Sonho



Capítulo 8

Sonho


A poção tem vários usos... Apenas requer uma certa aptidão de lógica para utilizá-la, assim como alguns itens, listados a seguir:

-Três penas de corujas douradas;


-Três penas de corujas brancas.


Ambas para a locomoção da imagem.


- Extrato de vergueira;


“Extrato de vergueira... Hum... Por que Snape estaria usando essa poção?”

A ruiva folheou o livro até as últimas páginas. Percorreu o dedo indicador pelo pequeno sumário de ingredientes, até a tal “vergueira”.

“Página 189.” – pensou consigo mesmo.

Abriu na folha indicada, e encontrou a imagem de uma folha, comprida e larga, em um tom um tanto bizarro. Era meio verde, meio roxa.

“ Utilizada para diversas poções. Principalmente para remédios e... ENVENENAMENTO?!” – Lily leu, arregalando os olhos.

-LILY! ABRE A DROGA DA PORTA!

-‘TÁ ABERTA, JULIE! – Lily exclamou, fechando o livro e escondendo-o embaixo do travesseiro.

-Não ‘tá nada, Lily... – ela ouviu a voz paciente de Sam do lado de fora.

A ruiva levantou, e forçou a maçaneta. Nada

-Hum... Parece estar emperrada... Alloromora!

A maçaneta tremeu, e abriu lentamente, revelando uma Julie emburrada, e uma Samantha tristonha.

-Eita! Que demora! – Julie bradou irritando no quarto.

-Eita! – brincou a ruiva. – Que caipira!

Sam entrou sorrateiramente, e se jogou na cama de bruços. Os cabelos encaracolados se espalharam pela colcha bege.

-Sabe...? Aquela menina é uma baita cobra! – Julie se irritou, sentando na cama, puxando um livro. Ao abri-lo, se revelaram um pergaminho, e uma pena. A loira bufou para a folha. - Fez a lição de Herbologia, Lil?

-Você não vai copiá-la, Julie. – a ruiva falou séria.

-Ótimo. – ela jogou o pergaminho na cama, e encostou as costas na almofada, dobrando os joelhos, apoiando o livro nas pernas, lendo.

Lily se sentou na cama de Sam.

-Que foi?

A morena abriu os olhos.

-Mattew...

Julie fechou o livro rapidamente, e se sentou de lado, curiosa, para ouvir a amiga.

-Fazia um bom tempo que eu não pensava nele... – ela murmurou, cruzando os braços atrás da cabeça.

-Quem era esse fulano, hein? – Julie perguntou.

-O amor da Samantha, oras!

As três se viraram para a porta, surpresas.

-Olá colegas de quarto! – Charly exclamou sorridente. Ela puxava uma mala, e segurava uma caixa rosa em mãos.

Lily, Sam e Julie trocaram olhares. Logo, a ficha caiu nas três. Havia quatro camas no quarto delas, mas uma, nunca era usada.

-Ah, não! – Sam se levantou.

-De jeito nenhum! – Julie exclamou, também se levantando.

-Nossa... Como vocês acolhem bem as pessoas! – a francesinha murmurou, depositando a caixa na cama vaga, e depositando a mala ao seu lado.

- Por que o nosso quarto, garota? – Julie falou andando em direção a Charly.

Julie ficou parada atrás de Charly. A loira se virou para encarar Julie.

- Olha... Qual é o seu problema? Eu não te fiz nada.

-Não... Mais eu reparei a secada que você deu no Remo. – Julie murmurou apertando os olhos.

-Quem? O loiro bonitinho? – Charly riu. – É seu namoradinho é?

-Não, é o irmão dela. – Sam disse irônica, cruzando os braços.

Charly olhou para as duas, e depois para a Lily.

-O que? – a ruiva perguntou, ao reparar o olhar de Charly.

-E o seu problema comigo, qual é?

-Nenhum! – Lily levantou os braços, como sinal de rendimento.

