O poder de um livro



Capítulo 25 – O poder de um livro




O lugar era escuro, apenas iluminado com algumas velas, o que dava um ar ainda mais assustador. Junto à parede oposta à porta, erguia-se uma estátua, de quatro metros de altura, com uma aparência nariguda e orelhuda, provavelmente uma mistura de vários animais.

Aquele era Seth, o Deus egípcio da violência e da desordem!

Nas paredes, pouco iluminadas, era possível vislumbrar pinturas de episódios de sacrifícios, com derrame de sangue, torturas e mutilações. No centro, existiam dois altares de pedra. O da direita estava vazio, mas no da esquerda viam-se cordas e um punhal cravejado de rubis de um intenso vermelho. Tudo era antigo e libertava um poder mágico carregado de uma escuridão mortal, digna daquele que ali era adorado. Aquele era um templo de adoração a Seth, enterrado nas profundezas do deserto e esquecido durante muitos séculos…

Da única porta do espaço, começaram a emergir pessoas, todas elas vestindo túnicas pretas com capuzes e com a cara coberta por uma máscara branca. Estas figuras entoavam, em uníssono, um cântico aterrador, numa língua desconhecida, enquanto se dispunham num círculo em torno dos altares. Uma figura solitária saiu desse círculo, com um livro aberto nas mãos, que pousou numa das extremidades do altar da direita e virou-se para a estátua de Seth. Ficou momentaneamente em silêncio, enquanto elevava os braços.

- Poderoso Seth! Dai-nos a passagem para o vosso reino, para que possamos trazer de novo o caos e a destruição a este mundo. – No momento em que o homem começou a falar, todos os outros se calaram. – Permiti que se reerga aquele que encarna o mal, o Senhor das Trevas, Lord Voldemort!

Neste momento, dois homens trouxeram algo embrulhado em faixas negras e colocaram em cima do altar, à frente do qual estava o celebrante do ritual. Um outro homem retirou as faixas negras, revelando algo que provocou alguma agitação no lugar. Era um cadáver, já em putrefacção avançada, resultado da acção de minúsculos seres que povoam o subsolo, que, mal foi descoberto, libertou um odor nauseabundo e mórbido. O celebrante continuou:

- Em troca da vida do nosso mestre, nós te oferecemos o sacrifício da carne e do sangue, pela entrega da inocência e pureza, ambos representados pela infância, para que tudo isso seja destruído. Que a vítima seja trazida para sofrer o juízo final!

Uma menina, com cerca de 10 anos, era arrastada até ao centro da sala. Parecia um anjo, com cachos de cabelo loiros, que lhe caíam até à cintura e com os olhos de um profundo azul, que neste momento estavam avermelhados. Ela gritava e tentava soltar-se em vão. Quando viu o cadáver, os seus olhos abriram-se em puro terror e a sua respiração tornou-se mais acelerada e descompassada. Os gritos cessaram de imediato, dando lugar ao choque, que a impedia de reagir. Ela foi colocada no altar da esquerda, amarrada numa posição em forma de cruz, com os pés juntos e os braços abertos. Só aqui ela recuperou a voz e recomeçou a luta desesperada para se livrar daquele triste e aterrador fim.

O celebrante pegou na sua varinha na mão direita e voltou-se de novo para o altar.

- Chegou a hora! Ergue-te Senhor das Trevas! VENI OMNIPOTENS AETERNAE TENEBRA! – ele apontou a varinha ao seu peito e seguidamente ao cadáver. Da varinha saíram dois flashes de luz: um púrpura e outro vermelho. No momento em que o feitiço atingiu o corpo sem vida, ele começou a mexer-se. Aquele era o sinal aguardado, pelo que ele se encaminhou até à menina e pegou no punhal – Que o sangue desta criança seja, para sempre, o símbolo do poder daquele que irá ressurgir.

Com um gesto rápido, ele degolou-a, ceifando-lhe a vida que fora tão curta. Durante uns segundos, a pequena debateu-se, não pela sua liberdade, mas agora na tentativa de encontrar algum ar. O sangue dela manchou tudo à sua volta… a sua pele alva… a túnica que vestia, o altar. Toda a sua luta… toda a sua vontade de viver… tudo isso foi em vão. Logo o brilho foi desaparecendo dos seus olhos, ficando apenas a expressão sem vida, à medida que as forças a iam abandonando e a respiração ficava mais escassa… até que… parou para sempre!

O assassino pegou no cálice e nele derramou o sangue dela. Depois ergueu-o ao nível dos olhos e voltou para a posição original, diante do cadáver.

- Está na hora de cumprir o vosso destino!

Com estas palavras, derramou o sangue na boca do homem morto. Tudo o que aconteceu de seguida foi muito rápido. O corpo em putrefacção começou a mexer-se vigorosamente, como se estivesse em sofrimento. A carne desfeita começou a restaurar-se e a pele começou a cobrir todo o corpo. Quando o processo terminou ele, finalmente, abriu os olhos, os olhos em fenda, como os de uma serpente.

Lord Voldemort regressara, em pleno poder!




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Sexta-feira de tarde era o momento da semana mais aguardado pelos alunos do sétimo ano de Gryffindor, principalmente pelo facto de não terem aulas, em véspera de fim-de-semana. Vários alunos decidiram aproveitar aquela tarde de início de Primavera para passearem pelos jardins de Hogwarts, enquanto não começava a corrida louca para estudar para os exames.

