Snape sabe?!



Capítulo 7

Snape sabe?!



-Ai! Quem foi o trouxa que gritou bem agora?! – Sam estava pê da vida.

-Eu acho que conheço essa voz! – Tiago falou sério.

Sirius e Sam trocaram olhares.

-Vocês ouviram isso?! – perguntou Remo se
aproximando do grupo, segurando Julie pela mão.

-Ai! Que fofo!!! – Sam suspirou, Julie e Remo riram sem graça.

-Realmente... – Sirius bufou.

-SE AFASTE DE MIMM! – a mesma voz gritou.

Todos se calaram. Sam olhou para Tiago, Remo e Sirius trocaram olhares, Julie mordeu o lábio inferior.

-LILY!!!!!

Tiago correu em direção à floresta. Sirius o seguiu, com Sam em seus calcanhares.

-Anda, Julie.

-M-mas...

-Eu te protejo.

Julie sorriu, e os dois correram.


-.-.-



-LILY! LILY !!!!! Onde você está?! – Tiago gritava a plenos pulmões.

-Lil! – berrou Julie.

-Evans onde você se meteu?! – Sirius chamava impaciente.

-Shhh! – Sam silenciou todos. – Não estamos sozinhos...


-.-.-



-Por que? O que você está escondendo, Snape?!- ela cruzou os braços, sem se mover.

-Nada, Evans. Dê-me licença está bem?! – Snape começou a ficar nervoso.

-Não! – Lily tirou a varinha do bolso. – Só quando me disser o que faz aqui!

-Está bem...- ele pegou sua varinha – Vamos fazer do seu jeito.

-Impediment...- Lily não completou o feitiço.

-RICTUSEMPRA!- bradou Snape.

Lily voou longe, e sua varinha também. Ela bateu a cabeça na árvore. Gritou.

-SE AFASTE DE MIMM!

-Cadê aquela confiança toda, Evans? Um feitiço e você fica com medo?!

Lily olhou para os lados. Sua varinha estava próxima de sua mão esquerda. Ela não conseguia se levantar. Esticou o braço.

-Não, não. – Snape pisou sobre o pulso de Lily, e pegou sua varinha.

Lily soltou um murmúrio de dor.

-Dói não é? Eu sei...

-SE AFASTE DELA, RANHOSO! SEU COVARDE!

Tiago lhe deu um soco certeiro no rosto. A varinha de Lily, que Snape segurava, voou de sua mão, com o impacto. Sirius correu atrás dela, e a agarrou (N/A: como um cachorro correndo atrás de um graveto! Hahaha) (N/Sirius: pf, façam um favor a humanidade e c mate, Kiki )(N/B: quem me dera ser a varinha!)(N/Sirius: Nm c preocupe, Mah... Agnt pode dar um jeitinhu...)

-Você está bem, Lily? – Tiago se agachou perto dela.

Sam ficou na frente de Snape com a varinha em punho.

-Vai me azarar, Brewston? Será uma pena... Sou o único que posso de explicar o que significa aquele livro...

-O quê? Que livro? – dessa vez foi Remo quem perguntou.

Julie estava parada ao seu lado. Sirius também não se movia, segurava a varinha de Lily com força.

Sam abaixou o braço.

-Sam! Não faz isso! – Lily pediu tentando se levantar, mas Tiago logo a deitou novamente.

-C-como... Você sabe...?

-Brewston... Nunca se perguntou porque tudo sempre deu errado para você? Seus pais, seus amigos, seu...? Segredo?

Sirius, Tiago, Remo e Julie trocaram olhares, duvidosos. Lily olhava a
cena com a respiração cessada.

-Você não vê? Você tem uma vida de infinita tristeza, Samantha... Só rancor... Por isso aquele livro lhe foi entregue! Abra sua mente, Brewston...

Uma dor de cabeça eclodiu na cabeça de Sam.

-Cale a boca! – ela colocou a mão sobre os ouvidos.

-Sam! – Sirius deu um passo a frente.

-Não se aproxime, ou eu a azaro... – Snape levantou o braço com a varinha. – Se bem que não faria muita diferença para você não, Brewston? Sua vida já é infeliz o suficiente...

