?- Draco perguntou.”

“Quero presentes de natal!- Sarah pediu.”

“Quero uma vassoura. Peter, me dá a sua vassoura velha?- Peter rodou os olhos e desconversou.”

Por mais que fosse estranhos para Gina e Draco, o comportamento de Sarah agradou a ambos, deixando-os muito mais calmos e com uma sensação de segurança e felicidade que não sentiam há algum tempo.

Peter, Aidan e Sarah foram o caminho todo fazendo algazarra no banco de trás e, quando chegaram em casa, correram por todo o jardim. Os irmãos mais novos correndo atrás de Peter e pulando em cima dele, rolando na grama e subindo em árvores.

Draco e Gina não puderam deixar de notar a felicidade dos três quando estavam juntos, e o quanto tudo ficava mais calmo e aparentemente mais certo e mais feliz.

“Você acha que a Sarah vai mudar de novo?- Gina perguntou- Falar tudo o que ela falou de novo?”

“Eu espero que não, meu amor. Mas não podemos nos precipitar. Eu só quero que você saiba que não importa o que aconteça, lembre-se que eu estou com você, ok? E prometa que não vai se esquecer disso como você se esqueceu da última vez.”

“Eu prometo, Draco.”

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