Uma Segunda Chance



Capítulo Treze - Uma Segunda Chance


Um mês depois...

“Atenção, senhores passageiros. Coloquem os cintos. Dentro de quinze minutos, aterrissaremos em Londres.”


Harry despertou ao ouvir as palavras. Olhou no relógio. Dentro de instantes estaria em casa.

Olhou para a filha que dormia serenamente, com um Mickey nos braços. Sorriu. Em muitos anos, nunca se sentira tão bem, tão disposto. Aquela viagem fizera um bem para ambos. Serviu para repor as energias e para mostrar que Harry estava precisando mesmo de umas férias. Um momento entre pai e filha, que ele estava adiando desde que Patrícia morrera.

Foi um mês inesquecível, passeando pelos parques mais incríveis da Disney. Lembrava da emoção que sentia toda vez que via os olhos de Sarah brilhando a cada novidade que lhe era apresentada. O sorriso exultante da filha ao posar entre a Minnie e o Mickey para fotos, a visita no castelo da Cinderela. Os personagens prediletos ao vivo e a cores era mais do que Sarah poderia imaginar.

Quantas vezes não tivera que levar a menina carregada de volta para o hotel, de tão cansada que ela ficava. Praticamente dormia no colo de Harry antes de jantar.

Desligar-se do trabalho fora a melhor coisa que fizera na vida. Claro que era inevitável ligar para Hermione uma vez por semana, para saber como andava as coisas. Uma vez por semana, senão a mulher desligaria na sua cara depois de reclamar: “Harry, divirta-se que da empresa, cuido eu”. Ele sabia que tudo estaria em ordem quando voltasse.

- Sarah, acorda filha. Estamos chegando. – cutucou a filha de leve, que se mexeu e abriu os olhos.

- Mas já?? – bocejou.

- Já. – Vamos colocar o cinto, que já vamos descer. – ajeitou o cinto da menina e o avião preparou-se para a aterrissagem.

Harry deu graças a Deus por não ter nenhum paparazzi esperando no aeroporto. Fora algumas pessoas que olhavam para ele e cochichavam desde que embarcaram na Flórida.

Ouviu um clique e viu um fotógrafo do outro lado do saguão. Harry reconhecera que era um daqueles que colocaria a foto em alguma coluna social de alguma revista. Já imaginava as manchetes: “O empresário Harry Potter volta de viagem.”

Harry e Sarah entraram no carro de viagem. Antes de chegarem em casa, tinham que fazer uma visita.

Harry e Sarah desceram do carro e foram direto para um local conhecido deles. Um local onde se encontrava uma parte deles.

Os dois se aproximaram do jazigo bem cuidado, que fica bem no fundo do cemitério. Sarah carregava um buquê de flores e tinha um semblante decidido.

Carl Herbert Washington Patrícia Leona Washington Potter
08/04/1945 – 13/02/2005 01/03/1970 – 23/07/2005

Os anjos os chamaram e eles foram.


Sarah depositou cuidadosamente o buquê encima do jazigo e ficou em silêncio. Junto com o pai. As lembranças da mãe quando estava no cativeiro vieram com força e, embora tivesse pouca idade, ela compreendia que a mãe não estaria presente de corpo, mas em espírito. Seria seu anjo da guarda. Para sempre.

- Oi mãe. Desculpa por não ter vindo aqui antes. Eu não esqueci você, viu? – Harry sorriu consternado. – Eu e papai estamos voltando de viagem. Fomos para a Disney. Lá tem um montão de coisa legal. – Suspirou. – Gostaria que a senhora tivesse ido com a gente. – sua voz ficou triste. Harry pousou uma mão no ombro da filha.

- Ela foi, filha. Ela estará conosco aonde quer que vamos.

A menina derramou algumas lágrimas e enxugou-as.

- Eu sei, papai. Ela e o vovô estarão conosco. Para sempre.

Ficaram mais alguns minutos fitando o túmulo e foram embora. Ao longe, duas pessoas olhavam tudo emocionada.

XXXXX

Uma semana depois tudo estava correndo tranquilamente. Sarah já tinha todo o conteúdo das aulas que faltara, graças a sua professora, que fizera questão de dar aulas para a menina fora da escola. Harry voltara ao trabalho e todos tinham certeza de que ele estava mais disposto e pronto para outra, como se o acontecimento desagradável tivesse acontecido há século. Todos tinham ordens expressa para não falar um certo nome com a incial “M”.

