Epílogo



Cerca de três meses após o retorno de Severo para sua casa na orla da Floresta Proibida, ele encontrava-se andando de um lado para o outro, parecia uma fera enjaulada. O efeito só não era tão bom, porque ele não usava sua capa esvoaçante. Na verdade isso não foi permitido, pois o esquadrão de “desculpas dignas de trouxas” já estava tendo muito trabalho para disfarçar todos os indícios de magia naquela igreja para ainda terem que explicar o uso de uma capa sobre o fraque pelo noivo.

Harry entrou sorrindo

-- Calma homem! – Severo lhe lançou um olhar Avada Kedavra. Este, porém não tinha mais o mesmo efeito. – Assim você tem um troço antes da cerimônia.

-- Não sei onde estava com a cabeça quando prometi a Hermione que faria esta loucura – Falou parando de andar por um minuto. Harry pode perceber como Snape estava nervoso, o que era algo raro. O professor não havia perdido a calma nem ao enfrentar Voldemort. “O que as mulheres são capazes de fazer conosco” – pensou.

Em seguida chegaram Gina, Tonks e Remo.

-- Mas com certeza você já passou por situações piores, não?

Severo esboçou um sorriso.

************************ Flashback *********************

No dia seguinte a alta de Severo, o casal tomava seu café-da-manhã, quando Hermione falou como se comentasse o tempo:

-- Sábado iremos almoçar com os meus pais. Para vocês se conhecerem – Severo engasgou e ficou pálido. Ela o olhou interrogativamente.

-- Mas, eles não estavam na França? – Tentou em vão esconder o nervosismo. Ela rolou os olhos.

-- Assim que você acordou e eu voltei para a nossa casa, mandei uma coruja a eles avisando que a guerra havia acabado e que já era seguro retornarem. – falou enquanto passava geléia em uma torrada – Logo que chegaram fui conversar com eles e contei sobre você, nosso namoro...

Ele não se preocupou mais em esconder a ansiedade. Sabia que teria que conhecer o Sr. e a Srª Granger, mas esperava que isso fosse demorar mais para acontecer.

-- Expliquei que não pude avisar a eles do nosso caso...

-- Hermione! – falou chocado. – Você não disse isso aos seus pais, disse?

Ela sorriu e negou com um aceno.

-- Fique tranqüilo, meu amor – ele fez uma cara de “ta bom, até parece!”,
mas não a interrompeu. – É claro que se eles pudessem ter escolhido, iriam querer que eu namorasse, noivasse, casasse e etc. Mas como eu cheguei com o pacote pronto – deu de ombros.

-- Como assim – perguntou, sabendo que iria se arrepender.

-- “Pai, Mãe, me dêem os parabéns! Sou uma mulher casada!” e então mostrei a aliança – Ele a olhava surpreso, quase um minuto depois falou:

-- Bom depois dessa posso ter certeza de que nenhum dos dois tem o coração fraco! Só espero que se um dia tivermos uma filha ela não herde essa sua praticidade. O meu coração não ia agüentar!

Hermione apenas sorriu.

********************* Fim do Flashback *******************

-- Até que o almoço foi melhor do que eu esperava!

Gina e Tonks riram. Remo se aproximou

-- Sei exatamente como você deve ter se sentido, amigo – o olhou com um breve sorriso.

-- É quanto a esse assunto eu não tive muitos problemas – falou Harry sério. – Mas naquele outro... – e olhou significativamente para os outros dois homens – Bom, basta dizer que foram os momentos de maior tensão da minha vida, incluindo a última batalha!

************************ Flashback *********************

Pouco mais de um mês após a última batalha as aulas em Hogwarts ainda estavam suspensas, o conselho vinha tendo várias reuniões para decidir como fariam com os alunos do quinto e sétimo anos que não haviam prestado os NOMs e NIEMs. Severo como o atual vice Diretor estava participando de todas essas reuniões exaustivas.

Sabendo disso Hermione havia marcado aquele encontro em sua casa com Gina e Tonks. Folk serviu chá para as três senhoras e se retirou fechando a porta da sala de jogos atrás de si. Gina foi rápida em imperturbar a porta e olhou ansiosa para a amiga.

-- Então Mione o que você acha? Isso pode ter acontecido?

-- É claro que pode Gina! – respondeu Tonks – o curandeiro do St Mungus já havia me explicado.