-Então. – Charly suspirou, falsamente. - Deixa eu começar de novo. Charly Ackles... E eu vim de Beauxbatons, não que a Sammy não saiba... – ela olhou docemente para Samantha, que não fez nada. – E nós duas tivemos alguns probleminhas, mas sabe... Eu mal te conheço, e não se preocupe, não vou roubar seu namorado,...? Como você chama mesmo?

-Julie. – a loira falou baixando os braços.

-Certo. Tenho certeza que agente vai se dar bem... Você parece muito comigo! Alias, adorei sua colcha rosa.

Julie girou os olhos.

-Obrigada. Eu vou fazer a lição.

A loira se sentou na cama, desconfiada, e abriu o livro novamente.

Sam e Charly trocaram olhares. Lily riu sem graça.

-Hum... Por que vocês não contam pra gente por que brigaram? – a ruiva quis saber.

Charly se virou para arrumar as roupas no armário. Sam foi ao banheiro.

-‘Tá bom, então... – Lílian deu de ombros, e pôs uma mecha atrás da cabeça desconcertada. – Quer ajuda? – perguntou a loira.

-Claro! – Charly se virou, com uma saia jeans em mãos. – ‘Tá vendo a caixa rosa? – ela apontou para a mesma na cama, no que Lil assentiu. – Leva ela no banheiro pra mim?

A ruiva pegou a caixa, e andou até o banheiro. Ao abrir a porta, encontrou Sam lendo algum livro no chão, perto da ducha. Lily riu, no que a morena levantou o rosto para olhá-la.

- Que foi?

-Nada! – Lily disse, pondo a caixa sobre a pia, e se sentando no chão próximo a amiga. – Você ‘tá legal?

Sam piscou os olhos.

-‘Tô ótima. Só não quero conversar sobre o Mattew, ok?

-Aham... – Lily murmurou, jogando os cabelos para trás. – E do livro, tudo bem?

Sam a encarou, e fechou o livro que lia na hora.

-Eu ainda não consegui abrir ele... Sabe, aquele jato de luz e tal. Quase me ceguei da última vez... – murmurou.

-Hum... O que eu queria saber é como Snape descobriu. Remo já o perguntou.

A morena arregalou os olhos.

-Você não contou, certo?

-Lógico que não, mas, ele suspeita de algo... Tiago e Julie também. Já me perguntaram sobre o livro, nos dias que você estava na enfermaria. Só o Sirius que não... Ele parece não querer acreditar que tem algo de estranho acontecendo com você.

Samantha correu os olhos pelo piso de azulejos no banheiro. Logo, encarou Lily novamente.

-Snape sabe que eu sou mediadora, também. Não sei como! Ninguém sabia, só...

-Eu não contei caramba! – Lily exclamou.

-Eu sei, Lílian! – ela disse irritada. – É isso que me assusta.

-Você não sabe do pior... – ela engoliu em seco. – Quando eu o encontrei na floresta... Ele estava falando com alguém.

-Como assim? – Sam perguntou, assustada.

-Eu também não entendi! – Lily cerrou os olhos. E logo os abriu. – Estava falando com um tal de Lord, milorde... Ele não disse o nome.

-Ha... Isso é ótimo! – Sam se levantou, passando as mãos pelo cabelo, nervosa. –Não sei quem sabe da minha vida, não sei com que estou lidando!

-Calma... –a ruiva pôs a mão no ombro da amiga. – Agente vai descobrir...

-Descobrir o que? – Julie perguntou, entrando no banheiro com a sua camisola de branca de rendinhas.

-O que o Snape tinha falado. – Sam olhou séria para a amiga. – Que livro é esse. – a morena andou irritada para a cama, e tirou a blusa.

Lily sorriu, e também foi se trocar.

Sam enfiou a camisola pela cabeça, e tirou as calças. Lançou um olhar para Charly.

A garota estava deitada, já coberta, e com uma venda tapando os seus olhos. Ela era rosa e tinha os dizeres: “Não perturbe!”

A morena girou os olhos, enojada, e levantou as cobertas, se sentando, e passando uma perna de cada vez para baixo das mesmas, ficando sentada em posição de índio, com os lençóis lhe cobrindo as pernas.

Lily também estava sentada, como Sam, mas prendia os cabelos, num coque mal feito.

