uma longa noite...



Capítulo 12 – Uma longa noite.



Lá estava ela, sentada numa poltrona a frente da lareira do salão de inverno. Estava com um pouco de frio.
Ouviu passos atrás, sentiu alguém vindo em sua direção, mas por algum motivo que ela mesma não sabia, não quis virar-se para ver quem era. Podia sentir a respiração da pessoa atrás de si bem próxima ao seu pescoço.
- Oi... – sussurrou ao ouvido da menina fazendo-a arrepiar-se.
Ela pode distinguir facilmente aquela voz masculina tão friamente que chamava sua atenção.
Ela virou-se num simples impulso. Seus rostos estavam a milímetros de distância, seus olhares se encontravam os fazendo esquecer das coisas ocorridas, ansiavam pela presença um do outro. Ela fechou seus olhos, sentia com leveza o perfume do menino que tanto a confortava, podia sentir a respiração dele tomar outro ritmo e seu corpo pedia uma aproximação ainda maior, mas sua mente refletia se ela realmente deveria fazer aquilo, tremendo, gaguejando, a garota tenta se pronunciar.
- Dra... Draco...
- Shiiii – fez ele colocando suas mãos no rosto da menina que a fez estremecer.
Seus olhos que outrora estavam marejados soltaram uma solitária lágrima. Ele passou o polegar sobre ela fazendo-a sumir... Aproximou-se mais, fazendo seus lábios frios tocarem nos dela. No começo a menina hesitou, até afastou um pouco, mas o garoto continuou e ela não pôde, não conseguiu afasta-lo, não conseguiu pôr um ponto final.
Eles podiam sentir em seus lábios o gosto doce do outro e o gosto salgado das lágrimas da menina...
- Humm - suspirou ao abrir seus olhos.
Ela olhou ao redor, fechou novamente os olhos por um breve segundo e em seguida o abriu.
“Que droga! – pensou ela – quando isso vai parar? Eu não agüento mais!”.
Ela levantou-se da cama e seguiu a caminho do banheiro.
“Outro sonho... – pensou ao passar sua mão pelo rosto o enxugando – será que ainda vai demorar a eu deixar de gostar dele?... Espero que não...”.
- Por Merlim! – exclamou alto no banheiro.
Ela olhou-se no espelho, mas não acreditava no que estava vendo, esfregou seus olhos.
- Não! Não!
Lavou o rosto.
- Isso não pode estar acontecendo!
Deu várias tapas no rosto, mas viu que não adiantava.
- Essas coisas só acontecem comigo!
Hermione não era Hermione, bem, Hermione era Hermione, mas com o corpo de Draco.
A menina foi para o salão comunal, onde por sorte, achou Edwiges, escreveu uma carta e a enviou para Draco.
- Escute bem Edwiges, você leva essa carta e só volte aqui quando entrega-la, faça de tudo, mas dê essa carta a ele.
Edwiges soltou um pio e em seguida saiu pela janela.
Draco estava dormindo em sua cama ao lado da janela. Parecia que não estava tendo um sonho agradável, pois seu rosto tinha uma expressão de sofrimento, de dor...
Edwiges chegou a janela, começou a dar bicadas, mas o menino não acordava, ela se enfureceu e começou a dar fortes bicadas, até que o menino acordou. Levou um susto ao ver a coruja de Harry, abriu a janela e pegou a carta.
“Malfoy, seu idiota, olha o que você fez! É bom me encontrar agora no salão de inverno... E não demore! Hermione”.
Draco leu e releu a carta, até perceber seus novos cabelos cacheados abaixo do ombro.
“Por Merlim! Algo deu errado, mas que merda! To morrendo de sono... – pensava enquanto rumava para o salão de inverno”.
Quase dormindo no caminho, lutando com suas pálpebras para mantê-las abertas, ele finalmente e como por milagre, conseguiu chegar ao salão.
Ao abrir a porta, percebe que o lugar estava todo escuro, só havia uma pequena luz de uma varinha, provavelmente de Hermione.
Podia perceber que a menina estava deitada no sofá com o braço estendido para fora segurando a varinha.
- Lumus Totalis – falou ela.
Todas as luzes do salão se acenderam. O menino não conseguiu evitar, tampou rapidamente os olhos com as mãos, pois mal conseguia abri-los com a claridade.
- Nox Totalis – disse ele fazendo as luzes se apagarem – Lacar Inflamare – disse fazendo apenas a lareira acender.
- Você se atrasou Malfoy.
- Demorei a acordar.
Ela se levantou.
- Por Merlim você está louca?
- Porque?
- Já viu como você está vestida?
Hermione percebeu que estava com sua camisola de seda, era linda, mas ficava estranha no corpo de Draco, realmente muito engraçado.
- Ops! – falou rindo.
- Ops? Ops? Você... Você... Você faz isso e me diz OPS? Estou com muito sono para me estressar com você!
- O que vamos fazer agora?
- Não sei.
- Malfoy!
- Não grite comigo.
- Eu grito quando eu quiser.
- A culpa não é minha!
- Lógico que é.
- Não é não!
- É sim! Você disse que sabia desfazer o feitiço!
- E sei.
- To vendo!
- Olha, eu desfiz ele ta legal, não sei porque aconteceu isso...
- Muito menos eu.
- O que agente faz?
- Tenta desfazer de novo!
- Não dá.
- Porque?
- Só da para fazer uma vez por semana.
- Ótimo! Viu o que você faz?
- Eu? Olha, eu nem queria fazer o feitiço com você, você fez porque quis, não me culpe!
- Ta, eu sei, mas o que vamos fazer agora?
- Vamos dormir e...
- Dormir? Dra... Malfoy! Você só pensa nisso!
- Deixa-me terminar por favor, agente vai dormir e amanhã falamos com a Profª McGonagall e pronto.
- Ta louco? Na mesma hora ela tira nossos cargos de monitor-chefe.
- Então o Profº Snape.
- Que lindo, aí só eu me lasco.
- Então o que?
- O profº Flitwich! Agente explica para ele e pede para ele não contar a nenhum dos dois.
- Ta, boa idéia.
A menina sorriu, ele franziu a testa.
- E... e... agora... Malfoy?
- Vamos dormir – falou ele saindo.
- Hei espera! – gritou ela.
- O que?
- Você não acha que seus colegas iriam estranhar de ver Hermione Granger dormindo na sua cama?
- É.
- Eu vou dormir na Sonserina e você na Grifinória.
- Ótimo – falou fazendo cara de tédio, ele tirou seu sobretudo preto e deu a ela – Vista isso! Vai que alguém ta acordado e me vê assim... Não quero bem pensar.
- Obrigada... – disse penado-o – a senha é... – ela hesitou, mas acabou dizendo – pena de fênix.
- A nossa é...
- Serpente sangrenta?
- Como você sabe?
- Ah... peguei suas coisas quando você foi para o Santo Mungus.
- Ah... – ele ficou errado – como você já deve saber, meu dormitório é o 7, a cama é a da janela.
- Eu sei. O meu é o 9, minha cama é a... Tem um criado mudo cheio de livros.
- Novidade.
- É né...
- Vou dormir...
- Eu também...
- Boa noite... – falou ele, logo em seguida percebendo o que havia feito.
- Boa.
E eles partiram...


Gente valeu pelos coments, nao agredeço nominalmente pq estou com pressa, mas no proximo poh deichar que eu agradeço sim... beijinhossss

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