O mestre e o corvo



Capítulo 24 – O mestre e o corvo



Rufus Scrimgeour, ex. chefe do Departamento de Aurores e actual Ministro da Magia, era conhecido pela sua rigidez, disciplina e capacidade de manter a ordem. Para a população bruxa em geral, era um homem de carácter, com uma personalidade forte e uma coragem extraordinária. Havia aqueles que o veneravam e o tinham como o melhor ministro da magia do último século, aqueles que simplesmente obedeciam às suas ordens, mas que as questionavam em silêncio e, por fim, aqueles que se opunham verbalmente à sua forma de orientar o ministério. Neste grupo incluíam-se homens como Albus Dumbledore ou Alastor Moody.

O seu gabinete era uma ampla e luxuosa sala, ricamente decorada com pesados móveis. Para além de uma secretária, ocupada por amontoados de pergaminhos enrolados, existiam vários móveis, preenchidos com livros, medalhas e outros prémios ganhos pelo ministro, ainda como auror, e outros artefactos coleccionados pelo mesmo.

No centro da sala, uma mesa oval com dez lugares era ocupada, nesse momento, por vários bruxos que conferenciavam com o ministro. Contavam-se alguns dirigentes dos principais sectores do ministério, como Arthur Weasley, Remus Lupin e Kingsley Shacklebolt, Dumbledore e McGonagall, além do próprio ministro.

- Ainda não me apresentaram provas concretas de que nos deveremos alarmar. Aquele-cujo-nome-não-deve-ser-pronunciado está morto! Quase todos os devoradores da morte estão mortos ou em Azkaban! Não temos com que nos preocupar.

- Creio que não me expressei devidamente, Rufus. Talvez seja melhor começar do início.

Scrimgeour bufou de indignação perante a afirmação de Dumbledore. O Ex-director de Hogwarts mantinha o seu semblante calmo e relaxado, mas uma leve irritação começava agora a ser perceptível.

- Eu percebi muito bem o que foi aqui dito, Albus. Só não creio que o desaparecimento de um livro… um LIVRO… seja algum motivo especial para preocupações.

- Não é um livro qualquer. É o Livro dos Mortos! – McGonagall usava um tom de voz como se estivesse a tirar uma dúvida a um aluno persistente. – Segundo Joanne, ele está carregado de rituais da mais poderosa magia negra. Para além disso, houve ainda o atentado contra o Harry.

- Ora, Minerva! O Potter tem montes de inimigos. Pode muito bem ter sido alguém interessado na derrota dele, uma vez que ele se encontrava em jogo. Não quer dizer que haja um espião. E quanto ao livro, não creio que haja problema algum. Provavelmente foi algum muggle idiota com fascínio pela cultura egípcia.

Haviam passado várias horas, desde o início da reunião, durante as quais, tentavam em vão alertar o ministro para eventuais movimentações suspeitas de devoradores da morte, ou para a possibilidade de existir um espião dentro de Hogwarts. Kingsley tamborilava nervosamente os dedos na mesa, olhando, me silêncio, de Minerva e Albus para Rufus.

- Permita-me que fale, Sr. Ministro. – todos os olhares se dirigiram para o chefe de aurores. – Creio que está a cometer o mesmo erro que Cornelius Fudge cometeu uma vez no passado. Ele recusou-se a acreditar que Quem-nós-sabemos tivesse regressado e por isso a situação ficou fora do controlo. O resultado foi a sua demissão e uma guerra que poderia ter sido evitada. Não me parece que queira seguir o exemplo do seu antecessor.

A cor do ministro sumiu do seu rosto em poucos segundos e os seus olhos adquiriram uma fúria incalculável.

- O que vocês estão a sugerir? Que eu deva afastar-me?! – Scrimgeour ergueu o seu dedo indicador, ameaçadoramente, em direcção de Dumbledore – É isso, não é? Querem que eu me afaste para que tu tomes conta do meu lugar…

- Ninguém falou em demitires-te, Rufus! – interrompeu Albus, agora visivelmente irritado, um dos raros momentos em que aquele velhinho tão simpático parecia tão assustador como o próprio Voldemort – Não vejas coisas onde elas não existem. Nós estamos exactamente a alertar-te para que não tenhas o mesmo destino que o Cornelius. Não deves ignorar as provas que te demos: movimentações de devoradores da morte, dementors e gigantes, o desaparecimento do Livro dos Mortos, o atentado contra Harry, o espião em Hogwarts… não acho normal que um aluno qualquer, mesmo que algum Slytherin, ande por aí a praticar magia negra dentro da escola. Queres mais provas do que te temos vindo a alertar?

Rufus levantou-se da cadeira e começou a dar pesados passos em torno da mesa. O seu rosto contorcia-se com expressões indecifráveis e os seus olhos encaravam de tempos a tempos, algum ocupante da sala.

- Não pensem que eu vou deixar que se instale o caos no mundo mágico. Vocês estão a ficar paranóicos e qualquer coisa para vocês é sinal de que poderá eclodir uma guerra a qualquer momento.

Agora foi a vez de Kingsley se levantar e se colocar na frente do ministro, obrigando este a parar e olhar para cima para encarar o seu subalterno.

- Sr. Ministro, acho que esta situação está a ficar fora do controlo. Como chefe de aurores, eu devo aconselha-lho a acalmar-se imediatamente e a tomar medidas urgentes quanto a esta situação. Se não se achar capaz de proteger a nossa comunidade, então deverá deixar o seu lugar para alguém que o possa fazer.

Um silêncio mortal tomou conta da sala e várias pessoas sustiveram a respiração. Dumbledore lançou um olhar curioso para Kingsley, mas um sorrisinho orgulhoso aflorou-lhe nos lábios. McGonagall e Arthur apenas observavam tudo estupefactos, não querendo acreditar no tom ameaçador que o seu colega, normalmente um dos mais calmos da Ordem da Fénix, usara contra Scrimgeour. A pele deste adquiriu um tom arroxeado e os seus punhos cerraram-se com força.

- Como te atreves?! – disse ele entre dentes – Como te atreves a enfrentar-me assim?! A ameaçares-me?! Eu é que sei se sou capaz ou não de proteger o mundo bruxo. Eu fui nomeado para este cargo por ser competente. Eu já lutava contra bruxos das trevas ainda tu usavas fraldas!

- Eu não estava a ameaçá-lo, Sr. Ministro! Tal como disse Albus, eu apenas estava a alertá-lo.

Rufus permaneceu em silêncio durante alguns segundos, mas a sua fúria foi lentamente substituída por um sorrisinho irónico.

- Eu sei o que vocês estão a tentar fazer! Estão a tentar desmoralizar-me… estão a conspirar contra mim. Mas eu não vou deixar! E vou tomar medidas agora mesmo. – voltou a olhar fixamente para Kingsley que permanecia na sua frente. – Não creio que estejas apto para continuar com o cargo de Chefe de Aurores, Shacklebolt. Contactar-te-ei para discutirmos a tua saída. Estás suspenso até segunda ordem.

Dumbledore levantou-se, pousou as mãos estrategicamente em cima da mesa, inclinou-se ligeiramente para a frente e olhou o Ministro por cima dos óculos em meia-lua, numa posição que captou a atenção de Scrimgeour. Quando falou, a sua voz soou calma, mas fria, como se Dumbledore estivesse desapontado com alguma coisa.

- Estás a cometer um grave erro, Rufus! Estás a ganhar amor pelo poder e isso está a toldar-te a visão, impedindo-te de ver com clareza. Kingsley é a melhor pessoa para ocupar este lugar e tu sabes disso tão bem quanto eu. Vais arriscar a segurança do mundo bruxo apenas porque suspeitas que está a haver uma conspiração contra ti?

- Eu não suspeito, Albus… eu tenho a certeza! Porque outro motivo deixarias a directoria de Hogwarts, que não fosse para ocupares o lugar de Ministro?!

