Como Prometido: A verdade!



Hermione bebeu todo o cálice de um só gole e se sentiu melhor imediatamente.

-- Gina a porta, Prof Lupin pegue a varinha dele e desfaça o feitiço, por favor.

A ruiva virou-se para a porta e elas se fecharam e trancaram. Ao mesmo tempo Lupin retirou a varinha de Harry de suas mãos e murmurou “Finite Incantem”.

O rapaz queria explodir com Hermione, ia começar a gritar quando ela o olhou com lágrimas nos olhos e disse, ainda com a voz fraca.

-- Desculpe, Harry. Eu sabia que você não iria entender. Não podia te contar, não até que tudo estivesse terminado.

Ele não tinha mais o olhar vidrado de ódio, mas ainda estava muito irritado.

-- Desde quando, Mione? – aproximou-se e sentou perto dela.

-- Desde uma semana antes de virmos para Hogwarts – descansou a cabeça e fechou os olhos.

-- O que?!! – disseram Harry e Remo juntos.

Desta vez ela havia conseguido surpreender até mesmo Lupin.

-- Eu fui para o Largo Grimmauld para poder falar com ele. Sabia que lá era seguro para nós dois, mas precisava estar sozinha. Ninguém mais acreditava nele – Respondeu olhando para o professor de DCAT tentando explicar-se.

-- Mas Hermione – Lupin se aproximou falando calmamente. Harry ainda parecia chocado demais – como você o encontrou para combinar esse encontro no Largo Grimmauld?

Ela não chegou a responder, pois Tonks bateu na porta e entrou após esta ser destrancada por Gina. Avisou que Snape já fora embora. Segundos depois entraram Rony e McGonagal, esta não conteve o sorriso ao ver Hermione consciente. Aproximou-se.

-- Dumbledore me disse que você irá nos contar tudo e que essa é a verdade. Quando você se sentir bem, claro.

-- Estou bem agora – sorriu de volta – posso falar. Afinal prometi, não foi Harry? – olhou para o amigo que ainda estava irritado – que quando voltássemos eu contaria tudo. Então por favor, sentem-se – Respirou fundo e começou.

-- Vocês lembram que desde o início eu não me conformei com aquela história de Severo... – Harry sentiu o estômago revirar ao ouvi-la chamar Snape pelo primeiro nome. Rony fez uma careta – ... ter matado o Prof Dumbledore? Pois então, na noite da reunião quando Harry falou que uma única pessoa não poderia substituir o Professor as coisas se encaixaram para mim. Ele era o único que conhecia todas as missões e provavelmente esse plano só os dois conheciam. Tive certeza de que Severo era inocente. Naquela noite ele veio e falou comigo em sonho. Contou-me tudo.

-- Como ele entrou em seu sonho? – Lupin a interrompeu.

-- Logo eu explico – corou de leve, sorriu e continuou – No dia seguinte eu fiquei pensando se aquele sonho teria ou não sido verdade. Pedi para analisar os relatórios feitos no ano anterior e percebi que os dele não falavam nada.

-- Eram completamente inúteis – desta vez foi Tonks que interrompeu – Não tinham nenhuma informação aproveitável – Fez um muxoxo.

-- Exatamente. Relatórios que não diziam nada sobre coisa alguma, não tinham conteúdo, eram feitos para que ninguém prestasse atenção. Não combinava com o Prof Snape que conhecíamos. Um homem prático e inteligente. As informações que ele conseguia passava direto para o Prof Dumbledore, os relatórios eram só para despistar – Tonks e McGonagal a olhavam espantadas – Cada vez eu tinha mais certeza, não havia sido um sonho comum, mas ainda não conseguia entender como ele havia entrado nele. Quando fomos ao Beco diagonal, ele me encontrou na botica e me entregou um bilhete dizendo que não havia sido sonho e que precisava me encontrar novamente.

Nesse momento ela baixou os olhos, corou. Quando falou sua voz era triste.

-- Desculpe Rony. – olhou para o amigo – Você tinha razão, eu terminei o namoro porque...

-- Não! – Rony levantou-se balançando a cabeça.

-- Eu me apaixonei por ele – sua voz continuava baixa, seus olhos marejaram – Tinha certeza de que era platônico, mas não poderia continuar com você. Era melhor ficar sozinha do que fingir que estava tudo bem entre nós.

