Behind Closed Doors - My lonel



Disclaimer: Harry Potter e todos os seus personagens pertencem à J.K Rowling, pero se a mim pertencessem, com certeza Cormac Mclaggen teria sido azarado milhões de vezes pelo Ron por ter se atrevido a aceitar o convite da Hermione.




Take a walk outside your mind
(Dê uma volta fora da sua mente)
Tell me how it feels to be
(Me diz qual a sensação de ser)
The one who turns the knife inside of me
(Aquela que gira a faca dentro de mim)
Take a look and you will find there's nothing there girl
(Dê uma olhada e você descobrirá que não há nada lá garota)
Yeah I swear, I'm telling you girl yeah 'cause
(Sim eu juro, eu estou te dizendo garota sim porque)
There's a hole im my soul that's been killing me forever
(Há um buraco na minha alma que vem me matando há tempos)
It's a place where a garden never grows
(É um lugar onde um jardim nunca cresce)
There's a hole in my soul, yeah I should have known better
(Há um buraco em minha alma, sim eu deveria ter sido mais esperto)
'Cause your love's like a thorn without a rose
(Porque seu amor é como um espinho sem uma flor)

(Hole in my soul – Aerosmith)



Behind Closed Doors - My loneliness

"Ela tem de estar brincando...

Harry acordou assustado e deparou com uma meia estufada nos pés de sua cama. Pôs os óculos e olhou ao seu redor; a janela minúscula estava quase totalmente escurecida pela neve e diante dela estava Ron, sentado muito reto na cama, examinando um objeto que parecia um cordão de ouro.

- Que é isso? – perguntou Harry.

- É da Lavender – respondeu ele, parecendo revoltado. – Ela não pode pensar seriamente que eu usaria...

Harry se aproximou para olhar e soltou uma grande gargalhada. Pendurada no cordão, em grandes letras de outro, havia a frase 'Meu namorado'.

- Legal – comentou ele. – Estiloso. Decididamente, você tem de usar isso na frente de Fred e George.

- Se você contar a eles – ameaçou Ron, fazendo o colar desaparecer embaixo do travesseiro –, eu... eu... eu vou...

- Gaguejar para mim? – respondeu Harry, rindo. – Ah, vai, você acha que eu faria isso?

- Mas como é que ela pôde pensar que eu ia gostar de uma coisa dessas? – perguntou Ron, parecendo muito chocado.

- Bem, procure se lembrar. Alguma vez você deixou escapar que gostaria de aparecer em público com as palavras 'Meu Namorado' penduradas no pescoço?

- Bem... na realidade não conversamos muito – disse Ron – Ficamos mais...

- Dando uns amassos – completou Harry.

- Bem, é. – Ele hesitou um momento, então perguntou: - A Hermione está realmente saindo com o McLaggen?

- Não sei. Eles estiveram na festa de Slughorn juntos, mas acho que não foi muito legal.

Ron pareceu um pouco mais animado ao enfiar a mão no fundo da meia.

Os presentes de Harry incluíam uma suéter com um grande pomo de ouro no peito, tricotado a mão pela sra. Weasley, uma grande caixa de produtos da Gemialidades Weasley, dada pelos gêmeos, e um embrulho ligeiramente úmido, cheirando a mofo, com uma etiqueta em que se lia: "Ao Senhor, do Kreacher."

Harry arregalou os olhos.

- Você acha que é seguro abrir? – perguntou.

- Não pode ser nada perigoso, toda a nossa correspondência continua a ser verificada pelo Ministério – respondeu Ron, embora olhasse o embrulho com desconfiança.

- Não pensei em dar nada ao Monstro! Normalmente as pessoas dão presentes de Natal aos elfos domésticos? – tornou Harry, cutucando o embrulho com cautela.

- Hermione daria. Mas vamos esperar para ver o que é, antes de você começar a sentir remorsos.

Um instante depois, Harry dava um berro e pulava da cama; o pacote continha numerosas larvas de varejeira.

- Legal – exclamou Ron às gargalhadas. – Quanta consideração!

- Prefiro as larvas a esse colar. – disse Harry, fazendo Ron parar de rir na mesma hora."




Harry ficou mais um tempo rindo do presente que Lavender dera a Ron e antes que o amigo lhe desse uns tapas, ele se vestiu, saiu do quarto e desceu as escadas em direção a cozinha.

Ron, por sua vez, estava horrorizado com o presente de sua namorada. Namorada, mas onde eu fui me meter? Ele deitou-se novamente, apoiando a cabeça nas mãos. A manhã de natal estava excepcionalmente fria e, apesar de o sol estar escondido há algumas semanas, o tempo estava claro, apesar da nevasca da noite anterior. Deitado, ele ouviu os passos dos irmãos e as vozes dos demais. Fred e George conversando alegremente com Lupin; Fleur e seu inconfundível sotaque e Ginny perguntando à Senhora Weasley se ela havia tricotado um suéter Weasley para Hermione.

- Hermione – ele sussurrou o nome dela apreciando-o como se fosse música para seus ouvidos. - Hermione.