Julie saiu do banheiro, e se deitou, mas com a cabeça elevada com dois travesseiros, para ver as amigas. Percebendo o clima chato que estava entre as três, puxou assunto, o que não faltava entre elas.

-Nossa! Vocês viram que fofo a vendinha da cobra? – ela perguntou.

-Eca, Ju. – Sam riu.

-O que?! Ela é cobra, mas tem bom gosto.

-Ela tem bom gosto, vírgula... – Lily falou. – Você é patricinha.

A morena riu, e Julie se zangou, falando de brincadeira:

-Tem problema eu gostar de rosa?! A Sam gosta de azul e você de vermelho, Lily, então me deixa ter uma cor preferida também, ué!

- ‘Tá, tratando de assuntos, mais importantes... –Sam cortou as duas. – Como vão você e o Reminho? – Sam brincou.

-Muito bem... – Julie suspirou. – Ele é tão... Carinhoso. Sabe, ele não é como esses garotos que só querem ficar agarrando agente... Ele se preocupada comigo... Ah! – ela se sentou. – Vocês sabiam que ele vai me dar aula de Herbologia?! – ela contou feliz.

-Você não vai aprender nada... – Lily riu.

-Problema... – Julie sorriu. – Eu só quero ter ele por perto.

-É mais suas notas vão cair mais, Ju. Falo por experiência própria. – Sam disse.

-Cair mais o que? Elas são super baixas! – a loira riu.

Sam contou que Charly também tinha problemas com Herbologia, no que Julie se irritou, achando que a amiga as comparava. No meio da discussão das duas, Lily chamou a atenção delas.

-Vocês juram que não vão fazer comentários imbecis? – a ruiva quis saber, no que as outras assentiram. – Aquele dia... Sabe, que eu sumi, e vocês me encontraram na floresta? Eu estava meio que confusa...

-Com...? – Julie perguntou.

- Bem... Potter, ele...

-Vocês se beijaram? – Sam sorriu, junto de Julie.

-Não! – a ruiva se estressou. – Claro que nã... – ela parou um pouco. – Bem quase.

-Quase? – Julie arregalou os olhos.

-Se vocês duas pararem de me intrometer com esse bombardeio de perguntas, eu explico! - as duas assentiram – Bom... Lembra aquela noite que nós descemos no salão comunal, Sam? ( N/A: Capitulo 4, aquele em q Lily descobriu sobre o livro.) E que achamos o Tiago e Sirius lá? Então, eu subi, e Tiago também. Ele se ofereceu para me acompanhar, e... Bem... Ele meio que...

-Te agarrou? – Julie perguntou.

-Te pôs contra a parede? – Sam chutou.

-Deixa eu terminar! – Lily exclamou. – Assim, eu estava subindo as escadas, e ele me puxou pelo braço, e eu meio que... Caí nele, sabe? E ele tentou me beijar...

-E por que você não o beijou? – Julie exclamou.

-Porque, Julie... É o P-O-T-T-E-R! - ela girou o dedo próximo a cabeça, como se você louca.

-Lily... – Sam começou. – Eu sei, Julie sabe, você sabe, que gosta do Potter, então por que você não fica com ele de uma vez?

-EU NÃO GOSTO DO POTTER! – ela berrou.

Charly pulou da cama. Seus cabelos estavam bagunçados , e ela puxou a venda, olhando para as outras três.

-Dá pra vocês ficarem quietas? Eu quero dormir! – ela se jogou na cama novamente, de costas.

-Boa noite! – Lily disse irritada, puxando as cobertas, encobrindo todo o corpo, menos a cabeça.

-Amanhã você não escapa! – Sam disse. – Apaga a luz, Ju. Boa noite.

-Boa noite!

-.-.-.-


- Alguém viu a calça do meu pijama?! – Tiago exclamou, tentando arrumar espaço para passar entre a bagunça do quarto.

-Não é aquela que ‘tá pendurada na janela? – Pedro perguntou, entrando no quarto, já de pijama, e enxugando o cabelo com uma toalha.

