Behind the secrets – My confes



Disclaimer: Harry Potter e todos os seus personagens pertencem à J.K. Rowling, pero se a mim pertencessem a Ginny teria dito ao Ron que a Hermione beijou o Krum, mas estava pensando nele!! \o/
--------------------------------------------------------------------------------

The only thing I want
(A única coisa que eu quero)

The only thing I need
(A única coisa que eu preciso)

The only thing I choose
(A única coisa que eu escolho)

The only thing that looks good on me...is you
(A única coisa que fica bem em mim… é você)

Bryan Adams – The only thing that looks good on me

--------------------------------------------------------------------------------

Aviso importante: Esse capítulo é completamente diferente dos anteriores. Primeiro, a citação do livro aparecerá três vezes, mas será tratada de maneiras diferentes. Porém, a maior diferença é o fato de que há três pontos de vista. O do Harry, o da Hermione e, óbvio, o do Ron. A idéia, mais uma vez, partiu da minha Beta Reader do coração. E eu gostei tanto da possibilidade de poder escrever sobre esse bendito Eu te amo, Hermione! com os pontos de vista do Harry e da Hermione, que aceitei esse super desafio. Espero que todos gostem de ler tanto quanto eu gostei de escrever. Mais uma vez, thanks Alininha!! \o\

--------------------------------------------------------------------------------

Behind the secrets - My confession

Harry's Point of View

Estudar, definitivamente, não era a atividade favorita de Harry Potter. Ainda mais quando havia coisas mais importantes com que se preocupar. E eram tantas... obter a lembrança do professor Slughorn, o comportamento estranho e completamente suspeito de Draco Malfoy, a infinita montanha de deveres, Ginny...

Ele respirou fundo e tentou achar uma solução no livro de poções. Claro que ele não poderia ficar sem mais um comentário azedo de Hermione com relação ao livro. Ele tinha certeza de que ela não gostava daquele livro velho e surrado porque, enfim, não era uma maneira muito justa de ser o melhor aluno da aula de poções. E sua fama, de certa forma, incomodava a amiga.

Ele riu internamente, não poderia deixar de pensar que o Príncipe o havia ajudado a salvar a vida de Ron. Graças ao bendito bezoar. Mas como sempre Hermione conseguia argumentar a seu favor. Hermione sabe ser insuportável quando quer!

O burburinho no salão comunal não era muito, já que apenas os sextanistas estavam acordados. Seamus, mais uma vez muito exaltado, desferia palavrões contra Snape que os havia feito escrever uma redação de 80 cm sobre a maneira correta de enfrentar dementadores. Neville suava para conseguir terminar uma redação particularmente complexa sobre o método de cultivo das mandrágoras tropicais. Parvati e Lavender estavam desaparecidas desde muito cedo, por isso, Ron ainda tinha paz enquanto batalhava com sua redação de DCAT.

Dean escrevia um tipo de bilhete e Harry sabia que era mais uma daquelas cartas insuportáveis para Ginny, cheias de palavras melosas e declarações vazias. O monstro interno gritava revoltado; aquele papel deveria ser de Harry e não do Dean-Idiota-Sem-Graça-Nenhuma-Thomas. Ah! Como se não bastassem esses problemas com Malfoy e Slughorn, eu ainda tenho que aturar a presença do Dean. Ele é colega de quarto, sempre foi bacana comigo, mas saber que ele está com a Ginny... isso me irrita mais do que eu posso sequer suportar. Pára com isso Potter! Você tem que se concentrar nas prioridades urgentes, urgentíssimas.

Harry voltou sua atenção e sua concentração em um modo de obter a lembrança de Slughorn. Considerava o que Hermione havia dito sobre a necessidade de persuadir o professor de poções, mas ele ainda se perguntava: Como? Enquanto isso, ouvia uma conversa meio amistosa, mas que tranqüilamente poderia se tornar em mais uma grande batalha verbal entre Ron e Hermione.

Contudo, o que ele ouviu sair da boca do amigo não somente o surpreendeu como o deixou aparvalhado:

- Como é que se escreve "beligerante"? – perguntou Ron, sacudindo com força sua pena sem tirar os olhos do pergaminho – Não pode ser B-U-M.

- Não, não é – respondeu Hermione, puxando para perto o trabalho de Ron. – E "augúrio" também não começa com O-R-G. Que tipo de pena você está usando?

- Uma das Penas Auto-Revisoras de Fred e George... mas acho que o feitiço deve estar enfraquecendo...

- Talvez – disse Hermione, apontando para o título do trabalho –, porque o trabalho era descrever como enfrentaríamos dementadores e não "cava-charcos", e também não me lembro de você ter mudado seu nome para "Roonil Wazlib".

- Ah, não! – exclamou Ron, olhando horrorizado para o pergaminho. – Não me diga que vou ter de escrever tudo de novo!

- Não esquenta, a gente pode dar um jeito – disse Hermione, trazendo o trabalho para mais perto e tirando a varinha.

- Eu te amo, Hermione – disse Ron, recostando-se na poltrona e esfregando os olhos, cansado.

Como é? Caramba, o Ron disse que ama a Hermione! Nossa, isso que é evolução; para quem não falava com ela há algumas semanas, dizer que a ama é realmente uma grande evolução. Hilário! Hilário eu diria! Por que será que ele não diz isso de uma forma menos descontraída?? O Ron ainda vai ter problemas com esse jeito despretensioso dele.

Hermione ficou ligeiramente rosada, mas respondeu apenas:

Olha só a Hermione! Ela está tão vermelha. Realmente, hilário! Só ele mesmo não percebe isso. Sinceramente, um dia o Ron vai ter que perceber o que está bem na frente dele:

- Não deixe Lavender ouvir você dizendo isso.

