Encontro com o prefeito



Enquanto a bruxa lhe fitava com ar desdenhoso, Miroslav o olhava pasmo,como sabia que era um detetive?Suas mãos suavam,sentiu uma enorme vontade de chorar dominou todo seu corpo,as veias do pulso pulsavam como nunca havia pulsado antes.O que seria dele agora?Certamente a bruxa não deixaria barato a sua mentira.
-Carruscu-gritou a bruxa.
Passos apresados se aproximavam,Miroslav já imaginava quem era Carrusco.
O homem que lhe atendera ha pouco abriu a porta barulhenta,e entrou na sala ficando diante de sua senhora.
-O que deseja minha Rainha.
-Apresente a nosso "vassalo de Hitller"os calabouços do Castelo da Tempestade.
A bruxa soltou uma ecoante gargalhada, enquanto o Carrusco acorrentava os pulsos de Miroslav.Sentiu a cabeça rachar ao meio e logo ficou inconsiente.

Acordou em uma pequena sala suja e mal tratada,ratos andavam livremente no chão, as aranhas comiam tranquilamente, as moscas que caiam em suas teias ,baratas escalavam as paredes e borboletas bruxas cobriam o teto encardido.
Miroslav ficou desesperado, será que ali seria seu fim, nunca pensou em morrer de fome e ser comido por ratos.Começou a gritar por socorro, mas quem iria atender seu pedido ali,as mariposas revoavam o teto assustadas, começara a chorar,sempre tivera fobia de insetos,mesmo uma mosca,seu corpo tremia todo, estva ficando branco e tonto,vomitou uma,duas e três vezes.Não raciocinava bem, sentia que os ratos subiam suas pernas as mariposas grudavam em seus cabelos
e as baratas levavam o seu vomito até sua barriga,de repente,tudo se apagou.
Acordou com palamadas brutas em seu rosto,abriu os olhos,mas assustado os fechou,a luz do sol batia diretamente em seu rosto,aos poucos foi se lembrando,do encontro com a bruxa,a prisão no calabouço, os insetos tocando em seu corpo,mas não se lembrara de como tinha saido da prisão
Recuperou o foco e viu depbrusado sobre si o empregado da bruxa,sua careca fazia o sol ficar dez vezes mais brilhantes.Ele o levantou e enchugou a testa com o lenço guardado no bolso do terno.
-O que eu...
-Vá logo imbecil!-disse rispidamente.
-Mas...
-Vá.
Concordou com a cabeça e desceu correndo a colina.Tinha que chegar logo no hotel,sua cabeça aprecia um formigueiro de tantas deduções que guardava.