- Eu deixei a directoria, porque acredito que devo deixar esse lugar para pessoas bem mais novas e bem mais competentes do que eu. Eu nunca quis ser Ministro, mesmo quando era mais novo. Não é agora, que tenho mais de cem anos que o vou fazer. Deixa de ser idiota, Rufus. Abre os olhos e começa a distinguir quem são realmente os teus aliados. Confias tanto em pessoas como Dolores Umbridge, que dariam de tudo para ocupar o teu lugar, e acusas as pessoas em quem realmente podes confiar de conspiração!

Algo no modo como Dumbledore falara, tivera o dom de assustar o Ministro. Talvez fosse o respeito pelo seu antigo professor, ou mesmo medo da imponência e poder que ele manifestava. O que quer que fosse, fez Rufus recuar um passo, na direcção da sua cadeira e sentar-se com toda a força. Os seus olhos, porém, continuavam fixos nos do ex-director, que não saíra da mesma posição.

Quando finalmente baixou o olhar, Rufus Scrimgeour limitou-se a proferir:

- Podem sair! A reunião está terminada!

McGonagall fez questão de se levantar, mas foi parada por Dumbledore que continuou a falar.

- Eu irei sair, Rufus. Mas, por favor, pensa em tudo o que te falamos e volta atrás na tua decisão de demitires Kingsley. Agires dessa forma só irá criar discórdia e divisão entre uma comunidade já tão dividida. Tenho a certeza de que não quererás isso.

Sem dizer mais uma palavra, Dumbledore abandonou a sala, em passadas calmas, seguido por todos os outros, deixando para trás um Ministro pensativo, embora orgulhoso demais para admitir o quanto estava errado.



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O caminho por onde seguia era um longo corredor, escuro e húmido, como se fosse feito debaixo da terra. A única luz visível era um pequeno ponto ao longe e, embora não visse para onde ia, a sua determinação impedia-o de parar. Percorrera aquele mesmo corredor uma única vez, mas conhecia muito bem o seu destino.

A luz tornava-se mais forte à medida que ia caminhando e, em breve, encontrava-se numa câmara, iluminada com tochas de fogo, que deixavam à vista as gravuras desenhadas na parede e as imponentes cadeiras que se dispunham em U, viradas para o lugar onde ele se encontrava. Cada uma dessas cadeiras era ocupada por estranhas figuras, pelo menos para quem nunca ouvira falar de deuses egípcios.

- Harry! Mais uma vez chamamos-te aqui à nossa presença! – Falou Horus, levantando-se da sua poltrona e encaminhando-se para o seu Herdeiro. – Mas desta vez trouxemos-te, não para exigir, mas para cumprir a nossa parte do contrato.

Harry deu um passo na direcção de Horus, enquanto sentia algo no seu peito começar a aquecer. O Olho de Horus estava visível. Vendo a surpresa da Harry, Horus apressou-se a responder.

- Ele ficará visível, sempre que entrares nesta câmara… assim como quando usares os poderes nele contidos. – um brilho de orgulho surgiu nos olhos de Falcão do Deus. – Pelo que tenho visto tens-te empenhado muito em controlá-los, com excelentes resultados. – O tom de voz sério regressou novamente – Chamei-te aqui para te alertar para o perigo que corre o teu povo. Alguém tomou para si um dos exemplares do Livro dos Mortos e pretende usá-lo para trazer Voldemort de volta à vida.

Harry estagnou, tentando confirmar se ouvira bem o que Horus havia falado.

- Esperem lá! O que me foi dito é que seria necessário um poder muito grande e ancestral para usar esse ritual! Que eu me lembre, nenhum dos Devoradores da Morte possui tamanho poder!

Nenhum dos outros deuses se pronunciara até agora, dando a palavra a Horus. Mas, diante das palavras de Harry, um murmurinho foi-se elevando aos poucos, até que Háthor se ergueu para falar ela também.

- É verdade que eles não têm o poder para completar o ritual! Nem precisam de ter. Irão usar o teu poder! O poder de Horus!

Como se tivesse sido atingido por uma bludger, Harry recuou alguns passos na direcção da parede atrás de si, recusando-se a acreditar no que Háthor dissera. Como é que poderiam fazer isso? Ninguém conseguiria obrigá-lo a tal acto e era impossível que o conseguissem usando o Imperius.

- Mas… mas… como é que eles irão conseguir isso?

Com um olhar de pena, Háthor falou:

- Irás compreender um dia, Harry, que eles já o conseguiram!



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- Eu não consigo acreditar que aquele… aquele… AIIII! Eu nem consigo encontrar um adjectivo para definir tamanha idiotice! Já se viu?! Demitir o Kinsgley e afastar o Remus, apenas porque acha que estão a conspirar contra ele?!

- Tem calma, Marlene! Isso não vai fazer nada bem aos bebés!

- Calma, Remus? CALMA?! Eu não consigo ter calma, por tamanho idiota ter chegado ao cargo de ministro!

- O Remus tem razão, Marlene! Não vale a pena irritares-te com isso! – Kingsley aparentava-se calmo, tentando esboçar um sorriso, para demonstrar que tudo estava bem. – Um dia ele vai perceber que está errado. Perder aquele cargo não foi problema para mim e eu confio em qualquer outro auror para tomar conta dele. O Remus, mais cedo ou mais tarde, irá voltar ao seu cargo, caso contrário irá parecer perseguição por parte do Ministro. O importante agora é que a Ordem da Fénix cumpra, mais uma vez, o papel que deveria ser do ministério, que é proteger a comunidade bruxa e, principalmente, Hogwarts.

A Ordem da Fénix tinha sido convocada de urgência, perante as recentes medidas tomadas pelo Ministro. Não havia sido Kingsley o único a ter sido demitido. Outros chefes de departamento, que haviam declarado o seu apoio a Dumbledore haviam sido suspensos imediatamente. Remus fora enviado de “férias” durante tempo indeterminado e Arthur Weasley escapara a esse destino, devido ao pedido de Dumbledore para tentar permanecer dentro do ministério. A cozinha de Grimmauld Place, ganhava movimento, mais uma vez, para dar vida a uma nova reunião.

Dumbledore encontrava-se sentado, com os cotovelos apoiados nos braços da cadeira e as mãos entrelaçadas sobre o queixo, observando cada uma das reacções às novidades. Nenhuma palavra saíra da sua boca desde o início da reunião e ninguém parecia ter-se dado conta do seu silêncio, tal era o tumulto que se fazia sentir. A maioria demonstrava a sua pura indignação, enquanto que, uma pequena parte, entre os quais se contavam Remus Lupin e Arthur Weasley, se mantinham calmos, tal como Dumbledore.

Quando os ânimos começavam finalmente a aquecer, Dumbledore decidiu intervir.

- Creio que já todos expressaram o seu desagrado perante as decisões do Ministro, mas temos assuntos mais urgentes e preocupantes a tratar. – pouco a pouco, o silêncio foi regressando ao aposento – James?! Sirius?! Eu não faria este pedido noutra situação, mas, uma vez que o Remus e o Kingsley estão temporariamente afastados do ministério, seria bom vocês os dois regressarem ao Quartel-general de Aurores. A Lily e a Alice também estarão afastadas em breve, devido à gravidez, pelo que sobram apenas o Arthur, o Frank, a Tonks e poucos mais, dentro do Ministério.

James e Sirius trocaram olhares entre si. Por mais que gostassem de acção e preferissem o cargo de aurores ao de professores, gostariam de permanecer em Hogwarts, em especial depois do atentado contra Harry.

- Quem irá ocupar os nossos lugares?! – perguntou James, preocupado. – Não esqueçamos que a segurança do castelo também está ameaçada e, quanto mais pessoas o protegerem, mais seguro ficará.

Agora foi a vez de McGonagall se pronunciar.

- A segurança do castelo não será problema. Para além de professores, temos alunos que fazem parte da Ordem da Fénix, já para não falar daqueles que receberam treino de combate há dois anos atrás. – uma expressão sonhadora passou como um flash pelos olhos da directora, que foi rapidamente dispersado. – Eu poderei ocupar a docência de Transfiguração até ao final do ano lectivo. O problema decorre novamente de Defesa Contra as Artes das Trevas.