Potter se virou, e viu as calça, quase caindo para fora. Pulou entre algumas roupas e livros, e puxou a calça, vestindo-a.

-Sério... A gente precisa arrumar esse quarto. – falou Lupin, bocejando, da sua escrivaninha, onde fazia algumas anotações de Herbologia.

“Se vou ensinar a Ju, vou ensinar direito!” – pensou consigo mesmo, antes de começar a “preparação” da aula.

-Fale por você, Reminho, adoro o quarto do jeito que está! – Sirius comentou, se olhando no espelho, dando alguns sorrisos.

-É porque não eram suas calças que ‘tavam na janela. – Tiago murmurou, irritado, se jogando na cama.

-Tanto faz... – Sirius se deitou, e olhou para o teto. – O que vocês acharam da Ackles, hein?

-Sem ofensas, Aluado, mas essa loira é bem mais bonita do que a sua. – Pedro comentou, no que os outros dois assentiram.

-Hum... Mais bonita, não acho... Mas ela tem um certo charme que a Ju não tem... – comentou o loiro, virando a cadeira, para ver os amigos.

-Né? – Sirius se sentou, animado. – Adoro francesas... Sabe, vou chamar ela pra ir a Hogsmead comigo...

-E a Sam? – perguntou Rabicho, desconfiado.

-Ah, ela não é a única garota, né, Pedro...

-E ela também é estranha... Quero dizer, que raios de livro era aquele?! – Pedro perguntou.

Os outros assentiram.

De repente, Lupin empalideceu, e saltou da cadeira, assustando os amigos. O loiro foi até a janela.

-Ah não! Eu me esqueci completamente! – ele bateu as duas mãos na cabeça. – Gente, a lua cheia!

-E? – Sirius perguntou.

-E que é daqui a uma semana! E... Ah meu Merlim! – ele deu um segundo tapa na testa.

-Dá pra parar com o masoquismo?! – Pedro brincou, no que os outros riram.

-A Julie! – falou, tristonho. – Como vou explicar para a Julie?! Não... – ele começou a andar de um lado para o outro. – Não posso contar pra Julie... O que ela vai pensar, o que ai acontecer com ela?! E se eu a machucar?! E se eu...!

-Hey! – Tiago saltou da cama, colocando a mão no ombro do amigo. – Calma. Respira!

-Eu vou ter que acabar com ela, não é? – ele perguntou.

-É claro que não! – Sirius se irritou. – Você é louco por ela!

-Mas o que eu devo fazer? Se eu contar a verdade...

-Ela vai te apoiar. – Tiago disse.

-Não! Eu não posso simplesmente contar! – Remo recomeçou a andar. – E vocês também não!

-Então não conta.

Remo, Tiago e Pedro olharam para Sirius.

-Não conta... Vai levando, oras... Se der alguma coisa errada, você abre o jogo! – Sirius esclaresceu.

-Ótima i-idéia. – Remo falou, pálido, e com a voz trêmula, se sentando na cama.

Pedro e Tiago trocaram olhares.

-Não acho que seja uma boa idéia... – Pedro começou.

-Por que não? É perfeito! Ela não precisa saber! Simples assim! – Sirius comentou, se cobrindo.

Remo também se deitou.

Tiago apagou as luzes, e foi se deitar, com um mau pressentimento da nova “idéia”...

-.-.-.-


Escuro... Escuro...

Uma estrada. Uma estrada luminosa aparecia aos poucos... Finalmente se estabeleceu. Assim como Samantha.

Sam olhou ao redor. Nada. A única escolha era seguir o caminho.

Um passo. Dois passos.

Sam já percorrera meio do caminho, mas ouviu um baque surdo. Quando se virou, viu o pior. A estrada se desmoronava. O que faria? Esperava a estrada cair? Se sim, morreria? Ou saía correndo? Optou pela segunda opção.

A morena corria com o chão se despedaçando aos seus pés.

Cabelos balançando, respiração arfante e movimentos bruscos continuaram até chegar ao fim da reta. A estrada terminara. Sam se virou, respirando rapidamente, a tempo de ver o que restava do chão terminar.