-Cale a boca! CALE A BOCA AGORA!

-Toquei em um ponto sensível?- Snape riu. – Quem diria que você
tinha sentimentos.

Sam abriu os olhos com raiva.

-ESTUPEFAÇA!

Snape foi jogado no chão.

-Sam se controle! – Julie correu em sua direção.

-Cale a boca também, Heingbester!- ela colocou a varinha no queixo
da garota.

-SAMANTHA! – todos gritaram.

- Hum...? O que tem de errado com seus olhos...? – Julie tremeu.

-Meus... Olhos...?- Sam voltou a retomar sua consciência.

Sirius correu e a segurou pelos pulsos, para que não atacasse Julie.

-Me largue seu traidor!- voltou a falar com a mesma voz confiante de
antes.

-Sam... Pare... – Julie pediu.

Sam virou o rosto para encarar Sirius.

O moreno entendeu o que Julie queria dizer sobre seus olhos. Os olhos de Sam não estavam mais cinzas... Estavam vermelhos, e ela ardia em febre.

Sam desmaiou.


-Você está bem? – Remo abraçou Julie.

-Estou...

-Dá pra alguém me ajudar aqui? – Sirius pediu.
Lupin ajudou Sirius a segurar a garota, enquanto Lily se apoiou em Tiago e Julie para se levantar.

-Esperem! Cadê o Snape?! – Lily exclamou.

Ele não estava mais lá.

-Não sei... Anda! Vocês precisam ir para a enfermaria. – Tiago falou.

-Espera!- Lily se abaixou. Um pedaço das vestes de Snape ficou preso em um galho de uma árvore. Estava sujo de uma poção verde. Ela pegou e guardou no bolso sem que os outros percebessem.

-O que foi, Lily? – perguntou Remo.

-Nada... Achei que tivesse o visto...

-.-.-



Todos foram à enfermaria. Os seis, por incrível que pareça, estavam quietos. Tiago não pediu nenhuma vez a Lily para sair com ele, nem Julie e Remo trocaram uma palavra. Todos estavam absortos em pensamentos, e que, estavam ligados.

Talvez Sam não fosse uma amizade tão confiável assim...

Mas infelizmente, todos já haviam criado laços com ela.

O grupo chegou a porta da enfermaria. Tiago e Julie seguraram a porta, para que os outros tivessem espaço para passar.

A enfermeira, Srta. Dumphyl (N/A: Inventando total o nome da enfermeira. Nem sei c tinha alguma na época dos marotos... Não lembro dos livros terem mencionado algo do tipo... Desculpe se eu tiver pulado algum dado!), foi correndo ajudá-los.

-Minha nossa! O que é isso? Vocês tentaram se matar foi? – ela perguntou, ajudando Remo e Sirius a colocarem Sam na cama.

-Não exatamente... Só a Samantha, nós fomos apenas cúmplices. – Tiago falou ironicamente.

A enfermeira lhe lançou um olhar de censura, enquanto andava em direção a ruiva. Srta. Dumphyl pegou o pulso esquerdo de Lily com cuidado, e o examinou com os olhos.

-Quebrado. – disse firme. – Me deixe ver o outro. – a enfermeira estendeu a mão aguardando o braço da ruiva.

Lílian estava segurando o pequeno pedaço das vestes de Snape que havia encontrado, dentro do bolso. Apertou novamente o tecido, como se estivesse com receio de perdê-lo, mas logo tirou a mão de dentro e lhe estendeu o braço.

-Este está bom. – ela replicou. A enfermeira se virou, e andou apressada até um pequeno balcão no qual estavam empilhados vários remédios. Dumphyl começou a remexer alguns recipientes, com os olhos semicerrados com força.

-Que diabos ela está procurando? – Sirius cochichou para Tiago.

O moreno deu de ombros.

-Minha nossa! – a enfermeira exaltou, assustando os outros. – Estamos em falta com o remédio para o concerto de ossos... Muito estranho, tinha impressão de ter visto um pouco hoje de manhã... – ela coçou o queixo, mas logo andou em direção a um pequeno armário paralelo ao balcão. Ela abriu a pequena portinha e retirou algumas ataduras e esparadrapos.

