A Estalagem

_Draco, o que vamos fazer?- Gina perguntou desesperada. Já era dia, e eles tinham voltado para a casa dos Granger, escondidos. Hermione, desde que o Conde fora embora estava em um estado febril, e delirante. - Ela está piorando!
_Ela passou por muita coisa.- Draco falou, e Gina percebeu um leve traço de preocupação em sua voz.- E a mordida também não foi de grande ajuda.
_Você acha que ela vai virar uma... vampira?
_Não, ele não sugou suficiente sangue dela, e nem deu o dele para ela, pelo que pude ver.
_Rony...- Hermione murmurou.
_Ela não para de chamar esse nome.- Gina disse triste, esfregando um pano molhado na testa da amiga.
Draco se calou pensativo, olhando para Hermione e Gina, então se levantou, tomando uma decisão.
_Nós vamos fazer o que ela quer, vamos leva-la até o vampiro.
_O quê?! - Gina gritou.- Ele quase a matou, por que iriamos leva-la de volta para ele?
_Porque ele é o único que pode salva-la.

Simas, Dino e Neville dormiam em sofás e poltronas, em uma das salas de visita da Mansão Granger. Sua respiração fazia o peito subir e descer, enquanto roncavam, as armas que traziam prontas na mão, faziam o mesmo movimento.
Draco entrou na sala fazendo barulho, para acordar os três dorminhocos. Eles não eram os melhores com armas, e não ajudavam muito também, mas na hora do aperto, eram tudo o que tinha. Eles teriam que servir.
_Acordem! Nós....- mas, Draco não terminou de falar, se abaixando para desviar da adaga, que passara por centímetros de sua cabeça, e terminara enterrada na porta pela qual ele acabara de entrar.- Que diabos foi isso?!- gritou furioso.
Neville, trêmulo, ao ouvi-lo entrar havia derrubado a espada que tinha na mão, com um estrondo. Simas, parecia preparado para enfrentar um exército inteiro de mortos-vivos, a espada erguida sobre a cabeça. Mas, Dino era o único que serviria para algo, nem que fosse apenas para matar Draco. A adaga voadora viera dele, que desarmado, erguia uma cadeira ameaçador.
_Achamos que era o vampiro!- Dino resmungou, abaixando a cadeira, acompanhado pelos outros que também, indognados, abaixavam suas suas armas, relaxando.
_Vocês estariam mortos antes que pudessem dar o próximo ronco.- Draco resmungou, ainda bravo contra o atentado à sua preciosa vida.
_Tinhamos que fazer alguma coisa para garantir nossa segurança.- Simas respondeu.- Já que é o seu trabalho, e você não fez nada!
_É claro que eu não fiz nada! Está claro, e vampiros não aparecem na luz do dia! Além do mais, temos mais com o que nos preocuparmos.
_Mais?- Neville, desolado, caiu sentado na poltrona onde estivera sentado.
_Sim, mais. Granger está doente, Gina e eu vamos leva-la até o vampiro. E vocês vão conosco.
_Sem chance!- Dino gritou.- Já fizemos muito noite passada.
_Realmente, vocês foram de muita ajuda com a Fleur.- Draco revirou os olhos.- Bem, então, estou indo. Quero só ver como se viram com o vampiro sem mim. Aliás, eu aproveitaria bem o dia de hoje, que provavelmente será o último das vidas covardes de vocês.
_Antes covarde vivo, que corajoso morto.- Neville profetizou, mas foi ignorado por Dino e Simas, que pareciam revoltados e profundamente ofendidos.
_Não somos covardes!- Simas gritou.
_Ótimo.- Draco sorriu, se virando de volta para eles.- Então, preparem-se. Saímos em meia hora.
E Dino e Neville olharam furiosos para Simas, que estava pálido e transparecia arrependimento.

Dentro da carruagem que sacolejava pela estrada, Gina acariciava a cabeça de Hermione, que dormia em seu ombro. A ruiva levantou a cortina da janela, e olhou para fora.
_Já está escurecendo.- ela murmurou preocupada.- Faz horas que saímos de casa.
_Dino, Simas e Neville estão de vigia lá fora.- Draco respondeu.
_Esse é seu melhor argumento? - ela sorriu.
_Não são eles que o vampiro quer.
Gina concordou tristemente, ainda acariciando os cabelos de Hermione.
_Ainda não sei como você os convenceu a vir.
_Eu posso ser bem persuasivo.
_Você tem certeza do que estamos fazendo?- Gina perguntou, depois de um tempo de silêncio.
_Você confia em mim?- Draco perguntou.
Gina exitou ou um pouco, antes de falar, considerando tudo o que eles tinham passado, e o quão pouco o conhecia realmente.
_Confio.
_Então, não tem com o que se preocupar.- ele respondeu, olhando para fora da janela, e sorriu.- Como eu calculei. - e pondo a cabeça para fora, gritou para Dino que conduzia a carruagem.- Pare a carruagem! Vamos passara a noite aqui!
E olhando pela janela, Gina viu uma enorme estalagem do outro lado da estrada. E embora confiasse em Draco, não fazia a menos idéia do que ele planejara.

N/A- Esse capítulo é curtino, mas o outro vai ser bem maior. E também vai ser o último, pelos meus cálculos, que geralmente estão corretos quando se trata de minhas fics. Então, preparem-se para o grande final. Beijos, Mary

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