Terceiro dia



Hoje é quarta feira. O tempo passa bem rápido não concordam? Há, incrível.

Sim, antes que vocês comecem a me mandar bombas eu estou de muiiiiiiiito bom humor! Acordei inspirado hoje.

Mesmo que hoje eu tenho detenção. Nossa, isso é tão legal, tipo, eu vou ter detenção com a criatura que chamo de Evans.

[Uh]

É. E, ve, a, ene, esse = Evans. Há. Passei a chamar ela assim. Que tal provar um pouco do próprio veneno?

Na verdade ela já provou, eu estou chamando ela assim desde domingo. E acho que ela não gostou muito.

Quer dizer, sei lá, ela não falou uma palavra comigo desde sábado, idem pra ela.

Acho que até tentou, mas eu saí.

- JEMITO! – Sirius gritou, olhando para mim e pulando no meu colo em cima da cama. LEIAM: SIRIUS pulou no colo do JAMES!

- SIRIUS! – Gritei, olhando para ele.

- Diga amor! – Ele falou, olhando com um sorriso “meigo” demais.

- Minha perna. – Eu disse.

- Mas eu sou tão leve! – Ele disse, pulando feito uma pulga.

- Legal, espero que você não se incomode de eu estar à vontade. – Eu falei, sorrindo.

- OW OW OW OW! – Ele gritou, levantando e apontando para mim. Eu me borrei de dar risada! Patético... UHAaHA – EW!

Sabia que eu estou completamente louco pra cantar? Sério, nunca me deu uma tara tão grande por cantar. HAHA.

Hum, acho que isso não pegou muito bem.. Sirius pula no James e o James tem tara de cantar. Anyway.

- Hei Remus. – Falei ao entrar no banheiro. Ele estava saindo. [Não imagina, estúpido, ele estava parado na porta olhando o quarto...]

- James...

- Eu. – Disse virando para ele.

- O que? – Oo

- Como o que? – Perguntei. – Você me chamou.

- Ah é, depois de eu ter vomitado ouro. – Ele disse. rindo e saindo.

- Ótimo bozo, mas eu escutei você me chamar. – Eu disse.

- James você bebeu leite de bode? – Ele perguntou. fazendo nó na gravata. Eu não consigo não rir...

Acho que eu sou o bozo... Tipo, o Remus faz piadas e nunca ri do que diz. Eu nem começo a piada e já estou rindo porque sei como acaba. XD

O Sirius é o mesmo. Ele está sentado no chão olhando de um pro outro.

- E leite de bode é o que? – Sirius perguntou, sorrindo inocente. Cof cof...

- Ah, leite de bode é comida de camelo. – Remus disse. Sirius pareceu pensar. Oh Merlin, como pode eu ter um amigo tão mula...

- Enfim... – Eu disse. – Você é louco Remus.

- Bom, eu disse “James” – Ele disse.

- Ah é, você tava chamando as Meninas Super Poderosas! – Eu disse.

- Mas eu não chamei, eu só falei “James” – Remus disse.

- ENTÃO ANTA! – Gritei.

- AH, CALEM A BOCA SUAS MULAS VESTIDAS DE JEGUES, minha cabeça perfeita não quer mais escutar vocês. – Sirius gritou andando.


Preciso falar alguma coisa?

- Olha só – Sirius disse sorrindo. – Nossa bolinha não acordou!

Pois é, Peter permanecia intacto em seu sono maternal. E como Sirius não gosta de ver alguém dormir...

- I’m...o...k, I’m o’... – Ele se aproximava, até pra acordar alguém ele tem que cantar. Depois sou eu quem se acho o cara. [Mesmo sendo, claro]. – KAY!

Ta, eu não vou escrever “ahhhhh”, mas o Peter gritou. E gritou beem alto.

Hahaha, eu to rindo. E por que eu disse?

Bom... Eu estou de óóóóótimo humor hoje e não estou a fim de perder meu tempo com vocês.

- Bom... Eu estou de óóóóótimo humor hoje e não estou a fim de perder meu tempo com vocês. – Pra vocês prestarem atenção como eu penso no que vou falar antes de falar.

E como eu sempre falo coisas retardadas, então eu só penso coisa idiota.

Há. Viu, pelo menos eu sei imaginar coisas. E é isso que eu to pensando, no que vai ser minha morte de hoje? Minha detenção, MINHA SINAAAAAAA!