Caiu. Pedia por auxílio, mas não recebia resposta. Estava sozinha. Parou de gritar, e tentou pensar em alguma coisa que a tiraria daquela situação. Varinha. Tateou os bolsos atrás do tal objeto, mas nada.

“Ótimo! Brilhante, Samantha, conseguiu de novo!” – pensou consigo mesma.

De súbito pousou. Sam caiu de costas, e se levantou com dor na coluna.

A morena estudou a sala com os olhos. O chão era de uma madeira escura e gasta. As paredes eram pretas e sem vida. Alguns livros e pergaminhos, próximos a uma escrivaninha, duas poltronas e por fim...

“A estrela”

A exata estrela do seu livro estava exposta na parede. Também era vermelho vivo.

Sam se aproximou com cautela da parede, e examinou aqueles pequenos símbolos que circulavam a estrela gigante. Algum tipo de escrita?

Em um gesto de seu subconsciente, tocou a estrela. Passou o dedo indicador pelas linhas. Contornou-a até o fim.

Um brilho invadiu a sala. Mil vezes mais intenso do que o do livro. Sam gritou. Um grito agudo e desesperado. Mas teve tempo de perceber, que atrás da estrela, se abriu uma passagem.

“O quê?!”




-.-.-.-



-Lily! – Sam cochichou, empurrando a amiga. – Acorda. Acorda!

-O que você quer? – a ruiva perguntou com uma voz sonolenta.

-Cadê o livro?

-Pra quê? – Lílian se sentou na cama, bocejando.

-Eu sei como abri-lo. – a morena sorriu, satisfeita.

Lily arregalou os olhos, e saltou da cama. Abriu a primeira gaveta da cômoda. Sam tirou o livro das mãos da amiga, e saiu do quarto correndo.

A ruiva piscou os olhos, sem entender, e foi atrás da amiga.

Ao chegar no salão, achou a amiga debruçada sobre a mesa. Sam começou a contornar a estrela, Lily a observou, com o coração batendo rapidamente.

-O que vocês estão fazendo aqui?!

Lílian se virou a tempo de ver o rosto assustado de Tiago, e logo a sala entrou na mais profunda luz branca.

A ruiva fechou os olhos, podia ouvir uma risada marota de Sam.

-Consegui!

-O que foi isso?! – Tiago berrou, irritado.

Sam se sentou na cadeira, e folheou as páginas.

-E aí?! E aí?! O que tá escrito? O que ‘tá escrito?! – Lily foi correndo até a amiga.

-Alguém me explica o que está acontecendo aqui?! – Tiago andou até as duas, e contornou-as, podendo ver o livro por cima das cabeças das amigas.

-Nada. Não tem nada escrito. – Sam se irritou. – Que saco! – ela jogou o livro, colocando a mão sobre a testa.

-Ai! – uma voz masculina exclamou.

-Desculpa, Tiago. – a morena falou.

-Do que?! – o moreno perguntou, irritado.


-De eu ter jogado o livro em você... – ela murmurou, ainda sem abrir os olhos.
-Sam, abriu o livro, não é? E não achou nada! Eu sabia! – disse Jack.

A morena abriu os olhos. Para melhorar a situação, Jack estava parado segurando o livro.

-Lily, pára de fazer feitiço pro livro flutuar. – Tiago resmungou.

-Eu não estou fazendo nada! – a ruiva disse.

-Claro que está! Você é a única que faz feitiços com a mente aqui!

-Não é a Lily... – Sam falou, pegando o livro da mão do fantasma. –É o Jack.

-O que? – Tiago perguntou.

-Poxa como seu amigo é burro! – o loiro se sentou numa poltrona.

Sam encarou Jack por alguns segundos, e se virou para o amigo.

-Eu sou uma mediadora, Tiago. – ela esclareceu.

-Sam! – Lily exclamou.

-Não tem como fugir, Lil...

-Você é uma mediadora? – Tiago arregalou os olhos.

-É... E o Jack é um espírito, sabe como é... Que não passou para a outra vida.

Sam se virou para olhá-lo de novo. Mas se surpreendeu quando viu que ele não estava mais lá.