- Hum… - a face de Dumbledore iluminou-se quando uma ideia lhe passou pela mente. Erguendo uma sobrancelha e sorrindo verdadeiramente, ele focou os seus olhos em Remus Lupin, que se abstraíra da discussão. – Talvez esteja na hora de quebrar de vez a maldição que Tom Riddle lançou sobre a disciplina de DCAT. Que tal devolvermos a Remus o lugar onde ele pertence?

Ao ouvir o seu nome, Remus ergueu os olhos da lareira que observava momentos antes, sem se aperceber do que fora dito.

- O quê?! – perguntou ele atónito – Do que estão a falar?!

Sirius e James abriram um sorriso puramente maroto, antes de darem, cada um, uma palmada amigável no terceiro maroto, posicionado entre os dois primeiros, fazendo-o dar um pulo de susto.

- É claro! Remus é considerado o melhor professor de DCAT que alguma vez passou por Hogwarts! E se há alguém a quem eu confio a segurança do meu afilhado, esse alguém é o Remus.

Murmúrios e acenos de concordância percorreram a cozinha de Grimmauld Place e um suspiro de alívio soltou-se da boca de McGonagall.

- Então está decidido! O Remus será o novo professor de DCAT.

- Esperem lá! Vocês estão a falar como se eu já tivesse decidido! Já se esqueceram do que aconteceu há quase quatro anos? – Remus gesticulava nervosamente com as mãos, proporcionando divertimento para alguns presentes na reunião. – Minerva, se anunciar que irá colocar-me como novo professor de DCAT, os pais dos alunos irão começar a reclamar. Ninguém irá querer um lobisomem como professor dos seus filhos.

James colocou o seu braço em torno do ombro de Remus, fazendo, com a mão livre, uma gesto que abarcou toda a sala.

- Olha em tua volta, Remus! Quantas pessoas confiam em ti, apesar do teu “pequeno problema felpudo”. Achas mesmo que, neste momento, alguém se importa com isso?! Já deste provas, mais do que suficientes, de que podem confiar em ti. Ninguém irá questionar o teu regresso à docência. – Para rematar, James assumiu o seu melhor sorriso trocista – Vá lá, admite. O que mais gostas de fazer é ensinar DCAT e estudaste imenso para conseguir chegar ao lugar de professor. Além disso, tu sempre foste o certinho dos Marotos. Nem eu nem o Sirius temos estofo para aguentar uma responsabilidade tão grande.

Remus ergueu uma sobrancelha, como que se questionando se deveria aceitar ou não. O que James dissera era verdade: desde criança sempre sonhara dar aulas em Hogwarts e, quando finalmente o conseguira, vira o seu sonho desmoronar-se como um castelo de cartas. Mas, por outro lado, tinha a sua condição de lobisomem e Remus receava não ser aceite pelos alunos.

Como que lendo a mente de Remus, Dumbledore sorriu amavelmente.

- Remus, não tenhas medo por algo de que não tens culpa. E, tenho a certeza de que há um certo grupo de Gryffindors que ficarão felicíssimos com o teu regresso.

Remus olhou o tecto, pensativo, antes de fechar os olhos, enquanto numerosas imagens pareciam passar-lhe pela cabeça. Ora sorria, ora encolhia as sobrancelhas, ora torcia o nariz… uma reacção diferente para cada uma das memórias. Por último, abriu novamente os olhos, movimento este acompanhado por um sorriso saudoso e cheio de felicidade.

- Não vou negar que o que eu mais desejo é ceder ao vosso pedido. Ser professor é o que eu sempre desejei desde que vi pela primeira vez Hogwarts, mas agora está na altura de deixar esse sonho para outras pessoas. Eu ocuparei o lugar… - perante as expressões de felicidade de todos acrescentou - … mas apenas até encontrarem outra pessoa para o cargo.

Dumbledore voltou a observar as faces de todos os presentes. Vira cada um deles crescer, optar por caminho, criar sonhos, expectativas… e podia sentir orgulho de cada um, como o orgulho de um pai para com os seus filhos. A sua face calma e doce esboçou novamente um sorriso, transmitindo calor e paz a todos.

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O Castelo ganhava vida à medida que o sol de sábado subia no céu. Grande parte dos alunos aproveitava o bom tempo para dar um passeio pelos jardins antes de se atirar de cabeça para os livros.

O dormitório masculino de Gryffindor encontrava-se quase deserto, recebendo, calorosamente, apenas um ocupante. Harry, sentado no parapeito da janela, com os joelhos dobrados de encontro ao seu peito, observava ao longe os amigos numa partida de snap explosivo. Desde que recebera a mensagem de Horus, há dois dias atrás, uma preocupação instalou-se dentro de si e uma sensação de impotência tirava-lhe o sono todos os dias. Dera a volta à cabeça várias vezes, tentando descobrir como teriam conseguido arrancar o poder dele. Nenhuma conclusão palpável foi encontrada.

A porta do dormitório abriu-se dando entrada a James, que logo foi seguido por Crookshanks. Este, num gesto gracioso, saltou para o colo de Harry e começou a ronronar alto, exigindo que o amigo da dona lhe afagasse o pêlo. James pegou numa cadeira e sentou-se nela, virado para Harry, com os braços cruzados por cima das costas da cadeira.

- Pareces preocupado!

Harry olhou para o pai, esforçando-se por disfarçar as suas preocupações.

- O que é que te leva a acreditar nisso?

- Sei lá! – James encolheu os ombros – Talvez o facto de andares distante, de te isolares um pouco dos outros, de andares cabisbaixo nos últimos dias! Eu conheço-te, Harry, sou o teu pai!

- Não é nada de mais, pai! Nada com que te devas preocupar. – Harry cortou o contacto visual com James. Odiava ter de lhe mentir, mas era preferível isso, a ter de o preocupar por algo de que não tinha a certeza. – Mas o que estás aqui a fazer?

Agora era a vez de James desviar o olhar, encarando os sapatos

- Eu vim despedir-me.

Rapidamente, Harry colocou os pés na direcção do chão, de modo ficar frente a frente com James, fazendo com que Crookshanks voasse do seu colo, soltando um bufo frustrado. Uma torrente de pensamentos passou-lhe pela cabeça. A palavra “despedida” tinha, para Harry, uma significado muito mais profundo do que para a maioria das pessoas. Já vira partir muita gente que amava e, agora que tivera de volta todos eles, não lhe passava pela cabeça dizer novamente “Adeus”.

- Como assim despedir-te?! O que é que aconteceu?!

- Tem calma, Harry! Não é nada de mais. Eu e o Sirius vamos voltar a ocupar o nosso lugar como aurores e, por isso, deixaremos o cargo de professores.

Harry não pode deixar de soltar um suspiro resignado, mas ao mesmo tempo aliviado.

- Porquê isso agora?! Porque é que têm de regressar ao ministério?

- Rufus passou-se completamente e começou a demitir todos aqueles que se manifestaram leais a Dumbledore. O Kingsley e o Remus perderam os seus cargos. Uma crise interna no ministério está a criar divisões e isso não será bom, ainda mais havendo uma pequena possibilidade de Voldemort regressar.

Harry susteve a respiração, gesto que não passou despercebido a James, que se inclinou para a frente, como se esperasse uma explicação da parte do filho. Este engoliu em seco. Não tinha como escapar.

- Não me olhes com essa cara… não há nada que me preocupe.

- Vá lá, Harry! Eu não nasci ontem… e mesmo que tivesse nascido, um maroto nunca é inocente. Não me consegues esconder nada!

- Eu sei! – disse Harry com desgosto. Voltando a encostar a cabeça para trás, prosseguiu – Eu recebi uma mensagem de Horus. Agora, mais do que nunca, tenho a certeza de que Voldemort vai regressar.

Para surpresa de Harry, James não reagiu à notícia. Apenas se limitou a dar-lhe um pequeno sorriso de apoio.