Depois do episódio da Sala Comum de Gryffindor, decorrido entre Harry e Ginny, haviam-se passado alguns dias de algum constrangimento entre os dois. Ginny corava com uma facilidade apenas vista quando esta estava no seu primeiro ano e Harry evitava olhá-la nos olhos, tamanha era a vergonha que sentia. Perante a desconfiança de Ron sobre as atitudes dos dois, Harry acabou por ceder e contar tudo ao melhor amigo, esperando levar um soco a qualquer momento. Surpreendentemente, Ron começou a gargalhar da cara assustada de Harry, acrescentando ainda, que nunca tinha visto nenhum casal de namorados ficar tão envergonhado, apenas por causa de uns amassos. Naquela tarde, as coisas haviam finalmente voltado ao normal entre Harry e Ginny e aquele episódio parecia ter sido esquecido.

Ron estava entretido a ler um livro, facto que seria de estranhar, não fosse o livro sobre a história dos Chudley Canons. Os Marotos conversavam em voz baixa enquanto Remus os repreendia sobre planos mirabolantes e perigosos. Lily e Marlene olhavam desconfiadas para os quatro, primeiro porque agora já sabiam o que eles discutiam neste tipo de reuniões, que apenas acontecia uma vez por mês, e segundo, porque fazia muito tempo que eles não aprontavam nenhuma brincadeira. Quer dizer… tirando talvez os duelos com Severus Snape. De resto, depois que James desafiara Lucius Malfoy para um jogo de Quidditch, não se tinha ouvido falar de nenhum duelo entre alunos das duas casas rivais. Pareciam querer resolver essa eterna disputa no campo, em cima de vassouras. Ginny e Hermione conversavam animadamente sentadas por baixo de uma árvore e Harry parecia ter adormecido, depois de ter encostado a cabeça no colo de Ginny. Esta afagava-lhe os cabelos distraída.

Apesar de toda esta calma, Harry parecia estar a ter um sono agitado e murmurava coisas ininteligíveis. A uma certa altura ele começou a suar e a contorcer-se chamando a atenção de todos os presentes, principalmente de Ron, que largou o livro e correu até ao amigo, com um ar de preocupação. Ginny tentou acordá-lo, mas nada parecia trazê-lo de volta ao mundo real. Tudo isto começou a desesperar os amigos.

- O que é que se passa com, ele? Porque é que não acorda? – Um ataque de pânico estava eminente em Ginny, que começava agora a chorar.

- Eu não percebo… – Ron envergava um olhar confuso – Ele só ficava assim quando ele tinha aquelas visões com Vo-voldemort!

Olhares chocados foram dirigidos a Ron e logo se desviaram para Harry.

- Esperem lá! A que propósito o Harry tem visões com Voldemort?

- É uma longa história, James. Mas agora temos é de acordar o Harry, porque isto é mau sinal…

As palavras de Hermione foram interrompidas, pois Harry abriu bruscamente os olhos assustado e rebolou para o chão, ficando em posição de quatro e tentando respirar com dificuldade. Num segundo levou as mãos à testa.

- Harry, o que é que se passa? - Nenhuma resposta. – Harry, por favor fala comigo.

- Não adianta, Ginny, ele não responde! Harry, vamos à enfermaria. – Ron aproximou-se do amigo para o amparar, mas o que viu quando se aproximou fê-lo parar estático.
Por entre as mãos de Harry escorria sangue em abundância, tingindo o chão por baixo dele. James foi quem reagiu mais rapidamente, afastando as mãos deles. A cicatriz dele parecia ter reaberto, depois de tantos anos e sangrava sem parar. Harry abriu os olhos com esforço, enquanto se esforçava por respirar.

- Voldemort… ele… regressou! – Dito isto, Harry perdeu todas as forças e caiu sobre os braços do futuro pai, inconsciente.



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Voldemort olhou em volta para observar tudo. Calmamente levantou-se e olhou cada um dos presentes. O mais baixo de todos aproximou-se a tremer, de cabeça baixa, estendendo-lhe os braços para lhe entregar uma túnica, que Voldemort pegou e logo vestiu. Em passos lentos, dirigiu-se ao corpo da menina que havia sido sacrificada e um sorriso surgiu-lhe nos lábios. Nenhum daqueles que ocupavam a sala ousou fazer nenhum som, quebrar aquele momento! Voldemort passou a mão esquelética pelo rosto da criança.

- Que perda lamentável! Provavelmente uma pobrezinha de uma Muggle, não meu caro Snape? Devo dizer que os teus gostos não mudaram muito. – A voz de Voldemort era rouca, como se as suas cordas vocais ainda estivessem a adaptar-se à vida, mas mesmo assim repleta de sarcasmo e crueldade. Os seus olhos viperinos encontraram-se com os do celebrante e o seu olhar desviou-se para o livro na mão deste.

- Hum… “O Livro dos Mortos”?! A usar as mesmas armas do Potter, Snape? Estou profundamente admirado. Posso saber onde encontraste esse exemplar?

Snape estendeu o livro a Voldemort, que o pegou, quase de um modo carinhoso.

- Mestre, estes são os escritos encontrados em Tebas. Foram retirados de um museu Muggle, no Cairo. Foi difícil encontrá-lo porque não conseguimos retirar a informação de que precisávamos à nossa fonte, então tivemos de recorrer a outra.

- Snape, Snape… estás a perder qualidades. Há uns tempos conseguirias essa informação com toda a facilidade. Trabalhar todos estes anos sob as ordens de Dumbledore enfraqueceram-te. O que se passou? Foram aqueles pirralhos insolentes que te amoleceram? Ou foi o arrependimento por alguma coisa passada?

