Sexto dia



Agora realmente o dia vai ser chato. Não sei, mas sinto isso. Acordei com dor de cabeça e não tenho idéia que horas são.

Ou seja, pra eu não ter idéia de que horas são é porque provavelmente eu já devo ter perdido um monte de aulas.

E isso não é bom, definitivamente.

Levantei correndo, coloquei minha roupa em cinco minutos e desci correndo de novo (minha vida é correr), rumo a sei lá onde.

Chequei meu horário. Sexta-feira. 9:40. Nossa, eu to mais frito do que o pastelzinho da esquina da casa da Claire que além do mais deixou apavorado com pastéis mais de uma semana.

(Não vocês não têm noção do que aconteceu comigo. É meio indigesto falar, então... Apenas imaginem).

Ok, perdi duas aulas, e mais quinze minutos de Defesa Contra as Artes das Trevas. O Seether vai me comer vivo.

Entrei na sala ofegante. Ele estava explicando alguma coisa, que parecia ser bem importante, pois a sala inteira estava prestando atenção. E, claro, eu cheguei pra fazer o fervo. \o\

- Professor... – Murmurei, balançando a cabeça.

- Você pensa que vai matar as duas primeiras aulas e chegar quase meia hora atrasado na minha e simplesmente sentar aí, como se nada tivesse acontecido? – Ele disse, arrancando alguns risos.

Não especificamente dele, mas de mim que simplesmente estava parado com a cadeira na mão, olhando pro cara e ainda sorrindo.

Eu sou tão cara-de-pau. HAHAAHAHAHA

- Ok, quer que eu fique na biblioteca escrevendo 30 centímetros de pergaminho com “Eu não devo me atrasar mais, isso faz de mim um mau menino. Ai ai ai.”? – Perguntei, perto da porta.

Pronto. Acabei com a aula. A sala inteira explodiu em risadas e até o professor ficou quieto, sem ter idéia do que fazer.

- Cinqüenta pontos a menos para a Grifinória. – Ele disse, conseguindo fazer todos se calarem.

- Beleza, mano. – Eu falei isso pra um professor? UHAUha, James Potter, onde você vai parar? – Não tem problema, eu recupero tudo de tarde... Agora, onde eu tenho que ir mesmo?

- Longe da minha frente, Potter, se não quiser que eu tire todos os pontos que sua casa conquistou. – Ele falou entre dentes.

Eu desperto nas pessoas seus instintos mais assassinos. HO.




Esqueci de falar uma coisa né? UUUH, como eu esqueci. Poutz.

Anyway, hoje é o aniversário da Lily, sabem? Lalalala, e ela vai ter que fazer detenção, coitada...

- LILY! – Gritei, fazendo-a virar de costas para me ver, corri até ela, sorrindo e ela logo abriu um sorriso meio curioso e desconfiado, cheguei perto dela e...

Não sei por que.

Quem sabe porque eu seja idiota.

Mas eu...

Outch.

Eu a peguei no colo.

- JAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAMES! – Ela gritou, fazendo TODOS se virarem para ver o que estava acontecendo e muitos darem risada.

- Parabéns. – Murmurei, ainda sorrindo.

- Obrigada James, mas agora, por favooor, me coloca no chão... – Ela falou, meio desesperada, mas não conseguindo parar de rir.

Quem não fica meio bobo assim no colo do JAMES?

Coloquei-a no chão, lentamente, sem tirar os olhos dela, o sorriso meio provocador ainda estampado no meu rosto.

- Por que está me olhando assim? – Ela perguntou, curiosa.

- Nada de mais... – Respondi com simplicidade. – Não posso te olhar?

- Hum... Pode... – Ela respondeu, rindo alto. – Vamos para aula.

- Claro, de noite tem a noite dos escravos... – Eu disse abaixando a cabeça.

- Oh, achei que já tinha se acostumado... – Ela disse, levantando os pés na ponta pra conseguir me abraçar pelo ombro, e ainda desajeitada.

Desculpe se eu sou alto e sarado...




- JAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAMES!

Por que todo mundo gosta de gritar meu nome? NHAI

- Aqui.

- Fala, bixo! – Sirius chegou, me dando um soco no braço. – QUE FRIOOOOOOOOO DE MERDA! E fora de época ainda o louco...

- Eu amo frio. – Falei, sorrindo maquiavelicamente. – Por mim seria frio o ano todo. Muaha.

- Louco. Pior que eu também gosto... Mas... Ah, sei lá. – Ele disse.

- Por que você gritou, mais uma vez, acho que não escutei bem? – Perguntei, sorrindo.