-Vamos ter que cuidar de seu braço a moda trouxa, Evans... – ela resmungou, fazendo um aceno com a varinha. Tudo o que ela havia depositado sobre o balcão “voou” em direção a Lily. As ataduras se prenderam ao braço da ruiva, o deixando em estado de repouso.

Tiago riu:

-Esse treco funciona?

Sirius revirou os olhos, um tanto nervoso, e passou as mãos pelos cabelos.

- A Sam vai ficar bem?

A Srta. Dumphyl andou até a cama de Samantha, e posou a mão na testa da garota.

-Ela está febril...- murmurou.

-Isso agente percebeu! – Sirius resmungou irritado.

-Que preocupação com a Sam de repente, hein Sirius? – Julie perguntou, marota.

-Ha-Ha... Muito engraçado Heingbester... Ela é minha amiga, dá licença?

-Toda! – ela falou, levantando os braços, suavemente.

-Acabaram com a discussãozinha? – a enfermeira lançou um olhar mortífero aos dois. – Ótimo. – ela fez um segundo aceno, e dessa vez, um conta gotas veio em direção a mão de Dumphyl. – Heingbester, pegue uma camisola para a Srta. Brewston ali! – ela apontou um armário, próximo a uma cadeira de balanço. Julie correu até ele, e trouxe a camisola prontamente a enfermeira.

Dumphyl pingou algumas gotas sobre os lábios de Sam, e se virou para o grupinho.

-Podem ir.

-Mas... E a Sam...? – Remo começou.

-Bem, ela tem que ficar sob minha vigilância. E eu preciso tirar essas roupas dela, então, a não ser que o Sr. queira vê-la despida, é melhor se retirar! – Dumphyl fechou o cortinado em volta da cama da morena.

Remo corou com a resposta da enfermeira, fazendo os outros rir.

-O Remo eu não sei, agora o nosso Six, aqui... – Tiago falou marotamente.

Sirius sorriu distante.

-Ei! Pára com esses pensamentos, aé! – Julie brincou.

-Você não sabe o que eu pensei, sabe? – o moreno perguntou, saindo da enfermaria, maroto.

-Eu vou para o salão comunal... – disse Lily, começando a andar em direção à porta.

-Eu também! Que coincidência! – Tiago sorriu, passando o braço pela cintura da ruiva.

-‘Tá. Eu ia pro salão comunal. – ela falou se desenroscando do moreno.

-Acho que você não tem muita escolha, Lily... Quer mesmo segurar vela? – Tiago perguntou.

Julie e Remo trocaram olhares. Eles não estavam namorando “oficialmente”, mas eles foram interrompidos em um momento bastante inadequado, e ambos estavam curiosos para ver no que iria dar.

-Não, Potter! – ela sorriu, de um modo falsamente doce. – Eu vou sozinha para a biblioteca. – ela deu as costas aos amigos, e foi andando pelos corredores.

Tiago se virou para o “casal”, e piscou com o olho direito, maroto:

-Ela sabe que me ama.

Sem mais palavras, Potter saiu da enfermaria para seguí-la.

-Vamos? – Remo perguntou estendendo a mão para Julie.

A loira entrelaçou os dedos nos do garoto, e saíram juntos rumando para os gramados de Hogwarts.

-Maluquice isso da Sam, hein? – Remo quis saber. “Quanto mais
enrolar melhor.” – ele pensou consigo mesmo.

-É verdade... Fiquei um pouco assustada. – disse, colocando uma mecha atrás da orelha. “Deixa ele tocar no assunto.”

-Mas ela não falou nada sobre esse tal livro pra você e pra Lil? – os dois estavam descendo os degraus para os gramados.

-Hum... Acho que não... Pelo menos não para mim...

-Quer sentar? – Remo perguntou apontando o último degrau da escada.

Julie sorriu, arrumando a saia, e sentando com as pernas cruzadas.

Remo se sentou próximo à loira. Um tanto sem jeito, envolveu as mãos da garota, e as segurou próximas a si.

Os olhares dos dois se mantiveram durante um tempo nas mãos. Remo levou o olhar para o rosto de Julie.