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAARGHHHHHH!

- O que foi, jegue? – Sirius perguntou.

- O que foi o que, leite de bode azedo? – Retruquei.

- Cala boca, seu verme de óculos! – Sirius disse. Puuuuuuutz. Nossa... Pegou mal.

- Cara, eu te odeio.

- Só porque eu falei que você tem óculos? – Ele perguntou com aquela cara de quem não sabe de nada. Posso arrancar meu braço e jogar nele?

-

Sem palavras. Peguei meu sobretudo e minha mochila e desci as escadas correndo. Pior que é verdade. Eu ainda tenho que usar esses óculos estúpidos pra ler pelo menos.

Ou seja, quase o tempo todo.

Eu odeio usar óculos! Eu não posso fazer nada com óculos. É sempre a mesma coisa, “não faça isso porque você pode quebrar seus óculos” “cuidado com aquilo!” “olha essa *¨%*&%¨$%, seu quatro olhos!”.

Aaaaaaaaaaaaaaaaaah!

Mas... Enfim. Hoje eu tiro esses óculos.

Duvida?

Espere e verá.

- Jamie!

- Oi Audrey. – Eu disse, continuando a andar.

- Dormiu bem? – Ela perguntou. – Você está meio... Nervoso?

- Não, não é nada.

- Jamito! – A outra, pulando.

- Claire, oi... – Eu e meu sorriso “não vê que está atrapalhando?”

- Tudo bem, fofucho? - Será que ela nunca vai parar de inventar apelidos esquizorênicos? – Jamieee, cadê seus óculos?

- Claire, amor, fofa, essa não é a melhor pergunta pra hoje. – Eu disse, segurando ela nos ombros e sorrindo. Ela apenas sorriu de novo e saiu correndo pro Sirius que estava descendo as escadas.

Eu acho que a Claire parou no tempo. Ela simplesmente não cresceu mais. Acho que ela não passou dos dez anos. Só pode.

E cadê a outra?

- Cadê a Evans? – Perguntei, meio seco, para Audrey.

- Ela já vai descer, por quê? – Ela estava esperando o Remus, que parecia morrer a cada degrau que descia. – Vamos amooor! – Ela disse apressada para Remus.

- Eu quero dormir... – Ele disse, encostando a cabeça no ombro dela.

- Para de preguiça Lupin! – Ela disse com pressa.

- L u p i n? – Ele perguntou com uma cara nervosa. – Fala sério, Nicfow.

- Ah! Não me chama de Nicfow! – Ela disse abraçando ele forte e dando vários beijos. – Eu te amo e você sabe.

E por que eu estou narrando isso? Poderia estar narrando uma coisa menos melosa...

- Dormiu bem, meu lindo? – Claire, segurando o rosto do Sirius que estava segurando a cintura dela, já que ela estava dois degraus acima dele.

- Melhor impossível. – Ele disse sorrindo e dando um beijo nela.

Ta. Sai de um pra ir pra um pior. OmG.

- Oi James. – Escutei uma voz suave atrás de mim. Virei rapidamente. Era ela. Estava com o uniforme e os cabelos soltos e caídos sobre seus olhos, e ela sorria de leve, deixando-a com um ar maroto que eu nunca tinha visto.

- Oi... – Respondi, sem muitos delongas. – Olha, você sabe da detenção hoje né?

- Claro... – Ela respondeu, deixando a mochila no braço do sofá e me olhando.

- Ok. Então depois eu vou direto, você vai depois também... Ta? – Eu disse, já no quadro.

- James! – Ela falou antes de eu sair. Eu virei o rosto.

- O quê?

- Posso... Hum, descer com você? – Ela disse, mas acho que não era isso o que ela ia falar, ela pensou um pouco antes e resolveu falar aquilo, mas enfim...

- Pode ser – Falei, indiferente.

Andamos um pouco, sem trocar palavras. Ela olhava de relance para mim algumas vezes e tomava ar pra falar alguma coisa e desistia na ultima hora.

Então eu peguei os óculos e coloquei-os, pela última vez, juro.

- James – Ela que passou a me chamar de James agora. – A lente do teu óculos ta com um pedacinho lascado... – Ela disse me mostrando. Eu tirei e olhei. Pior que tava.

Sabe o que eu fiz?