- Não deixarei – falou ele, cobrindo a boca com as mãos. – Ou talvez deixe... aí ela me dá o fora...

- Por que você não dá o fora nela, se quer terminar? – indagou Harry.

- Você nunca terminou com ninguém, não é? – replicou Ron. – Você e Cho simplesmente.

- Meio que nos afastamos, sei – concordou Harry.

- Eu gostaria que isso acontecesse comigo e Lavender – disse Ron sombriamente, enquanto observava Hermione tocar com a ponta da varinha cada uma das palavras erradas, fazendo com que se corrigissem. – Mas quanto mais insinuo que quero terminar, mais ela se agarra em mim. É como se eu estivesse namorando a lula-gigante.

- Pronto – disse Hermione, uns vinte minutos depois, devolvendo o trabalho de Ron.

- Valeu. Me empresta a sua pena para eu escrever a conclusão?

Cho Chang não era exatamente o nome que Harry gostaria de ouvir nem naquela noite e nem em noite alguma. O que houve entre eles estava enterrado e definitivamente esquecido. E a vergonha que sentiam um do outro quando se aproximavam, na opinião de Harry, só refletia o erro daquela relação encoberta de silêncios, erros, lágrimas e precipitações.

E agora, ouvindo seu amigo dizer que ama Hermione, Harry imaginou que de alguma forma Ron já havia admitido para si um pouquinho de tudo que sente por Hermione. Harry tinha certeza de que o que havia entre eles era muito mais que uma amizade; por isso, era questão de tempo para que se entendessem.

Seria interessante demais ver esses dois juntos. Da mesma forma que seria interessante saber se a Ginny ainda sente algo por mim. Droga, tenho que esquecer isso. Eu não posso esquecer, ela é irmã do Ron! Tenta esquecer pelo menos, Potter! Tenta!

A surpresa com as palavras de Ron só fez Harry ter certeza de que antes do que ele poderia sequer imaginar seus amigos estariam juntos, bem juntos. Claro, depois que Ron conseguisse se livrar de Lavender, o que de fato não seria tarefa fácil. Mas, de alguma forma, Harry sabia muito bem que o destino daqueles dois, mais cedo ou mais tarde, se cruzaria e quem sabe, Ron ficaria tão feliz que não se importaria se Harry namorasse Ginny. Beijasse Ginny. Ele balançou a cabeça e afastou essa idéia. Não era o momento certo para isso! Mas de qualquer forma, Harry Potter estaria ao lado de seus amigos e os cumprimentaria com o coração pleno de satisfação quando Ron e Hermione, enfim, resolvessem se acertar. Ah, isso vai merecer até comemoração, pensou. Contudo, por hora, ele tinha urgências e problemas mais sérios a tratar.

--------------------------------------------------------------------------------

Hermione's Point of View

Harry Potter é um trapaceiro!

Francamente, quem ele pensa que é para usar um livro em vez de estudar como eu ou os outros? Claro, ele é Harry Potter e acha que pode se valer de um livro para ser o melhor aluno da classe. Humpf! Isso é irritante, totalmente irritante!! Não é justo. E ainda bem que eu não preciso desse príncipe para nada. Dependo só de mim e do meu trabalho árduo.

Ele tem que parar de procurar a solução de tudo nesse livro ridículo. Se ele tivesse prestado atenção ao prof. Snape no 1º ano ele teria salvado a vida do Ron do mesmo jeito. Eu teria feito isso! Teria se eu estivesse por perto. Como eu não estava... er... bom, é melhor eu parar de pensar naquele dia.

Quem sabe um dia o Harry perceba que ele não terá todas as respostas nesse livro. Ele ainda vai ter problemas por causa desse livro infame. E eu não sei como é que ele vai se livrar desses problemas sozinho. Esse livro é mais perigoso do que ele pensa. Mas não adianta falar nada. Harry Potter é um cabeça-dura incurável.

Ok, ok! Eu tenho que ser mais flexível! Certo! Eu sei que ele está preocupado com toda essa história da lembrança do prof. Slughorn, mas creio que ele não vai encontrar todas as respostas que ele precisa nesse livro idiota!!! Não mesmo! Além do que se o prof. Dumbledore confia nele é porque só ele pode tirar essa lembrança do Slughorn. E ele tem que aprender a pensar, francamente! Será que é tão difícil perceber a intenção do professor?

E essa neurose dele com relação ao Malfoy ainda vai render maus momentos para ele. Mas não adianta nada mesmo; não vai resolver eu dizer a ele o que tem de ser feito ou como pode ser feito.

Ele vai ter que se dar mal com esse livro para perceber que não é legal trapacear.

Ok! Mesmo assim, eu tenho que concordar com uma coisa: se o Harry soube do bezoar pelo livro melhor, porque ele não ia lembrar mesmo da 1ª aula de poções. De certa forma, eu tenho que dar o braço a torcer para esse príncipe, mas nem tanto.

Certo, agora é o Ron e o trabalho do Snape. Vamos lá:

- Como é que se escreve "beligerante"? – perguntou Ron, sacudindo com força sua pena sem tirar os olhos do pergaminho – Não pode ser B-U-M.

- Não, não é – respondeu Hermione, puxando para perto o trabalho de Ron. – E "augúrio" também não começa com O-R-G. Que tipo de pena você está usando?

- Uma das Penas Auto-Revisoras de Fred e George... mas acho que o feitiço deve estar enfraquecendo...

- Talvez – disse Hermione, apontando para o título do trabalho –, porque o trabalho era descrever como enfrentaríamos dementadores e não "cava-charcos", e também não me lembro de você ter mudado seu nome para "Roonil Wazlib".

