A voz da serpente



Odeur du Souffrance
Capitulo 2
A voz da serpente

Depois da confusão que ouve, os alunos não ousaram sair do Salão Comunal antes do horário de almoço. Ficaram todos lá. A maior parte do tempo em silencio; raramente alguém arriscava falar alguma coisa.

- Que clima! - puxa assunto Alan que estava deitado com pernas cruzadas e braços atrás da cabeça como sempre.

- Que clima!! - confirma Erick. Ambos estavam com o olhar longe, porém os pensamentos estava a poucos andares acima. O ataque dos inferius nos jardins.

- Realmente estou intrigado com essa historia. Como pode um bando de inferius aparecer com nossas marcas de uma hora pra outra se nem divulgamos nada sobre elas e por que aquele se curvou pra nós? Estávamos contra ele. - dizia Alan indignado. - Não sei, sinceramente estou muito intrigado.

- E quanto a McGonagall? - Pergunta Gui que vinha com uma toalha no pescoço e senta-se perto dos pés de Alan, que ainda estava na mesma posição deitado sobre a cama. - O que você vai fazer? "Isso não vai ficar assim".

Gui imita a voz de Alan quando ameaçara McGonagall dentro d sala dela.

- Quanto à ela ainda não sei o que farei. Mais a minha preocupação é recuperar as insígnias antes que ela descubra que elas...

- Xiiii...alguém pode te ouvir. - Diz Erick e Alan logo continua:

- antes que ela descubra que elas...

E antes que Alan terminasse a frase, Gui solta um bocejo e completa:

- Não é preciso repetir o que elas fazem. Nós já sabemos então deixa eu ir tomar um banho. To fedendo a inferius. - Ele sai por cima das costas do sofá e se dirige ao banheiro masculino enquanto Erick e Alan continuam com olhares perdidos no ar.

- O melhor que eu faço é ir dormir um pouco antes do almoço. Acordamos muito cedo e ja que não tem mais nada pra fazer, estou indo dormir.

- Até o almoço. - completa Alan e agora vira-se pro lado e tenta dormir também. Erick deita na cama e fecha a cortina para evitar a luz. Percebe que ainda está com a roupa da cerimonia mais sente uma sensação tão boa de estar deitado ali que prefere dormir com ela mesmo.
Ao lado da cama dele, em cima do criado-mudo, um relógio em forma de serpente começa a se mexer e a jogar pequenos jatos d’água no rosto de Erick. Ele se levanta e olha o relógio. Segundo ele, faltava uma hora até a hora do almoço. Ele pegou uma roupa mais apropriada e seguiu para o banheiro masculino onde encontrou Alan e Gui conversando.

- Eu não acredito que ela fez isso! Essa mulher só pode ter ficado doida de uns tempos pra cá. - dizia Alan com atenção total em cada "A" que Guilherme falava e Gui continuou:

- E ela deixou cada professor com uma. Pra cada um tentar descobrir o que cada uma faz. Imagina que ela acha mesmo que foi a gente que convocou os inferius. Que mulher doida.

Guilherme contava todos os detalhes do que um aluno do 2º ano ouviu na sala de transfiguração e contou pra seu irmão do 5º que tinha sido salvo pela Gabriela durante o ataque dos inferius e que mandou um coruja para Will e mostrou a carta para Gui, que no momento repetia tudo para Alan, que estava com queixos caídos e... estava pronto pra contar tudo para Erick que passava por eles:

- Olá. vou tomar banho. Me esperem pra depois irmos almoçar.

- Tomar banho nada. - Alan puxa Erick pelo braço pra perto deles. - Temos noticias. McGonagall usou algum feitiço nos pingentes e alguma reação estranha deve ter acontecido por que ela agora deu um pingente pra cada professor estudar e descobrir o que acontece. Essa mulher está realmente convencida de que nós convocamos os inferius. Como pude passar tanto tempo com uma mania aqui sem perceber? - Alan larga Erick que se dirige novamente a banheira.

- Me esperem pra irmos juntos.