- Eu vou contar-te uma coisa. O teu avô foi uma das melhores pessoas que eu já conheci. Ele tornou-se auror apenas pelo prazer de ajudar as pessoas e talvez tenha sido por ele que eu me tornei também. – uma expressão saudosa surgiu no rosto de James – Ele costumava dizer que podiam vir os feiticeiros das trevas mais cruéis e vis que pudessem existir. Mas eles nunca venceriam… simplesmente porque não existe poder maior do que a determinação em fazer o que está correcto, de proteger os outros sem esperar nada em troca. A isto ele chamava a capacidade de amar o próximo, um amor incondicional, que fez dele um dos melhores aurores que já existiram.

Levantando-se, James sentou-se ao lado de Harry, colocando o braço por cima do seu ombro.

- Quando te vi a lutar com Voldemort no ministério, no Verão, eu percebi o quão parecido com o teu avô tu és. Mesmo sofrendo tudo o que já sofreste, tornaste-te uma pessoa boa e humilde… corajosa e determinada. Foi aí que eu finalmente interiorizei tudo o que o meu pai me tinha ensinado e eu parecia ter esquecido… que recuperei a esperança que perdera no dia em que vi Voldemort invadir Godric’s Hollow.

Até aí, Harry ouvira em silêncio o pai, ainda não percebendo onde ele queria chegar com tudo aquilo. Mas, sem saber porquê, um sentimento profundo fez o seu coração bater mais forte… um sentimento que ele aprendera a reconhecer: o amor de pai.

- Por isso, Harry, que venha Voldemort, que venha Gridenwald, até Salazar Slytherin* se for preciso. Nós venceremos qualquer um deles… e desta vez não estarás sozinho, Harry. Eu prometo-te! *(nota de beta: coitadinho do meu bebezinho!!! Que fez ele e para merecer tamanho desprezo? Pronto eu sei que ele é um feiticeiro das trevas… sim…ele também é o inimigo do Godric… sim, Guida, eu sei que eu própria brinco com ele. Mas eu sou a mamã. Tadinho...)

Num gesto de agradecimento, Harry abraçou fortemente o pai. Por mais que aquela preocupação anterior ainda existisse, sentia-se mais confiante do que nunca, porque tinha com ele as pessoas que amava. Tinha a SUA família, os seus amigos, Ginny… e nem Voldemort tinha o poder para lhe tirar tudo isso de novo.

- Obrigado, pai!



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As recentes notícias da saída de James e Sirius foram recebidas pela maioria dos alunos com tristeza. Tinham adquirido uma simpatia especial pelos dois professores e duvidavam que alguém que os viesse substituir fosse tão bom a ensinar. A frustração ainda fora maior quando lhes foi comunicado que McGonagall voltaria a dar aulas de Transfiguração. A grande dúvida residia no novo professor de DCAT e já se fazia apostas até do destino que o próximo teria. Grande parte da tristeza fora dispersada assim que descobriram que Remus regressaria para leccionar defesa contra as artes das trevas.

Harry parecia ter recuperado o seu bom humor depois da conversa com o pai e até já voltara à sua habitual disposição para treinar incansavelmente a equipa de Quidditch, para grande desgosto dos outros seis jogadores. Ron era quem mais se queixava, principalmente quando Harry decidia acordar toda a equipa no domingo de manhã, antes mesmo do sol nascer.

Nesse dia à noite, Harry, Ron e Hermione conversavam em voz baixa na sala comum de Gryffindor, sobre os motivos que tinham levado James e Sirius a voltarem ao Quartel-general e sobre as preocupações de Harry.

- O Quem-nós-sabemos vai regressar?! F#%&@$!!!* – uma sequência de palavrões captou a atenção de vários alunos que se encontravam perto.
*(nota de beta: não, desculpa guidazinha do meu coração, mas eu TENHO de dizer isto: a menina que está sempre a dizer que é toda inocente… que nunca diz nada de mal… agora, pela primeira vez… FRISO… pela primeira vez, referiu um palavrão. E não venhas com a desculpa que não chegaste mesmo a dizer… a intenção vale pelo dito! Muito bem… subiste na minha consideração! Sabes o que isto é?! Influências de um ursinho safado que eu cá conheço!!!)

- RONALD!

- Desculpa, Hermione! – disse o ruivo, corando profundamente. E baixando o tom de voz novamente continuou – Tens a certeza disso, Harry?

- Tenho Ron! E Dumbledore parece pensar o mesmo! Porque é que achas que se gerou toda esta crise no Ministério? – Harry desviou os olhos para a escadaria do dormitório feminino, por onde acabavam de descer Ginny e Danielle. – Mas vamos agora mudar de assunto!

Ginny sorriu abertamente ao ver os três ali reunidos. As duas trancinhas que prendiam o seu cabelo, aliadas à caminha da saltitante que fazia até eles, davam-lhe um engraçado jeito infantil e caloroso. Sem se importar com a cara de nojo que Ron fazia, beijou Harry e sentou-se ao lado deste, aconchegando-se entre os seus braços.

Danielle, por sua vez, sentou-se ao lado de Hermione, rindo divertida da careta que Ginny fez ao irmão. Desde que fora transferida para Hogwarts, Danielle e Ginny haviam-se tornado grandes amigas, completando-se assim mais um trio em Gryffindor: Ginny, Danielle e Demelza, a que se juntava Luna, quando não estava com Neville.

- De que é que estão a falar?

- Estava a falar do quanto senti a tua falta hoje, Ginny!

Ron engasgou-se com a própria saliva, diante da resposta do melhor amigo, o que lhe valeu um olhar fulminante, quer de Harry, quer de Hermione. Ginny pareceu perceber a dica de que o assunto não devia ser discutido na frente de Danielle, pois sustentou a afirmação de Harry.

- Eu também senti a tua falta, Harry! O dia sem ti é como uma rosa sem perfume! – Ginny fez uma pose teatral, divertindo a maioria, excepto Ron que fez uma cara emburrada.

- Por favor! Poupem-me o mel! (Nota de autora: Lightmagid, se fazes algum comentário vais sofrer uma tortura pior do que o cruciatus… e tu sabes que eu consigo! CÓCEGAS! *risada maléfica*) ( nota de beta: desculpa guidazinha, mas eu tenho de dizer: MEL…UH UH… SABES O QUE É ISTO? MEL!!! YE YE YE… MEL!!! DO BUBUZINHO YYYYYEEEEEEEEEEEEE!) (Nota de autora: FOGE, LIGHT, FOGE, PORQUE EU VOU-TE APANHAR!!!! *Guida a sacar da sua varinha para lançar um Rictumsempra*) – depois de se levantar, Ron acrescentou – Acordar hoje tão cedo arrasou comigo. Vou dormir.

Hermione e Danielle seguiram-lhe o exemplo, deixando Harry e Ginny a sós.

- Admira-me o Ron ter-nos deixado sozinhos! Ele não confia nem um pouco em nós! – disse Harry meio sério, meio a rir.

- Ele terá de aprender a confiar! Eu não vou viver para toda a vida debaixo das asas de seis irmãos ciumentos. Nem os meus pais me controlam tanto!

Pouco a pouco, a sala comum foi ficando vazia, gerando-se um profundo silêncio que era quebrado apenas por algum comentário de Harry ou Ginny.

- Era verdade que estavas cheio de saudades minhas ou foi apenas uma desculpa para desviar o assunto?

Harry sorriu maliciosamente, aproximando-se perigosamente dela e roçando de leve os seus lábios nos dela. Ginny soltou um muxoxo de frustração, fazendo-o sorrir mais ainda.

- Desconfiadinha, hein?! É claro… que… senti… a… tua… falta! – enquanto falava, Harry depositava uma rápida sequência de beijos na boca dela.

Ginny começava a achar que ele queria deixá-la louca. Começou então a fazer o jogo dele. Escorregando pelo sofá, ela afastou-se, fazendo-o cair sobre o local onde antes ela estava. Harry ergueu uma sobrancelha perguntando-se o que dera nela. Mas antes que Ginny tivesse tempo de se afastar mais, Harry reagiu rapidamente segurando-a pelo braço e fazendo-a sentar-se no seu colo.