- Ah, não! – exclamou Ron, olhando horrorizado para o pergaminho. – Não me diga que vou ter de escrever tudo de novo!

- Não esquenta, a gente pode dar um jeito – disse Hermione, trazendo o trabalho para mais perto e tirando a varinha.

Um dia o Ron deixa essa mania de se apavorar de lado. Só um feitiço corretivo e está tudo certo.

- Eu te amo, Hermione – disse Ron, recostando-se na poltrona e esfregando os olhos, cansado.

O quê? Espera... como... bem... mas... quero dizer... o que foi que ele disse? Oh Deus! Foi isso que eu ouvi? Não, não é possível. Calma Hermione, calma! Ele, ele... controle-se... respira... respira... isso não é normal. Acalme-se Hermione, vamos! Ótimo, porque essas bochechas estão tão quentes? Ele... ele... só disse que... oh!! Ele disse que me ama?? O que será que ele quer dizer? Oh Merlin, me ajude!

Hermione ficou ligeiramente rosada, mas respondeu apenas:

- Não deixe Lavender ouvir você dizendo isso.


Ai, eu tinha que dizer isso? Mais que idiota que eu sou. Não, não era isso que eu deveria ter dito... Droga!! Droga!!

- Não deixarei – falou ele, cobrindo a boca com as mãos. – Ou talvez deixe... aí ela me dá o fora...

Espera aí! Por que ele quer que ela dê o fora nele?? Ele... quero dizer... eles parecem bem juntos... e... se bem que... parece que eles não estão tão bem assim... mas por que ele quer isso? Parece tão mais cômodo ter uma namorada. Ele parecia gostar tanto disso algumas semanas atrás! Hermione, não comece a ver coisas onde elas não existem...

- Por que você não dá o fora nela, se quer terminar? – indagou Harry.

- Você nunca terminou com ninguém, não é? – replicou Ron. – Você e Cho simplesmente.

- Meio que nos afastamos, sei – concordou Harry.

- Eu gostaria que isso acontecesse comigo e Lavender – disse Ron sombriamente, enquanto observava Hermione tocar com a ponta da varinha cada uma das palavras erradas, fazendo com que se corrigissem. – Mas quanto mais insinuo que quero terminar, mais ela se agarra em mim. É como se eu estivesse namorando a lula-gigante.

Ele quer terminar com a Lavender! Oh Merlin!! Eu não poderia ter ouvido nada melhor hoje! Quero dizer não que eu ache isso totalmente fantástico... mas... ah, eu acho sim fantástico! É fantástico. É incrível e maravilhoso saber que ele não a quer mais! Isso... é ótimo... quero dizer... quem sabe um dia... quando eu deixar de ser covarde... quem sabe quando eu deixar de ter medo. Eu... eu... Vamos, concentre-se você não pode estragar o trabalho dele... além do mais, eu já disse que o amo. É, mas ele estava desacordado, portanto, não sabe. Droga! Concentre-se, não estrague esse bendito trabalho. Não procure briga a toa com ele! E trate de se acalmar porque senão ele vai querer saber por que você está assim, nervosa.

- Pronto – disse Hermione, uns vinte minutos depois, devolvendo o trabalho de Ron.

- Valeu. Me empresta a sua pena para eu escrever a conclusão?

Com todo prazer! Te empresto a pena... só falta você saber que eu já te dei meu coração!

--------------------------------------------------------------------------------

Ron's Point of View

O Snape deve ter mesmo tido muitos problemas quando estava estudando porque eu nunca vi uma pessoa tão ranzinza e tão disposta a acabar com a vida social dos outros como ele. Por que um trabalho desse tamanho? Pra quê? Eu juro que a primeira coisa que vou fazer quando terminar a escola é dar um adeus merecido a ele. Não vejo a hora de isso acontecer!

Ok! Vamos lá! Não é tão difícil assim. É apenas um trabalhinho sobre dementadores.

Aaaaahhh... mas que droga!! Por que eu não consigo me concentrar direito nisso? Ainda bem que essa maldição no cargo de DCAT existe... Sinceramente, ele poderia ser menos exigente.


Vá sonhando Weasley!!!

Você de novo?

Sentiu minha falta?

Você está brincando? Foram ótimos meses sem você me enchendo de perguntas embaraçosas!

Embaraçosas? Quer dizer que perguntar sobre a Hermione é embaraçoso para você?

NÃO!

Você é tão previsível, Weasley!

Previsível? Ah... me larga. Tenho um trabalho enorme para terminar.

Você merece mais um pouquinho de paz, mas não se acomode porque não será assim por muito tempo.

Me deixa em paz!

**********

A Hermione bem que podia me emprestar o trabalho dela, mas isso é impossível. Droga!! Ok, eu dou conta. Afinal, não é tão difícil assim. Vamos Ronald, concentre-se!

Os minutos seguiram-se lentos e pesados. Ron continuava concentrado e aos poucos, com uma persistência digna dos mais esforçados, conseguiu dar seguimento ao seu trabalho. Estava tão concentrado que não prestava atenção à conversa entre Harry e Hermione e a indisposição de um com o outro; mesmo assim, ele sabia que o livro de poções era o pivô da conversa. Porém, ele não tinha tempo para dar atenção ao que seus amigos conversavam, ele estava quase terminando... quase. Mas, ele notou que havia alguma coisa errada!

Ah, não!! Olha isso! Caramba, só agora que eu presto atenção? Não é possível. Oh, Merlin!

- Como é que se escreve "beligerante"? – perguntou Ron, sacudindo com força sua pena sem tirar os olhos do pergaminho – Não pode ser B-U-M.