Desde o dia em que viera passar o natal n'A Toca, Ron não conseguia apagar a visão de Hermione pouco antes de usar a rede de Flú para voltar para casa. Ainda beijando Lavender, ele abriu os olhos e percebeu um olhar decididamente triste e magoado nos olhos de Hermione e ficou chocado com o que viu. Nem em milhões de anos, ele imaginava que veria nos olhos dela a dor que ele mesmo sentia consumir seu coração.

A troca de olhares deles foi tão rápida que Ron não conseguiu ler mais nada além do que já havia ficado aparente no olhar que ela lançara. Quando, finalmente, Lavender o soltou, ele viu que Hermione já havia ido embora. Ele percebeu, pesarosamente, que havia sido cruel mais uma vez. Bom, foi sem querer, mas... mas... eu não esperava ver aquela tristeza toda no olhar dela. Oh, Merlin!

Parcamente, ele se lembrou das poucas vezes em que havia visto um olhar tão triste no rosto de Hermione. Comemoração no salão comunal no 3º ano: Até hoje eu não acredito que troquei a convivência com a Hermione por causa de um rato, que na verdade era um traidor, e de uma vassoura, que não era minha. Impressionante como as minhas mancadas multiplicaram-se naquele ano. Até o Hagrid repreendeu a mim e ao Harry. No fim do 3º ano ele se arrependeu das escolhas que fez, mas não conseguiria apagar aquela lembrança. Viveria com aquela mancha na amizade deles para sempre.

Discussão no salão comunal no 4º ano: imperdoável, como é que ela me diz que a solução era chamá-la antes que qualquer outro e não como último recurso?? Ela tinha que me dizer que queria ir comigo ou pelo menos ela deveria ter dito que iria com o Krum. Eu daria um jeito de ela dar um chute nele e ir comigo. Por que é que ela não me falou essas coisas antes???

Simples Weasley: você não a convidou, ficou enchendo a paciência dela para saber com quem ela iria (aliás, você nem acreditou que ela teria um par!), sem contar o fato de que você apenas a reconheceu como garota depois que o Neville a convidou. Sinceramente, você acha justo reclamar das escolhas dela quando você não fez nada para ir ao baile com ela? Diferente de você, o Krum viu que ela era uma garota e diferente de você ele a convidou e eu tenho certeza que ela só aceitou o convite porque você não teve coragem suficiente para convidá-la. Algumas vezes eu fico na dúvida se você é mesmo um Grifinório!

Continuando...


Sala de aula alguns meses atrás.... Certamente, a coisa mais idiota que eu fiz nessa vida. Me envolver com a Lavender, definitivamente, não foi uma solução muito inteligente. Ok! Ela é linda, é popular, mas também não tem nada que realmente me atraia. Droga, só você. Só você Hermione me faz sentir útil, inteligente, especial. Só você consegue me mostrar como eu sou capaz, mesmo que para isso tenha que pegar no meu pé; só você poderia me fazer sentir um idiota como estou me sentindo agora! Só você e ninguém mais! Como fui burro. Como eu sinto sua falta Hermione. O fato é que olhar para Hermione enquanto beijava Lavender não havia sido uma boa idéia e assim que chegou em casa, Ron começou a pensar em todas as coisas que haviam acontecido até ali.

Ele passou a mão direita no braço esquerdo e sentiu algumas das poucas cicatrizes deixadas pelos canários, que ainda estavam evidentes. Aquela noite, ele se sentiu humilhado pelas suspeitas dela de que ele havia tomado a Felix Felicis e, apesar de tê-la deixado no vestiário, aparentemente desdenhando do julgamento errado que ela fizera, ele não pôde deixar de ignorar a frustração por ter ouvido Hermione duvidar da capacidade dele como goleiro. No fundo de seu coração Ron sentiu um punhal ser girado dolorosamente cada vez que rememorava as palavras dela:

(...)

"- Você sabe muito bem do que estamos falando! – esganiçou-se Hermione. – Você incrementou o suco do Ron no café da manhã com a poção da felicidade! Felix Felicis!

- Não, não fiz isso – respondeu Harry, desvirando-se para encarar os dois.

- Fez, sim, Harry, e foi por isso que tudo deu certo, jogadores de Slytherin faltaram e Ron defendeu todas as bolas!"

Por que ela não conseguia acreditar nele? Por que ela tinha que dizer todas aquelas coisas. Será que ela jamais acreditaria nele? Será que ele era tão imprestável a ponto de ela achar que ele não seria capaz de defender alguns arremates contra o gol de Gryffindor? Será que ela jamais entenderia que ela era uma das responsáveis por ele se dedicar e tentar ser bom em algo? Será que ele merecia mesmo ter ouvido aquelas palavras?

Tantas perguntas sem respostas deixaram Ron mais confuso e atordoado. Porém, dessa vez ele não permitiria que ela vencesse essa batalha, ele tinha que se vingar e caminhando decidido para o castelo resolveu que pelo menos naquela noite, ele não iria se importar com o que sentia por Hermione Granger. Uma sabe-tudo insuportável e convencida de que em tudo se deve obedecer às regras. Pro inferno com as regras, eu não usei nada pra jogar bem hoje! E ela duvidou de mim! Ela se diz minha amiga, mas não consegue acreditar em mim!! Eu não preciso de você Hermione, não preciso.