Erick foi para a banheira e começou a tomar banho enquanto Guilherme e Alan continuavam a conversar sobre a suposta 'loucura' da professora McGonagall.
Após Erick terminar o banho, todos, já de roupas trocadas, seguiram para o Salão Principal para almoçar. Todos estavam mais relaxados quanto ao ataque de inferius. Alguns já estavam até rindo da situação e outros inventavam mil histórias sobre "o inferius agarrou minha perna e eu não tive alternativa à não ser explodir a cabeça dele". Todos já estavam sentados e Alan, Erick e Gui avistaram Will e Arthur falando com Gabriela na mesa da Grifinoria. Começaram a comer quando Erick disse:

- Olha...McGonagall....não olhem direto pra ela, mais repare que ela não tira o olho d'agente. - Os dois rapazes fizeram um leve movimento como se fosse pegar coxas de galinha que estavam fora do alcance dele. Rapidamente passaram um olhar pela mesa dos professores e viram McGonagall olhando-os sem piscar um segundo. Até errava a boca quando levava o garfo até ela.

- Cara, essa mulher pirou de vez. - Diz Gui puxando a travessa de coxas pra perto de onde estavam sentados. O resto do almoço eles tentaram ignora-la. Comeram pacificamente até que todos terminassem. Quando todos já haviam terminados de comer, McGonagall bate com o garfo no pequeno cálice de prata que tinha ao lado direito do prato pedindo silencio:

- Alunos...as aulas continuarão normalmente. Os... corpos...já foram retirados dos jardins e levados pelo departamento de captura de inferius acompanhado pelos especialistas do S.T. Mungus. Os alunos formandos continuarão aqui até marcarmos outra cerimonia menos tensa - Ela tenta quebrar o clima e solta um pequeno sorriso. - enquanto isso podem ficar dentro dos terrenos da escola e os que quiserem, podem assistir as aulas, como um complemento. Nada obrigatório. Agora já podem ir.
Ela faz sinal com as mãos e logo depois completa:
- Ah...sim...claro! Alunos do 2º ano que terão aula de transfiguração depois do almoço, levem seus animais. Usaremos-os hoje. Agora podem ir.
Os alunos saíram cochichando. Uns ainda falando sobre o ataque dos inferius, outros falando que nem doido iriam assistir aulas ainda mais quando não eram obrigados e outros apenas saiam resmungando das aulas que teriam a tarde.

- Ei...eu conheço vocês. - Disse Gabriela - ou pelo menos acho.

Ela veio andando na direção dos 3 rapazes que já estavam de saída.

- Onde esta Will e Arthur? - pergunta Erick - eu vi que eles estavam com você.
-
É...estavam. Foram assistir aula de feitiços já que não tem nada melhor pra fazer. To até pensando em dar uma passadinha lá. Alguém vem?
Ela nem espera a resposta e sai na direção das escadas que levavam a sala de feitiços.

- Espera Gab! - Grita Erick. - De qual ano era mesmo o menino de onde as 'informações' chegaram?

- 2º ano!

- 2º ano - repete Erick e logo vira-se pra Alan e Gui - Que aula segundo ano tem agora?

- Por Merlin! - exclama Gabriela - Acho que os inferius também deve sugar cérebro. Vocês não ouviram McGonagall dizer que terão aula de transfiguração hoje a tarde e que era pra levarem os animais?!

Os 3 rapazes se olharam tentando lembrar como se não tivessem ouvido as palavras da menina.

- Obrigado por me deixar no vácuo 2006. - Ela dá as costas e sai com passos fortes pelas escadas em direção a sala de feitiços.
Erick, Alan e Gui saem em direção a aula de transfiguração. Chegando perto da sala, eles observam alunos do segundo ano carregados de sapos, ratos, sobras e animais do tipo. Desviam de todos e finalmente chegam a porta quando dão de cara com McGonagall que parecia surpresa de vê-los.

- Posso ajuda-los Senhores?

Disse McGonagall apoiando os óculos sobre o nariz como sempre fazia.

- A senhora disse que poderíamos assistir as aulas que quiséssemos. Estamos aqui para assistir

- Nossa! - Se espanta ela - A maioria dos alunos formandos correram para a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas do 6º ano e vocês vieram para a aula de transfiguração do 2º ano?! Estou impressionada e satisfeita. Um pouco feliz e honrada não posso negar.