- Não, não é – respondeu Hermione, puxando para perto o trabalho de Ron. – E "augúrio" também não começa com O-R-G. Que tipo de pena você está usando?

- Uma das Penas Auto-Revisoras de Fred e George... mas acho que o feitiço deve estar enfraquecendo...

- Talvez – disse Hermione, apontando para o título do trabalho –, porque o trabalho era descrever como enfrentaríamos dementadores e não "cava-charcos", e também não me lembro de você ter mudado seu nome para "Roonil Wazlib".

- Ah, não! – exclamou Ron, olhando horrorizado para o pergaminho. – Não me diga que vou ter de escrever tudo de novo!

- Não esquenta, a gente pode dar um jeito – disse Hermione, trazendo o trabalho para mais perto e tirando a varinha.

- Eu te amo, Hermione – disse Ron, recostando-se na poltrona e esfregando os olhos, cansado.

Hermione ficou ligeiramente rosada, mas respondeu apenas:

- Não deixe Lavender ouvir você dizendo isso.

- Não deixarei – falou ele, cobrindo a boca com as mãos. – Ou talvez deixe... aí ela me dá o fora...

- Por que você não dá o fora nela, se quer terminar? – indagou Harry.

- Você nunca terminou com ninguém, não é? – replicou Ron. – Você e Cho simplesmente.

- Meio que nos afastamos, sei – concordou Harry.

- Eu gostaria que isso acontecesse comigo e Lavender – disse Ron sombriamente, enquanto observava Hermione tocar com a ponta da varinha cada uma das palavras erradas, fazendo com que se corrigissem. – Mas quanto mais insinuo que quero terminar, mais ela se agarra em mim. É como se eu estivesse namorando a lula-gigante.

--------------------------------------------------------------------------------

Weasley! Você ouviu o que disse?

Claro! Ora, eu sei o que falei.

Você enlouqueceu? Dizer que a ama?

E qual é o problema? Eu não menti!

Tudo bem, eu sei que não, mas Weasley ela pode achar que você disse isso só para agradá-la; meras palavras sem significado algum. Ou quem sabe puro amor fraternal.

Você acha?

Tenho certeza! Você viu a reação dela?

E daí? O que tem a reação dela?

Acorda! Ela pede para você não deixar a Lavender ouvir o que você falou e você fica relaxado assim?

Bom, considerando que seria ótimo ela ouvir e me dar um fora... eu tenho é que ficar tranqüilo mesmo. Além do mais, não é mentira. Eu quero e preciso terminar com a Lavender. Eu quero limpar minha vida de qualquer resquício dela.

Que cavalheiro você é, não?

Essa não é a questão. Independente do que acontecer daqui para frente, eu quero terminar com a Lavender de qualquer jeito. Esse foi um erro dos mais estúpidos que já cometi. Não fossem as interferências impertinentes do Harry e da Ginny, eu tenho certeza que eu e a Hermione estaríamos juntos.

Ou não!

O que você quer dizer?

Bom, vamos considerar o seguinte: será que você teria ficado com a Hermione depois do primeiro jogo da temporada, mesmo sabendo o que a Ginny havia contado para você?

Longos segundos se passaram. Ron encarava a madeira que crepitava na lareira do salão comunal de Gryffindor. Como ele nunca havia se perguntado isso?

Acho que não! Eu me senti traído, magoado. Estava com ódio dela. Sentia que ela tinha que ter esperado por mim como eu fiz. Que ridículo que eu fui. Pensei que ela poderia se interessar por mim, mesmo eu sendo quem sou. Quando a Ginny me contou aquilo, eu não quis acreditar. Uma parte de mim queria ignorar o que ela disse e esquecer, mas a minha parte menos racional não me deixou esquecer e muito menos ignorar aquela verdade. Ter consciência, tão repentinamente, de que ela beijou aquele búlgaro me fez perder o chão e a única coisa que eu conseguia pensar era em uma maneira de me vingar dela. Que coisa, eu fui injusto e perdi uma oportunidade única de estar e ficar com ela e finalmente ser dela. Mas acho que, de certa forma, foi bom a Ginny ter me contado sobre Hermione e Krum e os beijos.

Por quê?

Bom, hoje eu sei que foram apenas alguns beijos e nada mais. Ela sempre o trata como amigo e responde as cartas que ele escreve. Mas devo admitir que... bom... eu ainda não gosto disso. Vai levar um tempo pra eu sublimar essa questão da amizade dela com ele. Eu não gosto de ver e saber que ela dá tanta atenção a ele. Mesmo ele estando tão longe. Além do mais, eu acho que se fosse algo mais sério, ela deixaria claro. A Hermione é sempre muito honesta com o que faz e com o que pensa.

É, você tem razão, mas não é só isso. Bom, a outra pergunta: você acha que ela foi injusta ao dizer que você tomou a Felix Felicis naquele dia?

Mais alguns segundos. Mais algumas memórias repassadas. Lembranças de noites mal-dormidas quando ele pensava em como tantas pedras apareceram no caminho dele e de Hermione naquele ano. Mas depois do Natal, ele percebeu que não foram apenas os erros e a falta de entendimento entre eles, mas também o medo que sempre cobriu as decisões e a coragem dele que os afastou. E às vezes ele imaginava que esse medo também fazia Hermione se conter.