Depois desse pensamento um tanto revoltado, Ron ouviu lá no fundo da sua mente, quase inteiramente nublada pela raiva que estava sentindo, uma risadinha irônica que o acompanhava sempre que ele negava ou tentava ignorar seus sentimentos por Hermione. No mesmo instante, ele balançou a cabeça e partiu para o salão comunal de Gryffindor. Iria aproveitar a comemoração plenamente. Não permitiria que uma sabe-tudo insuportável e convencida de que é a dona da verdade tirasse seu momento de glória.

Ele respirou fundo. Entrou no salão decidido a não deixar que a decepção que sentia o afetasse; ele daria atenção a quem realmente acreditava nele, a alguém que o visse como ele era.

Esse sim, foi um grande engano!

Pelo menos você reconhece isso, Weasley!


Lavender foi a primeira a se atirar nos braços dele e a cumprimentá-lo pela vitória. Todos os elogios de repente supriram a necessidade que ele sentia de ser reconhecido ou, como disse Dean dias depois, bajulado. O fato é que foi irremediável resistir àquela garota linda e atraente que estava dando a ele o que ele pensava nunca ter tido de Hermione: reconhecimento.

Assim que a garota o puxou e o beijou, Ron deixou-se guiar pelas sensações que o contato com os lábios dela proporcionavam. Isso realmente funciona!... Mero engano. Não foi preciso mais que um minuto e a imagem de uma Hermione sorridente surgiu sorrateira em sua mente; ele lutou bravamente contra a vontade de parar de beijar Lavender e correr para pedir desculpas a Hermione por ter sido um grosso no vestiário e um idiota, que havia acreditado no que Ginny havia dito a ele.

Ele queria poder olhar para ela e tirar de vez dos ombros o peso do maior e mais bem guardado segredo de sua vida: ele queria, desesperadamente, poder dizer o quanto ela era importante, o quanto ela era especial. Ele queria poder dizer a ela o quanto a amava. Mas, em vez disso, ele estava muito desajeitadamente agarrado a Lavender e proporcionando a ela lembranças que ele sempre imaginou que iria ter com Hermione. Mas por que ele se importava com isso? O primeiro beijo dela não foi com ele, então, por que o dele tinha que ser com ela?

Ora Weasley, isso é simples, tinha que ser com ela porque você é completamente apaixonado por ela!

Não! Não sou!

Você adora mentir para si mesmo não é?


Ele não se importou com o que pensava e constatou que Ginny tinha total razão a respeito dele. Ron não tinha uma vasta experiência – Nenhuma experiência, Ron! Nenhuma! – a mente dele gritava em protesto por ter se agarrado à primeira garota que se ofereceu a ele –, mas ele se sentia completamente confiante porque Lavender, diferente de Hermione, não o julgou. Lavender deu a ele o conforto que ele precisava. Algo que ele tinha certeza, Hermione jamais faria. Ron interrompeu o beijo e puxou Lavender para um canto do salão comunal, mas como o lugar estava muito cheio não fez muita diferença sair do meio da sala.

Ela o beijou novamente e parecia completamente satisfeita por estar com ele; Ron viu nos olhos de Lavender e percebeu na maneira que ela o beijava que ela estava sendo sincera naquele momento. Eu tenho que gostar é de alguém que goste de mim e dê valor à pessoa que eu sou. E essa pessoa jamais será a Hermione. Convencido do que pensara, Ron continuou a beijar Lavender como se fosse um aluno muito aplicado nas primeiras aulas práticas de um assunto muito interessante. Contudo, ele não conseguia afastar o pensamento de Hermione, mesmo que ele estivesse tentando esconder a imagem da garota no fundo de sua mente. De repente, Ron passou a ouvir a sua própria consciência protestando. Muitas vezes renegar os sentimentos é o pior caminho a seguir quando se está magoado.

Não é ela Weasley, você sabe! Não é a Lavender!!

Não, eu não sei de nada e isso também não me interessa agora!

Como não interessa Weasley? Você só não está com Hermione porque é um tolo que se deixa levar pelo que as pessoas falam para você. Por que você está beijando a Lavender??? Para quê? Você falou todas aquelas coisas horríveis para a Hermione, mas não teve a coragem de dizer o verdadeiro motivo da sua frieza com ela.

Não me amola, estou ocupado!

Weasley!! Você sabe e não pode negar: você nunca, em momento algum, desde o dia em que assumiu o que sente pela Hermione, quis ficar com outra pessoa. Agora por causa de uma discussão infantil você a pune assim?

Eu não estou punindo ninguém, estou apenas dando atenção à Lavender porque ela, em momento algum, duvidou de mim!

Weasley, Weasley, Weasley! Você vai se arrepender, eu sei! E lembre-se, não será fácil ficar sem ela. Você sabe disso, e não falo apenas das tarefas, mas da sua amiga. Não pense que será fácil para você.


Ele ignorou os apelos da sua consciência e continuou a beijar Lavender. Vários minutos se passaram e ele estava tão encantado com ela que conseguiu apaziguar um pouco a decepção e a tristeza que ainda estavam latentes em sua memória e em seu coração. Ele a ignorava e ela nem sabia o porquê.

Você é um grande babaca Weasley! É isso que você é.

Não! Eu não sou um babaca!