- AHHH! – Pra responder precisa gritar de novo, claro. Sirius Black é O poço de gritos. – A Lily está te chamando.

- Putz atrasei!

Levantei correndo jogando Sirius pro outro lado e nem parando pra ver onde ele tinha caído, só sei que o barulho feio.

Depois eu peço desculpas se lembrar.

Atrasado, atrasado, atrasado, atrasado, atrasado! AHHHHHHHHH!

Cheguei correndo em menos de um minuto na frente na sala da McGonnagal, esbaforindo minhas tripas pra fora da boca.

- EU... TO... LEGAL... – Disse, levantando uma mão quando percebi que a professora me olhava meio preocupada.

Quem sabe por que eu estava vermelho, saindo lágrimas dos meus olhos por causa do vento frio de correr, e as mãos brancas e geladas e o nariz vermelho e congelado.

Só por isso.

- Por que atrasou? – A mulherzinha perguntou.

- Desculpa professora... – Falei, já recuperado. – Atrasei, não tive intenção.

- Tudo bem, sem demorar mais, hoje vocês têm pouca coisa para fazer... – Ela começou, mas eu interrompi.

- Professora, hoje é aniversário da Lily!

- É? – Ela disse, sorrindo ligeiramente. – Bom, parabéns Srta Evans.

- Obrigada professora. – Ela sorriu envergonhada, me lançando um olhar matador e segurando o riso. Muh.

- Isso não diminui nosso castigo? – Perguntei. Claro. Ôpa.

- Só se eu tirar ela do castigo de hoje e o senhor ter que fazer tudo sozinho. – A professora lançou aquele olhar profundo, que na verdade era algo como ‘~^ Pega essa, bichitcho!’.

- An. – Isso foi algo como um muxoxo desesperado porque eu realmente acho que ela está falando sério.

- Não professora. – Lily sorriu divertida ao ver minha cara de louco desesperado. – Não tem problema.

McGonnagal riu da minha desgraça.

- Ótimo, hoje quero que limpem a sala de Defesa Contra As Artes das Trevas, o professor pediu em especial para que eu desse a detenção a vocês hoje, mas não me disse por que... – Ela disse, meio confusa.

Por que será que ele queria que James Potter fosse o morto a limpar a bagunça dele?

HAUAUHAUAHUAHUAHAHAA

- Beleza, profe. – Eu estou com umas gírias de maloqueiro... Acho que estou andando demais com o Sirius.

Ela me olhou meio duvidosa por causa do ‘profe’, mas apenas virou de costas e saiu, balançando a cabeça e provavelmente pensando onde iria parar o mundo com jovens indecentes e maloqueiros como eu.

- Vamos? – Convidei-a, oferecendo meu braço. Ela riu e jogou a cabeça pra trás.

- Desde quando você é cavaleiro? – E ela sorriu. Sorriu. Muito linda.

- Desde que te conheci.

- Por quê? – Ela perguntou, intrometida.

- Porque por você eu mudo e faço o que for preciso. – Eu disse, sorrindo maroto e provocante.

UUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUH.

1 x 0, James.

Ela apenas me olhou, um riso meio vago e sem saber o que falar. Mordeu o lábio, percebi, meio nervosa. E abaixou a cabeça, corando um pouco.

Chegamos na sala logo depois.

- Nossa, ele realmente teve um acesso de fúria. – Ela disse.

- Filho da...

Ela bagunçou a sala inteira. Esse... Shit.

- Eu odeio ele.




Lá pela metade, deveria ser quase dez horas e eu estava começando a sentir meus olhos pesados. Lily limpava a escrivaninha, jogando fora o que parecesse indispensável.

Tomara que jogue fora o numero do namoradO dele.

{Brincadeira, eu só estou com raiva mesmo}

- Então... Ganhou o que de aniversário? – Perguntei, depois de muito tempo de silêncio.

- Ah, chocolates, camisetas, brincos, pulseiras... Livros... – Ela disse, pensando.

- Como sua família manda os presentes? – Indaguei, pensativo.

- Alguns anos atrás eu comprei uma coruja e deixei com eles. – Ela respondeu, amassando um bolo de papel {os números dos encontros :x} – Fica mais fácil. Se eu quiser me comunicar com eles é só usar uma coruja do castelo, pra eles não tem como... Então...

- Hum... Legal. – Disse.

Eu tenho que dar um presente pra ela.

Ah, sei lá, eu sei que isso não é um PRESEEENTE, mas por agora acho que vale, depois eu juro {nota mental} vou comprar alguma coisa física pra ela.