Os olhos da loira se mantiveram abaixados. Ela corou um pouco, ao sentir os olhos do loiro, explorando seu rosto.

A loira levantou a cabeça para observar o garoto, e percebeu o olhar
dele caindo sobre seus lábios.

Remo levou uma das mãos ao rosto da loira, e esta fechou os olhos.

O loiro não pode deixar o lado maroto de lado, com aqueles sorrisos básicos Tiago-Sirius, e envolveu, com o outro braço, a cintura de Julie, puxando-a para si, beijando seus lábios de leve.

Julie passou sua mão direita nos cabelos do loiro, e o deixou repousando no pescoço dele.

Mas assim que eles aprofundaram o beijo, sentiram que estavam flutuando, como se estivessem sozinhos no mundo.

Turbilhões de emoções passaram por eles. Mas o mais engraçado é que a cabeça deles havia ficado leve. Os pensamentos só envolviam um ao outro, e o quanto haviam ansiado por aquele beijo.


-.-.-






Um rapaz moreno percorria um corredor apressado de Hogwarts. Virou a direita e entrou no banheiro feminino. Bateu a porta rapidamente e andou até a pia. Ele suspirou ao ver que o banheiro estava vazio. Não podia ser pego ali.

-O que faz aqui, Riddle?!

Riddle se virou. Um rapaz louro, que trajava uniforme da Lufa-lufa, lhe apontava uma varinha. O moreno riu, divertido.

-RESPONDA!

-Não precisa gritar, Strauss...

O moreno se virou em direção a pia, e colocou a mão sobre uma delas. Ele murmurou algo, que “Strauss” não conseguiu entender.

-Você gostaria de conhecer meus domínios?

O louro hesitou, baixando a varinha.

-Essa é...?

-Sim, Strauss... A câmara secreta.

-.-.-



-Câmara o que? – Sam massageou a cabeça se sentando devagar na cama.

-SAM!

Samantha foi atingida por uma chuva de cabelos louros.

-Finalmente! LILY! LILYYY!!!!

-Meu Merlim, Ju como você grita!

Lily foi ao encontro das duas. Estavam na enfermaria. Lily tinha o pulso engessado, e os cabelos presos num rabo de cavalo.

-Como você se sente?- Lily perguntou.

-Bem... Por quê?

-Você está dormindo há três dias...- Julie contou.

-Ah... – ela respondeu simplesmente.

-Imagina o Sirius quando te ver. – Lily fez uma cara pensativa.

Sam a olhou intrigada.

-O Sirius vem aqui todos os dias depois das aulas para ver se você
acordou.- explicou Julie.

-Ah... - Sam falou encabulada. Aliás, parecia ser a única coisa que conseguia dizer.

-É impressão ou tem alguém que ficou vermelha? – Julie debochou, apertando a bochecha de Samantha, no que Lily riu.

-O que aconteceu com seu braço, Lil? – perguntou a morena a fim de mudar o rumo do assunto.

-O imbecil do Snape... Quando ele pisou no meu pulso, o quebrou. – Lily resmungou.

-E ela não o dedurou, acredita?- Julie perguntou, se sentando na cama da morena, irritada.

Sam começou a se lembrar dos últimos acontecimentos... Snape sabia sobre o livro, e sobre ela ser mediadora... Ela lançou um olhar de agradecimento a Lílian por não ter dito nada.

“Magina...”.

-Sam...? De que livro que o Snape ‘tava falando? – Julie perguntou.

Lil mordeu o lábio inferior.

-Eu vou saber? – Sam respondeu, depressa. – Aquele garoto é doido! – ela girou o dedo próximo a cabeça.

-Mas... Seus olhos. Eles ficaram tão vermelhos! Sua voz mudou, você parecia possuída ou sei lá! – Julie falava, assustada.

-Minha voz e meus olhos mudaram??? – Sam riu.

-Não é engraçado! Fiquei muito preocupada! Você tentou me atacar . –Julie falou quase que num sussurro.

Samantha piscou os olhos rapidamente.

-Bem... Desculpe-me. Mas a verdade é que não posso explicar! – ela falou, triste.