Ele freou os pensamentos que corriam desordenados pela sua cabeça, concentrou-se em Lavender e deixou de perceber o mundo a sua volta. Ela! Lavender! Ela sim merecia o que ele tinha a oferecer, mesmo que fosse pouco, e tudo o que ela pedisse ele se esforçaria para dar, nem que para isso ele nunca mais tivesse a amizade de Hermione. Porque diferentemente dela, Lavender não havia duvidado dele e não havia beijado Víktor Krum.

Um pouco mais tarde, em uma sala, que ele julgava vazia, Ron encontrou Hermione e Harry conversando. O frio que correu sua espinha o fez se lembrar de como ela agia quando estava com raiva. Ele sabia, viu nos olhos dela a fúria contida. Malfoy já havia sido vítima da cólera dela e Ron não conseguiu imaginar porque ela não o atacou assim que ele entrou na sala.
Os passarinhos estavam voando ao redor da cabeça dela e, mesmo sem querer, ele a admirou por sua capacidade de praticar magia em momentos tão difíceis. Ron sabia que Hermione havia visto ele e Lavender, pois Ginny dissera a ele para não sair do salão enquanto Harry não encontrasse Hermione. E sabia que de alguma forma havia afetado a garota.

Sentiu-se estranhamente feliz: Ela está agora sentindo a mesma dor que eu senti quando a vi com o Krum no dia do Baile de Inverno e quando descobri que ela o beijou. Eu posso ver isso! E ele se sentiu aliviado quando a viu levantar-se e seguir para a porta; a proximidade dela e a aparente calma nas palavras que ela dirigiu a ele o aliviaram de tal forma que ele não viu o olhar alucinado no rosto de Hermione, apenas ouviu um grito esganiçado: Oppugno! E a dor das bicadas e arranhões dos canários pela extensão de seus braços. Ele a odiou mais naquele momento e, enquanto tentava se livrar dos canários, jurou para si que nunca mais falaria com Hermione; nunca mais olharia para ela e de uma vez por todas a tiraria de seu coração.




Depois que Harry o deixou na sala, ele contou tudo a Lavender. Ela o apoiou incondicionalmente e tratou de continuar a sessão de amassos que haviam começado no salão comunal. Naquela mesma noite, algum tempo depois, a loira perguntou se ele queria namorá-la. Ron ficou sem ação, ele jamais imaginou que ele seria pedido em namoro: Papai me disse que os homens é que devem pedir as garotas em namoro. Nem pra isso eu servi.
Impressionante!
O pensamento se apagou da mente dele quando Lavender o beijou novamente. Aquela noite ficou marcada na memória dele como o início do fim dos sentimentos que nutria por Hermione e nos dias que se seguiram ele resolveu que torturá-la seria a melhor maneira de arrancá-la de seu coração.

Então, Ron começou a fazer imitações ridículas de Hermione, como se ela não significasse nada para ele:

"Ron retaliou, fazendo uma imitação cruel, mas exata, de Hermione levantando e sentando sem parar cada vez que a Professora McGonagall fazia uma pergunta, coisa que Lavender e Parvati acharam engraçadíssima e que, mais uma vez, levou Hermione quase às lágrimas."

Como eu fui injusto, como eu fui vil, como eu fui... impiedoso. Ela jamais mereceu isso; ela não precisava chorar por minha causa. Harry me disse que ela chorou aquele dia. Eu não a mereço. Hermione não pode querer um cara como eu. Eu só a faço chorar; eu só a faço perder o controle; eu não consigo entender porque eu ainda acho que há volta. Se pelo menos eu pudesse ter a amizade dela de volta... mas eu consegui afastá-la de mim.

Evitá-la; imitá-la; afastá-la. Era o máximo que ele conseguia fazer. Ele tinha consciência de que tinha de afastar qualquer possibilidade de se aproximar de novo de Hermione. Ele tinha certeza absoluta, que todas as atitudes dele a estavam machucando, mas ela era Hermione Granger e ele também não conseguiu se proteger dos ataques dela (ou meios de defesa como ele se forçava a nomear as investidas dela contra os ataques dele que ouvia quase diariamente).

Ele apertou as palmas das mãos contra os olhos como se tentando suprimir ou expulsar alguma visão incômoda. Ele poderia ficar cego e esquecer a fisionomia do rosto de Hermione, mas jamais esqueceria o exato instante em que ela o convidara para ir a festa do Slughorn. Merlin! Foi a maior alegria que eu senti na vida. Diferentemente dele, Hermione o havia convidado e ele ficou completamente aparvalhado e viu, no sorrisinho de canto que ela lançou para ele, que seria o começo de uma nova etapa para ambos.

Naquele momento, para ele não havia céu, mar, terra, pássaros, plantas... não havia mais nada com que se preocupar porque ele estaria com ela na festa de natal do Clube do Slug e daria a si mesmo a chance de dizer o que sentia por ela. Ele teve que admitir que contava os dias para a festa com a mesma ansiedade que esperava pelas partidas de Quadribol (bem, ele ficava um pouco mais pálido quando as partidas se aproximavam, mas nada o impedia de se sair bem!).