Ele havia reforçado o jantar que tinha combinado com Sarah, para a surpresa de Gina, que aceitou prontamente. Ela ficara sem palavras quando a menina “insistiu” em dar um presente para ela. Na verdade, eles haviam trazido lembranças para todos.

Após uma reunião definitiva sobre a produção de Iphone, onde havia assinado o contrato para lançarem o produto daqui alguns meses, Hermione foi para sua sala. Abriu a porta e teve uma surpresa. Sentado na poltrona estava Rony Weasley, a esperando.

- Rony? O que está fazendo aqui? – Hermione fechou a porta e encarou o rapaz confusa. – Por que não me avisou que vinha?

Rony sorriu e se levantou. Hermione teve que fazer um esforço para controlar as batidas de seu coração.

- Eu queria fazer uma surpresa. – o rapaz deu de ombros e colocou as mãos no bolso da jaqueta.

- Realmente, estou surpresa. – Hermione encaminhou-se para a sua mesa e pediu que Rony sentasse diante dela. – Mas o que o trouxe aqui?

Desta vez, Rony pareceu embaraçado e passou a mão pelos cabelos. Já fazia tanto tempo. Será que ela aceitaria?

- Eu gostaria de saber se... se você gostaria de jantar comigo?

O pedido a pegara de supetão, que ela não sabia o que responder. Algo dizia dentro dela que ela deveria aceitar, mas ela própria estava com medo de criar falsas esperanças.

Por fim, decidiu não pensar muito e assentiu.
- Claro, Rony. Eu adoraria.

O rapaz sorriu. O sorriso que Hermione adorava admirar.

- Então, está combinada. Sábado à noite?

- Claro. – pegou um papel e anotou o endereço, e o entregou. Rony olhou-o e
guardou-o, satisfeito.

- Preciso ir. Até sábado.

- Até.

Rony fez menção de beijar Hermione, mas recuou. O jantar seria decisivo. Virou-se e foi embora, deixando a morena envolta em pensamentos.

XXXXX

Gina ainda tentava controlar o nervosismo quando estacionou o carro em frente à mansão dos Potter.

“Controle-se, garota. É apenas um jantar”. Havia repetido esse mantra várias vezes, mas de nada adiantara. O coração ainda batia forte como se alguma coisa fosse acontecer. Alguma coisa que mudaria sua vida.

Apertou a campanha e aguardou, Em segundos, o mordomo abriu a porte e lhe deu passagem. Mal entrou no saguão, quando uma menininha veio correndo em sua direção e jogou-se nos seus braços.

- Gina, você veio!! Eu sabia que viria!

Gina sorriu e acariciou os cabelos da menina. Tinha um enorme carinho por aquela menina, embora houvesse convivido com ela por pouco tempo.

- Eu não prometi que viria? Toma. Pra você. – Entregou um embrulho que a menina abriu ansiosa.

- O DVD do E.T.! – Sarah gritou eufórica. – Obrigada, Gina!! – deu um beijo efusivo no rosto de Gina.

Gina ficou encantada com o entusiasmo da menina. Tinha que agradecer Hermione depois, que lhe dera a dica. Segundo a amiga, Sarah tinha uma coleção de DVDs da Disney e que Harry comprara uma dúzia em Orlando, mas Sarah havia se apaixonado por esse filme e que ainda não havia comprado o DVD.

- Gina, seja-bem vinda! – dona Glória a cumprimentou quanto Gina entrou na espaçosa sala da mansão. A moça disfarçou a admiração enquanto cumprimentava os anfitriões.

- Olha o que a Gina me deus, papai! – Sarah mostrou o DVD para Harry, que sorriu em agradecimento para Gina.

- Obrigada por me receberem.

- Imagina, Gina. É um prazer. – Era tão estranho relacionar-se com Harry fora do expediente, que imaginou como ele tratava os funcionários fora da DEVON.
E também não imaginava como Harry se vestia fora do trabalho.

“Muito lindo, por sinal. Ahhhh, Gina, vai se ferrar!” Gina sorriu para o chefe, disfarçando o embaraço.

Fora um jantar agradável. Era inexplicável o carinho e a afinidade entre Sarah e Gina. Harry olhava as duas admirado, enquanto dona Glória dava um sorriso cúmplice. No seu íntimo, o relacionamento entre elas contava pontos para o próximo passo. Um passo que dependeria só de Harry.

- Então, dona Glória? Está ansiosa para a viagem? – Gina perguntou no final do jantar.