Olhei pro óculos, lembrei do que o Sirius disse hoje de manhã e de todas as vezes que eu já tive raiva daquela coisinha. Suspirei...

E joguei ele no chão com todas as minhas forças!

Há, sério, duvida? Olha pra Lily.

- JAMES! – ELA gritou e foi pegar ele do chão, mas eu segurei o braço dela.

- Deixa...

- Mas como você vai ficar sem óculos? – Ela parecia apavorada.

- Dá nada, eu não agüento mais isso. - Eu falei.

- Hum. – Ela parou pra pensar. – Quem sabe eu sei um jeito de você...

- O que?

- Não precisar usar óculos...

- SERIO?! – Juro, se eu não estivesse bravo com ela eu beijava.

- Acho! – Ela completou.

- Ah, Lily – Ate esqueci do Evans. – Por favor. – Eu puxei ela para um canto onde não tinha gente passando.

- Ta, posso tentar... – Ela parecia meio nervosa.

Eu puxei ela pra fora do colégio um canto onde ela pudesse fazer o dei lá o que. Eu não vou usar óculos Fiquem felizes por mim!

ÊÊÊÊÊEÊÊ!

- Então. – Eu disse sentando na frente dela.

- Eu vi o Flitwick fazendo isso num aluno uma vez. – Ela falou nervosa. – Mas nunca tentei James.

- Não tem problema, sempre tem uma primeira vez, e pra isso você precisa de uma cobaia, eu sou voluntário. – Apenas sorri. Ela deu risada.

- Ta.

Ela me olhou e colocou as duas mãos no meu rosto, ao lado dos meus olhos. Olhava-me fixamente. Então ela mexeu os dedos, mas acho que é porque estava nervosa mesmo.

Então ela falou alguma coisa. Nem vou tentar colocar aqui a palavra porque eu nem escutei direito.

Só sei que eu senti cócegas nos meus olhos. Muito estranho. Senti que eles estavam lacrimejando. Fechei rapidamente e cocei-os.

- Então? – Ela perguntou apreensiva.

- Não sei... Tem alguma coisa pra eu ler? – Perguntei. Ela pegou o seu caderno. Wow! Não... Pior...

- Ta pior! – Eu disse fechando os olhos.

- Ainn... – Ela disse. – Vem cá.

- Tenta de novo. – Eles estavam ardendo de verdade agora.

Ela pegou meu rosto de novo. Olhando mais de perto. Estávamos sentados, e ela se aproximou de mim. Estávamos a centímetros de distância.

Eu comecei a olhar pra outro lugar. Ela virou me rosto para ela, olhava fixamente. Então falou a mesma coisa de novo.

Senti outra coisa agora, era como se meus olhos estivessem molhados, mas não ardiam mais. Ela continuava a me olhar. Suas mãos agora tocavam gentilmente no meu rosto, de uma maneira que eu tenho certeza que não era necessária.

Eu não conseguia tirar meus olhos dos dela. Era como se me hipnotizassem.

- E agora? – Ela sussurrou, ainda me olhando e segurando meu rosto na altura da boca.

- Melhor. – Respondi no mesmo tom, me aproximando dela, conforme ela fazia o mesmo.

Eu não sabia o que estava fazendo. Sentia-me estranho, como se não devesse fazer aquilo, ou devesse ao esmo tempo. Não sei, estava confuso...

Mas nós nos aproximávamos cada vez mais. Quando estávamos bem perto, ela, ainda com os olhos fixos nos meus, murmurou...

- James. – Ela suspirou e fechou os olhos, senti que suas mãos me traziam mais perto.

Então...






Eu sei que é sacanagem parar nessa parte, mas só pra não menosprezar os comentarios e coros de atualiza..





Parte 2

Eu não sei o que aconteceu direito, mas enfim. Nada aconteceu.

Nós simplesmente nos separamos, como se fosse um choque. Eu me afastei ligeiramente e acho que ela percebeu o que estava fazendo, então saiu também.

- Eu... Ahn... Desculpe. – Ela murmurou, tirando alguns fios de cabelo do rosto. Eu a admirei por um momento.

- Não tem problema – Disse por fim.

- Ahn... – Ela ainda parecia meio perdida. – E os olhos? Tome, o papel, veja de melhorou.

- Nossa. – Aaaaaaah. – Ah, Evans, você é uma gênia!

- Deu certo? – Ela perguntou animada.