Algumas lágrimas correram pelo rosto dela. Ela as enxugou rapidamente, continuou contando, mas sua voz ainda estava triste.

-- Depois da nossa briga tive a idéia. Eu iria para o Largo Grimmauld, ele ainda podia entrar lá. Teria que convencer todos a me deixarem sozinha. Como seria lua cheia e Tonks estava de serviço foi mais fácil. Ele foi lá uma semana antes de voltarmos a Hogwarts. Contou-me os planos de Dumbledore, ele sabia tudo sobre as Horcruxes e o que precisaríamos fazer.

-- Foi difícil controlar meus sentimentos, não queria deixá-lo perceber o que se passava comigo. Sempre achei que ele me odiava e que se descobrisse que eu estava apaixonada iria se afastar ou me humilhar e talvez acabasse com a chance de dar continuidade ao plano do Prof Dumbledore – Respirou fundo e fechou os olhos. Madame Pomfrey lhe deu outro cálice fumegante.

-- Só que durante a conversa percebi que ele também agia diferente – ela sorriu e seu rosto se iluminou – Ele finalmente me beijou – ruborizou e desviou os olhos – McGonagal espantou-se, Harry e Rony bufaram de ódio. Os outros apenas sorriam.

-- Não foi nada fácil. Acho que ele andou fazendo um curso expresso com o Prof Lupin, do tipo sou mais velho, muito perigoso – Remo sorriu constrangido e Tonks soltou uma gargalhada – Só que às vezes não ser Grifinório ajuda – ela sorriu, os outros pareciam não entender – acho que ele resolveu mandar tudo pro inferno e raciocinou que eu podia ser muito mais nova, mas não era mais uma criança e também... – virou-se para Lupin – havia a história do sonho que não saia da minha cabeça – ela corou mais que das vezes anteriores.

-- Ele havia percebido que estava apaixonado por mim desde o fim do nosso quinto ano. – Todos a olhavam assustados e Minerva tinha novamente uma expressão de fúria no rosto – Ele escondeu de todos, mas o Prof Dumbledore percebeu e foi aí que concluiu que o plano daria certo.

-- Como assim, “o plano daria certo”, Hermione? – Harry continuava irritado.
Hermione respirou fundo novamente, nem estava sendo tão ruim quanto ela imaginava.

-- Dumbledore sabia que Draco deveria tentar matá-lo e que quando não conseguisse Severo deveria fazê-lo ou morreria devido ao voto Inquebrável que havia feito com Narcisa Malfoy.

Apenas Rony e Harry sabiam sobre a estória do voto, os outros prenderam a respiração.

-- Severo não teve escolha – defendeu – Bellatrix o confrontou, se ele não fizesse o voto poria em risco seu disfarce de espião. Depois ele veio contar a Dumbledore e o Prof o convenceu a matá-lo, já que ambos concordaram que Draco não conseguiria. Desta forma não haveria dúvidas da fidelidade dele a Voldemort. Só que havia uma falha no plano.

-- Claro! Se só os dois sabiam a Ordem o condenaria e ele não teria para quem passar as informações que conseguisse. – Remo estava raciocinando.

-- Exato! – concordou Hermione – mas esta falha foi suprimida quando o Prof Dumbledore descobriu a paixão que Severo nutria por mim e concluiu, não me pergunte como coisas do Prof Dumbledore, – disse dando de ombros – que eu seria a única a não acreditar na culpa dele sem investigar a fundo. Quando eu aceitasse que ele era inocente o contato através dos sonhos poderia ser realizado. Tanto que isso só pode acontecer após a reunião da ordem.

-- Certo! Ele te contou tudo isto e você acreditou nele, Hermione! Acreditou nele, mas não em mim – Harry ainda não estava convencido. Todos os outros, exceto Rony pareciam prestes a dar a Snape a ordem de Merlin primeira classe.

-- Ok, Harry, eu estava apaixonada, seria fácil me enganar. Mas a história dele respondia questões de forma muito mais racional que a sua. Então, quando voltamos a Hogwarts eu tive as provas para as dúvidas que eu NÃO tinha.

-- Que provas? – Harry a olhava cético.

-- A sua carta – Hermione o olhava fixamente – O prof escreveu “... nunca me enganei na avaliação que fiz das pessoas” era dele que o professor falava, Harry. Severo foi leal a ele até para cumprir um pedido como o de matá-lo.