Fora uma surpresa para todos quando dona Glória anunciou que viajaria num cruzeiro com suas amigas da Instituição. Aquele era um sonho antigo, dela e de Carl, que ela sentia que estava na hora de realizá-lo. Por ele.

- Muito. Não vejo a hora. – sorriu a senhora.

- Vou sentir saudades. – Sarah abraçou a avó, que estava sentada do seu lado. Dona Glória riu e passou a mão nos cabelos da neta.

- Oh, meu amor. Eu também vou sentir saudades...

- Mas a sua avó precisa de umas férias. – Harry completou pela sogra, que sorriu em agradecimento.

- Mas eu prometo dar notícias, ok?

- Tá. – Sarah sorriu e abraçou-a novamente.

O nervosismo de Gina passou e ela se divertiu muito à noite. Descobrira que Harry tratava os funcionários de uma forma diferente, fora da empresa. Era educado e gentil. Não que ele não fosse nada daquilo na DEVON, mas é que lá dentro, ele tinha que impor respeito. Algo que Harry impunha, mesmo discretamente, fora daquele prédio.

Quando Sarah adormeceu no sofá vendo o filme que Gina trouxera, Harry ofereceu para levá-la por quarto. Gina fez menção de ir embora, mas dona Glória teve um plano: ofereceu-se para cuidar da neta, enquanto Harry faria companhia para Gina. Na verdade, ela queria ver Harry abria os olhos para o que estava bem na sua frente.

Gina sentiu-se insegura ao ficar sozinha com Harry. Desde que voltaram, as conversas foram escassas e nem deu tempo para conversarem direito sobre a viagem. Dizia para si mesma que não havia mais nada para conversar, que aquilo fora apenas um momento. Mas agora estava sozinho, magoado pela traição e era inevitável a vontade de consolá-lo, dizer que tudo ficaria bem. As palavras pareciam tão inúteis.

- Gostaria de dar uma volta lá fora, Gina? – Harry chamou-a, despertando-a de seus pensamentos. Será que ouvira direito?

- Tem certeza, senhor Potter? – Pelo tom te voz, Harry sabia exatamente do que ela se referia. Da noite do jantar em Paris. Por fim, ele percebera que não havia nada demais.

Gina era bonita, Harry tinha que admitir. Inteligente, competente. A melhor chefa de Comunicação com que trabalhara. Não que Cho desmerecesse o cargo, mas é que, em um mês de serviço, parecia que Gina trabalhava há anos na DEVON. Às vezes, ficava admirado com os resultados obtidos. E ele sabia que não vira nada ainda. Faltava o triunfo mais importante, que faria a DEVON lucrar horrores. E que tinha certeza que Gina estava trabalhando no projeto um segundo após ele ser aprovado.

- Por que não? – Harry deu de ombros. – Podemos conversar um pouco. Sabe? Coisas banais. Sem DEVON e projetos para aprovar. – riu. Gina sorriu sem-graça. Uma volta não faria nada mal.

Estava uma noite linda lá fora. As inúmeras estrelas brilhavam e a lua
iluminava todo o condomínio. Gina concluiu que dava para adormecer na adormecer na enorme varanda de Harry, junto com um coberto e uma caneca de chocolate quente.

- Sabe, acho que devíamos conversar sobre... você sabe... aquela noite no restaurante. – Gina sentiu seu rosto pegando fogo. Nunca pensou que Harry pudesse ser tão direto. E ele não parecia nervoso, o que só piorava a situação.

– Você pediu demissão e eu não podia aceitar. Sinto muito.
Gina resolveu não falar nada até Harry terminar. Esse, portanto, respirou fundo e falou o que estava entalado na garganta.

- A viagem foi maravilhosa e, se não fosse por você, eu ficaria completamente perdido naquela cidade. – suspiro. – Tenho que confessar uma coisa, Gina, foi a melhor viagem da minha vida. – Gina o encarou surpresa. Harry sorriu sem-graça. – É, eu sei o que você está pensando: um homem como eu deve ter feito viagens melhores, e acredite, eu fiz. Mas... quando eu ia para os lugares, nunca tinha vontade de visitá-los. Sempre queria fechar o negócio e ir embora no dia seguinte. Devo ter decepcionado muito intérprete, que eu sei que fariam de tudo para serem meus guias turísticos, mas eu achava que eu não precisava conhecer nada. Só o lugar que fabricariam o meu celular.
Gina ficou calada. Entendera bem? Ela fizera Harry visitar os lugares? Ele pareceu ler os pensamentos dela e falou:

- Na verdade, eu me sentia culpado por estar em algum canto do mundo sem minha família e visitá-los sem eles, estaria me divertindo, algo para ser feito com Sarah e Patrícia, mas... não tive tempo. – Sua voz ficou triste de repente.
– Talvez eu tenha usado essa viagem para me distrair.