-Por que não vai ver Dumbledore? – Lily sugeriu – Talvez ele possa te ajudar...

-Não sei... Sempre cuidei dos meus problemas sozinha... Eu vou descobrir do que se trata. – Sam falou firme.

A enfermeira passou pela porta correndo. Atrás vinham o professor Slughorn, e Filch, carregando um aluno que parecia petrificado.

-Ponha ele ali! – ela apontou para uma cama.

-Enfermeira?- Sam começou.

-O que quer Brewston? – ela perguntou correndo para o menino, com
alguns remédios nas mãos.

-Posso sair? Já me sinto bem melhor...

-Vá, vá! – ela gritou.

-Mas...? Onde estão minhas roupas? – Sam perguntou saindo da cama.

Dumphyl se virou irritada e apontou um armário.

Sam correu, e abriu a porta, puxando seus pertences. Ela fechou o cortinado, para se trocar e logo saiu, indo de encontro hás amigas.

-Então, tchau! – Sam falou calmamente.

A enfermeira fez um aceno sem se virar.

As meninas saíram da enfermaria, e logo sorriram marotas. Dumphyl sempre fazia caso de seus pacientes, mas graças a tal distração, Sam conseguiu sair rapidinho.

-Gente eu vou trocar de roupa rapidinho. Para onde vocês vão? – Samantha quis saber.

-Biblioteca. – Julie respondeu, acenando, e passando o braço pelo de Lily, puxando a amiga.


-.-.-


-Remo? REMOO???

Remo olhava para fora da janela, distraído. Ele e os outros marotos estavam na biblioteca, fazendo a lição de casa. Pedro relia as suas anotações de Herbologia, e respondia algumas perguntas do livro, enquanto Sirius lia um livro qualquer de quadribol. Tinha deixado as lições de lado.

Tiago, no entanto, queria falar com o amigo, mas como seu apelido diz, estava um tanto, “aluado”, se é que me entendem...

Tiago amassou uma folha de pergaminho com as mãos, e atirou na cabeça do loiro.

Lupin se assustou, e quase caiu da cadeira, fazendo Tiago e Sirius darem risadas escandalosas. Quase foram expulsos da biblioteca.

-O que você quer? – ele perguntou com raiva.

Tiago tinha o olhar paralisado em outra direção.

-Meu Merlim, como vocês estão hoje!!! – Sirius bradou irritado.

-Quem...? É...? Ela...? – Tiago falou por fim, perdendo fôlego.

Sirius, Remo e Pedro se viraram. Entenderam imediatamente o que queria dizer.

Aliás, todos garotos da biblioteca a encaravam.

Uma garota, que pelo corpo, aparentava estar no 7º ano, passou calmamente pelas mesas na biblioteca. Parecia gostar ter toda aquela atenção só para ela. Seus cabelos, que eram loiros, um tanto puxados para o branco, desciam até o meio das costas, e seus olhos eram de um tom azul claro que davam a impressão de estar olhando na água de uma piscina. Quando ela passou pela mesa dos marotos sorriu, e parou em frente a eles, se apoiando de leve na mesa. Seus cabelos despencaram suavemente, fazendo todos os marotos engolirem em seco.

-Vocês é que são os marotos, não estou certa?

Sirius, Tiago e Pedro assentiram, hipnotizados.

-Eu sou Remo Lupin. E você é...? – perguntou ele, estendendo a sua mão para ela.

-Charly Ackles. - ela sorriu, apertando a mão do loiro.

-Tiago Potter! – Tiago falou, também dando sua mão.

-Sirius Black. – ele empurrou o amigo.

Charly riu.

-Quer se sentar? Pedro Pettigrew. – o gordo sorriu.

Charly sentou-se à mesa dos marotos.

-Em que ano você está? – Sirius quis saber.

-7º! Entrei na Grifinória, como vocês... É uma pena nunca termos nos
cruzado... Mas também pudera! Acabei de ser transferida...

Tiago notou um leve sotaque francês no inglês dela.

-Julie! – Remo sorriu.