Assim que descobriu que Hermione e McLaggen iriam à festa juntos ele amaldiçoou o dia em que pegou Ginny e Dean se beijando. Ron simplesmente empurrou Lavender para o lado fazendo um barulho como se uma pia muito, muito entupida estivesse sendo, finalmente, desentupida. A expressão de confusão que tomou conta do rosto dele pareceu não ter surtido nenhum efeito em Hermione, que continuou calmamente a falar de McLaggen. Tudo virou um borrão desconexo e as centenas de vozes no salão principal de repente silenciaram e Ron quase perguntou porque ela havia escolhido o troglodita convencido, mas não poderia. Sentiu-se tremendamente sozinho e abandonado quando ouviu Hermione afirmar que estava saindo com ele.

Depois desse dia, a vontade de se afastar mais e mais de Hermione o consumia. Mas não era suficiente sentir vontade de se afastar, ele tinha que conseguir, mas era impossível quando dividia a mesma casa, a mesma sala de aula, o mesmo amigo. Aos poucos ele se arrependia de ter feito o que fez e agido como agiu. A saudade (pela primeira vez ele assumia que sentia saudades dela) não o deixava em paz em momento algum.

E em todas as ocasiões ele percebia Hermione. Ele sentia Hermione. Sentia falta dela e das brigas entre eles; sentia falta das noites em que eles ficavam esperando Harry voltar das aulas que estava tomando com Dumbledore e, incrivelmente, sentia falta da insistência dela para que ele estudasse com mais afinco e fizesse seus deveres corretamente. Sem ela, definitivamente, ele não estava indo muito bem. Ron tinha a ajuda de Lavender, mas ela não chegava aos pés de Hermione; até Harry se tornou vítima do desentendimento deles, já que Hermione não o ajudava, pois sabia que ele deixaria Ron copiar todo o dever.

Estão sendo dias horríveis. Definitivamente, esse é o pior ano da minha vida desde que eu entrei em Hogwarts.

Uma leve brisa entrou pela mínima fresta aberta na janela do quarto fazendo Ron arrepiar-se um pouco. Ele ficou mirando o teto, absorto em pensamentos desconexos e confusos. Alusões impróprias de um relacionamento, que ele não deixou acontecer. Arrependimento. Essa era a melhor definição para o que ele vinha sentindo desde quando começou a sentir a fúria das investidas de Hermione; era isso que ele merecia por ter deixado seu ciúme e insegurança tomarem a frente em suas decisões o forçando a tomar uma atitude, a qual, hoje, ele não queria lembrar.

Ron se sentiu mais Ron que nunca naquele instante. Não havia nada de importante naquele natal. Não havia nada que o fizesse se sentir feliz. E uma vez mais sua mente flutuou pelo tempo e ele se lembrou exatamente do natal do ano anterior quando deu um perfume de presente para Hermione.

"- Obrigada pelo livro, Harry – disse ela feliz – Há séculos que eu andava querendo essa 'Nova teoria de numerologia'! E aquele perfume é realmente diferente, Ron".

Eu me achei um idiota quando ouvi o comentário dela, mas eu consegui perceber que não foi ruim. Na verdade, eu acho que ela gostou e gostou tanto que alguns dias depois eu senti o aroma do perfume quando estávamos em uma das reuniões da A.D.

O quinto ano foi, sem dúvida, um dos anos mais conturbados da história de Hogwarts. Hermione sempre fazia questão de nos lembrar disso. "Eu li Hogwarts: Uma história e não há nenhum registro de nada parecido com isso. Nunca ninguém ousou intervir na escola. Temos que fazer alguma coisa." Mas, também foi um ano cheio de surpresas pra mim: Quadribol, Weasley é nosso rei!, beijo na bochecha.
Ron encostou a mão na bochecha que Hermione beijara no dia do primeiro jogo dele como goleiro de Gryffindor:

Eu fiquei mais nervoso ainda! Só que eu também fiquei tão distraído. Aquele beijo. Aquela euforia. Como eu custei a me convencer de que aquilo era apenas apoio de amiga. Mas como é que eu iria deixar de pensar que não era só amizade se aquele beijo me aqueceu de cima a baixo? Como é que eu ia ignorar que o meu coração quase saiu pela boca assim que ela me beijou? Eu lembro muito bem do Harry rindo da cara que eu fiz depois que ela me beijou. Harry Potter, o sacana!

Ele suspirou um pouco mais alto e esqueceu-se que estava n'A Toca. Viajou mais um pouco no tempo e perdeu-se nas lembranças do mês que passou com Hermione no Largo Grimmauld. Tudo bem, eles não ficaram sozinhos, mas tê-la tão perto deixava o ruivo muito, mas muito nervoso e inquieto. Ele se achava o maior babaca da face da Terra, mas não conseguia se controlar quando estava perto dela! Assim que sua mãe confirmou que Hermione passaria as férias, mais uma vez com sua família, Ron não conseguiu disfarçar o sorriso no rosto e a alegria que deixou seus olhos muito mais azuis que o normal.

Naquela noite, ele teve uns sonhos estranhos com Hermione correndo de Víktor Krum enquanto gritava pelo nome dele, mas quando ele se aproximava dela, a garota sumia como fumaça e o que sobrava era um soco no olho que levava do Búlgaro; então, quando ele ia revidar, a cena mudava e ele se desequilibrava e de repente estava voando em uma vassoura de corrida, vestido com vestes de gala pretas e quando olhava para baixo, via Hermione olhando para ele usando um vestido muito branco. Então, sem razão nenhuma, ele caía da vassoura e gritava desesperado para Hermione usar o Wingardium Leviosa para amenizar a queda, mas ela respondia que havia esquecido como se pronunciava o feitiço e qual o movimento que deveria ser feito. Ron acordou suado e ofegante, não sabia o que aquele sonho significava, mas tinha certeza que não seria nada importante.