As figuras encapuzadas riram discretamente diante do comentário de Voldemort, mas Snape não se abalou.

- Mestre, não há nada no meu passado de que eu me arrependa. O único responsável por não conseguir essa informação à primeira tentativa foi do Pettigrew que deixou escapar a nossa fonte de informação. Além disso, estes não eram os meus planos iniciais… eu pretendia usar outro ritual… – um olhar malicioso foi dirigido à figura trémula posicionada no círculo – … mas aí precisaria da ajuda do imprestável do Pettigrew.

Voldemort virou-se, para olhar a figura que lhe tinha entregado a túnica.

- Wormtail… a tua incompetência atrasou o meu regresso. Sabes o que te espera?

- Mestre… mestre… por favor… eu não tive culpa… ela fingiu estar morta… e depois… e depois… ela atacou-me… e depois chegaram os outros… e… e… o Severus não confiou… não me deixou… eu queria fazer o que tínhamos combinado no início… – Pettigrew ajoelhou-se diante do mestre e começou a soluçar descontroladamente.

- Isso não me interessa, Wormtail! Falhaste e isso é pago com muita dor.

Pettigrew recuou apavorado e encolheu-se contra a parede.

- Hum… pelo que sei… – continuou Voldemort a olhar com admiração para o Livro – é necessário um poder muito grande para realizar este ritual. Não me lembro de teres tal poder, Severus.

Snape sorriu presunçosamente.

- Foi fácil, mestre! Usei o poder de Harry Potter… que consegui com uma pequena ajudinha de alguém dentro de Hogwarts. Depois esse poder foi-me transmitido e eu usei-o agora. O único senão é que o feitiço que foi usado para retirar poder àquele pirralho apenas permitia que eu o usasse uma vez, pelo que os perdi novamente.

Agora Voldemort percorria a sala, olhando cada detalhe desenhado nas paredes e passando o dedo indicador em algumas delas.

- Mas comigo funciona diferente… eu sinto esse poder em mim! É claro que não se compara ao poder do Potter, mas dá para rivalizar com ele. – o senhor das trevas virou-se abruptamente para os servos. – A minha varinha?! Eu quero a minha varinha!

Agora foi a vez de Snape tremer.

- A sua varinha, mestre, foi destruída pelo Potter, no ministério, pelo que eu soube.

- Isso não importa mais. – Voldemort encolheu os ombros. – Ela não funciona bem contra a dele, de qualquer modo. Mesmo que eu não encontre uma tão poderosa como aquela, nunca conseguirei matar Harry Potter com ela. Agora… levem-me esse rato cobarde daqui e façam-no aprender a não falhar. Depois quero-o de volta, pois tenho uma missão para ele.

Dois devoradores da morte agarraram Peter, enquanto este suplicava perdão e levaram-no dali para fora. Voldemort voltou-se para Snape.

- Apesar de tudo, Snape, foste-me fiel. Por isso recompensar-te-ei. A partir de hoje serás o meu braço direito.

Snape curvou-se ligeiramente.

- Será uma honra mestre!

- Ainda temos o Ollivander connosco?

- Não, Senhor. Com a nossa derrota no Ministério, no Verão passado, ele conseguiu fugir. Pelo que ouvi falar, ele aposentou-se depois disso e passou todo o negócio para o sobrinho, a quem ensinou tudo.

O Senhor da Trevas começou a andar de um lado para o outro, pensando numa solução. Parou de repente, virando-se bruscamente para Snape.

- Pensarei numa solução depois. Agora tenho assuntos mais importantes a tratar, começando por continuar aquilo que comecei. Quero todos os nossos aliados reunidos, no máximo até ao pôr-do-sol.

Voldemort começou a andar até à estátua de Seth.

- Não quero saber se o Potter é o Herdeiro de Horus. Não quero saber se ele é o feiticeiro mais poderoso à face da terra. Eu vou fazê-lo pagar por tudo… sofrer a pior dor possível. E eu sei exactamente como o atingir.




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As suas últimas lembranças estavam tão longe… tão distorcidas. Nada fazia muito sentido. Lembrava-se perfeitamente de todo o ritual a que assistira, do sacrifício, de Voldemort de novo com vida… tudo isto causara-lhe uma dor insuportável, muito pior do que qualquer cruciatos que recebera. Horus avisara-o: Voldemort iria voltar e muito mais poderoso do que nunca! Agora tinha um poder praticamente invencível, mesmo para ele, Harry Potter, Herdeiro de Horus. Abrindo os olhos, Harry viu um quarto desconhecido. Não estava na enfermaria de Hogwarts como à partida pensara e a enfermeira ao seu lado não era Madame Pomfrey. Vozes exaltadas começavam a aproximar-se.

- EU QUERO VER O MEU FILHO E NADA DO QUE DIGA PODERÁ FAZER-ME MUDAR DE IDEIAS.

- Acalme-se, Sr. Potter. Ele ainda não acordou e ainda está em observação. Assim que conseguirmos perceber o que se passou com ele poderá visitá-lo, juntamente com a sua esposa.

- EU QUERO VÊ-LO AGORA! QUERO CERTIFICAR-ME DE QUE ELE ESTÁ BEM!

- James, vamos esperar pelo Professor Dumbledore e logo veremos o que iremos fazer.

Fora Lily quem falara, transparecendo uma grande preocupação. James calou-se durante uns momentos e quando falou, o seu tom de voz voltara ao normal.