- Nananinanão, senhorita Weasley. Nem penses que vais fugir de mim!

Ginny deu um sorriso travesso, enquanto colocava os braços em torno do pescoço dele e encostava a sua testa na de Harry.

- E o que é que o senhor Potter pretende fazer comigo?!

- Eu posso ser muito mau, sabes? Mas também posso ser bonzinho! – aproximando a boca do ouvido dela, acrescentou baixinho – Basta que te portes bem!

Ginny arrepiou-se com a respiração dele no ouvido dela. O seu coração começou a bater descompassadamente e a sua temperatura subiu rapidamente.

- Eu porto-me bem! Eu prometo que não fujo mais! Acho que mereço uma recompensa pelo bom comportamento! Não achas?!

O sorriso de Harry abriu mais ainda. Cedendo aos seus desejos, beijou-a, de início um beijo doce e inocente, mas que rapidamente se aprofundou num beijo apaixonado. Lentamente, Harry deitou-a sobre o sofá, ficando por cima dela, enquanto a respiração de ambos ficava pesada e a temperatura da sala parecia ter aumentado para o dobro.
Pouco a pouco, Harry sentia todo o controlo e razão, fugir-lhe por entre os dedos.
Pensamentos concretos não eram mais do que um mito… algo muito distante.

Sorriu, ainda com os lábios colados aos da namorada, quando sentiu a respiração da mesma ficar descompassada. Esticando o braço, acariciou as duas tranças da ruiva, ficando rapidamente frustrado por não conseguir ter acesso completo. Afastando-se ligeiramente, quase sorriu quando ouviu um resmungo de descontentamento de Ginny, mas sua atenção estava apenas direccionada para o cabelo desta. Segurando um dos elásticos na mão, começou a deslizá-lo para baixo, até que o sentiu ceder por completo. Contente consigo próprio, deixou o elástico cair ao chão e passou a mão pela trança já sem o pequeno ornamento. Enrolando os dedos por entre os fios de cabelo, começou a desfazer a trança com cuidado e ternura. Pouco tempo depois a outra trança já se encontrava desfeita.

Ginny fechou os olhos, sentindo pequenos choques eléctricos surgirem à passagem dos dedos mágicos do namorado…choques que sentia viajarem por si, sem no entanto perderem a intensidade. Sorriu ainda mais, quando sentiu Harry voltar a aproximar-se e beijá-la com ainda mais fervor.

A partir daí, nem Ginny, nem Harry souberam ao certo quanto tempo tinha passado nem o que acontecia com o passar do tempo. Estavam completamente mergulhados num mundo só deles… inundados pelo sentimento que os avassalava.

De repente, Harry parou. Algo o havia feito acordar para a realidade… algo que rapidamente percebeu serem as pequenas mãos de Ginny por debaixo da sua camisa, a tocarem levemente a pele do seu abdómen.

Afastou-se assustado, abrindo os olhos, apenas para ver a figura ofegante da namorada, ainda de olhos fechados.

Merlin! Mas o que tinha acontecido? Tinha perdido completamente a noção de tudo.

Sentindo a ausência das carícias do namorado, Ginny também abriu os olhos, deparando-se com as duas esmeraldas que tanto amava.

- Ginny… – A voz de Harry encontrava-se rouca, quase um murmúrio lançado ao silêncio que reinava na sala.

Olhando para baixo, Ginny apercebeu-se, pela primeira vez, a razão do desconforto do moreno. Estavam completamente colados um ao outro. As mãos de Harry encontravam-se apoiadas na cintura dela… seu cabelo estava completamente solto sobre as fofas almofadas do sofá… e… diante da seguinte constatação, Ginny corou ainda mais… as suas mãos… as suas mãos… tinham aberto caminho por entre a barra da camisa do namorado até atingir a pele do mesmo.

Retirou as mãos rapidamente como se tivesse apanhado um choque. “Ai… meu…. Merlin!! O que foi que me deu?!”

- Harry… desculpa! Eu…

Harry começou a respirar devagar, tentando adquirir controlo no seu corpo, quando o último parecia ganhar vida própria. “Um… dois… Três… Isso Harry! Tem calma! Um dois…”

- Harry?

A voz da namorada, fê-lo abrir novamente os olhos. Ao vê-la assustada, sentiu algo apertar-lhe o peito.

- Desculpa, Ginny! A culpa foi minha. Eeeuuu…

- Harry. – Ginny agora sorria divertida – Não me obrigaste a nada. Acho que ambos temos culpa. Simplesmente…

- Descontrolamo-nos?

Ginny sorriu divertida para ele. Começou a levantar-se do sofá, empurrando levemente Harry para uma posição sentada.

- Eu acho que me vou deitar. Já está tarde e… - passou as mãos pelo cabelo, tentando ajeitá-lo um pouco. Seu rosto ainda apresentava um leve tom rosa de vergonha, e fugia do olhar do namorado – Amanhã temos aulas.

- Pois… pois. – Harry começou a puxar a camisa para baixo. A mesma camisa que ela tinha levantado.

- Vens?

Olhou para ela, como tentando entender o que esta falava.

- Como?

- Vais dormir?

- Oh! Sim…sim… eu vou já. Eu só vou… ficar aqui um pouco a… a… ajeitar o sofá! – Dizendo isso, agarrou numa das almofadas, dando-lhe fortes palmadas como que tentando sacudir o pó destas.

- Está bem… - Lançando um último olhar esquisito para ele, começou a subir as escadas para os dormitórios.

Quando Harry ouviu o barulho da porta do dormitório das meninas a fechar-se, soltou fortemente o ar que não se havia percebido que tinha retido dentro de si. Olhando estupidamente para a almofada que segurava entre mãos, largou-a no chão e deixou-se cair pesadamente no sofá, onde momentos atrás estivera perdido por entre os beijos da namorada.

Respirou fundo várias vezes.

- Muito bem Potter – sussurrou para si mesmo – Agora é que a fizeste bonita. Bem… agora a única coisa a se fazer é dormir.

Ficando em silêncio por mais alguns momentos, não conseguiu evitar que imagens da namorada lhe invadissem a mente. Imediatamente, como que sob o efeito da maldição Imperius, sentiu a temperatura elevar-se vários graus.

- Mas antes, é melhor tomar um banho. Um banho bemmmm gelado!!


(nota de beta: que parte do “ eu não tenho jeito para cenas românticas” é que tu não percebeste? Tu colocas-me em cada uma! E agora? O que eu faço? A história é supostamente tua, logo ISTO deve ser da tua responsabilidade! Pensei que tanto tempo passado com o bububu tivesse dado os seus frutos mas afinal… Pobre de mim e minha total incapacidade para escrever cenas românticas e afins. Ainda mais ESTE tipo de cenas!!) (Nota de autora: Eu não quero saber… EU JÁ DISSE QUE TE ADORO?!)



***************************************



Criado há cerca de 100 anos, o museu do Egipto retrata toda uma época gloriosa, cheia de mitos e lendas, por entre múmias, gravuras e objectos dos mais variados tipos, que nos reportam ao tempo dos Faraós. Durante o século XIX, numerosos coleccionadores de arte, saqueadores e arqueólogos apoderam-se de uma vasta quantidade de artefactos, com a conivência das autoridades locais da época, desejosas de agradar ao ocidente. Vendo a sua história desaparecer e espalhar-se pelas grandes potências mundiais, principalmente por Inglaterra e França, os egípcios criaram o museu do Cairo, em 1902, reivindicando a partir daí a posse desses objectos de valor.

Na praça de al Tahrir, junto da porta principal do museu, três figuras, olhadas com desconfiança pelas pessoas que passavam, observavam com curiosidade tudo em sua volta. Não era o facto de serem estrangeiros que chamava a sua atenção, mas talvez o facto de vestirem trajes extravagantes que lhes dava o aspecto de terem acabado de sair de um concerto de Rock, frequentado por hippies.

- A Lily quase me matou quando me viu vestido assim! Qual é o problema desta roupa? Não é assim que os muggles se vestem?