-- Leal, Hermione! Como, leal? Dumbledore suplicou, eu vi, ele pediu “Severo,.... por favor” – Harry levantou-se irado, derrubou a cadeira.
McGonagal foi às lágrimas com essa lembrança.

-- Sim, Harry, o prof Dumbledore suplicou. Suplicou que Severo fizesse o que eles haviam combinado. Você lembra da discussão que Hagrid ouviu na floresta? Severo estava dizendo a Dumbledore que não faria o que ele estava pedindo, nós é que concluímos errado – Harry a olhou surpreso – Você mesmo disse, desde que voltaram a Hogsmead o Prof Dumbledore só pediu para você levar Severo até ele. Quando eles se encararam por instantes, conversaram por Legilimência, Dumbledore lhe avisou que a poção da caverna era muito forte e que ele não teria mais que alguns minutos. Se Dumbledore morresse pela poção, Severo morreria por quebrar o voto. Perderíamos ambos. Mesmo assim Severo hesitou e então Dumbledore suplicou.

Harry sentou-se outra vez. Tinha a cabeça entre as mãos, todo o ódio que sentia por Snape estava sendo retirado de dentro dele. Ele sentia um enorme vazio.

-- De qualquer forma a minha carta também comprovava tudo. O resto acho que vocês podem deduzir. Severo vem me passando informações todo esse tempo e através dessas nós chegamos as Horcruxes. Ele sugeriu Remo para acompanhar Harry na outra busca, pois sabia que você – olhou para o professor – seria o único a sobreviver às cobras.

Remo concordou com a cabeça, não parecia ter raiva de Snape por isso. Tonks bufou e cruzou os braços. O professor sorriu para ela e lhe fez um carinho.

-- Mas, Mione porque ele deixou você ir esta noite se sabia o que podia ter lá. Deveria ter te protegido! – Agora era Rony que estava irritado, suas orelhas estavam muito vermelhas – Que diabo de amor é esse que coloca você em perigo?! – estava inconformado.

-- Rony, foi o amor dele que me salvou – esticou a mão esquerda para que todos vissem a aliança em seu dedo anelar – McGonagal, Madame Pomfrey, Gina e Lupin prenderam a respiração.

-- Oh! Sim e eu sou testemunha – Tonks sorria abertamente – agora não tem mais volta, Mione querida – Todos a olhavam curiosos – Você sua danadinha, ainda desencalhou antes de nós. Viu só Gina nos passou a perna – falou dando um tapinha no braço da ruiva que também sorria abertamente.

-- Co-como as-assim? – Rony tinha os olhos arregalados e olhava da mão de Hermione para Tonks e dela para Lupin como se pedisse para alguém explicá-lo o que significava aquilo.

-- Há três formas de realizar um casamento bruxo – começou Remo ainda sem acreditar muito no que dizia – A mais comum é como foi o de Gui e Fleur com um Juiz-bruxo. A outra é com a troca de alianças no momento da primeira entrega de um ou de ambos os parceiros – parou por um momento.

-- E a terceira – Quis saber Rony, ainda incrédulo.

-- Isso é uma maldição das trevas muito antiga e poderosa, poucos sabem de sua existência e menos ainda sabem que existe e como realizar a contra maldição. O Bruxo amaldiçoado é aprisionado em um local de semi-morte – olhou para Hermione e ela concordou com a cabeça enquanto se abraçava como se sentisse um frio repentino e estremeceu – a contra-maldição deve ser realizada por aquele que possua o amor verdadeiro, ao realizar a magia o amor é colocado a prova e então se for puro a maldição é desfeita e como “premio” o bruxo recebe de volta o ser amado, neste momento o vínculo firmado é definitivo. Se o amor não for verdadeiro e puro o feiticeiro também é aprisionado. No momento do feitiço deve haver troca de sangue.
Olhou para Tonks e ela confirmou com a cabeça. Remo olhou de volta para Hermione e um sorriso maroto surgiu em seus lábios.

-- Parabéns, Srª Snape. – Hermione corou furiosamente.
Harry e Rony pareciam que iam ter um ataque.

-- Acho que não há mais dúvidas. – falou McGonagal – Severo Snape é inocente – respirou resignada.