-- Oh Droga! Minha mãe vai me matar! – falou escondendo o rosto nas mãos

-- E os outros Weasley acabam com o Harry! – completou Tonks, que apesar de tentar não estava conseguindo ficar tão tranqüila quanto queria.

-- Certo! Não adianta ficarmos nervosas com suposições – concluiu Hermione se aproximando de uma mesa e trazendo um grande livro com uma varinha cruzada com um osso na capa – Peguei esse livro na biblioteca depois do que vocês duas me contaram e aqui tem um feitiço para confirmarmos.

Abriu o livro em uma página já marcada, puxou sua varinha e apontou para Gina. A garota se encolheu protegendo a barriga com os braços.

-- Por que comigo primeiro?! – perguntou assustada.

Hermione suspirou. Ela também estava ansiosa com tudo aquilo, mas não adiantava fingir que nada estava acontecendo.

-- Vamos Mione, faça em mim – Tonks se adiantou e ficou de frente para a amiga.

A grifinória balançou a varinha e disse algumas palavras mágicas, então uma fumaça branca envolveu Tonks e em seguida ficou vermelha.

-- Positivo! Sem dúvida!

-- Oh! – Tonks trouxe a mão à boca, mas foi impossível conter o sorriso.

-- Você está rindo? – Gina falou com uma nota de histeria na voz.

-- Certo! No primeiro momento Remo vai ficar assustado, mas da outra vez foi pior. Agora não estamos mais em guerra.

Nesse pequeno tempo Hermione já havia feito o feitiço em si mesma e as amigas só tiveram tempo de ver a névoa brilhar vermelha em torno dela. Ela suspirou tentando manter a calma.

-- Bom não estava nos plano que isso acontecesse tão rápido. Mas...

-- Está bem! Eu sou uma grifinória não sou?! – as duas amigas confirmaram com a cabeça – então vamos lá Mione!

Gina fechou os olhos com força quando a amiga lhe apontou a varinha e começou a recitar o feitiço.

-- Abra os olhos Gina, é melhor você ver por você mesma.

Ela abriu os olhos para se ver envolta por uma fumaça púrpura.

-- Por Merlin! Harry vai me matar! – abraçou Hermione que acariciou seus cabelos.

-- Claro que não Gina! Ele vai ficar apavorado quando você contar para ele, mas depois vai ficar tudo bem! – afastou-a um pouco e tentou passar-lhe confiança.

-- Acho que a minha situação e a de Mione são menos preocupantes. E no seu caso me preocupo mais com a reação dos seus irmãos do que com a do Harry ou mesmo do seu pai.

As três sentaram-se confortavelmente nas poltronas da sala de jogos e Hermione e Tonks ajudaram Gina a traçar um plano para contar a novidade para Harry e sua família sem baixas.

Algumas horas mais tarde quando Severo chegou em casa achou um pouco estranho a presença das duas amigas de sua esposa, mas elas logo se despediram e foram embora. Via flu? Porque não aparataram? Bom vai entender as mulheres!

Ele não tinha idéia, mas em poucas horas teria a resposta para suas questões.

O jantar estava especial, ele forçou sua excepcional memória tentando lembrar se havia esquecido de alguma data importante. Com certeza não se tratava disso.

Pouco tempo depois Severo estava sentado no quarto deles terminando de anotar algumas idéias a serem discutidas nas próximas reuniões, quando Hermione chegou e o abraçou. Ele se desfez das anotações e a trouxe para seu colo lhe dando um beijo em seguida.

-- O que quer me dizer? – perguntou assim que soltou os lábios dela.

A jovem sorriu um pouco nervosa e desviou o olhar dele, dando-lhe dessa forma a certeza de que ela tinha algo importante para falar.

-- Severo, você já pensou em ter filhos?

Ele franziu a sobrancelha analisando sua esposa.

-- Digo, quando estávamos em guerra e o nosso futuro era incerto eu acredito que ninguém pensava em filhos, mas agora que tudo está bem... – tagarelou.

-- Hermione – ele falou devagar fazendo com que ela o olhasse. Conhecia sua mulher e saberia facilmente se ela estivesse mentindo – você continua tomando a poção, não continua? Eu a vi fazendo um novo caldeirão e mandando para Gina e Tonks.