Não, ela não foi injusta, ela apenas fez o que achava certo, afinal a Hermione é monitora e tenho certeza de que vai ser monitora-chefe ano que vem, sem contar o fato de que é obcecada pelo cumprimento correto das regras. O Harry acabou enganando a mim também. E a ânsia para fazer jus às regras fez ela dizer aquelas coisas todas. Eu não gosto de lembrar porque o que eu senti e o que se seguiu foi por demais ruim para nós. O Harry foi um sacana ao fazer aquilo, mas eu entendi a intenção dele. Ele fez o que achou melhor para mim. Um tempo depois eu fiquei pensando em como seria se ele tivesse dito a ela o que queria fazer. Talvez não existisse Lavender na minha história... mas de certa forma foi melhor assim. Mas, eu ainda acho que a interferência do Harry e da Ginny foi o que fez a gente se afastar.

Eu tenho que discordar, Weasley! Acho que você tem que repensar o peso dessas interferências. E não foi somente a interferência deles que afastou vocês dois.

Não? Como não? É óbvio que aqueles dois têm uma enorme responsabilidade nessa história toda.

Pense bem, você prestou atenção em tudo que considerou há pouco? Você deixou de se esconder dos seus sentimentos. Hoje você consegue reconhecer e, principalmente, admitir o que sente pela Hermione. Foi preciso que você se transformasse no Won Won para descobrir a quem você realmente pertence. Ótimo saber que você admite que não foi de todo ruim descobrir sobre o Krum. Ponto para você. E melhor ainda, saber que você não acha que a Hermione foi injusta por causa do que ela falou no vestiário. Weasley, até eu admito, você já não é mais o mesmo. Claro, ainda tem que melhorar muito, como todo mundo, especialmente quanto ao temperamento, mas conseguir admitir seus sentimentos e aceitá-los é uma vitória. Esse amadurecimento é digno de ser comemorado.

Espera, eu... eu... eu amadureci tanto assim? Eu não acredito nisso, quero dizer eu não acho que tenha mudado tanto. Eu acho que apenas admiti os fatos e os tomei como verdade. O que aconteceu durante esse ano só me fez acreditar mais que contra os fatos não há argumentos. Todos os acontecimentos me fizeram perceber o fato de que eu estava muito, muito distante do Harry e da Hermione com relação à pessoa que eu sou. Quero dizer eles são bem mais maduros que eu; isso eu reconheço. Fiquei tão concentrado em querer marcar meu lugar, em não ser mais um Weasley, que acabei esquecendo que amadurecer e mudar de postura faz parte desse processo. Claro, eu ainda sou o Ron. Só o Ron, mas eu não sei se amadureci o suficiente. Eu sinto que estou diferente, mas não sei se é o suficiente. Além do mais, eu sempre tentei argumentar para mim mesmo que tudo que a Hermione disse no vestiário e toda a história do Krum eram os motivos certos para eu esquecer qualquer chance com ela. Eu sempre achei que não a merecia, especialmente depois da mancada do baile. Na verdade, eu ainda acho que não a mereço. Eu não faço nada para isso e não consigo me destacar em nada. Ela merece uma pessoa à altura dela.

Não diga isso, Weasley! Só a Hermione pode te dizer se você a merece ou não. Só a Hermione! Você é merecedor dela tanto quanto qualquer outro garoto. Não creio que você não esteja à altura dela. Você está num processo de amadurecimento, mas já passou da hora de admitir que o Ron super infantil, inflexível e, de certa forma, egoísta já não existe mais. Você está mudando Weasley. Não se preocupe em ser ou não merecedor da Hermione. Preocupe-se em ser você mesmo. Ela gosta de você como você é. Será que você está esquecendo daquela noite na Ala Hospitalar?

Você está brincando? É impossível esquecer! – "Eu posso até tentar fazer uma piadinha, sem graça eu sei, mas na verdade isso tudo disfarça esse medo crescente que vem me tomando. Eu tenho medo de te perder a cada instante em que penso que teremos de estar na linha de frente dessa guerra. Eu tenho medo de te perder a cada dia que lembro que Voldemort está se fortalecendo. Eu tenho medo de te perder sempre que lembro que eu ainda não pude dizer para você o quanto eu te amo. Eu te amo!" – Mesmo se eu quisesse eu não conseguiria. Sempre que posso, e isso representa uma boa parte do meu tempo durante o dia, lembro e relembro tudo o que ela disse. Só de saber que ela acha que eu posso figurar naquela lista de grandes goleiros, foi muito bom. Me senti especial... pela primeira vez em muito tempo.

Weasley, me responde uma coisa: por que você não se revelou para ela naquela noite? Vocês poderiam ter conversado e tirado toda essa história de poções, beijos e enganos a limpo.

Eu sei, mas eu fiquei com medo de que ela ficasse assustada e saísse correndo de lá. Eu conheço a Hermione o suficiente para saber que ela se sentiria no mínimo envergonhada por ser pega àquela hora fora da cama. Sem contar a vergonha de saber que eu a estava escutando o tempo todo. Eu preferi ficar quieto. Assim, eu pude apreciar inteiramente tudo que ela disse.

Mas você queria ter falado com ela não é?

Do fundo do coração, eu queria sim! Eu sei que no momento certo nós conversaremos sobre tudo que aconteceu esse ano. Eu sei que precisamos falar sobre tudo e nada pode ficar sem explicação. Acho que é a melhor coisa a ser feita depois de tudo que aconteceu conosco nos últimos meses.

Ron olhou para Hermione que ainda arrumava seu trabalho.

Mas enfim, depois daquela noite, depois que eu saí da Ala Hospitalar, nós estamos nos tratando muito bem. Melhor que antes, melhor que nunca. E, de certa forma, eu acho isso magnífico. Ter a Hermione por perto é melhor que jogar Quadribol.

Como é? Melhor que Quadribol?