Não podia ser nada importante, mas com a volta do Lorde Negro, um medo terrível tomou os seus pensamentos e a cada instante que ele lembrava que Voldemort combatia os 'traidores' do sangue e os nascidos trouxas, um frio mórbido percorria o corpo de Ron e o fazia temer diariamente pela vida de Hermione. Ele sabia que não conseguiria suportar a perda de sua melhor amiga. As preocupações se multiplicavam dia-a-dia e ele não conseguia parar de imaginar maneiras de mantê-la segura. Mas ser amiga de Harry Potter jamais significou segurança, por isso ele prometeu a si mesmo que faria qualquer coisa para proteger Hermione do preconceito estúpido dos bruxos mais idiotas do mundo.

Durante o verão não foi preciso protegê-la de nenhuma grande ameaça, já que passar o dia limpando uma casa imunda não oferecia altos riscos. O Largo Grimmauld era cercado de objetos de artes das trevas e até mesmo alguma magia negra, mas a mãe dele jamais os deixaria chegar perto dessas coisas sinistras. Então, fora as fadas mordentes, nenhuma grande ameaça rondou Hermione naquele período. Não eram as férias que alguém poderia chamar de perfeitas, mas Ron não se achava no direito de reclamar de sua sorte. Hermione trocara umas férias interessantíssimas na Bulgária – Interessante... só se fosse para o Viky – pela Liga da Limpeza como Fred e George os apelidaram desde que Ron, Hermione e Ginny, com a eventualíssima ajuda de Sirius, começaram a deixar o Largo Grimmauld habitável, como a Sra. Weasley adorava lembrá-los. E o mês que eles passaram juntos proporcionou a Ron mais uma oportunidade de conhecer Hermione melhor.

Conhecer talvez não fosse a definição certa. Eu já a conhecia tão bem. Talvez, sem perceber, eu me impregnei mais e mais da presença dela e ela acabou se tornando um vício incontrolável e a única coisa em que eu conseguia pensar era aumentar meu vício, minha dependência de estar sempre por perto. Oh Merlin! Ela já era um vício e eu nem percebi!

Enquanto ela conversava amenidades com Ginny, ele aproveitava para observá-la atentamente: a expressão, que sempre foi muito severa, estava ficando mais suave e a beleza dos olhos e do sorriso dela começava a se destacar. Os cabelos sempre muito teimosos, agora estavam mais comportados, porém continuavam poderosamente livres, embora ele tivesse certeza de que ela os controlava por meio de magia. Mas o importante é que ele não conseguia deixar de pensar, a cada momento em que a observava, como Hermione estava ficando mais... linda!

E para completar o desespero dos sentimentos que o consumiam, Ron tornou-se monitor. Desespero porque ele sabia que os monitores faziam rondas em pares e geralmente não faziam trocas entre os das outras casas. E pensar na possibilidade de passar uma hora ou duas rondando os corredores de Hogwarts ao lado de Hermione o preocupou mais do que ele imaginava. Como ele conseguiria disfarçar seu nervosismo quando ficasse ao lado dela? Quando estavam com Harry, ele conseguia se sair bem porque sua atenção estava dividida, mas sozinhos e andando pelos corredores, que ficavam mergulhados na penumbra, não seria missão fácil manter o controle. Porém, ele conseguiu não demonstrar seus sentimentos; disfarçava o nervosismo sendo um piadista, como ela dizia, "desprovido de talento, mas com um futuro brilhante como goleiro".

Foi tão difícil ouvir todos aqueles elogios dela! Será que ela realmente acha que eu teria um futuro brilhante como goleiro? Será que ela não falava isso por pena de mim?? Merlin, sempre foi tão difícil aceitar que ela talvez me quisesse. Acho que por isso eu prometi a mim mesmo que a protegeria sob qualquer circunstância. Mas não fui capaz; eu sou tão incompetente que eu quase perdi a Hermione no Departamento de Mistérios. Meu maior pesadelo se tornou realidade quando eu a vi desacordada. Eu espero nunca mais sentir aquele desespero novamente. Até naquele momento eu tive que me policiar para que ninguém percebesse nada além da preocupação de 'amigo' que eu demonstrava.

Quando chegaram à Ala Hospitalar, Madame Pomfrey medicou a todos e deu a cada um poções para dormir. Hermione, que ainda estava desacordada, foi a única que, obviamente, não tomou da poção. Bom, Ron conseguiu enganar Madame Pomfrey fingindo ter engolido a poção, mas quando a enfermeira se afastou, ele cuspiu todo conteúdo numa lixeira próxima, porque mesmo que quisesse, ele não conseguiria dormir. Aquela noite, ele tinha que ter a certeza de que ela estaria bem e segura. E daquele dia em diante ele sentiu que a missão a que ele se designara seria, permanentemente prioritária, porém agora ele não sabia nem o que fazer para ter pelo menos a amizade dela de volta. A ele bastava estar próximo dela, era o que importava, contudo dia após dia ele a via se afastando e criando um muro que a cada instante parecia intransponível.