Ela mordeu o lábio inferior e ele detectou o sinal de nervosismo.

-- Hermione?!

-- Me desculpe – falou com voz sumida e os olhos já cheios de lágrimas. – Era para termos tomado a poção poucos dias depois da batalha. Mas com você daquele jeito isso foi a última coisa que passou pela minha cabeça!

Finalmente o olhou e ele parecia surpreso demais para dizer qualquer coisa.

-- Só me lembrei da poção alguns dias depois que voltamos para casa, quando as meninas vieram me procurar para dizer que também haviam esquecido.

-- Isso significa?! – falou ainda surpreso como se precisasse ouvir toda a informação para acreditar nela.

-- Estou grávida! Você me ....

Mas o pedido de perdão morreu em seus lábios quando ela viu o sorriso que seu marido estava lhe dando. Não era um sorriso luminoso ou enorme, mas era o mais sincero que ela já havia visto no rosto de seu sisudo esposo. Ele se levantou trazendo Hermione nos braços e a colocou delicadamente sobre a cama, então acariciou a barriga ainda inexistente.

-- Você tem certeza?

-- Absoluta! Fizemos o feitiço de confirmação hoje a tarde.

Ele a abraçou forte e a beijou com paixão. As carícias estavam se tornando mais quentes quando ele parou.

-- Nós podemos fazer isto? – perguntou preocupado

-- Com certeza nós podemos! – ela respondeu ainda de olhos fechados.
Ele não perdeu mais nenhum minuto.

~~~ // ~~~

Já era tarde da noite quando Remo finalmente deitou-se ao lado da namorada. Ele achou que ela estava dormindo e por isso foi cuidadoso ao abraçá-la. Mas assim que percebeu a presença dele ela se virou e lhe deu um beijo.

-- Achei que você estava dormindo – falou assim que se desvencilhou dos lábios dela.

-- Não consigo mais dormir sem sentir você perto de mim – disse acariciando o peito dele. – De qualquer forma preciso te falar algo importante. – fez uma cara séria.

Ele não acreditou naquela conversa, puxando-a pela cintura voltou a beijá-la enquanto a acariciava sedutor. Somente quando desviou os beijos para o pescoço dela é que Tonks conseguiu algum controle para tentar pará-lo.

-- Remo .....

-- Sim, meu amor – falou sem parar de acariciá-la.

-- Você lembra quando nós voltamos a namorar no ano passado e eu disse que queria tentar ter um filho?

Ela havia conseguido a atenção dele. Claro que ele lembrava! A primeira gravidez de Nimphadora havia sido uma completa surpresa para ambos, mas ele havia ficado verdadeiramente triste quando ela perdeu o bebê. Só que quando voltaram a namorar estavam no meio de uma guerra e ele sabia que não conseguiria deixar Tonks de fora, portanto os planos de um herdeiro teriam que ficar para depois.

-- Porque você está perguntando sobre isso agora? Nós não precisamos ter pressa, podemos fazer tudo na ordem certa!

-- E esta seria? – sentou-se e o olhou sem conseguir disfarçar totalmente a ansiedade.

-- Comprar uma casa, nos casarmos – sorriu para ela.

Tonks suspirou

-- Remo, eu sinceramente não me importo com o que os outros possam falar – ele a olhou interrogativo – mas sei que você se importa, então se você quiser evitar comentários, não poderemos esperar muito para casar.

Ele também se sentou e balançou a cabeça tentando por as idéias em ordem.

-- Nym...

-- É isso mesmo – falou nervosa torcendo as mãos. – estou grávida! – olhou-o com aquela cara de criança que fez besteira.

-- Como isso aconteceu?

-- Remo!!

-- Não foi isso que eu quis dizer – corrigiu-se rápido. Afinal aquela era uma pergunta ridícula considerando que eles transavam com uma freqüência significativa há quase um ano. – Mas você não estava tomando a poção mensal que Hermione estava fazendo?

-- Hum... deveríamos ter tomado alguns dias depois da batalha, mais com o Snape entre a vida e a morte não foi algo com que Mione se preocupasse e nós também esquecemos. – falou sem olhá-lo envergonhada de ter novamente posto ambos naquela situação delicada – Você está bravo comigo? – perguntou mais baixo.

-- Claro que não, meu amor! – beijou-a delicadamente. Então como que se lembrando de algo parou e perguntou alarmado – Você disse que nenhuma de vocês se lembrou da poção?

Ela confirmou com um aceno já imaginando a conclusão que a mente rápida dele havia chegado.

-- Acho que amanhã Harry vai precisar de todo apoio que pudermos dar para ele.

-- Certo – suspirou resignado, não poderia fazer nada a esta hora, mas amanhã teria que pensar em como estar ao lado de Harry quando ele fosse enfrentar aquela horda de Weasleys.

Abraçou novamente a futura mãe de seu filho e a beijou apaixonadamente.

-- Nym – ela sorriu enquanto o olhava – Você quer se casar comigo?

-- É tudo que quero Remo. – respondeu antes de beijá-lo de forma a fazê-lo esquecer qualquer outra coisa além dela.