- Deu! Há, cara, você é a melhor pessoa do mundo! – Eu disse. Noooooooossa, nem exagerei.

- Aham, quando eu faço as coisas pra você eu sou a melhor pessoa do mundo, ou seja quase nunca... – Ela disse, guardando a folha e me olhando com tom de riso.

- Bom, quem sabe se você fizer mais coisas pra mim você será a melhor pessoa do mundo por um período maior de tempo. – Eu disse sorrindo maroto. Ela me olhou, ainda sorrindo.

- Sei... Então, vamos? – Ela perguntou, indo para o castelo.

- Claro, AGORA EU NÃO TENHO ÓCULOS! – Eu gritei, gritei mesmo, sabe. G R I T A R ! AHH! EHH! IHH! OHH! UHH! Coisas assim.

- Olha, quem não tem óculos? – Hum.

- O burrico da esquina do barzinho. – Eu disse. – Quem mais que usa óculos, criatura acéfala?

- Vocêêêêêêêêêêê! – O Sirius é um palhaço mesmo. Ele jogou a mochila no chão e colocou as mãos na boca. – Você não usa mais óculos?

- Não. Nica. Nunca mais. Neveeeeeeeer more. Paramore. – Eu disse. Empolguei-me, calma.

- Hã? – Lily e Sirius me olhando como dois palermas.

Palerma, esse é o tipo de palavra que minha bisavó falava e era o pior palavrão do mundo. Hoje em dia parece que eu to falando... Sei lá. Uma coisa ridícula.

Pense numa coisa ridícula? Pensou? Ótimo, agora coloca o James no meio! Vai dar certinho!

Viu?

Mas que tal. Eu sou James Potter, e eu vou ser um auror [e claro, você já sabe disso]. Agora, me fala, eu tenho cara de auror? Eu tenho pose de auror?

Tipo, eu tenho vontade de ser um cara mau pra dar na cara de mim mesmo cada vez que eu sou retardado do jeito que eu sou, porque eu quero ser um auror, e aurores não ficam fazendo idiotices o tempo todo como eu fico.

E eles também não têm vontade de ser caras maus pra se soquearem. Ó sina.

Acho que eu nunca vou conseguir ser uma auror. Eu sou muito retardado pra uma coisa dessas. Tipo, eu deveria ser um palhaço de circo trouxa de esquina, ganhar uma miséria e ficar assustando crianças.

Ou vai dizer que você nunca teve medo de palhaços?

Fala sééééééééééério mew! Tipo, não palhaço de circo, mas esses palhaços de brinquedo que tem aquele sorriso vidrado. Nossa...

Quando eu era criança, minha mãe tem uma amiga que é trouxa, e ela me deu de aniversário de cinco anos um desses palhaços enormes. Nossa... Eu tinha pesadelo todas as noites com o ser, que ele vinha pra cima de mim, sorrindo e ia me sufocar com o meu travesseiro.

É... O pobre James não teve uma infância muito tranqüila.

Mas enfim, fora de palhaços e outras coisas. Eu tenho um longo dia pela frente.




- James.

Eu sou bem ridículo né? Sempre odiei que a Lily me chamasse de Potter, agora, toda vez que ela me chama de James eu estranho.

Eu sou um retardado mesmo.

Mas enfim.

- Oi. – Respondi terminando de guardar minhas coisas.

- Vamos? – Ela perguntou, já com a mochila nas costas.

- Aham, já vou indo... – Eu falei rapidamente. – Se quiser pode ir indo que eu te alcanço depois.

- Não... Não precisa, eu te espero. – Ela disse sentando-se na cadeira. Olhei pra ela de canto de olho, e ela percebeu.

Saímos da sala e fomo até a McGonnagal, como sempre, pra terceira detenção.

- Chegaram cedo. – Ela disse enquanto saia da sala.

- Hum, pelo menos a gente termina cedo também. – Eu disse.

- Ótimo então... – Ela falou. – Hoje eu quero que vocês façam o favor de organizar a cozinha.

- Cozinha? – Eu perguntei incrédulo.

- Então é pra isso que existem elfos? – Lily disse revoltada.

- Sim, mas hoje eu os dispoensei da cozinha, está lá, façam bom proveito. – McGonnagal disse.

Oh, você não sabe como eu vou aproveitar, o como eu AMO limpar cozinhas!