- Muito bem. Eu vou esperar. Mas assim que o Albus chegar eu não quero saber de nada, eu vou ENTRAR naquele quarto nem que tenha de ARROMBAR A PORTA AO PONTAPÉ, como fazem os Muggles.

Harry não podia deixar de sorrir um pouco… era o seu pai, não havia nada a fazer.

- Vejo que o Sr. Potter já acordou! – Harry olhou para a enfermeira que falara com ele. – Foi difícil convencer os seus pais e os seus amigos de que não se encontrava em perigo, que apenas precisávamos de lhe fazer alguns exames para ver o que havia acontecido consigo.

Harry tentou encontrar forças para falar, mas estas abandonaram-no. A enfermeira pareceu ler-lhe os pensamentos, pois riu-se da cara de esforço que ele fizera.

- Não adianta tentar falar, Sr. Potter. Está ainda sob os efeitos dos sedativos que administramos para que a dor cessasse. Ainda vai demorar alguns minutos até que consiga pronunciar algumas palavras. Talvez seja melhor dormir um pouco mais.

Não! Ele não podia dormir numa altura como aquela. Voldemort tinha regressado e ele tinha de avisar Dumbledore o mais depressa possível!

Os seus pedidos foram atendidos. A porta do quarto abriu-se e por ela entraram Dumbledore, James e Lily, todos com um ar imensamente preocupado, que se desvaneceu quando o viram acordado.

- Harry, pregaste-nos um susto de morte! Só Merlin sabe as coisas horríveis que me passaram pela cabeça. – Harry imediatamente se viu envolvido por um abraço caloroso vindo da sua mãe.

- Senhores, não creio que devessem ter entrado. O Sr. Potter encontra-se debilitado e não acho que devessem submetê-lo a demasiados esforços.

Dumbledore sorriu com simpatia para a enfermeira.

- Sr.ª enfermeira, estão aqui dois pais desesperados para saber notícias do filho. Acho que o que Harry quer mais neste momento é a atenção da família, não concorda comigo?

A enfermeira torceu o nariz em desaprovação, mas dirigiu-se à porta.

- Tudo bem… fiquem à vontade, mas não quero que façam o meu doente fazer esforços!

James olhou a enfermeira furioso, ao mesmo tempo que Lily beijava a testa de Harry que nesse momento era coberta por uma ligadura que lhe envolvia a cabeça.

- Oh, Harry, o que é que te aconteceu?!

Harry fez menção de se levantar, pelo que foi impedido por Lily, que o olhou autoritariamente.

- Vais ficar quietinho, Harry. Ouviste a enfermeira!

- Mãe… eu tenho de sair… daqui! – a sua voz saía arrastada e com esforço. Dirigiu um olhar suplicante a Dumbledore, que apenas fez sinal de que concordava com Lily. – Professor… é importante!

Dumbledore dirigiu-se à cama de Harry com um olhar preocupado… uma preocupação que Harry já não via nele fazia muito tempo.

- Harry, não precisas de te esforçar. O que aconteceu só tem uma explicação óbvia: Voldemort está de regresso e mais forte do que nunca. Provavelmente viste isso nos teus sonhos enquanto dormias, estou enganado?

- Não, professor… não está! – as suas forças estavam a voltar. – Foi horrível, professor… o que ele fez… ele não podia… não podia ter feito aquilo! – Toda a dor que Harry tinha sentido, não a dor física, estava a fluir agora, sob a forma de lágrimas. – Aquela menina… ela não tinha culpa de nada! Mataram-na… e usaram o sangue dela para o trazer de volta!

Ninguém ali ousou interromper o desabafo de Harry. O impacto daquelas palavras era por demais arrepiante. Dumbledore começou finalmente a perceber tudo e afundava-se sob o peso das suas descobertas.

- Harry, viste o Livro dos Mortos lá?

Harry tentou puxar pela memória. Sim, de facto existia um livro, muito antigo, por sinal.

- Havia sim. Eu sabia que já o tinha visto.

O ex-director virou-se para James e Lily.

- Então finalmente descobrimos com quem está o Livro dos Mortos. E, se isso for verdade, podemos temer o pior. Voldemort tem agora armas que não tinha das outras vezes. Vou convocar a Ordem da Fénix para uma reunião de emergência.

Harry fechou os olhos com força, tentando controlar a raiva que o invadia. Quando voltou a abrir os olhos, estes tinham adquirido um tom verde-escuro, como nunca ninguém tinha visto. Um copo que estava na mesinha ao lado da cama estilhaçou-se sem que ninguém lhe tocasse e um vento forte entrou pela janela, fazendo esta abrir-se com um estrondo. Lily recuou de encontro a James, que a amparou por trás, olhando assustado para o filho. Dumbledore, pelo contrário, apresentava aquele típico brilho no olhar, de quando estava orgulhoso de algo. Os olhos de Harry voltaram à cor normal e a expressão de raiva foi substituída por uma forte determinação.

- Professor, eu quero descobrir quem era a menina. Depois disso, Voldemort vai pagar por tudo, nem que eu tenha de o perseguir até ao Inferno, mas eu vou conseguir e desta vez vai ser para sempre. – e virando-se para os pais ele voltou a sorrir – Não se preocupem comigo. Eu já sobrevivi a muito e tenho cabeça dura. Não a vou quebrar por causa de uma dorzinha à toa. – Vendo que o ar de preocupação permaneceu ele sentou-se na cama. – E então? Onde estou? Como vim parar aqui? Porque é que não estou em Hogwarts? Quando é que eu saio daqui?