~~~ // ~~~

Poucos minutos antes das sete horas daquela noite Remo e Harry aparataram nos jardins da Toca. O garoto-que-sobreviveu duas vezes estava mais nervoso do que nunca estivera em toda a sua vida. Quando Gina lhe contara a “novidade” mais cedo a primeira vontade dele foi a de aparatar para o lugar mais longe possível da Toca, em seguida se deu conta de que essa não seria a atitude de um Grifinório e que ele não poderia fazer isso com a namorada. Afinal haviam feito aquele filho juntos, teriam que encarar as conseqüências também juntos.

Respirou fundo e sentiu Remo apertando seu ombro para lhe dar forças.

-- Vai dar tudo certo, Harry. – ele apenas concordou com um breve aceno e entraram.

-- Harry, Remo! Que surpresa vocês aparecerem aqui – disse Molly abraçando ambos. – Arthur, venha. – guiou seus convidados para a sala de jantar.

O Sr. Weasley apareceu vindo da cozinha e Gina desceu rápido pelas escadas, tropeçando no último degrau e quase caindo. Harry a amparou no último segundo.

-- Está tudo bem? – perguntou ansioso pousando de leve sua mão na barriga dela. Ela concordou com um aceno.

Aquilo não passou despercebido a uma atenta Srª Weasley. Porém em seguida Harry se postou de frente para os futuros sogros e passando um braço protetor em torno da cintura da namorada disse.

-- Sr e Srª Weasley eu gostaria de pedir Gina em casamento.

-- Casamento? Mas Gina é muito nova – respondeu rapidamente Arthur – nem terminou a escola ainda. Vocês são jovens, não precisam ter pressa. – Ele olhou para a esposa esperando que ela lhe apoiasse, mas Molly não havia desgrudado os olhos de sua filha.

-- Sr Weasley, sinto discordar do senhor, mas sendo Gina filha do Ministro da Magia e eu sendo quem sou – ele não pode evitar corar ao dizer isso – temo que se demorarmos para nos casar isso se torne um escândalo.

-- Não estou entendendo, Harry. O que pode ser um escândalo? – olhou novamente para a esposa.

-- Vocês já confirmaram isso? – perguntou Molly para sua filha. A garota apenas confirmou com um aceno.

-- Confirmaram o que? – O Sr Weasley perguntou um pouco alarmado. Afinal o que todos sabiam que ele não?

-- Gina está grávida! – disse Harry em um sopro.

Tudo em seguida aconteceu como em um rodamoinho.

-- Gina o que? – Perguntaram ao mesmo tempo Rony, que chegava pela lareira, e Fred que havia acabado de aparatar junto com seu irmão gêmeo na sala.

-- O que você fez com a minha irmã? – perguntaram também juntos Jorge, ao lado de Fred, e Carlinhos que entrava pela varanda junto com Gui.

Harry suspirou, “porque todos tinham que chegar juntos e naquele momento crítico?” – Perguntou-se em silêncio. Ele realmente não tinha muita sorte!

A confusão estava armada, todos falavam ao mesmo tempo. Gui teve que segurar Carlinhos que queria partir para cima de Harry, enquanto Remo tentava falar algo com Arthur que apenas balançava a cabeça atônito demais para reagir.

-- Todos calem a boca! – gritou Molly, conseguindo finalmente silêncio – Como isto aconteceu Gina? – perguntou ainda brava – E não me venham com gracinhas – disse para o lado onde estavam os gêmeos e Rony de onde havia vindo uma risadinha.