-Ele sumiu! – a morena gritou. Lily andou até ela e tirou o livro de suas mãos. A ruiva se sentou no chão, próxima à lareira, para ver o livro, irritada.

-Sam... Por que não me contou? Por que...? – Tiago fez uma cara estranha. –Era isso? Foi por isso que Snape te ameaçou?

-Nossa, Potter descobriu isso sozinho?! – Lily falou irônica.

-É. – Sam ignorou o comentário da amiga. – Me desculpe por não contar antes, mas é que é meio desconfortável...

-Eu entendo... – ele murmurou. – Sirius sabe?

-Só você e a Lil. Não conte para ninguém, por favor, Tiago, por favor?! – Sam o implorou.

-Claro, relaxa! – ele a abraçou. – Mas o que é esse livro? – ele perguntou, com os cabelos de Sam lhe entrando na boca.

A morena o afastou, e foi até Lily.

-Pois é... – a ruiva contou. – Não fazemos a menor idéia.

-Mas de onde ele veio? – Tiago perguntou se juntando a elas.

Lily se levantou.

-Sam o achou na primeira noite de Hogwarts... Pelo que sabemos, ele apareceu do nada. Nunca conseguimos abri-lo, até hoje... Por sinal, como você...? – ela se virou para a amiga.

-Sonhei. Com um quarto escuro. Preto, com a mesma marca.

-Será que Snape sabe que você descobriu? - Lily perguntou, curiosa.

-Ei, ei! Não me deixem pra trás! –Tiago pediu. Parecia que Sam e Lily falavam outra língua.

-Desculpa... – Sam pediu. – É que eu queria tanto ver o que estava escrito nele, e afinal...

-Não tem nada... – Lily murmurou.

Tiago sorriu.

-Me dê o livro. – ele pediu, no que Lily o entregou.

Tiago subiu para o quarto, acompanhado das amigas. Lily e Sam puderam ver os outros marotos dormindo tranqüilos em suas camas, e um quarto muitíssimo bagunçado. Tiago puxou uma pena na sua escrivaninha, e fez um aceno para que as duas fossem ao corredor. Assim fizeram.

-Escreve seu nome. – ela falou para a morena.

-Pra que? – Sam perguntou.

-Confia em mim. Palavra de maroto! – Tiago pôs a mão direita sobre o peito.

-Ou seja... Nada. – Lily resmungou.

-Não precisa ser grossa, Lírio, sei que é louca por mim!

-Não começa Potter.

Sam girou os olhos e abriu o livro na primeira página. Com a pena, escreveu:
Samantha Brewston .

Logo, a página se encheu de palavras, como se fosse um sumário.

-Uau! – Lily exclamou, olhando o livro por cima do ombro da amiga, que sorria. – Têm todos os tipos de magias avançadas! Veja!

-Eu sabia! – Tiago falou, feliz.

-Como você adivinhou que era preciso escrever meu nome? – Sam falou.

-A família Potter troca a correspondência assim. – falou contente.

-Impressionante. – Lily murmurou, com os olhos bebendo as palavras da página.

-Sou mesmo, minha anjinha! Viu o que você está perdendo?

-Não você, imbecil! – ela lhe deu um tapa no ombro. – O livro.

- Mas eu também sou impressionante, basta você me deixar lhe mostrar... – Tiago se aproximou de Lily. A ruiva já havia aberto a boca para responder, mas Sam interveio.

-Parem com isso! – ela pediu, fechando o livro. – Vocês querem me ajudar, certo? – os dois assentiram. – Então vamos ter que trabalhar em equipe. Sem discussão. Estamos concordados?

-Sim, senhora! – Tiago fez “sinal de sentido”, no que ele e Sam riram.

-Ai, Merlim... – Lily falou debochada. – No que eu fui me meter...





-.-.-.-



N/A: Pronto!!! Finalmente!!!!!!! Hahaha. Postado, betado ( e o sete tbm, com algumas N/B's, c quiser conferir).

Agora vo digita o nove, e ja posto o trecho, ok?

Desculps mesmo! Bjos











Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.