Ela da passagem para eles e eles se sentam no fundo da sala. Ela começa a aula falando sobre transfigurar animais e como descobrir quais objetos na verdade foram transfigurados em animais e quais objetos realmente são o que aparentam ser.

- Droga! - Exclama Gui em um tom de voz normal, o que assustou os alunos que estavam sentados no fundo se assustaram.

- O que foi? - pergunta Erick com a cabeça baixa e virada pra Gui para que McGonagall não visse.

- Estamos aqui na sala do segundo ano, como Gabi disse, mais como saberemos qual é p menino que tem um irmão do 5º ano?

- Perguntando? - diz Alan

- Pra cada um? Atrapalhando a aula? - Responde Gui pra Alan ainda indignado que tenham esquecido um detalhe tão importante.

- Não podemos sair assim da aula, ela estranharia. - Erick aponta a cabeça pra McGonagall que estava falando com os alunos, mais não conseguia evitar de olhar para eles cochichando no fim da sala.

- Nos resta ficar aqui até acabar a aula e seguir o 2º ano pra próxima aula.

Sem nenhum deles ter outra saída, passaram a ouvir McGonagall dando a aula:

- ...essa é a diferença.

Derrepente, McGonagall para; vira-se pra turma e pergunta:

- alguém disse alguma coisa? - A professora parecia confusa.

Durante os próximos 30 minutos que se seguiram, McGonagall tinha os mesmos ataques de ouvir vozes até que tomou a decisão de ficar sozinha:

- por favor, me deixe sozinha uns minutos. Podem deixar suas coisas ai, depois voltem para a aula, quando eu chamar. Os alunos saiam em silencio da sala enquanto Erick, Alan e Gui continuavam na sala

- Por favor Senhores, todos. Me deixe sozinha uns minutos.
os três rapazes acenam positivamente com a cabeça e saem da sala e em seguida, McGonagall despenca na cadeira.

- Estou realmente cansada. Acho que esses inferius chegaram de uma forma tão inesperada que me abalou. - falava em tom de voz baixa pra ela mesma.
Ela se sentou mais confortavelmente na cadeira passando os dedos por dentro das lentes dos óculos e roçando nos olhos.

- Você não está abalada, apenas consegue me ouvir

- Não estou gostando da brincadeira. Seja quem for, saia agora e não vou te punir tõ severamente. - Disse McGonagall depois de tomar um susto com a voz.

- Será que minha voz é parecida com de algum aluno seu?

A ultima voz fez ela se levantar. A voz tinha convencido ela de que não era nenhum aluno, professor ou funcionário daquele castelo.

- Onde vocês está? - perguntou ela de pé procurando alguém no fundo da sala.

- Não precisa procurar muito longe, eu estou aqui. Dentro do vidro. Você ia me transformar em cálice de água.

McGonagall não podia creditar no que estava vendo e ouvindo. Dentro do uma cobra estava quase que em pé pra fora do vidro.

- Isso é impossível. Como eu poso te entender. Não sou ofidioglota, não posso estar falando com uma cobra.

- Ele morreu! Eu vi; ele morreu!

- Quem morreu? me responde quem morreu. - Ela falava ainda incrente que conseguia entender a cobra e que estava acreditando no que ela dizia.

- Ele está vindo! Ele morreu e está vindo matar você. Eu sei que vem! Eu ouvi!

- Quem está vindo, diga logo. - Ela não tinha escolha; pegou a varinha sobre a mesa e apontou para a cobra.

- me diga agora quem morreu e quem vai matar quem.

-Eu sei que vai te matar. E vai matar mais gente. Mais ele mata e traz de volta. Morto! O morto volta pra matar. Eu ouvi ele conversando isso! tenho certeza que falava em matar você. Vai embora. Sai daqui que ele está vindo.

- Se você não falar agora eu terei que arrancar de você. - diz McGonagall com a varinha ainda apontada- anda, me responda por favor.