- Ei, uma pergunta de cada vez! Afinal não estás tão mal assim! – Lily deu uma cotovelada do marido, para este se calar.

- Harry, não ligues ao que o teu pai diz! Ele tem tendência a dizer asneiras. – ignorando os protestos de James, Lily prosseguiu. – Estás em S. Mungus e foste trazido para aqui, porque a Madame Pomfrey não conseguiu controlar a hemorragia da tua cicatriz. – Lily encarou Dumbledore muito séria. – Isto era suposto acontecer?

O velho professor respirou fundo e observou Harry, como se o estivesse a examinar… a penetrar profundamente nos pensamentos dele.

- Não, isto nunca aconteceu, a não ser no momento em que a cicatriz foi feita. O Harry costuma ter dores de cabeça quando Voldemort está furioso, ou muito contente, ou então quando as suas mentes entram em contacto. Não tenho nenhuma explicação para o que aconteceu, mas creio que deve ter a ver com o tipo de ritual que foi realizado…

- E há outra coisa, professor, aquela criança não era uma criança qualquer. Eu senti poderes mágicos nela. Provavelmente era uma bruxa, eu tenho quase a certeza. Não foi escolhida por acaso. Tenho de descobrir quem ela era.

- Isso será discutido na reunião da Ordem. Nós faremos de tudo para descobrir essa informação. Temos de travar o Voldemort antes que ele volte ao seu apogeu.

Harry, agora mais calmo, deu um suspiro de cansaço. Quando ele finalmente pensava que ia ter descanso e que Voldemort o iria deixar em paz de uma vez por todas, aquela cobra humana arranjava uma nova maneira de o tramar. Começava agora a pensar que todos os planos que fizera com Ginny iriam ter de ser adiados mais uma vez. Não! Harry não o iria deixar continuar o que tinha começado. Harry tinha poder para o derrotar e não hesitaria em usá-lo, desta vez.



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Mais uma vez ali estava, na casa que, durante os últimos meses, fora o seu refúgio, o único local protegido daqueles que o perseguia e tentavam enviá-lo para Azkaban. Era incrível como odiava aquele lugar mas, ao mesmo tempo, se sentia seguro ali. Não tinha motivo nenhum para não gostar daquela casa… ela apenas o fazia lembrar de uma parte da sua vida que ele fazia questão de esquecer. Talvez por isso, nunca ninguém o tivesse procurado ali.

Severus Snape tentara por anos esquecer as suas origens muggles, limpar com todas as suas forças o sangue sujo que lhe corria nas veias e, no final, acabara por regressar, qual filho pródigo, à casa da família Snape. Talvez por ser mestiço, se identificara tanto com Lord Voldemort, apesar de só ter descoberto esse pequeno pormenor depois de se tornar espião, dentro da Ordem da Fénix.

Enganara tudo e todos quando se fizera passar por agente duplo, quer Dumbledore, quer Voldemort. Ouvir aquela profecia, mesmo que pela metade, fê-lo ver que, talvez, estivesse do lado dos perdedores. Contara a profecia a Voldemort, mas, ao mesmo tempo, confessara-se arrependido por tal acto, a Dumbledore. Deste modo, conseguiu ganhar a confiança dos dois lados. Fosse qual fosse o lado vencedor, ele sempre estaria desse lado.

Todo este plano estava perfeito… nada poderia dar errado. Mesmo com o regresso de Voldemort, ele continuou a fazer o papel duplo… de nenhum lado, apenas a favor de si próprio. Mas nada o preveniu para uma pequena falha em todo este estratagema. Naquela fatídica noite, quase um ano atrás, ele fora finalmente obrigado a escolher um lado… a optar por quem ele julgava que seria o vencedor, no final.

É claro que Snape nunca pensou que Harry Potter conseguiria destruir Voldemort e, com a morte de Dumbledore, ninguém mais se oporia ao seu mestre. Ao assassinar o velho director, ganhou a confiança do Senhor das Trevas e um lugar de privilégio, ao seu lado. Grande erro! Dois meses depois, Potter descobrira ser o Herdeiro de Horus e matou finalmente o seu pior inimigo.

Snape não pode deixar de sorrir maliciosamente com este último pensamento. Não era orgulhoso ao ponto de não admitir quando tinha perdido e fora isso que o salvara do mesmo destino dos Devoradores da Morte que estavam no Ministério. Ficara lá o tempo suficiente para saber da existência do poder de Horus e abandonara o local minutos depois, sem que ninguém desse por isso.

No dia seguinte, todos os jornais falavam da morte de Lord Voldemort e do regresso à vida de muitas pessoas que tinham sido assassinadas. Porém, nenhuma palavra havia sido referida sobre o tal poder de Horus, apenas que Potter derrotara, uma vez mais, Voldemort. Snape achara, a princípio, muito estranho não ter havido nenhuma fuga de informação para os jornais. Mas tudo deveria ser muito simples: as memórias dos presentes haviam sido modificadas e, por isso, Snape escapara ao mesmo destino.

No entanto, agora Snape estava numa posição péssima. Era um traidor… assassinara Dumbledore, a única pessoa que confiava nele… o seu mestre tinha desaparecido. O que fazer agora?! A única resposta plausível seria trazer de novo, no seu expoente máximo, Lord Voldemort. Mas como iria fazer isso?! Os seus conhecimentos de magia negra eram alargados, era certo, mas, o único ritual que conhecia que lhe poderia dar vida, envolvia a morte do seu celebrante. Ora, Snape não pretendia morrer… ele queria era poder. No início pensou usar Pettigrew para isso, mas ele era tão incompetente que era capaz de matar os dois durante o processo. Não… Snape precisava de outro ritual.