- O mesmo não aconteceu com... você sabe. Você nunca se sentiu culpado por ir a um lugar sem ela? – Gina havia tocado num assunto delicado e duvidou que Harry respondesse. Por fim, ele negou.

- Não. “Ela” era como eu. Queria conhecer apenas o local que trabalhava... Talvez nunca tivéssemos feito uma viagem de verdade.

- Mas você acabou de fazer uma. Com sua filha. E me diga: está contente?
Harry assentiu, satisfeito.

- Como eu nunca tive na minha vida. Nunca me senti tão bem. Acho que farei isso mais vezes. Sei que a DEVON é minha prioridade, mas eu sei que você e o pessoal de lá cuidarão bem dele.

- Claro que sim. – Gina sorriu, tentando se descontrair um pouco. – Pode tirar as férias que você quiser. O senhor nunca tirou desde que... você sabe. Acho que precisa mesmo respirar novos ares. Veja a dona Glória, por exemplo. Aposto que faz muito tempo que ela não viaja.

Harry concordou: - Desde que completou 30 anos de casamento. Ela e Carl sempre passavam as férias no litoral, planejando o cruzeiro. Eles fariam um, mas ele ficou doente... Eu e Sarah a convidamos para ir conosco, mas ela protestou. Disse que nós precisávamos de um tempo juntos, que ela iria atrapalhar. Mas na verdade, ela estava organizando a viagem.

Ficaram um tempo em silêncio, contemplando a noite. Gina ficara feliz por Harry está refazendo sua vida, depois do baque recente que tivera. Mas sabia que isso implicava numa nova namorada, um novo relacionamento... sentiu um nó na garganta só de pensar em outra garota. Mas tinha que se conformar... ela e Harry nunca teriam nada a não ser amizade e um relacionamento profissional.

Por fim, Harry quebrou o silêncio.

- Gina? – a moça olhou pra ele. – Tem como nós voltarmos para aquela cidade? Sabe, tenho a impressão de que não visitamos tudo.

- E não mesmo, senhor Potter. Falta bastante coisa ainda. Mas... – arriscou. – O senhor quer que eu vá junto?

- Se não se importar. – Harry deu meio sorriso. – Você é a melhor intérprete que eu conheço. Fala francês maravilhosamente bem e... bom, queria uma companhia pra viagem.

Agora Gina tinha certeza que não ouvira direito. Harry a queria como acompanhante!

- O senhor tem certeza, senhor Potter?

Harry afirmou: - Se não se importar.

Gina teve vontade de pular de alegria. Às favas com o futuro! Só de saber que Harry a queria na viagem a fazia parecer uma moça apaixonada com as esperanças renovadas. Iria para Paris com ele e pra onde mais ele quisesse ir.

- Oui, je fais. – Harry franziu o cenho. – Sim, eu gostaria muito de acompanhar o senhor.

Harry sorriu agradecido. Planejava uma viagem descente. E Gina seria uma ótima guia.

“Apenas isso, Harry?” Uma vozinha ecoou na sua cabeça e ele ficou assustado. Aliás, desde que viajara com Gina para Paris, ele ouvia vozes, tais como: “Veja como ela é linda” ou “Por que não lhe dá uma chance?” e a que o deixava mais perturbado. “Seu burro! Não vê que ela gosta de você? E você escolhe uma golpista? Burro! Burro!”

Harry suspirou. Não adiantava mais negar. Sentia alguma coisa por Gina. Sua dedicação, seu jeito de ser, tudo nela o encantava. E sua beleza... Harry nunca havia parado para admirá-la, pois estava tão ocupado com seu trabalho e se envolvendo com uma bandida, que nunca percebera o quão Gina era especial.

“Vamos lá, Harry. Você já fez isso antes. Não é tão difícil”.

Timidamente, pousou sua mão na dela, com medo que ela se afastasse. Ela olhou assustada para ele, tentando controlar as batidas do coração. “Por favor, não faça isso! Não me faça sofrer”.