Eu olhei pra cara de Lily, que tinha a boca aberta, olhando pro nada.

- A gente nunca mais vai sair daquela cozinha! – Ela disse em tom choroso.

- Não exagere. – Eu disse andando, mas ela continuava parada.

- Você já viu o tanto de sujeira que fica naquela cozinha depois do jantar?

- Não...

- Então! – Ela parecia em desespero.

- Ah, vamos... – Peguei o braço dela, puxando-a.

Fomos até a cozinha. Logo que entramos, eu percebi do que ela estava falando.

Um monte de cabecinhas nos olhava enquanto nós entramos na cozinha. Os elfos pareciam bastante sentidos em não poder limpar aquilo. Oh, podem fazer eu não me importo. Eu faço o sacrifício de não lavar só pra deixar pra eles...

Tinha uma pilha ENORME. Sabe o que é ENORME mesmo? Tipo, só estava parada por magia acho, porque era estupidamente grande. A gente nunca vai terminar isso...

- Viu? – Ela disse enquanto olhava pra mim, eu tinha 10 metros de boca aberta.

- QUE TIPO DE COISA COME TANTO ASSIM?! – Eu disse quase gritando. Alguns elfos guincharam e saíram correndo.

- Você ta assustando eles. – Lily disse apontando para alguns que estavam com cara de quem está a um segundo de morrer.

- Por que eles não lavam? – Eu disse.

- Porque é nosso trabalho. – Ela riu. – Vamos.

Pegamos as esponjas e começamos. Bem tranqüilos e normais. Eu, quase morrendo a cada prato e copo. Odeeeeeeeio lavar louça... Eu vou chorar.

Como nada de diferente aconteceu, pulemos. Umas duas horas depois.

- AH! – Lily deu aquele grito agudo, que parece que estoura meus tímpanos! J´pa viu prato voar? Eu vi! Então, dois voaram loooonge, e eles estavam voltando na cabeça da Lily, então eu pulei e joguei ela longe, mas como molhou o chão eu acabei caindo junto.

Então. Eu cai junto com ela, naquele chão molhando, ela praticamente em cima de mim.
Deja vú?

Sinto como e já tivesse presenciado uma cena como essa. u_u

- É melhor a gente se separar antes que... Alguma coisa... – Eu disse, mas ela me olhava firme novamente, assim como hoje, com o feitiço, mas eu desviei o olhar. – Aconteça.

- Você tem... Razão. – Ela disse, pigarreando quando eu me afastei.

- Evans... – Eu disse, levantando a cabeça e olhando para ela. – O que está acontecendo?

- Como assim? – Ela pareceu confusa.

- O que te deu pra você ficar tão querida assim comigo de um dia pro outro? – Eu perguntei. Ela abaixou a cabeça ligeiramente, sem ter o que falar. – É por causa da nossa conversa de sábado?

- Eu só... – Ela começou. – Só achei que a gente podia voltar a ser amigos. Tem algum problema?

- Não, desde que você confie na minha palavra. Isso é o que amigos fazem. Confiam. – Eu disse pegando a esponja que tinha caído também.

- James... – Ela disse sae aproximando de mim e pegando minha mão. – Eu só queria que as coisas voltassem a ser como sempre foram. Com eu te chamando de James e você me chamando de Lily, a gente conversando, sem brigas ou discussões bobas... Quero ser sua amiga de novo... Esquecer de tudo o que aconteceu...

- É fácil simplesmente falar. – Eu disse olhando pro nada. – Não foi você que sofreu.

- Você acha realmente que eu não sofri? – Ela disse olhando para mim. – Eu sofri James, e muito. Não falar com você é horrível. Insuportável.

- Então por que você fez aquilo? - Eu perguntei. Não me contentava!

- Eu fui uma idiota! – Ela falou. Os elfos agora pareciam bem interessados. – Eu nunca deveria ter feito aquilo... Mas não quero falar sobre isso agora. Não quero mesmo. Eu só quero ter tua amizade de volta... Ta acontecendo tanta coisa comigo e eu não me sinto à vontade de me abrir com ninguém, você sempre foi a única pessoa com quem eu conversava e... – Seus olhos começavam a ter lágrimas.

- O que está acontecendo? – Eu perguntei, surpreso.