A sua derradeira solução surgiu com o aparecimento de um novo aliado… ou melhor… uma nova aliada! Com grandes conhecimentos sobre magia egípcia, com a vantagem de ser um animago e de não ser procurada pelo ministério, como acontecia com os Devoradores da Morte que tinham escapado e que pretendiam manter-se fiéis a Voldemort.

Severus Snape foi retirado dos seus pensamentos, pela sensação de ardor no seu braço. Voldemort estava a chamá-lo mas, antes que pudesse ir ao encontro do seu mestre, um barulho de uma ave a entrar pela janela fê-lo parar e olhar na direcção em que um corvo dava lugar a uma bela mulher.

- Vais falar-lhe de mim? – perguntou ela, com um leve toque de aborrecimento na voz – Quando me tornei tua aliada, prometeste-me que eu seria uma das mulheres de confiança do Senhor das Trevas. Quero o que é meu por direito.

Snape virou-lhe as costas e colocou a mão na maçaneta da porta. Antes de sair, ainda acrescentou.

- Terás esse lugar, não te preocupes. Continua com o teu trabalho e, no final, tenho a certeza de que terás a eterna gratidão do nosso mestre. Eu vou falar-lhe de ti. Quando ele quiser ver-te, eu irei chamar-te.



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Como monitores-chefes, Ron e Hermione faziam, como sempre, a sua ronda nocturna pelo castelo antes de se recolherem. Para Ron aquela era uma tarefa desnecessária e uma perda de tempo. A única vantagem que tinha era ser a única oportunidade do dia de ficar sozinho com a namorada, sem ninguém para importunar. Mas, para seu grande desgosto, Hermione cumpria aquela tarefa com toda a responsabilidade e não deixava Ron dar um passo que fosse na direcção dela, até entrarem pelo buraco da Dama Gorda.

Como sempre cruzavam-se apenas com fantasmas, professores e outros monitores e o silêncio reinava pelo castelo, com excepção dos momentos em que Peeves aparecia. Mesmo entre os dois, as palavras eram escassas, sendo que a preocupação com Harry ocupava-lhes as mentes, naquele momento. Nenhum conseguiria esquecer o desespero de ver Harry naquele estado. Mesmo passados dois dias e depois de terem notícias de que ele estava bem, só descansariam no momento em que verificassem isso com os próprios olhos.

Estavam prestes a regressar à sala comum de Gryffindor, quando viram surgir um vulto ao fundo do corredor, passando apressadamente. Apesar da escuridão, era possível ver que usava um capuz que cobria a cabeça e tentava ao máximo esconder o rosto. Ron e Hermione entreolharam-se… provavelmente era algum aluno que se aventurara pelos corredores de Hogwarts numa hora que não era permitida. Decidindo investigar, os dois apressaram o passo, esforçando-se por manter o silêncio.

Não foi difícil apanhar o transgressor, que se dirigia a largas passadas para a porta principal do castelo, mas a face continuava escondida. Mas, quando um miado se fez ouvir pelo corredor, a figura assustou-se e, ao dar um passo na direcção da claridade e deixar escorregar o capuz que lhe cobria a cabeça, foi possível ver um rosto… um rosto muito familiar para Hermione e Ron… olhos azuis, cabelos longos… Danielle Dumbledore.

Atingidos pelo choque da revelação, Ron e Hermione estagnaram por breves segundos, mas que fora o suficiente para perderem Danielle de vista. Tentaram apanhar-lhe o rasto, em vão… ela desaparecera misteriosamente.



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Nota de Beta: AMEI!!!! Tu sabes disso, eu sei disso, até o Voldie sabe disso!!! As minhas duas cenas favoritas foram a primeira e a última. Porquê? Porque provaste que para ser um bom escritor é preciso saber descrever bem as perdas… fazer os nossos vilões ganhar vida e até respeitá-los. A partir do momento que consegues fazer isso, atinges um nível óptimo. Eu sei! Custa imenso matar assim um personagem a sangue frio. Mas tu e eu sabemos que certas coisas necessitam de ser escritas. O meu coração enche-se de orgulho. Será que me ensinas a escrever assim? * lightmagid olha suplicante para Guida* Por favor? Quando for grande quero ser como tu… bem pelo menos se não fosse mais velha do que tu. Ah ah ah! Desta vez não fiz notas de beta ao longo do texto pois não quis quebrar o mistério. Agora, senhora GUIDA POTTER GRYFFINDOR MAGID… despeço-me levantando o meu chapéu de bruxa em respeito e dizem apenas: “Zameth ethir”!

Nota de Gui: Não podia começar a minha nota de autora, sem responder a este teu comentário, Light… quer dizer, tentar, já que fiquei sem palavras quando me enviaste de volta o capítulo betado e eu li esta nota. Então, só tenho a agradecer-te por tudo e exigir que me digas o que quer dizer essa expressão Magid aí em cima. Bjocas grandes.


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Nota de Autora:

Oi pessoal!

Cá está um capítulo novinho em folha! Espero que tenham gostado e não me queiram matar por trazer Lord Voldemort de volta. Eu sei que não gostam dele, mas o que seria de uma história sem um grande vilão?