- Ele vai morrer agora. Sai daqui e vai atrás dele. Vai! VAI!
McGonagall já estava fora de si. Estava sufocada com historia dos inferius e com a historia de poder ouvir uma cobra. Ela engoliu seco antes de tomar coragem.

- Vípera Evanesca

Um raio luminoso saiu da varinha como se fosse um pássaro veloz e acertou a cobra que tentava entrar de volta pra dentro do vidro. Ela se debatia dentro da caixa de vidro enquanto seu corpo ia de decompondo envolvido em faiscas de luz laranja.
McGonagall escora-se sobre a mesa e coloca novamente a mão nos olhos por dentro das lentes do óculos quando a porta é escancarada e o Sr Filch entra pelas portas e vai logo falando para professora McGonagall:

- Professora, é melhor a senhora vir comigo.

Ela sente como se um peso tivesse caído sobre ela. Sai correndo entre os as carteiras dos alunos e segue Filch. Eles passam pelos corredores e quando chegam próximos as escadas, McGonagall enxerga ao longe um pequeno grupo de alunos e no meio do caminho encontra Guilherme que passa acompanhar a professora.

- Aqui professora.
Ela chega nos alunos e todos dão passagem pra ela. Quando finalmente passa por todos, ela leva as mãos a boca apavorada.

- Sr McCoy? - Ela pergunta para Gui e Alan que estavam olhando o Sr McCoy, mestre de azaração de Hogwarts preso dentro de muitas grades de fogo que Arthur, Gabriela Will e Erick sustentavam.

- O que ele está dizendo? - pergunta McGonagall fazendo sinal de silencio pra tentar ouvir o que ele fala. Todos se calam de imediato enquanto ela se curva um pouco pra ouvir Sr McCoy falar com a voz estranha:

- Por que?! por que fazem isso comigo. Vocês me mandaram aqui. Deixe-me cumprir o que pediram.

- Com quem ele está falando? - pergunta McGonagall assustada que nem sequer pensou em acusar ninguém.

- Ele está falando isso desde que o vimos. - Fala com desdém Filch; McGonagall logo lhe corta:

- Está sobre a maldição imperius?

- Acredito que não professora. - Entra na conversa Guilherme que sem perder tempo continua. - A marca na testa dele. Esta morto. Foi amaldiçoado pelo Avada Kedavra.

Novamente a professora leva a mão a boca apavorada.

- Outro inferius? - Ela pergunta já sabendo a resposta. - pobre Sr McCoy.
Ela tenta segurar mais deixa escapar um choro que logo é sufocado por um ultimo grito que o inferius deu antes de abaixar a cabeça e não mostrar mais movimentos.

- Já fizemos o suficiente.
Diz Gabriela que estava com a varinha levantada ajudando a manter as grades de foto. - já podemos deixa-lo descansar em paz!.
Ela faz um brusco movimento com a varinha e faz todas as grades de fogo sumirem no ar fazendo o inferius cair no chão.

- Por Merlin! - McGonagall nem percebe que tinha se despencado nos braços do Sr Filch. Nas costas do inferius, tinha mesma sigla SF e tinha o símbolo na insígnia que ela tinha dado pra ele tomar conta. Novamente ela cai em um longo e abafado choro e se esforça pra falar:

- Tirem-no daqui. Ele não merecia isso.

Logo em seguida ela ordena que os alunos retornem para os dormitórios. Que todas as aulas do dia estavam canceladas e que os monitores iriam leva-los ao salão principal somente para jantar e depois voltariam para os dormitórios novamente. Ela se retira sendo amparada por Filch enquanto os alunos retornam para dos dormitórios.

- Eu ia adorar está bem longe daqui. - indaga Alan e Gabriela logo completa.

- Ah...legal! - repetindo a ironia e 'vingando-se' da manha do mesmo dia quando tinha recebido a mesma resposta ironizada de Alan.

- Cala a boca!

E assim os 6 amigos voltaram seguindo rindo das pequenas discussões que Gabriela tinha com Alan pelos corredores até onde iriam se separar pra Gabriela ir para as torres e os rapazes seguirem para as masmorras.

[ Próximo capitulo: A abertura do Pingente]

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