E em pensar que ele só a viu como uma garota no 4º ano... desde então, ele se imaginava ao lado dela; ele queria ser mais que um amigo, ainda que esse desejo fosse algo desconhecido para ele. Mas quando Ron tomou consciência de seus sentimentos, passou a ter medo; ele tinha medo de perder a amizade dela; tinha medo de que ela risse dele e mandasse ele se olhar no espelho e ver que ele era só um Weasley. Ele tinha medo.

Weasley! Ela jamais faria isso! Como é que você pôde pensar isso?
Eu sei que ela não faria nada parecido, eu sei! Mas eu sou um covarde medroso que não sabe o que fazer quando está perto da garota por quem está apaixonado.


A janela do quarto bateu forte e ele se assustou. Na verdade, ele se assustou mais com o que pensou do que com o estrondo da janela. Ele sentou na cama e passou a fitar a paisagem muito branca que cobria o jardim da Toca. Um natal mais frio e mais solitário como esse não poderia ficar pior. A casa estava cheia, apenas Charlie não pôde comparecer às festividades, e Percy, que na opinião de Ginny, Fred, George e Ron não faria a menor falta. Contudo, para Ron a sensação de vazio e perda era, (não, melhor!) estava insuportável.

E tudo por causa do Viky. Tudo culpa dele. Se não fosse ele, eu teria chamado a Hermione para o baile; se não fossem as cartas que ela escreve para ele, eu teria tido mais coragem para, para...

Coragem para quê, Weasley? Nem para admitir seus próprios sentimentos você serve? Francamente!

Eu sou um derrotado? É isso que vc está dizendo?

Eu? Eu disse alguma coisa? Você quem afirmou isso! Eu não tenho nada com isso, não mesmo!


Ron suspirou profundamente. O Baile de Inverno.

Naquela noite, Ron descobriu porque não deveria brincar com os próprios sentimentos; ele descobriu que não deveria brincar com os próprios pensamentos; naquela noite ele descobriu que não deveria renegar o que já estava dentro de si. Dias depois do baile, ele 'descobriu' que Hermione não era mais sua amiga. Não poderia mais ser apenas sua melhor amiga. Ela havia se tornado muito mais que isso, especialmente depois que a viu se divertir com Víktor Krum. Especialmente depois que ele se afundou na cama, depois de destruir a miniatura de seu ex-ídolo. Depois de reconhecer que seus sentimentos eram dela e de ninguém mais.

Toc Toc

- Ron? – Ginny bateu à porta e chamou pelo irmão antes de entrar no quarto.

- Ginny? O que foi? – ele respondeu com um humor bem azedo.

- Ora, não seja grosso! Mamãe mandou te chamar, só falta você à mesa! Anda logo. – ela olhou desconfiada para o irmão. - Tava pensando em quê? – os olhos dela cruzaram o quarto, nenhuma evidência do presente que ele ganhara de Lavender, mas Ginny sabia que ele não estava ali por acaso. Poucas eram as ocasiões em que Ron negligenciava o café da manhã, ainda mais em uma manhã de natal.

- Nada do seu interesse! Não se intrometa na minha vida! – e sussurrou para si – Sua interferência já causou um estrago muito grande.

- O que foi que você disse? – perguntou a ruiva com genuína curiosidade.
- Nada! Sai, vai embora!

Ginny recuou quando o irmão se levantou, fechou a porta e desceu as escadas pensando que talvez parte de todo esse desentendimento entre Ron e Hermione era culpa dela, mas ela nada poderia fazer se o irmão era covarde demais para admitir que gostava de Hermione.

- Um dia você aprende meu irmão e quando esse dia chegar, eu quero ser a primeira a abraçar vocês dois!! – ela deu um sorrisinho de canto e entrou novamente na cozinha.




As festividades de Natal e Ano Novo passaram muito rapidamente. Quando se deram conta, Harry, Ron e Ginny já estavam à beira da lareira, prontos para voltar à Hogwarts. Milhões de recomendações e muitos abraços de quebrar costelas depois os três chegaram à escola. O movimento já estava maior e os alunos que chegavam estavam animados depois do feriado.
"- Bolas Festivas – disse Ron, confiante, quando chegaram ao quadro da Mulher Gorda, que estava bem mais pálida que o normal e fez uma careta à voz alta do garoto.

- Não – respondeu ela.

- Como assim "não"?

- Há uma nova senha. E, por favor, não grite.

- Mas estivemos fora, como é que...?

- Harry! Ginny!
Hermione corria em sua direção, de rosto muito corado, trajando capa, chapéu e luvas.

- Cheguei há umas duas horas, dei um pulinho lá embaixo para visitar Hagrid e Bicuço, quero dizer, Asafugaz – disse sem fôlego. – Tiveram um bom Natal?

- Tivemos – respondeu Ron na mesma hora –, bem movimentado, Rufus Scrimgeour...

- Tenho uma coisa para você, Harry – falou Hermione sem olhar para Ron, nem dar sinal de que o ouvira. – Ah, calma aí, a senha. Abstinência."