Olhei para ela e tomei um fôlego, meio inseguro e {por mais incrível que possa parecer} envergonhado.

- Vem cá. – Peguei-a pela mão.

- Mas a gente ainda não terminou de limpar... – Ela protestou.

- Depois a gente volta, juro.

Levei-a para fora da sala, ainda segurando em sua mão. Entramos em outra sala, onde a janela estava aberta, e a chuva fina lá de fora entrava, sendo visível contra a luz da lua.

Mais perfeito impossível.

Fiquei do lado de fora da porta.

- Espere. – Disse para ela, colocando-a dentro da sala. Tirei minha varinha do bolso. - Accio violão!

Alguns segundos depois meu fiel violão se aproximava como se estivesse passeando pelo colégio.

Ela sorriu para mim, meio incrédula.

- James, eu não acredito...

- Eu ainda não consegui seu presente, mas... Fique com esse por enquanto...

Puxei-a pela mão ainda, e fechei a porta magicamente. Sentamos no meio da sala, perto da janela, apesar do frio.

Comecei com os acordes, ela colocou a mão na boca, emocionada.


(Green Day - Time of Your Life)

- Another turning point a fork stuck in the road… (Outro momento decisivo uma encruzilhada na estrada) - Comecei a cantar, a voz um pouco rouca, mas não o bastante pra ficar feia. {O que seria impossível.

- James… - Ela tinha as mãos na boca e… Pelo que eu vi, algumas lágrimas no rosto.

Eu cantei essa musica pra ela quando disse que gostava dela no seu aniversário da quarta série, acho... Sei lá, algo do tipo.

- Time grabs you by the wrist directs you where to go. So make the best of this test and don't ask why. It's not a question but a lesson learned in time. (O tempo agarra você pelo pulso e direciona você aonde deve ir. Então, dê o seu melhor nesse teste e não pergunte por que. Essa não é uma pergunta,
mas uma lição que se aprende com o tempo)
- Eu continuava a cantar, sorrindo para ela, levantando a cabeça de vez em quando.

O que eu não daria pra saber o que ela está pensando...

Ela chegou perto de mim, parecendo meio receosa, mas ao mesmo tempo... Hum... Meio decidida.

Encostou a cabeça no meu ombro e sorriu, fechando os olhos.

- It's something unpredictable, but in the end it's right: I hope you had the time of your life. (É algo imprevisível, mas no final, dá certo: espero que você tenha o tempo de sua vida) - Ela me olhava.

Mamãe, eu quero ler pensamentos 0=)

- So take the photographs and still frames in your mind, hang it on a shelf of good health and good time. Tattoos of memories and dead skin on trial. For what it's worth it was worth all the while… (Então pegue as fotografias e as imagens dispersas em sua mente, coloque-as na prateleira da boa saúde e dos bons tempos. Tatuagens de memórias e cicatrizes para julgar. O que vale a pena durante esse tempo todo...) - Sorri novamente {eu só sei sorrir}. Olhava-a de relance, sua expressão era completamente indecifrável.

Então não tente decifrar.

- It's something unpredictable, but in the end it's right: I hope you had the time of your life. (É algo imprevisível, mas no final, dá certo: espero que você tenha o tempo de sua vida)

Cantei mais algumas vezes o último trecho.

Quando terminei, sem saber o que fazer, apenas coloquei o violão de lado, olhando em seu olhos brilhantes por causa da luz da lua.

Sentia pingos gelados de chuva, não tão fracos agora, batendo em nós, mas como ela não saiu, não iria ser eu a sair, não é?

Ficamos uns bons cinco minutos se olhando, e a cada segundo que passava eu me sentia mais perdido nos seus olhos. Completamente na sua mão.

Então {como tudo aqui já tinha sido sem pensar} fiz outra coisa.

- Parabéns... – Sussurrei, me aproximando.

Segurei seu rosto e sem pensar NEM UM POUCO, beijei-a.

Só beijei, sem pensar, porque coisas como essa merecem ser feitas sem muitos pensamentos.

Se você pensar, você desiste. Então, não pense.

Beijei mesmo. E alguém venha querer me tirar daqui. E ela não parece não estar gostando.

Tchau /fecha a cortina com um sorriso maroto/




Mil perdões pela demora gente! ii'
Mas minha ãe realmente NÃO está me deixando estrar no computador ultimamente... NÃO é minha colpa, mas mesmo assim eu peço perdão. Ainda mais pq eu perdi o ´capítulo... u.ú

Anywaaay.
Espero que tenham gostado! \o\
COMENTEM!
e mais uma vez perdoem a pobre Mee... uú

;*

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