Devo dizer que este capítulo me deu imenso trabalho para escrever. Tive de fazer montes de pesquisas, visitar dezenas de sites, para decidir qual a melhor maneira de realizar o ritual. Acho que o resultado final não deve estar muito mal, mas deixo a parte de criticar para vocês.

Tenho um pedido a fazer-vos. Eu peço-vos muita paciência comigo, daqui para a frente. As minhas provas da faculdade estão a aproximar-se e as minhas “dores de barriga” também. Tenho imensa coisa para estudar, dezenas de quilos de livros para ler… uma coisa absurda. Então, talvez eu não consiga actualizar muito frequentemente. Mesmo assim, eu vou escrevendo, conforme tiver algum tempo livre. Só peço que não desesperem e não queiram matar-me por isso. Afinal, a faculdade vem em primeiro lugar e só depois é que está a fic.

Bem, é melhor passar para as respostas aos comentários, para postar mais rápido.

Lóide Eunice Sacramento: Pois… aquela cena! Eu lembrei da época em que o Harry ficou um tempo com a Cho e a JK descreveu-o com muita timidez, nessa relação. Uma vez que a Ginny ainda é pior do que o Harry nesse quesito, eu achei engraçado colocá-los assim tão tímidos. Respondendo à tua pergunta, estou a tirar o curso de medicina na FMUP (The best faculty around the world!!! lol). Adoras o Antigo Egipto? Eu confesso que nunca gostei muito de história, por causa daquelas datas que a gente tem de decorar na escola, mas sempre gostei muito de mitologia e ultimamente tenho começado a pesquisar muito nessa área.

Expert2001: Eba… tantos elogios vão-me deixar corada *Guida procurando desesperadamente uma toca para se esconder, rsrs* Eu optei por fazer uma fic com vários estilos misturados porque, pessoalmente, eu adoro isso numa fic. Fico feliz por não ser a única.

Tati Pontas Potter: Então, filhota! Não fiques triste, eu não me esqueci de ti. Mas a força do hábito é tão grande e a Lah foi tanto tempo a minha filha mais nova, que eu escrevi aquilo automaticamente e nem pensei direito no que escrevi. E que história é essa de extrair informações? Por acaso andas a conspirar com o pappy contra mim? Ele já sabe o que lhe acontece se o fizer! A tia sabe quem é o espião, mas ela não te vai dizer, porque eu sei demasiado sobre a fic dela também.

Hannah Burnett: É verdade, o Harry parece estar a querer cometer os mesmos erros. Mas agora é diferente. Ele tem uma família e tem muita gente em quem confiar. Vamos ver o que sai daquela cabecinha despenteada. Quanto à mulher animaga, ainda falta muito para eu revelar quem é. Mas podes sempre tentar dar palpites.

Zoey Evans Black: Então então! Filha do lindo, gato, maravilhoso e mais que perfeito Sirius Black! Por mais que eu deteste genética, eu devo admitir que esta coisa dos genes funciona mesmo, rssss. Lembra-me de te apresentar o Aldo Padfoot Black. Vocês iriam dar-se bem.

Adriana Roland: Minha linda sobrinha… eu vou pensar com carinho no teu pedido! Confesso que me sinto tentada a dar um soco no Peter, mas tal como te disse, não pode acontecer isso (pelo menos para já).

Daniela Potter: Bem, parece que as tuas suspeitas se confirmaram! Cá está Voldemort de novo, mais perigoso e poderoso do que nunca. Quando à ideia de matar o ministro, não posso falar nada. O destino dele já está aqui organizado na minha mente e acho que vais gostar.

Camilla Victer: Nossa, obrigada! É sempre bom ouvir elogios, dá uma sensação de gratificação pelo nosso trabalho, principalmente quando nos esforçamos por realizá-lo e criamos tantas expectativas em torno dele.

Madalena: Sim… foi o Peter que roubou o livro. Se reparares, eu falo disso já no capítulo 19. Não gostas do Peter? Eu também não. Eu tenho pavor àquele rato. Na família Magid queriam casar-me com o Peter, uma vez que já havia um Pontas, um Almofadinhas e um Aluado. Felizmente apareceu o Puff, se não eu bem que ficava solteira. Não ligues às minhas maluquices, rsrsrsr.

Gika Black: Percebeste agora como usaram o poder do Harry? Eu vou-te dar uma pista: repara muito bem no feitiço que o Snape invocou. Para saberes como conseguiram aquele poder terás de aguardar mais uns capítulos. Explicarei mais para a frente. Continua a tentar descobrir quem é a misteriosa mulher-corvo.

Cristiane Erlacher: é uma ideia sustentada de facto, mas eu não posso dizer nada para já. Com o tempo as coisas vão-se revelando e irás descobrir. Afinal são estes pequenos mistérios que dão curiosidade de ler, não é? São aquelas “artimanhas” que os escritores vão aprendendo ao longo do tempo.

Maria Lucinda Carvalho de Oliveira: Então? Deixei-te feliz mais uma vez? Lamento não poder actualizar todos os dias. Se eu pudesse, era isso que eu faria. A fic da Jaline é realmente muito boa, mesmo que ela diga que não (ela sempre cora quando eu digo isso) e foi uma crueldade o que aconteceu com ela. Eu torço todos os dias para que a fic dela volte a aparecer.

Deby: Não adianta fazer essa carinha. Podes perguntar ao tio Biel, eu não cedo facilmente a chantagens emocionais (e agora aprendi também a fazer chantagem, com o melhor --->Gabriel Puff). Aqueles três são os típicos bruxos, não conseguem passar despercebidos. Eu nem vou comentar essa história de querer deixar-te louca com tantas dúvidas. Ah, se a tua mãe se portar bem, eu continuo a deixá-la opinar.