Ron sentiu um aperto enorme em seu coração assim que entrou no salão comunal. Pensou que o espírito natalino, como dizem os trouxas, pudesse fazer Hermione falar com ele novamente, mas ele havia se enganado terrivelmente.

Eu consegui me isolar, eu consegui perder a pessoa que eu mais amo nesse mundo.

De repente, ele sentiu o impacto do abraço sempre exagerado de Lavender e o mal fadado apelido Won-Won sair de sua boca. Ele a cumprimentou com a educação que recebera de seu pai, mas não conseguiria disfarçar por muito tempo, ele sabia. Mas não havia mais volta, não havia mais nada a ser feito. Ele havia perdido a pessoa a quem ele confiaria a própria vida de olhos fechados. Ele havia perdido Hermione.




N/A – Ufa! É impressionante isso. A sensação de terminar um capítulo é maravilhosa. E com esse foi mais ainda porque, não sei se por causa da presença da Lavender (sem piadinhas com relação à presença de Anita :P) ou porque eu tive vontade de ver o Ron sofrer mais um pouquinho (hehehe), só sei que foi realmente difícil escrever esse capítulo. Especialmente quando a nossa mal fadada 'vilã' estava por perto.
Bobagens a parte, na realidade, foi um desafio porque entrar na cabeça do Ron, imaginar o que se passava por lá não foi tarefa fácil. Ainda mais, porque é notável a diferença que há no ruivo depois que ele volta do natal. Não sei se todo mundo viu, mas eu me baseei nessa observação pra escrever esse MM. E espero, sinceramente, que vocês tenham gostado, porque foi muito interessante escrevê-lo e do mesmo modo perceber que as mudanças pelas quais o Ron e a Hermione passam estão e implícitas no 6º livro e fazem a gente ter certeza de que cânon só R/H e H/G – Graças a J.K. Rowling, a dona da história (literalmente! Coisa q os abóboras não aceitam!).
Obrigada pelos comentários. São o ar que eu respiro, eu já disse isso antes? Acho que não... hehehe...
Agora la Beta Reader




N/B – Essa nota tem que valer por duas! Não falei nada no capítulo anterior, sooooo.....there it goes!
Eu amo esse shipper! E HBP fez o casal Ron e Hermione ficar mais cânon do que nunca! Os H² que me perdoem, mas eles estão loucos de pedra se ainda têm alguma esperança de ver essa coisa podre acontecer! Ron é da Hermione e a Hermione é do Ron! Por isso eu sinto tanta falta da narração no ponto de vista dos dois. Queria muito ler o que o Ron e a Hermione da JK, ou seja, os autênticos, pensaram e sentiram durante todo esse livro 6. Na falta dessa versão dos fatos graças a Deus que tem gente que escreve maravilhosamente bem e supre essa nossa fome por R/Hr! E Betynha, você não poderia ter escrito 2 capítulos tão lindos, fiéis e brilhantes! Adoro ver o casal sob a sua perspectiva e simplesmente amo os pensamentos deles! O primeiro capítulo é meu xodó....indiscutivelmente! A Hermione é e será minha personagem preferida e minha heroína. E a forma como você descreveu os sentimentos dela me fez sofrer e rir como se eu me transportasse pra dentro dela. Melhor de tudo é saber que ele foi co-dedicado a mim! \o/ O capítulo 2 ficou muito show também! Você ralou pra escrever e eu ralei pra betar, mas com certeza as coisas que surgem como resultado das dificuldades são muito mais saborosas e apreciáveis (Intromissão da autora: Gastou!!). Eu adoro essa evolução pela qual o Ron passou no HBP e você está mostrando isso magistralmente. Está até parecendo um eco da sua nota no meu MM do Ron para o USC, mas é porque é uma unanimidade entre nós e muitos outros que o Ron amadureceu, a duras penas, é verdade, durante o 6° livro. Espero que os leitores e fãs façam justiça a esses capítulos e a essa fic que é linda e maravilhosamente bem escrita por você. Fora que esses títulos da fic e dos capítulos são de arrasar!
Bjus no cuore!
Aline Oellers




Obrigada a todos que comentaram.


Special thanks to:

Letícia Wons: Valeu pelo comment e pela confiança e eu ainda me sinto feliz só de lembrar da Vacander vendo o Ron e a Mione se beijando lá na sua fic... ai que alegria... leiam!

Marcela Calura: Aiiii... q lindo... que bom q vc gostou porque você sabe o quanto eu sou alucinada pela sua fic... \o/ ... obrigada!

Poli: Mulé, quero milhões de coments como o seu... te adoro friend du cuore!

Mythia: Nossa, eu fiquei vermelhíssima quando li seu coment... fiquei tão feliz também de poder contar com uma amiga linda como vc! Obrigada por tudo!! Obrigada mesmo!

Muggle Shipper: Esse é um sonho, que eu compartilho com você, mas visto que La Doña Rowling não é tão boazinha... teremos de nos contentar com o POV do Harry mesmo! Blargh!

Charlie: Sinceramente, eu não duvido q a Lavender tenha sido boazinha, não sei porque, mas eu tenho certeza que ela não pegou leve com a Hermione. E o disclaimer de agora?? Hehe... Valeu pelo coment.

E aos demais, mil vezes obrigada!

E até a próxima!

o/

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