-- Sim Diretora, mas não podemos divulgar isto ainda – todos a olharam assustados. Ela continuou sem se abalar – Precisamos dele para espionar Voldemort e ainda falta destruir a última Horcrux. Se algum comensal souber – Olhou diretamente para Rony e Harry – ele correrá risco e não teremos chances de vitória.

Todos concordaram com ela e Harry e Rony, apesar de nada felizes com a união entre ela e Snape, não podiam mais questionar a lealdade dele. Todos se levantaram para sair. Hermione segurou a mão de Harry e falou rapidamente para Gina:

-- Traga para mim o meu presente – e a olhou significativamente. A amiga sorriu e concordou com a cabeça.

Hermione então falou para Harry:

-- Queria lhe falar mais duas coisas – os outros continuaram a sair. Madame Pomfrey trouxe mais um cálice fumegante que Hermione tomou sem reclamar. Harry sentou-se novamente. – Você acredita em mim? – perguntou-lhe já se virando para pegar a carta de Dumbledore. Harry concordou com um aceno da cabeça. Ela abriu a carta e falou – Eu amo Severo Snape. – Harry franziu a testa. Ela lhe estendeu a carta – agora diga que acredita em mim. – Harry pegou a carta vendo apenas a mesma introdução da outra vez.

-- Eu acredito em Hermione Granger. – disse e viu com espanto as frases aparecerem no pergaminho que em seguida leu. Fechou-a e devolveu a Hermione que a guardou. – Eu já havia acreditado em você, mas mesmo assim obrigado por me mostrar a carta. Essa história é muito louca, mas.... – respirou resignado – E a segunda coisa?

-- Oh! É sobre... – Hermione começou lentamente

-- Minha mãe? – interrompeu-a. Estava um pouco ansioso – eu o ouvi dizer o nome dela.

-- Era esse o segredo que dava a Dumbledore a certeza de que Severo estava do nosso lado – Harry tentou manter o rosto impassível, mas via-se a curiosidade em seus olhos – Eles foram apaixonados, Harry, chagaram a namorar por um período – Harry tentou se levantar, mas Hermione o impediu.

-- Como assim?! Ele a odiava, eu o vi a chamando de sangue-ruim na penseira, e ele era ligado às artes das trevas. Como a minha mãe ia querer algo com um sonserino ligado às artes das trevas?

Ele não podia acreditar. Hermione se apaixonar por Snape já era algo difícil, mas aceitar que a sua mãe também foi apaixonada por ele era demais para Harry.

-- Como ou porque ela se apaixonou nós nunca vamos saber, mas sobre o namoro, pelo que ele me contou foi algo que toda Hogwarts comentou, então Remo poderá confirmar – Harry ainda estava irritado, não queria pensar nesse assunto. – E sobre ela como Grifinória se apaixonar por um Sonserino – ela mexeu displicente no pingente e só neste momento Harry reparou na jóia – já descobrimos que isso é possível – O olhava sorridente. O rapaz pegou o pingente nas mãos e o olhou mais de perto.

-- É mesmo muito bonito, Mione. Até eu tenho que reconhecer que ele teve bom gosto – Hermione abriu um sorriso tão lindo que poderia iluminar o ambiente. Ela o abraçou e ele retribuiu o carinho.

-- Continuando – enxugou uma lágrima que queria correr – No sexto ano deles, Severo notou o interesse de sua mãe por ele e a escola inteira sabia que seu pai era louco por ela. Então...

-- Eu não acredito, Mione! – disse surpreso – Ele fez isso só para “sacanear” o meu pai?

-- No início sim – concordou com um aceno – mas logo ele se apaixonou por ela também – Harry a olhou interrogativamente – Não foi fácil, ele já estava muito ligado as artes das trevas. Mesmo assim eles ficaram juntos por quase seis meses. Um dia tiveram uma briga e logo depois ele foi a uma reunião de comensais. Estava com raiva e quando Voldemort ofereceu dele se tornar Comensal ele aceitou.

-- Ele preferiu se tornar um comensal, seguir Voldemort a ficar com... – Harry estava chocado.

-- A mulher que ele amava – Hermione concordou novamente – isso mesmo. Pelo que ele me contou, e acho que Remo também pode confirmar isto, ela ficou muito mal, e nessa época o seu pai se aproximou e terminou conquistando ela.