Sim! Bom, quero dizer... nem sempre, é claro, há dias que ela consegue ser insuportável a ponto de eu querer correr para longe dela. Mas isso é só uma reação a essas obsessões que ela tem por regras e estudos. É sempre muito bom estar ao lado de quem se gosta. E ultimamente tem sido muito mais interessante. Eu lembro como eram horríveis as rondas enquanto estávamos brigados. Eu sempre à frente e ela sempre atrás de mim. Nenhuma palavra e nenhum cumprimento. Silêncio! E isso estava me matando por dentro. A gente sempre conversava muito durante as rondas, falávamos sobre tudo... haha... até sobre Quadribol. E era ótimo. Mas desde aquele incidente todo, eu não sei como nós conseguimos fazer as rondas. Era uma tortura nauseante tê-la ao meu lado e não poder falar com ela. No começo, óbvio, não era assim. Eu nem me importava, mas com o tempo foi ficando estranho. Foi ali que eu conheci a tal saudade de verdade. Eu sempre sentia falta dela e do Harry durante o verão. Mas é completamente diferente quando a pessoa está ao seu lado e você não pode falar com ela. É uma saudade presente. É uma saudade mais dolorosa. É uma saudade que entra pelos poros e intoxica. Eu juro que por várias vezes eu quase falei com ela, quase. Mas eu não tinha coragem suficiente para isso.

Bom, pelo menos agora vocês são amigos novamente.

É, mas eu não sei. Eu queria tanto, tanto que as coisas entre nós estivessem mais claras, mais...

Mais o quê?

Mais não! Menos nebulosas; tudo que aconteceu antes do meu aniversário ainda está envolto numa nuvem de dúvida e eu não sei como fazer com que as coisas fiquem mais claras entre nós.

Foi difícil não foi? Ficar esse tempo todo sem falar com ela!

Foi muito mais difícil do que eu imaginava! Por isso, eu não suporto o fato de não termos conversado ainda. Engraçado que sempre brigamos justamente por sermos muito firmes com o que achamos. Abraçamos nossas opiniões e as defendemos com convicção. Sempre fomos muito honestos quanto a isso. E de repente, nesse ano, ficamos muito mais calados um com o outro do que tudo. Não apenas pelo tempo que passamos brigados, mas pelo fato de que não há nada resolvido.

Como não há nada resolvido?

Eu quero que a Hermione saiba que eu a ouvi na Ala Hospitalar, eu quero que ela saiba que eu nunca, nunca gostei de verdade da Lavender. Eu quero que ela saiba que eu odiei saber que ela foi à festa estúpida do Slughorn com o McLaggen. Eu quero que ela saiba que eu não suportava ficar ao lado da Lavender. Certo, no início até que eu suportava, a raiva me ajudava, mas depois do Natal, não deu mais. Eu quero que ela saiba que em momento algum, eu deixei de pensar nela, mesmo que esses pensamentos fossem cheios de rancor e mágoa. Eu quero que ela saiba que ninguém nessa escola ou em lugar algum no mundo me faz sentir como eu me sinto quando ela está por perto. Eu quero que ela saiba que esse eu te amo não foi casual ou qualquer coisa assim. Bom, pareceu ser assim... casual, mas é a mais pura verdade. Eu a amo e eu não sei como falar isso sem parecer casual.

Ei, como não sabe? Ah Weasley, isso não pode ser verdade!

É verdade e eu ainda não sei como falar seriamente sobre isso. E essa é uma daquelas verdades que são difíceis de admitir, mas quando, enfim, a gente admite fica bem mais fácil entender o que aconteceu e o que está acontecendo.

Nossa!!! Isso que é querer tomar atitude não é? Só falta tomar... coisa que eu acho que você não fará. Aliás, eu tenho certeza que você não vai fazer isso!

Por que essa certeza?

Porque você tem um histórico enorme de atitudes não tomadas com relação à Hermione. Especialmente, aquela no quarto ano. Lembra?

Argh! Não me lembre daquilo. Além do que eu era muito, muito mais idiota. Hoje eu percebo a bobagem que eu fiz, mas nem por isso eu vou deixar de fazer o que eu quero. E eu não quero apenas, eu preciso! Há uma diferença sutil aí e é por isso que antes do fim do ano eu tenho que fazer alguma coisa, qualquer coisa.

Weasley, como você vai fazer isso? Será que você vai chegar e dizer: Hermione, me desculpe, mas eu ouvi tudo que você falou na Ala Hospitalar e achei incrível. Será que você pode me dizer se é mesmo verdade? Ou será que você vai acabar se distraindo e vai estragar tudo?

Ah! Hoje está pior que o normal! Que horror! Eu não vou estragar nada. Vai dar tudo certo e eu vou tirar, de uma vez por todas, essa dúvida cruel que está aqui dentro. Eu só preciso focar minha atenção no que eu preciso fazer. Não pode ser tão difícil fazer a coisa certa, pode?

Pode, se você for Ronald Weasley, aquele que sempre dá um jeito de estragar tudo. Mas de qualquer forma, acredito que você pode se dar bem Weasley! É só não tremer tanto como você treme quando a Hermione está perto de você, e também é só você não gaguejar. Se for preciso, não olhe nos olhos dela logo. Acostume-se com o fato de que provavelmente tudo entre vocês vá mudar depois dessa conversa e isso quer dizer: ou tudo ou nada. Agora ou nunca e todas aquelas frases feitas que geralmente não dizem muita coisa.

Obrigado pela confiança inabalável! Francamente, com uma consciência dessa eu não preciso de ninguém me enlouquecendo. Nem Fred e George são tão inconvenientes.