Beca Black: Então? E esse palpite? Já se confirmou? Espero que não, rsrsrs, afinal o meu objectivo é que vocês não descubram. Mas se descobrires, dou-te os parabéns, já que terei sido superada (eu reconheço quando a batalha está perdida). Nossa, eu hoje estou dramática, rsrsr.

Kika Martins: Tadinho do Harry, mesmo! Eu adorava saber como teria sido a relação do Harry com o James se este não tivesse morrido, então estou a amar descrever a relação tal como eu acho que teria sido. Não te enerves com o Peter… ele terá o pago, não te preocupes.

Aldo Padfoot Black: Paddy… *Gui a agitar a coleira na mão, ameaçadoramente* Eu não respondi ao teu comentário porque não encontrei comentário nenhum. Como diz a minha avó, engasgado seja quem o comeu. Pronto… eu vou explorar mais o Sirius. Se quiseres dar palpites para os nomes dos trigémeos tudo bem, mas fica a saber que dificilmente me vais fazer mudar de ideias :-p. Eles já estavam decididos antes mesmo de começar a escrever a fic. Quanto a não aparecer no msn, bem… queixa-te à Light, porque eu já cumpri a minha parte, rsrsrsr, mesmo que tenha sido por pouco tempo.

neptuno_avista: nossa, que violência! (*Gui baixa a voz* eu sei que és pacífica, mas vou apoiar a tua agressividade, para fazer a Light postar mais depressa). *Guida começa a falar alto para que Light possa ouvir* A Lightmagid que se cuide. Se fosse eu a ela, começava a escrever depressa, para não sofrer nas mãos de uma leitora desesperada! *baixa a voz novamente* Será que ela ouvir a ameaça? Esperemos que sim!

Lily Weasley Potter Magid: Line, minha Linda! Estou com tanta saudade! *Gui afagando os cabelos ruivos da afilhada* Por falar em cabelos ruivos… ficam-te bem… acho que ainda não tinha tido oportunidade de te dizer isto. Agora que já acabaram as provas, fico à espera do regresso de “Dois caminhos (mestre e aprendiz)”. É VERDADE! Esqueci de perguntar ao Puff pelo ursinho cor-de-rosa de chocolate que lhe enviaste. E quanto ao teu último comentário, que é isso que vocês ficarem na minha sombra? Tu e a Light são das melhores escritoras que eu já tive o prazer de ler. Vocês são fantásticas e eu terei de batalhar muito para chegar ao vosso nível. Estou mortinha de saudades e espero encontrar-te em breve na net, seja no skype, no msn, por email, no orkut, seja o que for. Mas eu tenho de matar saudades e colocar a conversa em dia!

Mione_Granger,Karonte,Brenda_Mione e Lar: ACTUALIZEI, ACTUALIZEI, ACTUALIZEI, ACTUALIZEI, ACTUALIZEI, ACTUALIZEI, ACTUALIZEI, ACTUALIZEI, ACTUALIZEI, ACTUALIZEI, ACTUALIZEI. Como devem ter reparado, eu ando muito desaparecida. Mas não é por mal! Eu leio os capítulos, mas depois não tenho tempo para comentar. Eu já li a vossa fic até ao capítulo 10, mas ainda não tive tempo de comentar. Eu vou tentar comentar em breve.

Sakura Li: Eu sou má para o Harry?! *Guida fingindo-se ofendida* Pronto… talvez seja um pouquinho! Ou talvez muito! Mas até que eu fui boazinha com ele no início: dei-lhe uma família, o Sirius, uma madrinha, até um irmãozinho. Tá bom, eu admito que sou muito má. Talvez seja por isso que a Lightmagid passa a vida a chamar-me Darth Sidius.

Lightmagid: EU VOU-TE MATAR, TENS NOÇÃO DISSO, NÃO TENS? Depois avisem os meus pais que eu vou passar o resto dos meus dias em Azkaban, porque matei a louca da minha beta, COM MOTIVOS JUSTIFICADOS! Sim…. Eu descobri o teu plano… querias que eu passasse mais 10 minutos a responder ao teu comentário! Hehe, assim vou responder antes de acabares de betar. INOCENTES? Os teus comentários de inocentes não têm nada! Já me faz lembrar aquele que fizeste há algum tempo atrás…como era mesmo?! Ah, já sei! «Isto que dá deixar um ursinho e seu bebe a escrever algo sozinhos. Ficam tão distraídos e encantados um com o outro que tudo o resto é “ pautado “ de pouco importante» *Guida a fazer cara de choro* Depois eu é que sou malvada! E outra coisa: EU NÃO VOU ESCREVER NENHUMA CONTINUAÇÃO ENQUANTO TU NÃO ESCREVERES TAMBÉM! (hehe, tive a minha vingança!) Para terminar, realmente deves ter muitas irmãs gémeas, já que duas pessoas já viajaram contigo de ônibus, no Brasil! É o que dá teres imaginação demais, entras tanto na história que acabas por agir como os teus personagens. Depois de dispersar a minha raiva, bem… sabes que apesar das nossas discussões eu te adoro, não é? És a minha maninha linda, amiga e melhor beta do mundo e não te trocaria por nenhuma outra!


Bem… só me resta despedir até ao próximo capítulo, que espero ser para breve.

Um grande beijo, desta escritora maluca que vos adora,
Guida Potter.

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