- Não sei, James… mas que eu me sinto esquisito assim vestido, ai isso eu sinto.

James, Sirius e Frank haviam sido enviados pela Ordem da Fénix para investigar o desaparecimento do Livro dos Mortos do museu do Cairo e aguardavam o seu contacto naquele local. Nenhum deles sabia exactamente como deveria agir entre os muggles, uma vez que todos eles tinham nascido no seio de uma família puramente bruxa. Mesmo James, casado com uma nascida muggle, nunca se habituara às tradições que Lily ainda mantinha.

- Vocês não pretendem entrar no museu assim vestidos, pois não? – um homem com uma grossa túnica árabe até aos pés e com uma barba que lhe dava pelo meio do peito aproximou-se deles, com um sorriso de divertimento.

- Habib! – declarou James, abraçando calorosamente o árabe. – Há quantos anos, homem! E que barba é esta?

- James, meu caro! Quando soube que estavas vivo nem queria acreditar. Que história incrível aquela não? – olhando para Sirius e Frank abraçou igualmente os aurores – Ora, ora, Frank e Sirius… mais duas surpresas! Parece que o antigo grupo se vai reunir de novo.

Habib Araz, um amigo de infância de James, morara em Londres até que Godric’s Hollow, vila na qual habitava desde que tinha 5 anos, fora destruída obrigando-o a emigrar para o Cairo, para junto dos seus familiares ainda vivos. Formara-se como auror na mesma época que James, apesar de ser mais velho dois anos, e mantinha a mesma amizade de infância.

Após a notícia do regresso à vida de James, não hesitou em contactá-lo e fora ele que dera o alerta para o desaparecimento do Livro do Mortos. Apesar de não saber o que continha, Habib sabia o suficiente da história do seu país para conhecer o tipo de magia que, possivelmente, era abordada nas páginas do livro..

- Desculpem… mas se entrarem assim no museu, os seguranças não vos deixarão dar dois passos lá dentro. – Habib abanou a cabeça num sinal de gozo – Tsc, tsc… Vocês bruxos ingleses e a vossa eterna incapacidade de passarem despercebidos.

- O que sugeres, então?

- Meu caro Sirius… - um sorriso digno de um maroto surgiu na cara do árabe – nunca viste filmes muggles de espionagem? Eu sugiro subtileza e elegância.

Após algumas horas, James, Sirius e Frank saíam da casa de Habib, vestidos com elegantes smokings, trazendo no bolso falsos distintivos da polícia do Cairo. Sirius mexia-se incomodado nos seus trajes, tentando afrouxar o nó da gravata com algum desespero.

- Eu não consigo perceber como é que os muggles conseguem usar isto! Diga-se de passagem que as nossas roupas bruxas são bem mais confortáveis.

- Nunca te ouvi a queixares-te da gravata do uniforme de Hogwarts.

Sirius parou sorrindo enigmaticamente para James.

- Isso era porque eu ficava perfeito com aquele traje e as meninas de Hogwarts caíam aos meus pés!

Frank e Habib não puderam conter risadinhas de gozo, deixando Sirius emburrado e James bastante divertido com a situação.

No museu, tudo decorreu conforme Habib tinha planeado. Depois de mostrarem os distintivos, um segurança levou-os ao local do roubo, sem desconfiar por um único segundo daqueles quatro desconhecidos, mesmo que apenas um deles falasse a língua do país. Habib tinha razão: aquele distintivo dava-lhes um estatuto que ninguém ousava pôr em causa.

O museu tinha uma segurança muito rígida e quem ousasse avançar sobre algum dos objectos expostos ouviria imediatamente um sonoro alarme, segundos antes de ser rodeado pela segurança do museu e preso no processo. Não havia nenhuma explicação para o desaparecimento do livro, sem que ninguém tivesse dado conta. Não haveria, se o roubo tivesse sido efectuado por um muggle. Com um bruxo, as coisas seriam diferentes. Bastava um pequeno feitiço de silenciamento, para que o alarme não disparasse.

- Como é que o Ministério da Magia Egípcio deixa um objecto destes sem protecção mágica?

- Tal como te disse, Frank, ninguém no ministério pensou que algum dia o Livro dos Mortos pudesse despertar a atenção de algum bruxo. Aliás, poucos sabem o que ele contém verdadeiramente e, mesmo eu, só desconfiei do seu conteúdo a partir do momento em que ele desapareceu. – Habib olhou por cima do ombro para o guarda que se encontrava a alguns metros dele – Talvez os vídeos de segurança tenham registado alguma coisa.

Com uma segurança própria de quem estava habituado àquele tipo de papel, o auror egípcio dirigiu-se ao guarda do museu e, depois de trocar algumas palavras com ele, fez um sinal aos outros três que se aproximassem.

- Aqui o Mr. Ali disse-me que os vídeos da segurança já foram vistos e analisados por peritos, mas que a única coisa que encontraram foi uma pequena sombra que parecia ser de um animal pequeno.

- Isso é o mais estranho, já que fazemos um rígido controlo de parasitas e outros seres, devido ao estrago que poderiam causar às peças em exposição. – disse o guarda num inglês carregado de sotaque.

O olhar de Sirius escureceu e foi preciso um sinal de aviso de James, para que o amigo não se descontrolasse na frente do guarda.

- Muito obrigado, Mr. Ali. Nós já vimos o que precisávamos. – o guarda acenou a James antes de se retirar para o seu posto novamente. Virando-se para os colegas, James prosseguiu – Confirma-se! Foi o Peter que roubou o livro.

Habib soergueu uma sobrancelha interrogativamente.

- E como é que chegaste a essa conclusão?

Foi Sirius quem respondeu, com um tom de raiva na voz e com os punhos cerrados.

- O guarda falou de uma pequena sombra… um animal pequeno. Provavelmente um rato. Parece que o nosso velho amigo anda a usar a sua forma animaga.

- Então vais gostar de saber outra coisa, Sirius! – Habib usava o seu tom de voz de quem estava prestes a soltar uma bomba. – Então o nosso ratinho tem um amigo… porque aqui mesmo, na manhã a seguir ao roubo, foi encontrada uma pena de uma ave… um corvo!



*****************************************



Severus Snape olhava mais uma vez a panorâmica da cidade do Cairo, com o Sol poente a dar-lhe um tom alaranjado. Não era uma pessoa do tipo que gostava de apreciar a paisagem. Não! Ele espera por algo mais, ali… naquela varanda da pensão em que estava hospedado.

Um ponto negro apareceu no horizonte e foi ficando maior à medida que se aproximava do edifício, ganhando a forma de uma ave negra, que planava de asas estendidas ao longo do corpo.

No canto dos lábios de Snape formou-se um leve sorriso maldoso, com a visão daquela ave… daquele corvo. Dando uma última volta no ar, o corvo aterrou no chão da varanda, ao lado de Snape. Este olhou novamente o horizonte, antes de desviar os olhos para o seu lado, onde aparecia agora, no lugar do corvo, uma bela mulher de cabelos negros e profundos olhos azuis.

- Demoraste! – disse ele com um leve tom de frustração.

- Não é fácil fazer uma viagem inteira de Inglaterra até aqui. Tive de parar várias vezes pelo caminho. – num gesto sensual, a mulher passou as mãos pelos longos cabelos que estavam despenteados devido ao voo. – E o nosso plano, mestre?!

Uma brisa gélida correu pela varanda, apesar desta ser virada para o deserto. O clima pesado que se fez sentir de seguida demonstrava a quantidade enorme de magia negra emitida por aquele casal. Os olhos de Snape brilharam de maldade, orgulho e satisfação e apenas uma frase foi proferida.

- Falta muito pouco!