A verdade dói de quando em vez não é? Mas isso não quer dizer que eu não confiei em você, Weasley! Eu confio e só estou tentando fazer você perceber que de insegurança já basta a que você tem para o Quadribol. Já passou do tempo de vocês dois se entenderem ou acabarem de uma vez com essa amizade.

Ei, acabar com a amizade? Nunca! Nem aqui e nem em lugar algum. Eu só fico com medo de que a gente caia, novamente, nessa rede de mal-entendidos e silêncios. Isso me irrita. Só de pensar que tudo poderia ter sido diferente...

Mas não foi e não há nada que você possa fazer a respeito agora. É passado e com relação a isso não há nada o que fazer, nem do que se lamentar. Agora você tem a oportunidade de fazer a coisa, do jeito certo. Não a desperdice, Weasley! Ela pode não ser a única, mas com certeza não haverá tantas.

Eu tenho medo dessa guerra, agora que todos vêem e crêem que Você-Sabe-Quem voltou. Eu tenho medo que não haja tempo para nós. Eu tenho medo de que algo aconteça com ela.

Weasley, faça o tempo para vocês. Por favor, não me venha com essa de que pode não haver tempo. Para as decisões certas, há sempre tempo. Além do mais, você já fez bobagens suficientes para uma vida inteira em um ano só. Não custa nada tentar. Até porque você já sabe tudo sobre os sentimentos dela.

E se... de alguma maneira ela tiver mudado de opinião?

Ah Weasley! Por favor, quem é que deixa de amar assim, em questão de semanas? Só quando o sentimento não é forte e verdadeiro. O que não é o caso. Só pela reação dela, você poderia deduzir que tudo continua, não... não... tudo está mais interessante que antes. É só você se lembrar de como ela sorriu quando você saiu da Ala Hospitalar; é só lembrar de como ela simplesmente pediu desculpas por ter duvidado de você. É só lembrar que, bom, pra ela você significa muito. Pare de se torturar. Por Merlin! Será que uma vez na vida você vai parar de achar que é a escória da humanidade reunida numa pessoa só?

Uh! Caramba, er... bom... tudo bem, eu vou tentar. Tentar pelo menos.

Ótimo! Pelo menos isso! Quero dizer, chega de autopiedade. "Eu sou aquele que não tem nada. Eu sou aquele que fica em segundo plano. Eu sou aquele que não consegue se sair bem em nada. Eu e o nada somos a mesma coisa. Eu não mereço, eu não sou." Francamente!. Chega! Já passou da hora de superar isso. Você, além de já ser maior de idade, é bem grandinho para saber como agir. Você a conhece muito bem para isso. Que tal encarar as coisas como elas são?

Bom, eu... eu... vou tentar. Vou me preparar pelo menos. Já que eu quero que as coisas aconteçam, eu tenho que estar preparado, não é? Mas ainda assim, não é fácil. Quero dizer ficar cara-a-cara com ela e tentar... digo... dizer o que eu quero. Droga! Eu sou um covarde. Não sei o que estou fazendo em Gryffindor.

Anime-se! Vamos! Vai dar tudo certo, no momento certo vocês conversarão e vai ficar tudo bem. E você está em Gryffindor por ser corajoso. Não é à toa que você quase morre naquele tabuleiro de xadrez gigante e também não é possível que um covarde se coloque na frente do melhor amigo para protegê-lo de um suposto assassino.

É, pode ser! Eu espero que seja assim. É o que eu realmente quero... que tudo fique bem!

Ron passou a observar os movimentos ágeis e precisos de Hermione que ainda reparava seu trabalho. Não poderia e não iria demorar. Não mais do que já havia demorado. Quem sabe antes do fim do ano. Quem sabe voltando para casa. Quem sabe em King's Cross. Quem sabe durante o casamento de Bill e Fleur. Mas tinha de ser antes de eles voltarem para Hogwarts. Ron Weasley não suportaria nenhum dia a mais mergulhado nesse desejo de estar com Hermione. Fazer parte da vida dela como ela já fazia da vida dele. Em seus pensamentos, não havia necessidade alguma de esperar pelo fim dos estudos ou esperar o fim da guerra. Ele teria de fazer o que era certo antes que qualquer coisa acontecesse. Ele sacudiu a cabeça e afastou esse pensamento amargo; nada de mal aconteceria a eles enquanto estivessem juntos.

Os três amigos estariam juntos e juntos encarariam tudo que viesse com a guerra, mas Ron Weasley estava decidido a não deixar o certo para depois. Já passara por grandes desafios durante o ano. Agora, era questão de tempo, e quem sabe sorte também, o fim do namoro com Lavender. E então, ele daria o passo mais significativo de sua vida. Fosse para ser feliz definitivamente ou para se afundar num mar de tristeza, mas ele encararia a situação com a coragem que o momento exigia. Honraria sua família e a tradição de Gryffindor. Honraria tudo isso em nome de seu futuro com Hermione. É, Hermione... a garota de cabelos rebeldes, mandona, estudiosa e tremendamente insuportável, às vezes é claro. Por ela, ele enfrentaria tudo e todos. E era isso que ele mais queria que ela soubesse; independente de tudo que acontecesse com eles, ele estaria sempre ao lado de Hermione para protegê-la e fazer com que ela sentisse a normalidade da vida, mesmo vivendo em tempos de guerra. Aquela era uma promessa. Uma promessa que ele levaria a cabo sem se importar com as conseqüências. Por causa dela, ele conseguira se dar relativamente bem na escola. Definitivamente, ela era a melhor coisa que havia acontecido na vida dele. É, não foi tão difícil chegar a essa conclusão. Porque a verdade, algumas vezes, é confortante.


Acorda Weasley!