Chegou no hotel dando bom dia ao homem carrancudo da gerencia,subiu direto para quarto,e de lá para o banheiro.Tomou banho e ainda dispido no roupão,pegou seu bloco de notas e começou a escrever o que tinha acontecido.Primeiro fez um relato de sua aventura,depois na sua agenda de capa preta escreve na lista de suspeitos"bruxa da colina".
Após ter fechado a agenda e largado o bloco em um canto qualquer,um forte sono tomou pose de seu corpo.Ainda estava com o formigamento que sempre sentia depois de ter contato com algum inseto.Queria dormir mas o formigamento não deixava, de quando em quando dava tapas nas costas para ver se nenhum tinha grudado em seu corpo.Após um tempo se lembrou que as condições de higiene daquele hotel não eram nada boas, sentiu o formigamento aumentar...
-Chega- disse em um grito comprimido.-vou agora mesmo me reunir com o prefeito.
Tirou o roupão e se despiu na jeans e no pulover com twed.
Tirou o cheque do bolso e botou as mãos para entregar na gerencia.Arrumou as malas e começou a descer as escadas rapidamente.
Jogou o cheque em cima do jornal e passou a passos violentos do gerente.
-Obrigado senhor!-disse o homem
-Esse hotel e uma bosta.-gritou já ná porta de entrada do hotel
Atravessou a rua e pegou o primeiro taxi que havia aparecido
-Olá-disse o motorista
-Bom dia.
-Para onde vai
-Me ponha em frente a prefeitura da cidade
-Vai conversar com o prefeito.
-Sim
-Hum!
Depois dessa ligeira conversa um silencio monotono tomou conta do simples taxi amarelo.
"Sim"pensou"apesar da firmeza na voz certamente foi a bruxa que matou o garoto,as bruxas
velhas e feias como a que vi sempre ficam a procura de um corpo para recuperarem o vigor da juventude.A unica coisa que ainda falta descobrir para colocar o caso como encerrado é:porque ela opitou por um corpo masculino.
O taxi estacionou,a cara palida e magra do motoristas virou para o banco de trás.
-Nove euros e cinqüenta centis senhor.
Miroslav vasculhou a cartera e tirou dez euros para entregar ao homem
-Fique com os cinqüenta centis.
Saiu apresado do carro e fechou a porta com violencia.Como fazia em Berlim,já foi passando pela porta,mas dois braços maçisos o barraram.
-Precisa de um cracha para entrar.
-Eu não tenho cracha,faz pouco tempo que cheguei de Berlim.
-Então peço para que se retire e volte quando tiver um cracha de autorização.
Vasculhou os bolsos da jeans atrás de seu distintivo de detetive,procurou nos bolsos da frente e de trás, mas não tinha nada alem de bala de menta."Só pode estar no bolso do sobretudo,ou...PERDI NO CASTELO", viu que tinha pensado alto de mais e os guardas tinham ouvido,pois suas caras estavam parecendo de macaco que recebera uma pergunta de matematica.
Sentou-se na berada da calçada e abriu sua mala,tirou as tigelas de comida,as blusas de lã,os tweds,seus charutos e fumo,e achou seu sobretudo.
Primeiro vasculhou nos bolsos maiores,depois nos menores e desses para os internos.Todos estavam vazios.Colocou o sobretudo e reuniu as roupas que havia espalhado pelo chão,os seguranças começaram a rir gostosamente."Que vergonha"susurrou para si mesmo.
Saiu do local furioso com sua lerdeza que desde dos tempos de escola o azucrina.Como fui deixar meu distintivo em simples bolso,como podia se considerar um genio entre os detetives se ninguem fora de Berlim o conhecia e faziam de sua imagem motivo de chacota.
Sentou-se em um dos bancos de marmore da praça,acendeu o seu cachimbo e começou a a pensar no que iria fazer.
Ficou ali uma duas horas pensando, ate que uma lampada defeituosa acendeu em sua mente.
-Como posso ter sido tão burro de não lembrar no bolso oculto.
Tateou a região dos bolsos internos do sobretudo,e sentiu um leve relevo,puxou o pano nessa região elevada,e dela surgiu mais um bolso interno.Abriu seu ziper e de lá retirou uma carteira fina e preta que continha um reluzente distintivo com a bandeira de Berlim delicadamente entalhada no seu centro.
Se levantou do banco e quase correndo voltou para a porta de entrada de Rômer, agora sim aqueles detetives pateticos iriam ver de quem estavam rindo.
Chegou em frente aos dois brutamontes e mostrou o distintivo.