- Meus pais... Voldemort e... Eu temo por eles. Sinto-me insegura, todos os dias eu tenho quer olhar o Profeta Diário e ver se nada aconteceu com trouxas em Londres, sabe... Isso é horrível. – Ela agora chorava. – E você sempre fez eu me sentir melhor. E eu só sinto muita falta da nossa amizade.

- Lily eu... Não sabia. – Eu falei me aproximando e pegando uma das mãos dela. Ela me olhou, seus olhos estavam vermelhos. Eu abracei-a.

No começo ela continuava parada, então me abraçou forte, retribuindo e chorando mais. Eu não sabia muito bem o que fazer, me senti perdido. Sem ação. Ela soluçava.

- Eu... Só quero estar mais perto... De você... Como sempre foi. – Ela disse, num sussurro falhado, perto do meu ouvido.

Eu pensei numa coisa que com certeza vai deixar ela mais feliz. Sorri pra mim mesmo. É, era uma boa hora. Tomei um fôlego e comecei, suavemente.


(Hanson - Save Me)


Loving you
(Amo você)
Like I never have before
(Como eu nunca amei ninguém antes)
And needing you
(Preciso de você)
Just to open up the door
(Para abrir a porta)
If begging you
(Se implorar a você)
Might somehow turn the tides
(Pudesse, de algum modo, mudar a maré)
And tell me to
(Então me diga)
I´ve gotta get this off my mind
(Eu tenho de tirar isto da minha cabeça...)


Ela olhou para mim e chorou mais ainda, só que sorrindo e com a mão na boca. Ela amava aquela musica. E eu sabia.

Cheguei mais perto dela, e detalhe, nós ainda estávamos no chão, mas estávamos sentados, e não tão perto. Eu segurei as mãos dela, olhando no fundo dos seus olhos verdes. Ela era tão linda.

I never thought I´d be speaking these words
(Eu nunca pensei que estaria pronunciando estas palavras)
I never thought I´d need to say it
(Eu nunca pensei que precisaria dizer)
Another day alone is more than I can take
(Outro dia solitário é mais do que posso suportar)
Won´t you save me?
(Você não vai me salvar?)
Cause saving is what I need
(Pois a salvação é o que eu preciso)
I just wanna be
(Eu apenas quero estar)
By your side
(Ao seu lado)
Won´t you save me?
(Você não vai me salvar?)
I don´t wanna be
(Eu não quero ficar)
Just drifting through the sea
(Apenas vagando através desse mar)
Of life
(Da vida...)


Eu a puxei mais perto de mim e abracei-a de novo. Ela me abraçou e ficamos ali, enquanto eu cantava. Ela estava parando de chorar e agora fechou os olhos.

Listen please
(Preste atenção, por favor)
Baby, don´t walk out that door
(não saia pela porta)
I´m on my knees
(Estou de joelhos)
You´re all I´m living for
(você é tudo que eu estou vivendo)


Eu me sinto tão bem quando estou com ela. Sabe quando você se sente a melhor pessoa do mundo? Como quando ninguém é mais feliz do que você simplesmente porque você está com alguém? Se o mundo acabasse a única coisa que você ia achar ruim é porque não estaria mais junto com ela.

Será que é amor?

Suddenly the sky is falling
(Subitamente o céu está desabando)
Could it be too late for me?
(Poderia ser tarde demais para mim?)
And if I never said I´m sorry
(Se eu nunca disse "desculpa")
Well i´m wrong, yes I´m wrong
(Então eu estou errado, sim eu estou errado)
Then I hear my spirit calling
(Então eu escuto meu espírito chamando)
Wondering if she´s longing for me?
(Imaginando se ela está ansiando por mim)
And then I know
(Então eu entendo)
That I can´t live without her
(Que não consigo viver sem ela)


Então eu levantei o rosto dela e enxuguei as lágrimas. Ela sorriu para mim, ainda abraçada. Eu levantei, segurando a mão dela, que também levantou, e novamente nos abraçamos.

Como eu iria suportar ficar ao lado dela sem estar com ela? Eu não tenho capacidade para isso. Já é ruim ficar perto dela normalmente, ainda mais como amigo.

Mas por ela... Eu faço tudo. Suspirei.

Pensei em falar mais alguma coisa, mas não achava palavras que expressassem o que eu sentia... Então apenas tomei outro fôlego e sussurrei ao ouvido dela.

- And I just wanna be by your side... (E eu só quero estar ao seu lado)










N/A: qta emoção! Y_Y

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