Julie e Lily entraram na biblioteca. Lily sentou ao lado de Pedro na ponta da mesa. A loira se sentou ao lado do namorado, e lhe deu um beijo estalado na bochecha. Quando se virou pra frente, soltou uma exclamação.

-Quem é você? – perguntou enojada, sem ao menos tentar disfarçar.

-Charly Ackles.

Julie e Charly trocaram olhares mortíferos, logo que se conheceram. Lily riu sem graça.

-Ela é Julie Heingbester, e eu sou Lílian Evans...

-Mais conhecida como minha ruivinha...

-POTTER!!! – Lily gritou.

Madame Pince(N/A: Já era ela aquela época??????) lhe lançou um olhar furtivo.

-Onde estavam? – Sirius perguntou, mudando o rumo da conversa.

-Enfermaria. – a loira resmungou.

-Ela acordou??? – ele quis saber.

-CHARLY??? O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI???

Todos olharam para a porta da entrada. Os marotos, Julie e Lily, meio
envergonhados, reconhecendo a voz. Sam.

-OS OITO! FORA DA BIBLIOTECA! JÁ! – Madame Pince urrou.

-.-.-



Sirius deu um salto da mesa e correu para fora da biblioteca. Samantha estava parada a porta. Quando o viu, sorriu.

-Sam! – Sirius a abraçou.

Samantha amoleceu nos braços do moreno. Ficou um tanto desnorteada, com o perfume dele, mas logo volto ao estado normal.

-Uepaa! Chega pra lá! – ela o empurrou.

Os outros saíram da biblioteca também. Tiago, Remo e Pedro cumprimentaram Sam, e ficaram felizes com sua melhora. Logo, Charly também saiu. Quando viu Samantha, sorriu.

-Samantha!!! Como vai querida?

Charly era bem cínica quando queria.

Os outros olharam para as duas, sem entender.

-Estudei com ela em Beauxbatons. – Sam esclareceu.

-Todos estão com saudades! Até Mattew! – ela riu, no que Sam fez uma cara feia.

-Quem é ele? – Sirius perguntou enciumado.

-Repetiu e veio parar em Hogwarts, querida ? – Sam piscou os olhos “docemente”, ignorando a pergunta de Sirius.

Charly riu.

-Não! Fui simplesmente... Expulsa. – ela suspirou.

-Jura? – Sam parecia séria. – Por que?

Charly a encarou. Sam arregalou os olhos. Não acreditava o que se passava na mente da “amiga”.

-Não importa. – Charly passou a mão pelos cabelos, e encarou a
morena, desconfiada. – Mas o que importa mesmo, é que estamos juntas
não é? – ela abraçou Sam.

Samantha não retribuiu o abraço. Os outros a encaram, espantados com a frieza dela, no que Sam fez um aceno.

-Você ainda está brava comigo, não é? – Charly a empurrou, devagar.

-Digamos que seja um meio termo entre estar “brava”.– ela falou, irônica.

Charly sorriu, futilmente.

-Ok. Au revoir! Vejo vocês por aí. – Charly virou, com seus cabelos esvoaçando, e saiu da vista dos outro sete...

-Que cobra. – Julie resmungou.

-Calma Ju. – Remo riu.

-Por que, calma?! Gostou do que viu, Remo Lupin? – a loira exclamou irritada.

-Não! Não quis dizer isso! – ele falou, balançando os braços suspensos.

Sam andou um pouco à frente, observando os longos cabelos de Charly
sumirem com a última curva.

-Mas eu concordo com você, Julie. Ela é uma cobra. – a morena cruzou os braços.

Tiago se juntou a morena, e a cutucou no braço:

-Não querendo ser indiscreto, mas já sendo... Quem é Mattew?

-Outra cobra... – ela girou os olhos. – Em Beauxbatons só há cobras...

-Sei, sei...- Julie refletiu. –‘Tá me cheirando a algum ex...

Sirius riu.

-Ele te trocou pela Charly, foi?

Sam o olhou, irritada.

-E se foi isso? Qual é o problema?!- Sam também começou a rumar pelo
corredor. – Desnaturado! – ela falou mais para si mesma do que para Black.

“Bom... Ele foi um trouxa se te trocou...”.

























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