-Agencia de Detetives de Berlim,detetive Miroslava Yakin a ordem de vosso prefeito.
Os seguranças tentando desfarsar qualquer reação emotiva,analisaram o distintivo e deixaram ele entrar.
O saguão de entrada de Rômer era largo e longo, mesclava perfeitamente o tradicional com o moderno,as suas limpidas paredes eram recobertas por quadros pintados pelos artistas da região, desde a arte classica até a arte modernista, as abobadas do teto davam impresão do salão não ter um fim, com desenhos gentilmente esculpidos mostravam o renascimento cultural depois da Idade Media.
Analisando a tudo no salão,atravesou-o gentilmente, aqui e acolá trombava com os funcionarios publicos apresados para cumprirem uma tarefa ou para chegar logo em sua casa e desfrutar dos confortos que tinha .Após tromabar com o quinto ou sexto funcionario, viu que o homem era diferente dos outros,andavaa passos lentos e estranhos,parecia que seu corpo não tinha eixo,seu olhar era fundo e vazio os cabelos sem vidas e o corpo parecia que tinha acabado de ser desenterrado.
-O senhor se machucou?-perguntou o desconhecido a Miroslav
-Não estou bem-disse analisando a aparencia do rapaz-voçe poderia me dizer onde fica a sala do prefeito?
-Oitavo andar sala 801,da direita,se você for para o 801 da esquerda entrara na sala de seu suplente.
Miroslav concordou com a cabeça.
Pegou o elevador construido bem no meio do saguão e espremido entre os funcionarios carrancudos apertou a tecla de número oito do elevador.Depois de varios abres e fechas de portas que paravam em endereços não desejdos por Miroslav,sua impaciencia foi aumentando,parou no quinto e duas pessoas sairam,parou no sexto e Miroslav teve que esperar o fim de uma briga entre torcedores fanaticos do Bayer Leverkusen e do Borusia Dormund(Miroslav torcia para o Kolonia,mas desde o fim de sua boa fase no Campeonato alemão nunca dissera nada a ninguem para evitar as gozações em cima de suas series de derrotas.
Depois de uma eternidade, o ancioso detetive saiu do elevador.tinha uma serie de portas a esquerda e direita,olhou para a 800 da direita e a 800 da esquerda,olhou para a 801 da direita e,mesmo com a intenção de entrar sem pedir permisão, bateu na porta antes.
-Entra-ouviu uma voz calma e intelectual falar de trás da porta.
Discretamente Miroslav abriu a porta rangedora,um homem franzino de cabelos negros puxados estava sentado na cadeira de sua escrivaninha lendo a Agazeta de Frankfurt.Calmamente
levantou os olhos do jornal para a olhar a figura de Miroslav.
-Me desculpe,mas,quem e o senhor.
-Meu nome e Miroslav Yakin,detetive da ADB,Agencia de Detetives de Berlim.
O prefeiro balançou com a cabeça dando impresão que compreendera.
-Meu nome é Lucas Drowsky,como deve estar vendo, sou prefeito de Frankfurt.
Estendeu sua mão direita para Miroslav que a contornou com a sua suja e cheia de perebas.
-Bom, creio que deve estar a par dos acontecimentos, hum..."estranhos"da cidade.
-Sim sim,estou a par e com uma boa noção da resolução do caso.
Lucas abriu um riso de dentes amarelos fazendo aparecer varias covas em seu rosto.
-Não e atoa que a ADB e tão destacada entre as agencias de nossa Alemanha.Vou lhe oferecer o Palace Germany Hotel a duas quadras da qui,lá vocé terá todo o conforto para resolver o caso.
Voltou para a sua escrivaninha e retirou de uma das gavetas um talão de cheque verde silvestre,asinou uma folha e ofereceu a Miroslav,que pegou com maior satisfasão.
-Coloque Frankfurt em paz que serei eternamente grato a vossa senhoria.
Deu um aseno de adeus e saiu de sua sala.

O Palace Germany Hotel, era um imenso e luxuoso hotel,era feitde tijolos brancos adotando as contruções dos antigos templos gregos feitos para seus deuses.
Passou pela sua porta e entrou em uma grande gerencia movimentada,o chão reluzia o teto e vice versa.Varios bustos de pessoas famosas eram postos em cantos estrategicos da gerencia.
Miroslav foi até um rapaz da gerencia e pediu lhe um quarto.
-O 102 está livre senhor.
Deu-lhe a chave dourada e agradeceu a preferencia.Subiu as escadas correndo, louco para
descansar em uma cama fofa e confortavel.
























Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.