(nota de beta: Guida!! Maninha do meu coração!!! Deixa-me que te diga que adorei esta ideia de comentários de beta entre a fic. Posso voltar a fazê-lo? Posso? * Lightmagid olha para Guida com os olhos brilhantes de inocência* Eu serei uma beta bem comportada, está bem? Bom... quer dizer… eu também farei as minhas piaditas. Mas o que é a vida sem uma boa piada… uma brincadeira sobre MEL ou coisinhas afins, não é verdade? Pronto, pronto… acalmei. Obrigada por me deixares ser tua beta. Eu já disse que é sempre uma prazer corrigir os teus capítulos? Que adoro lê-los?) (Nota de Autora: hum… deixa-me pensar… não sei se deixo! Está bem… depois da ajuda enorme que me deste acho que mereces. Mas deixa-me só dizer-te uma coisa… de inocente e bem comportada não tens nada! *Guida a fugir para não ser atingida pelo cruciatus*)


*******************************************************



Nota de Autora: Olá!!!!!! Digamos que desta vez escrevi em tempo recorde, não foi?! É para compensar todas as outras vezes que eu demorei eternidades a escrever! *Gui a fazer aquela carinha de anjo que quase a faz escapar de tudo*.

Peço desculpa a quem ficou desiludido com a cena Harry/Ginny, pensando que ia acontecer alguma coisa mais. Esta é uma fanfic livre e, mantendo a política da Floreios, eu não poderia transformar este capítulo numa NC. Peço desculpa também àqueles que costumam pedir mais cenas românticas. Digamos que eu não sou uma romântica por natureza… prefiro a acção e o mistério. E diga-se de passassem que a minha primeira versão daquela cena não foi lá grande coisa… então tive de apelar à ajuda da minha AMADA beta e à sua perfeita capacidade literária! OBRIGADA, MANINHA!

Não! Eu não vos vou dizer quem é o espião, muito menos quem é a mulher-corvo! Terão de descobrir por vós próprios!

E agora a melhor parte: DEDICO ESTE CAPÍTULO AOS ANIVERSARIANTES DOS ÚLTIMOS DIAS, PRINCIPALMENTE:

- Lais Magid – minha filhota mais nova… que fez aniversário no dia 28 de Março. PARABÉNS MINHA LINDA!

- Zoey Evans Black – que faz aninhos hoje e a quem eu já tinha prometido que dava este capítulo de presente de aniversário!

- Gabriella Black Potter – que também faz aniversário hoje e que gentilmente me pediu um presente também!!!

- *dany* - que fez também fez aniversário há pouco tempo, no dia 16 de Março.

ÀS QUATRO DESEJO AS MAIORES FELICIDADES DO MUNDO!!!!

E agora, vou às respostas aos comentários:

Daniela Potter: *Guida a colocar as mãos na cintura e a bater com o pé no chão* QUE HISTÓRIA É ESSA DE EU ESTAR A FICAR VELHA?! Eu só tenho 19 anos… *voz indignada, mas logo substituída por um sorriso verdadeiro de felicidade* Estou a brincar… obrigada pelos Parabéns! Indo agora para o teu comentário: eu posso ter educado muito bem o Cyrus… eu sei que ele é fofo e tudo o mais… mas, quando ele crescer ele vai ser enorme… então, quando tentares colocá-lo em cima da tua cama para dormires com ele, o mais provável é seres esmagada! Quanto à tua pantera, aí o caso muda de figura… desde que a treines bem, não creio que haja problemas! O bicho não era rosa… foi só uma piada para o teu pai (Puff Pink)… mas infelizmente ele adormeceu a meio do capítulo e não percebeu a piada!!! Se queres descobrir quem é o espião… vai continuando a puxar sozinha pela cabeça porque eu não vou dar pistas… Mesmo a Light só descobriu hoje o esquema todo… nem é preciso dizer que ela quase me matou por eu não lhe ter contado antes!!!

Cahh: Oi filhota!!!! *Mammis demasiado emocionada com vídeo que filhas fizeram de presente de aniversário* OBRIGADA, OBRIGADA, OBRIGADA, MIL VEZES OBRIGADA… (Para a Daniela também, é claro). Tu sabes como eu sou manteiga derretida… então não foi difícil colocares-me a chorar… apenas de saber que tinhas feito aquele vídeo (mesmo ainda não o tendo visto) o meu coraçãozinho deu um pulinho de emoção e felicidade. *Gui a dar um abraço apertado nas filhas que ama tanto* Aquela história de tu seres bebé… saiu apenas da minha cabeça… rsrsrs…. As minhas filhotas são as minhas bebés, lembraste? Então tu és a minha bebé, cuti cuti cuti!

Thalita Giannaccini Antonio Felisberto: bem… desta vez não demorei muito… talvez o próximo capítulo também não demore. Obrigada pelo comentário.

Dri Potter Magid: Prontos… Acenilde…. *Guida resignada com os nomes que sobrinha inventa* Que seja… Quanto à tentativa de assassinato do Harry, não posso dizer-te para já se estás certa ou não! Sim… eu sei que sou má… mas um dia vais saber!

-=|J䣡ñë G¡£¡ö†¡|=-: Oi Line!!! *Guida cheiinha de saudades da afilhada linda* Não sei se vais ler este comentário em breve… pelo menos até recuperares o teu cadastro, mas eu quero que saibas estou a torcer que tudo se recomponha… a Floreios vai recuperar o teu usuário e vais ter de volta todo o teu trabalho… vais ver! Quanto ao teu presente de aniversário… eu fiquei realmente sem palavras de tão emocionada que estava… aquele dia foi muito especial para mim, porque foi a primeira vez que eu fiz aniversário depois de conhecer todo este pessoal da Floreios. Foram tantas as mensagens que recebi, tanta gente que se lembrou de mim… Mas todas as tuas mensagens… o teu depoimento no orkut… os comentários em duas comunidades diferentes do orkut… etc (são realmente muito lugares) fizeram-me sentir especial e recebi tudo aquilo como um caloroso abraço de alguém que é muito especial para mim. Obrigada por tudo, minha afilhada amada!

Expert2001: Ainda bem que achas que a fic está a ficar com suspense! Era essa a minha intenção e eu estava com medo de não conseguir fazer isso. Diga-se de passagem que, no início eu era demasiado óbvia e não conseguia apanhar ninguém de surpresa. Talvez seja da convivência com a Lightmagid, rsrsrs.

Adriana Roland: Oi sobrinha!!! O Harry a agarrar o Peter mais novo pelo colarinho e dar-lhe um belo soco?! *Gui a colocar apoiar o queixo na mão, enquanto pensa um pouquinho* Não é uma má ideia… mas isso iria deixar os Marotos do passado muito aborrecidos com o Harry e ele sabe que isso poderia alterar o Futuro. Espera um pouquinho para veres o que vai acontecer. Está descansada… eu não vou matar os pais do Harry… pelo menos para já! Rsrsrsrs! Estou a brincar… ainda não decidi o final… é das poucas coisas que ainda não programei na fic. Obrigada pela mensagem de parabéns.

Lightmagid: MINHA MANINHA DO CORAÇÃO!!!! FORAM TANTOS OS SENTIMENTOS QUE ME FORAM DESPERTADOS AO LER OS TEUS COMENTÁRIOS. Primeiro foi a emoção de ver mensagens tão lindas… segundo, tive a maior vontade de rir com aquela lengalenga dos “PARABÉNS”. Estás de PARABÉNS por ela! Em terceiro lugar, aborrecimento! Sim… aborrecimento! ESTÁS A EXIGIR-ME UM CAPÍTULO?! TUUUUUUU?! QUEM DISSE QUE EU TE DEIXO NA EXPECTATIVA? TU SABES TUUUUUUUUUUUUDO DESTA FIC… só te faltava descobrir quem era o espião e a mulher-corvo… mas até isso já descobriste… por isso não te queixes. E o Remus não é safado nem piscador! Ele é o senhor certinho de sempre… aquilo foi um lapso meu que rapidamente foi corrigido. ELA só vai aparecer no final da fic, lembraste?! Vais ter de esperar muito ainda…. e o nome dela não é tão fabuloso quanto o meu! (rsrsr, estou a brincar… não resisti!) Quanto aos meus dois presentes FABULOSOS! O urso é lindo, fofo, tudo de bom!!!! E tu sabes como eu passo os meus dias abraçada a ele! O capítulo que eu ganhei de presente foi P-E-R-F-E-I-T-O!!!! Não poderia ter recebido um presente melhor… ainda por cima deste-te ao trabalho de falar do Egipto, que tu sabes que eu AMOOOOOOO! Obrigada por tudo maninha… continuo a dizer: não poderia ter arranjado uma melhor amiga… uma melhor beta… uma melhor parceira de apartamento… uma melhor cozinheira (não resisti novamente… não tarda o Pontas vai bater-nos à porta, atraído pelo cheiro dos nossos cozinhados)… enfim A MELHOR EM TUDO!!! ADORO-TE!!!