Harry estava mais pensativo. Isso faria sentido com o que Sírius havia lhe contado de que seu pai só havia começado a sair com sua mãe no sétimo ano.

-- Ele quase morreu de ciúmes quando eles se acertaram e então decidiu que nunca mais iria amar – continuou Hermione – se tornou um verdadeiro comensal. Na noite em que a prof Trelawney fez a profecia, Severo ouviu parte dela e contou a Voldemort. Algum tempo depois Ele reuniu os comensais dizendo que havia dois candidatos a ser o garoto da profecia: Você e Neville – Harry concordou, sabia dessa parte da história – Quando ele soube que Voldemort tentaria matar o filho de Lílian, percebeu que ela estava em perigo. Sabia que ela nunca entregaria você. – Respirou fundo, Harry nem piscava.

-- Severo procurou Dumbledore, contou tudo, entregou sua varinha e se dispôs a se entregar ao Ministério.

-- Ele se entregou?! – disse surpreso – Ele sabia que iria mofar em Azkaban, mas mesmo assim se entregou! – Harry quase não acreditava.

-- Sim. – confirmou Hermione sorrindo – Dumbledore acreditou na sinceridade dele e preferiu que ele voltasse para o lado de Voldemort e servisse como espião. Para o lado de lá ele disse que havia enganado o Diretor e que o estava espionando. Voldemort nunca confiou plenamente em ninguém, então quando vocês foram postos em segurança ele teve certeza de que havia um espião entre eles e nunca revelou a fonte que tinha próximo aos Potter.

-- Rabicho! – Harry falou com raiva.

-- Quando Voldemort atacou vocês naquela noite e Lílian morreu Severo se sentiu péssimo, culpado e claro que tinha culpa. Tentou se redimir, mas não evitou a morte da única mulher que amou em toda a sua vida – Harry a olhou intrigado – até me conhecer, claro! – Ela sorria para ele e diante do olhar dele completou – Eu sei, ele nunca confessou, mas eu sei que em muitas coisas ele me compara a ela. Talvez tenha sido essa “semelhança” que tenha tocado o coração frio dele. Hoje não tenho dúvidas, ele ama a mim – sorriu novamente.

Harry também sorria, não podia ficar com raiva dela, por mais incrível que toda a aquela história fosse Hermione estava certa “mais uma vez”. Pegou uma mecha dos cabelos dela e pôs atrás de sua orelha.

-- Mione, porque ele sempre me odiou? – parecia que só agora Harry pensava que na verdade desde o início era Snape que o atacava, ele apenas se defendia e depois passou a aceitar a idéia de que odiava o professor e pronto.

-- Eu perguntei isso, ele não soube ou não quis me responder, mas sabe o que eu acho? – Harry concordou para que ela continuasse – eu acho que ele via em você tudo o que ele poderia ter tido e jogou fora. Acho que você só aumentava a culpa que ele sentia pela morte da sua mãe – ele a olhava interrogativamente – Pense Harry se ele tivesse continuado com ela, você não teria nascido, Voldemort não tentaria matá-lo e Lílian não teria morrido.

-- Caramba Hermione! Você tem certeza que entende mesmo o seu... – Harry parecia em dúvida em como se referir ao ex-professor de poções. Ela lhe sorriu e fechou os olhos. Ele falou fazendo um muxoxo de desagrado – Marido.

-- Você está até parecendo o Rony quando tem ataques de ciúme da Gina – Falou sorrindo.

-- Mione! – e o pior é que era isso mesmo. A abraçou novamente – Agora é melhor você descansar – deu-lhe um beijo no rosto e levantou-se para sair.

-- Harry!! – ele se virou novamente – Conversa com o Rony, ok! – Harry concordou e saiu. Hermione dormiu em seguida.


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Eu sei que o capítulo está pequeno, mas como já disse os dois anteriores e esse quase que seriam um único capítulo só que assim ficaria grande demais. Nesse dá para entender quase tudo, não é? No próximo ainda tem algumas explicações, mas só confirmam suspeitas dos anteriores.

Muito obrigada pelas palavras de apoio de todas, pode parecer que não, mas qualquer apoio nesses momentos é bem vindo. Sei que só o tempo para diminuir a tristeza, mas saber que tem gente pensando em mim e querendo o meu bem já dá um ânimo. Muito obrigada e um beijo a todas.

Diana Black

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