Gina não sabia o que fazer. Por um lado, queria retirar a mão, mas por outro, queria continuar a sentir o calor daquela mão forte e as sensações que passavam pelo seu corpo.

- Gina, eu... – Harry começou a falar, mas as palavras se perderam na garganta. “Quando não tem nada para dizer, aja!” E foi o que ele fez. Tomando consciência de seus atos, segurou o rosto de Gina e beijou-a carinhosamente.

Gina sentiu o mundo sumir a seus pés. Não podia mais fugir. Harry não a estava beijando porque queria esquecer a... Ele estava a beijando por que... gostava dela! E Gina tinha certeza disso! Quis explodir de felicidade.

Harry pensou que Gina ia recuar, mas tal foi sua surpresa quando a moça correspondeu o beijo e, sentindo-se mais seguro, aprofundou o beijo.
Naquela noite estrelada, foi selado o amor dos dois.

- Deus os abençoe, meus queridos. Vocês merecem ser felizes! – Dona Glória observava a cena com uma lágrima nos olhos. Ela sabia que agora o homem que considerava como filho, seria, finalmente, feliz.

“Você descobriu, meu amor. Agora, eu posso ir. Seja feliz. Eu te amo.”
A voz ecoou novamente na cabeça de Harry, quando ele afastou-se se Gina, mas continuou abraçado nela. Agora, ele entendia.

- Oh, meu Deus! Era você. – Gina o olhou desentendida. – A mulher que Patrícia falava! Você é a mulher da minha vida!

Gina ficou mais preocupada em se afastar do que entender aquelas palavras. Porém, Harry a impediu.

- Não! Fique. Por favor... Eu sei que fui imprudente agora, mas vou explicar.
Desde sempre, sonho com Patrícia. Ela me manda mensagens. Pede que eu seja feliz. Quando conheci aquela mulher, pensei que estava fazendo o que ela pedia, porém, eu senti que ela estava decepcionada comigo e pedia para tomar cuidado. Que eu era cego...

- Agora eu sei o que ela falava. Sei quem era a mulher que ela me mostrava. Era você. – acariciou o rosto da ruiva. – Agora sinto que estou fazendo a coisa certa.

Gina custava acreditar naquelas palavras, sempre sonhadas por ela. O amor que sentia por Harry era mais forte do que podia imaginas. Mas algo a impedia de se entregar totalmente. Tentou-se afastar novamente, mas ela a impediu.

- Senhor Potter, não podemos... – Harry sacudiu a cabeça.

- Podemos sim!

- Mas o senhor é meu chefe!

- Ninguém tem nada a ver com a nossa vida. E além do mais, eu estou apaixonado por você.

- O que... – Gina pensou que estava sonhando. Ouvira as palavras que mais desejava!

- Isso mesmo, Gina! Desculpe-me por não tê-la notado antes. Só quando fomos para Paris, que eu vi como estava sendo burro. Você é linda, Gina. Competente e dedicada... meiga, doce... tudo o que um homem procurar numa mulher. – acariciou uma das faces da ruiva com o polegar, e Gina fez um esforço para não fechar os olhos. – E se você quiser ficar comigo, eu juro que jamais a farei sofrer, que não deixarei que nosso relacionamento atrapalhe nosso trabalho. Ele ficará do lado de fora da DEVON.

- Mas... e os outros? O que irão dizer? Vão pensar que estou sendo privilegiada!

- Pode ficar sossegada que nada mudará. Prometo!
Gina não tinha tanta certeza. Namorar chefes tinha seus altos e baixos. Harry prometera que nada mudaria.

“Quer saber? Deixa rolar e falarem o que quiserem! Você está com o homem que ama e nada pode os atrapalhar”.

- Eu também amo o senhor. Mais do que imagina. – as palavras saíram da boca da Gina de forma inconsciente. Não podia voltar atrás. Já estava feito.

Harry sorriu exaltante e abraçou. Girou-a no ar e se deliciou com a gostosa gargalhada que a ruiva dera.

Agora tudo ficaria bem. Ele tinha certeza.

N/A: Esse capítulo foi só para ajeitar as coisas entre Harry e Gina que eu enrolei muito para que acontecesse. Espero que gostem. Desejo a todos um Feliz Natal e Um Ano Novo cheio de paz e felicidade. Bjos e até o ano que vem com a “Amor Cigano”. Juh. OS: Desculpem a demora, mas estou de trampo novo e passo a maior parte do tempo fora de casa e onde eu estou não tem PC, então imagina, né?

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