-- Eu estava tomando uma poção anticoncepcional mensal que Mione estava fazendo, mas com a doença do Prof Snape ela não fez a dose deste mês e aí... – não mais conseguiu segurar as lágrimas.

-- Droga Harry! Você falou que estavam seguros – disse Rony acusadoramente para seu melhor amigo.

-- Você sabia?! – perguntou Carlinhos chocado – Sabia que esse cara estava.... estava.... fazendo aquilo com a nossa irmã e não fez nada? – agora ele estava mudando seu foco de atenção e queria partir para cima do irmão mais novo.

-- Qualé Carlinhos?! Só porque Gina é sua irmã ela tem que ir para um convento é? – Disse Tonks chegando por flu e assustando o ex-colega permitiu que Gui retirasse a varinha dele.

Em seguida a auror teve uma vertigem e colocou a mão sobre a barriga nauseada. Remo correu para ampará-la.

-- Odeio flu! Espero que o curandeiro me libere logo para aparatar.

-- Você também? – perguntou um dos gêmeos.

-- A origem da poção era a mesma. – deu de ombros.

“POP” e Hermione passou correndo por todos e subiu para o andar de cima.

-- Boa noite – falou Severo formal – desculpe a intromissão Ministro, mas Hermione fez questão de saber como estavam todos.

-- Boa Noite Sr e Srª Weasley – disse ela já descendo as escadas, porém ainda um pouco pálida – desculpem entrar assim, mas estou enjoando muito hoje. Tudo bem Gina? – perguntou se aproximando da amiga.

A ruiva apenas concordou com um aceno.

-- Hem, Hem – fez Harry sobressaltando alguns, porém conseguindo a atenção de todos. – Sr Weasley eu já lhe disse uma vez, Amo Gina. – e então virando-se para os outros cinco Weasleys – Nunca quis faltar com o respeito a ninguém, Gina é a pessoa mais importante do mundo para mim. Nunca estive com ela para passar o tempo ou para me divertir.

-- É claro que não Harry – Gina alarmou-se – E se alguém aqui acha isso pode deixar...

-- Calminha Gina! – falou dando-lhe um selinho e novamente acariciando a barriga dela. Ela bufou, mas calou-se.

-- Sei que tudo está acontecendo rápido demais, mas não tenho dúvidas que quero me casar com Gina e não apenas pelo bebê, e sim porque sempre foi isso que nós quisemos desde que começamos a namorar.

Os irmãos da moça estavam calados, Hermione e Tonks estavam ao lado de seus pares aguardando.

-- Gostaria de pedir Gina em casamento a todos vocês.

-- Certo Harry – disse Rony se adiantando e esticando a mão em cumprimento – você pode casar com a minha irmã.

Os gêmeos também se adiantaram e apertaram a mão do futuro cunhado.

-- É isso que você quer? – Gui perguntou para a irmã – Ficar com ele para toda a vida?

-- Sem dúvida! – respondeu com um largo sorriso.

-- Então vocês têm o meu apoio – apertou a mão de Harry.

-- Pelo jeito sou voto vencido! – resmungou Carlinhos ainda emburrado – E você trate de fazê-la muito feliz ouviu?! – Harry concordou com um sorriso e Carlinhos apertou sua mão.

Ele finalmente virou-se para seu futuro sogro e atual Ministro da Magia da Grã-Bretanha. Este suspirou, mas sorriu em seguida.

-- Bem vindo a família Weasley, Harry.

Com um movimento de varinha Severo conjurou vários copos.

-- Um brinde aos noivos! – Todos se aproximaram para fazer o brinde – Para as senhoras suco de abóboras – avisou

-- Aos noivos! – Rony puxou o coro.

-- A todos eles! – responderam os outros.

******************* Fim do Flashback *********************

Remo e Severo também ficaram sérios com a lembrança, Gina corou e os cabelos de Tonks que estavam loiros ficaram vermelhos como os dos Weasley. O que quebrou o clima foi a chegada de “ceminorista”, aquela mocinha que organiza a cerimônia, avisando que a noiva já estava chegando. Os cinco a seguiram.

Apesar das confusões e dos muitos “obliviates” necessários nos convidados trouxas dos pais de Hermione, o casamento foi lindo. A noiva estava perfeita em seu vestido branco.

-- Esse vestido é muito sem graça. Não tem cor nenhuma! – comentou Fleur chateada.