Hannah Burnett: Eu percebi que tinhas confundido a criatura, por isso é que me apressei a esclarecer tudo no capítulo seguinte. Fico feliz que esta mistura entre marotos do passado e do presente não se tenha tornado confusa, porque, eu falo por mim, dá-me uma dor de cabeça escrever aquilo…. Agora só te peço uma coisa: não me chames “Senhora”, por favor, faz-me sentir muito velha (e olha que eu só tenho 19 anos, rsrsrsrs)!

Débora goebel: Deby, como é que querias que eu não achasse chato, se o desnaturado do teu tio Puff adormeceu a lê-lo? (bem… não adormeceu, mas quase, rsrsr). Quanto ao jogo dos Marotos é algo que eu também aguardo imenso escrever… mas ainda falta alguns capítulos… por isso eu vou tentar chegar depressa lá. Repito o que já disse… eu não vou contar quem é o espião! *Gui a deitar a língua de fora, numa atitude infantil! Nem parece que já tem 19 anos, rsrsrs*

Madalena: quanto às pistas, não te preocupes com elas… a seu tempo elas vão sendo desvendadas. Não te vou dizer quem é o cara encapuzado… mas se quiseres podes dizer quais são as tuas suspeitas para eu ver se coincide! O próximo capítulo não deve demorar muito, não te preocupes.

Lóide Eunice Sacramento: Antes mais, obrigada pelos Parabéns… e não… não foram atrasados…eu fiz aniversário naquele dia em que eu coloquei o capítulo e tu comentaste. Obrigada pela sugestão quanto à relação Harry/Ginny… eu adoro quando vocês leitores dão a vossa opinião e, na maioria das vezes, eu atendo aos vossos pedidos… foi daí que surgiu aquela cena H/G neste capítulo (embora tenha sido uma tentativa frustrada, lol… *Guida a corar* Eu nunca pensei seguir a carreira de escritora… para já não sei se teria muito sucesso… eu sou apenas uma amadora e escrevo esta fic porque realmente gosto muito de Harry Potter e do antigo Egipto… e, mesmo que tivesse sucesso, não sei se saberia lidar muito bem com a fama… eu sou do tipo que começa a gaguejar quando fala em público! Por isso continuo a preferir a net. Mas se mudar de ideias, eu prometo que aviso.

Lola Potter: Obrigada pelos parabéns, sobrinha linda! Eu adoraria atender ao teu pedido de fazer a Light postar uma vez por semana… mas não é fácil obrigá-la a escrever! Eu consegui que ela postasse aquele capítulo, porque lhe tinha pedido aquele presente de aniversário… pena que eu não faço anos todas as semanas, se não ela seria obrigada a postar uma vez por semana.

Zoey Evans Black: Então? Gostaste do teu presente de aniversário?! Adorei a parte do “sua leitora mais perfeita”… encarnaste bem o teu papel de Black! Este capítulo não demorou muito e o próximo creio que também não vai demorar, está descansada. FELIZ ANIVERSÁRIO!!!!

Priscila Bananinha: fico feliz que não penses em desistir. Por vezes eu tenho medo que, uma vez que eu costumo demorar tanto a actualizar, os meus leitores comecem a fartar-se e a desistir de ler! Acho que é uma preocupação que todos os escritores de fics têm!

fernanda Caroline: Ainda bem que gostaste do teu presente de aniversário… eu fico sempre feliz quando os meus leitores gostam dos meus capítulos, mas fico duplamente contente quando dedico alguém o capítulo e esse alguém gosta.

Gika Black: Estou a ver que o jogo entre o James e o Lucius está a fazer sucesso… vou esforçar-me por fazer um bom jogo, para não desiludir ninguém… e vou ver se não demoro muito a chegar lá.

Apollo Gryffindor: Desta vez foi rápido, não? O próximo também deverá ser.

Maria Lucinda Carvalho de Oliveira: Eu não deveria dizer isto, mas o Malfoy vai ter uma lição para esquecer… aguarda aquele jogo e verás. Quanto ao espião, como deves calcular, eu não posso dizer quem é.

Beca Black: Bem… eu actualizei… por isso agora já podes dizer qual é o teu palpite, rsrsr! Aqueles olhos azuis estão a despertar muita curiosidade, estou a ver… por acaso eu não pensei que iriam chamar tanto à atenção quando eu escrevi aquilo, mas fico feliz que todos tenham reparado.

Sakura Li: Devo dizer-te que estou a pensar seriamente em abrir um tópico na comunidade orkut do Herdeiro de Horus, para discutir quem é o espião. Já não és a primeira pessoa que pensa no Peter. Só te sugiro uma coisa: lê com atenção a cena do espião na Floresta Proibida.

Nina Black: Hum… nova leitora… sê bem vinda! Nem imaginas como fico contente cada vez que recebo um comentário de um novo leitor. Dá-me sempre mais ânimo para escrever.

Irmaos Marotos: *Guida novamente corada* Meu Deus… de onde vocês tiraram a ideia que eu devia ser escritora de verdade?! Rsrsrs… És a segunda pessoa que me diz isso nos últimos tempos! Eu não considero que seja assim tão boa ao ponto de conseguir publicar um livro… tenho muito a evoluir primeiro! Mas repito o que disse à Lóide… se eu mudar de ideias, eu prometo que aviso. È claro que eu deixo colocares o link desta fic na tua… sentir-me-ia muito lisonjeada!

*dany*: Ainda bem que não desististe desta fic… eu compreendo que existem momentos em que estamos tão ocupados que não há tempo para fazer nada… mas primeiro estão as nossas coisas do dia a dia e só depois o resto, não é? Espero que tenhas gostado do teu presente de aniversário… eu sei que é MUIIIIIITO atrasado, lol, mas é de coração!

neptuno_avista: Bem… não sei se já reparaste, mas as tuas ameaças geralmente surtem efeito, por isso podes continuar a ameaçar! (e agora tu perguntas… ela é masoquista ou quê?!) Eu não sou masoquista… mas fiquei felicíssima quando vi, já há algum tempo atrás, aqueles 7 coments seguidos a pedir actualizações e a ameaçar, por incrível que pareça! Mas peço-te uma coisa: une-te a quem quiseres contra mim… menos à Lightmagid… porque com ela não vais conseguir grande coisa… ela não consegue exigir nada de mim! (Ela que não me ouça a dizer isto, se não durmo nas escadas) É preferível juntares-te a mim contra ela, rsrsrsr… posso apresentar-te algumas pessoas que costumam fazer isso, hehehe (Sr. Pontas e Sr. Puff… dois marotos de coração… meu parceiros na luta para fazer Lightmagid perder a cabeça!)

Gabriella Black Potter: PARABÉNS (atrasados *Guida envergonhada*)! Cá está o teu presente de aniversário… um pouquinho tarde, mas a culpa foi da Lightmagid que demorou a betar… reclama com ela, rsrsrsr.



E terminadas as respostas… vou-me novamente… até daqui a uns dias! Agora vou entrar em “férias da Páscoa”, ou seja… enfiar a cara nos livros. Mas o próximo capítulo já está quase completo… faltam umas coisinhas no final! Posso dizer que é aquele que a Lightmagid aguarda com todas as suas forças. Um acontecimento IMPORTANTÍSSIMO para o decorrer da história vai acontecer nele… AGUARDEM E VERÃO!!!!

Um grande beijo, desta escritora maluca que vos adora,
Guida Potter!

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