- Pronto – disse Hermione, uns vinte minutos depois, devolvendo o trabalho de Ron.

Ótimo! Agora falta pouco pra terminar isso aqui.

- Valeu. Me empresta a sua pena para eu escrever a conclusão?

Ele pegou a pena da mão dela e, acidentalmente, roçou seus dedos nos dela. Um tremor interessante fez com que Ron respirasse fundo. Fechou os olhos, olhou para o texto que estava a sua frente e começou a escrever novamente. Faltava pouco para terminar o trabalho... faltava pouco, também, para ele estar ao lado de quem mais queria nessa vida. Hermione. Simplesmente Hermione.


--------------------------------------------------------------------------------


N/A: Gente, eu peço zilhões e zilhões de desculpas. Eu juro que não era para eu ter demorado tanto a escrever este 4º capítulo, mas sinceramente não quero colocar no ar qualquer coisa, vocês não merecem qualquer coisa. Por isso, tem que estar realmente bom, no mínimo. E como eu tenho consciência que sou uma chata na hora de ler, sei muito bem quando eu posso publicar. Por isso, eu peço desculpas pela demora excessiva. Não era para ter demorado tanto tempo, mas de qualquer forma esse foi o capítulo 4. Estranho para escrever, porque, enfim, nem de longe foi parecido com os anteriores e vocês já perceberam que eu adoro escrever drama... hahaha... mas enfim, foi legal também porque ficou light e as reflexões do Ron ficaram do jeito que eu queria. Espero que todos tenham gostado e, como sempre, aguardo seus comentários sinceros. Amo comentários! Vocês sabem! =D Então, é isso até a próxima. Que no caso é o penúltimo capítulo. Fortes emoções vêm por aí! \o\
Valeu galera!!! Ah, valeu Alininha... sua ajuda foi imprescindível!!! E agora é com ela, la Beta.


N/B: Hell yes! I LOVE YOU, HERMIONE! Finalmente! Não tava me agüentando de ansiedade para essa parte chegar! Ficou tudo de bom, né? Sooo gooodaaaa! Betynha, amei esse capítulo, especialmente o POV do Ron! Vc está de parabéns mais uma vez! Congrats!
Aline Oellers


Agradecimentos especiais:

Lê Wons: Aê!! \o/ Que bom que você gostou. Eu não resisti. Não sei se você lembra, mas num daqueles dias que a gente ficava batendo papo pelo orkut, e eu te falei como seria o terceiro capítulo, vc me falou que gostava das cenas na AL, especialmente quando os dois se acertavam e talz... foi ali que vc me deu a idéia da parte final!! Ah, foi chique demais escrever!! \o\ Valew pelos coments lindos! ^_^

Liz Negrão: Ah, que legal que vc gostou... mas eu tenho que confessar, eu ri demais do seu coment. Ri mesmo, hilário... mas eu amo seus comentários. E realmente amei a sua fic.

Ana Teles: Ah, que bom que vc gostou. Leitora nova é super legal! Obrigada pelo comentário generoso. E pode deixar que assim que der eu vou ler sua fic.

Poli: Eu nem preciso dizer o quanto eu gosto dos teus coments e de vc também... e eu ainda não sei como agradecer pela comunidade e pelas capas. Principalmente, a última. Linda!!! Valeu amiga!!! \o/

Mithya: Pow, pena que vc não chorou... hahaha... mas melhor que isso é saber que vc gostou do capítulo. Valeu pelo coment du bem! \o\

Morgana Black: Nossa, eu pensei que vc havia esquecido da minha fic... ç.ç ... Dramática não é? Hahaha... Bom, a questão é... que bom que você leu. Senti falta dos seus comentários. E eis o capítulo 4... e é uma pena vc não ter o tato para R/Hr, mas tem para Snape/Morrigan... \m/ E viva a continuação do País das Fadas!

Thaci: Ah, vc tá meio sem tempo, mas tenho certeza que vai conseguir um espacinho pra ler... so, gracias pelos coments, pela força de sempre e pelas conversas no MSN tb! Valeu!

Charlie: Essa é a Hermione?? =O ... que chique... mas enfim, o que importa é que eu tenho certeza que milhões de coisas passaram pela cabeça dela naquela espera. E eu ainda me pergunto porque 'eles' acham que ela mudou nesse sexto livro. Talvez pelo fato de ela demonstrar sentimentos. Quem sabe 'eles' pensem que ela tem que ser igual o tempo todo... coisa mais chata. Por isso, eu amo a Jo! E ela é tudo de bom! \o/

--------------------------------------------------------------------------------

Gente, eu queria agradecer um a um, mas não dá. Por isso, obrigada a todos que comentaram, pediram atualização, pentelharam e tudo mais. Valeu demais.
Special thanks to: Bruna de Oliveira, Mah Calura (on the beach! On the beach! \o/), ron weasley (luv u!), LUISÂO, Natinha Weasley, lila black, Edn, hermione granger, Ma Simões, L. Lestrange, Bruna Pezarolo, Pedro James Potter, Jamie GC, Andreya Nogueira, amy_louca (a dona da outra comu da fic, join lá tb!).

Bom, é isso. Comentários?? Eu amo cada um! (Nada discreta! :P)
Até o próximo capítulo!

Abraços e SAUDAÇÕES R/Hr!!!!

o/


PS.: Esqueci de dizer, **momento progaganda on** se você é absurdamente fanático, apaixonado ou qualquer outra denominação que defina sua preferência por R/Hr e H/G tb, entre nessa comu: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=1535817
Aguardo todos por lá. Ah, e não se esqueçam da comunidade da fic ok?**momento propaganda off**
Não resisti!! \o\

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.