O pai da noiva não cabia em si de felicidade por poder levar sua única filha ao altar. A Srª Granger entrou acompanhando Severo. Os padrinhos da noiva foram Harry e Gina e os do noivo Remo e Tonks.

A festa foi de arromba. Ao final os gêmeos Weasley, já bêbados soltaram uma caixa tamanho gigante de fogos de artifício. Sorte deles que agora o pai era ministro, senão com certeza teriam sido presos.

Uma semana depois aconteceu o casamento conjunto de Harry e Gina, Remo e Nimphadora. Este foi nos moldes bruxo, realizado nas terras de Hogwarts e com a festa no salão de baile da casa dos Snape em Hogsmead. Apesar de mais uma caixa de fogos de artifício houve muito menos confusão.

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Mais alguns meses se passaram. Em uma madrugada gelada de dezembro encontramos dois homens que andavam nervosos pelo saguão do St Mungus. Um jovem tinha pouco mais de dezoito anos, cabelos negros e rebeldes, olhos incrivelmente verdes e óculos que teimavam em correr pela ponte do nariz. O outro já maduro se aproximava dos quarenta, cabelos igualmente negros, porém lisos que lhe caiam no rosto muito pálido. Usava uma capa que ondeava a cada passo.

Eles já estavam nesse passeio há cerca de uma hora quando um outro casal chegou. O homem também maduro amparava sua esposa ainda jovem que tinha cabelos negros, porém assim que se aproximaram da recepção, ela parou levando a mão ao ventre volumoso e com uma careta de dor seus cabelos se tornaram verde abacate.

Severo e Harry trocaram um olhar e correram para ajudar Remo e Tonks. Logo uma curandeira levou a mulher para a maternidade e Lupin se juntou aos outros dois em seu passeio pelo saguão do hospital.

Para eles pareceram séculos, porém em algumas horas a curandeira veio chamar os três papais. Nunca havia acontecido nada parecido, os três bebes haviam nascido exatamente ao mesmo tempo. As três mamães estavam na mesma enfermaria e era impossível dizer quem estava mais feliz.

Harry e Gina tiveram um menino com os cabelos negros e rebeldes e os olhos castanho-esverdeados. Ele era uma miniatura perfeita de seu avô. Chamou-se Thiago Weasley Potter.

Severo e Hermione tiveram uma menina que tinha os olhos cor-de-mel como a mãe e os cabelos negros do pai. Chamou-se Lílian Granger Snape.

Remo e Nimphadora tiveram um menino que tinha os olhos negros dos Black, e os cabelos castanhos quase alourado como os do pai. Chamou-se Sírius Tonks Lupin.

Os três casais, que agora eram muito amigos, trocaram os filhos em batismo. Thiago Potter era afilhado de Remo e Hermione. Sírius Lupin de Severo e Gina e Lílian Snape de Harry e Nimphadora.

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Os anos se passaram, as crianças cresceram juntas, Thiago e Sírius pareciam reencarnações daqueles de quem herdaram seus nomes, aprontavam o tempo todo. Lílian era bem mais tranqüila, e como os dois garotos a ouviam ela era o ponto de equilíbrio e o limite do trio. Quando os três estavam com onze anos foram para Hogwarts.

O chapéu seletor não teve dúvidas, colocou Thiago Potter e Sírius Lupin na grifinória – com era de se esperar. Mas Snape quase enfartou – nesse dia ele provou que seu coração era mesmo muito forte – quando ao encostar-se à cabeça da pequena Lílian Snape o chapéu gritou: Corvinal!

Alguns dias depois o chapéu conseguiu explicar a um Severo ainda inconformado que quisera colocar Lílian Evans e Hermione Granger na Corvinal, mas sabia que ambas seriam influências importantes para os Potter e esses eram sempre Grifinórios. Agora não precisava mais interferir na vida de Lílian Granger, o futuro apenas a ela pertencia....

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Obrigada a todos que tiveram a paciência de esperar pelo epílogo. Mas não parem agora corram para o próximo que é o de agradecimentos.

Quem gostar de outros ship dêem uma passadinha nas minhas outrs Fics Tem Snape/ Lilly, Remus/Tonnks, Sírius/ Hermione, Remus/ Hermione. É só olhar no meu perfil.

Uma beijo grande

Diana Black

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