A diferença









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Harry Potter e a Bruxa Misteriosa – Capítulo 14 –  A diferença


 


         
-
Bem,
Potter… - Disse Voldemort dirigindo-se a Decke que estava caída ao lado do
cadáver de Mississipi. – Depois cuido de você…agora tenho algumas contas
para acertar se é que você me entende…


 


         
Voldemort parou na frente de Decke:


 


         
-Malfoy!


         
-Sim, Milorde?


         
-Acorde-a.


         
-Sim, Milorde.


 


         
Draco se pôs do lado de Voldemort e deu um chute nas costas de Decke.
Ela acordou e levantou-se devagar. Até ficar cara a cara com Voldemort.


 


         
-E assim nos encontramos de novo, Natalie… - Dessa vez a voz de
Voldemort soava mais doce.. Harry se surpreendeu com o fato de 
Voldemort chamar Decke pelo primeiro nome.


         
-Pois é. – Respondeu Decke. Ao contrário da de Voldemort, sua voz
estava fria e seca.


         
-Não vai fugir de mim dessa vez? – Continuou Voldemort sem mudar o tom
de voz


         
-Não. Agora eu tenho como me defender.


         
-Tem certeza? – Perguntou Voldemort erguendo a varinha na direção de
Decke.


 


         
Ela não respondeu. Voldemort ergueu mais a varinha:


 


         
-Crucius!


 


         
Decke caiu no chão e gritou de dor enquanto Voldemort e Malfoy riam
friamente. Um riso de quem não tem coração. Isso fez Harry acordar. A dor na
cicatriz ainda era instensa, mas o garoto levantou e andou na direção de
Malfoy que estava virado de costas para ele. Harry não sabia extamente o que
pretendia fazer. Ele deu um soco nas costas de Malfoy, tão forte a ponto deixá-lo
sem ar. Harry tirou sua varinha do bolso de Malfoy. Voldemort parecia
impressionado com sua rapidez. O garoto jogou Malfoy no chão, e apontou a
varinha para Voldemort. Ele tinha raiva, queria fazer Voldemort sofrer por
vingança a todas as pessoas que ele havia feito sofrer:


 


         
-CRUCIUS! – Berrou Harry.


 


Voldemort
caiu no chão ao lado de Decke e urrou de dor. Por um instante a cicatriz de
Harry parou de doer. O garoto não sabia muito bem o que estava fazendo, só
sabia que tinha praticado uma maldição proibída  no bruxo das trevas mais poderoso da história e ela tinha
funcionado. Harry sentiu um estranho sentimento de satisfação. Poder vingar a
morte de seus pais assim…poder ter o homem que o deixou orfão chorando de dor
aos seus pés… Harry se perguntou se devia matar Voldemort. Afinal a profecia
de Trelawney dizia que somente ele podia matá-lo. O garoto levantou a varinha
devagar, e apontou-a para o bruxo que ainda gritava de dor:


 


         
-Avada Keda


 


Mas
Harry nunca descobriu se teria coragem de pronunciar o “vra”. Draco chegou
por trás do garoto:


 


         
-CRUCIUS!


 


Harry
caiu no chão de dor. Mas não gritou. Não queria dar a Malfoy o mesmo prazer
que Voldemort dera a ele. De repente ele ouviu a voz de Voldemort:


 


-Chega,
Malfoy.


 


E
a sensação de estar tendo todos os ossos do corpo quebrados passou. Harry
continuou lá, esticado no chão com a respiração ofegante. Se perguntava por
que diabos Voldemort estava sendo tão bonzinho com ele. Denovo, Malfoy agarrou
Harry pelas axilas e o arrastou até a árvore. Harry se sentou, seu corpo ainda
doía muito e  Malfoy mantinha a
varinha apontada para ele. Pelo jeito Voldemort estava muito ocupado para
“brincar” com ele agora. Harry observou como Voldemort andou na direção de
Decke que continuava caída no chão. “Vai torturá-la de novo!” – Pensou
Harry, mas se enganou. Decke se levantou e encarou Voldemort. Este virou-se para
Malfoy:


 


-A
varinha. – Disse com voz fria.


 


         
Malfoy tirou a varinha de Decke do bolso das vestes, e a entregou a
Voldemort que a passou para ela:


 


         
-Esta é a sua chance, Natalie…de fazer o que você sempre sonhou em
fazer… - Disse Voldemort baixando sua varinha. – Vamos ver se a menina gato
tem coragem de pronunciar as duas palavrinhas mágicas… - E soltou um riso
demorado.


         
-Milorde… - Começou Malfoy.


         
-Cale a boca. – Cortou Voldemort.


         
-Perdão, Milorde…


 


         
Voldemort continuava cara a cara com Decke, ele tinha a varinha abaixada,
e Decke ergueu a sua lentamente. A cada segundo, o riso frio e seco de Voldemort
se tornava mais alto. Quando a varinha de Decke estava apontada pra cabeça do
bruxo, a tensão aumentou. Porém Voldemort continuava rindo:


 


         
-Você chegou mais longe do que eu imaginei que chegaria, minha
querida…


         
-NÃO ME CHAME ASSIM!      



 


         
Voldemort apenas riu mais e mais:


 


         
-Eu sabia que você não teria coragem, Natalie…você não mudou
nadinha…não tem coragem de vingar a morte dos seus pais…ridículo…essa é
a diferença entre você e um Bruxo das Trevas! A sede de vingança de um Bruxo
das Trevas é sempre saciada…


 


         
Decke não disse nada e Voldemort continuou:


 


         
-Mas eu tenho coragem de me vingar por tudo o que você me fez passar!


 


         
Harry não estava entendendo muito bem sobre o que Voldemort estava
falando. O garoto imaginava que isso tudo aconteceu na época em que Decke foi
refém dele.


 


         
-Eu me ansiei tanto por esse dia…e agora eu estou frente a frente com
você… - Disse Voldemort levantando a varinha, mas não parando de falar.


 


         
Harry percebeu o que Voldemort pretendia. Ele não podia ficar sentado
sem fazer nada e deixar que Voldemort tirasse uma vida…ele sentiu uma coisa
que nunca tinha sentido antes. Uma energia que se espalhou por todo seu corpo.
Harry teve um impulso de levantar…mas…Malfoy estava com a varinha apontada
para a cabeça dele!


 


         
-Um movimento em falso e eu explodo seus miolos, Potter! – Cochichou
Malfoy.


 


         
Harry não sabia o que fazer. Mas então ele começou a ouvir uma vozinha
em sua cabeça que dizia que ele sempre fora melhor do que 
Malfoy, e que apesar de  Draco
ser um Comensal agora, isso não mudaria nada. Ele se decidiu que apenas uma
pessoa morreria naquela noite: Voldemort.


 






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