Harry e Gina



O tempo estava voando. Já era 3ª feira quando Harry lembrou que teriam uma reu-nião na ordem da Fênix.

A festa de casamento havia terminado bem. Claro que os gêmeos levaram a tradi-cional Grande Bronca da Srª Weasley e de suas namoradas: tinham soltado a caixa de fogos errada ao final da festa, completamente bêbados. No dia seguinte ainda haviam dragões sobrevoando a propriedade dos Weasley. Rony e Hermione apareceram horas depois do mico na pista de dança com grandes sorrisos e de mãos dadas. Apenas um grande observa-dor notaria que o de Hermione estava menos radiante do que o de Rony. Felizmente neste momento os gêmeos já haviam ultrapassado o PEI ( Ponto Etílico Ideal ).

Harry não pôde deixar de perceber que apesar do ar de preocupação nunca havia visto o olhar de Remo tão brilhante. Tonks usava seus “clássicos” cabelos cor-de-rosa chi-clete e o havia combinado com o tom de seu vestido. Apenas no fim da festa Harry ficou sabendo que Lupin havia se mudado para a casa da auror há menos de uma semana. Claro que quem lhe havia contado a novidade havia sido a própria moça já que Harry jamais ima-ginaria o Professor Lupin contando a todos que estaria morando na casa da namorada. Har-ry ficou muito feliz com a novidade, “este namoro estava fazendo muito bem a ambos”.

Tonks contou a Harry que após a morte de Sírius, Remo havia terminado o breve namoro deles com aquelas desculpas bobas de que ele era velho demais, pobre demais e perigoso demais para ela e também que temia que os lobisomens do bando de Greyback descobrissem o relacionamento deles e tentassem algo contra ela. Ao contar isto a Harry o olhou com certa irritação dizendo “vocês homens tem essa mania de achar que estar com vocês é perigoso e que o fato de nos afastarem nos dará mais segurança. Sequer nos dão o direito de decidir se queremos ou não correr este risco”. Harry teve a nítida impressão que Tonks andara conversando com Gina, mas para seu alívio logo Lupin apareceu para acal-mar a fera dele (Tonks é claro) a levando para dançar. Harry ficou muito agradecido ao Professor, pois por uns instantes achou que a auror iria azará-lo.

Gina sumira cedo da festa. Harry perdeu o sono aquela noite imaginando se ela teria sumido com um daqueles moleques franceses convidados de Fleur e que não tiravam os olhos dela. “De sua Gina” – pensara irado – mas aquela vozinha irritante que falava com ele de dentro de sua cabeça dizia “Aham, agora tá com ciúmes?!”. A idéia sobre “aparatar cabeças” voltou a lhe parecer atraente.

Felizmente, logo na manhã seguinte, descobriu que Gina apenas havia saído cedo da festa e ido dormir. Sentiu um misto de felicidade e culpa e aquela vozinha continuava irri-tando-o dizendo – “deu sorte, meu amigo, uma hora dessas ela desiste de você”.

Pouco após o almoço Harry, Rony, Hermione e Gina (essa sob os protestos da Srª Weasley) seguiram para o Largo Grimmauld nº 12. Foram aparatando, já que agora Harry também já havia passado no teste (Tonks deu um jeito de convencer Scrimgeour a autorizar Harry a fazer o teste no dia seguinte a ter completado 17 anos. Rony ficou muito irritado já que teria de aguardar o próximo teste conjunto para realizar o seu). Harry levou Rony e Hermione levou Gina que estava indo apenas porque não poderia ficar a sós em casa. Harry passara a manhã preocupado. Achava que a reunião seria difícil. Seria a primeira sem o Professor Dumbledore.

Entraram na casa sem maiores complicações, agraciados pelo silêncio do quadro da Srª Black. “Isso é bom sinal?” perguntou Gina, rapidamente bombardeada por três “SHH-HHH”.

Observaram que estava tudo em ordem para a reunião da noite, o Sr Weasley traria bebidas e a Srª Weasley iria preparar um jantar após a reunião.

Subiram e observaram que estava quase tudo como quando Sírius ainda vivia lá. Harry seguiu para o quarto do padrinho e pensou no pouco tempo que conviveu com ele. Lembrou-se de como ele havia sido condenado sem direito a julgamento ou defesa. Por um segundo lembrou-se de Hermione falando de Snape, mas rapidamente afastou o pensamen-to. Snape era culpado. Harry o viu matar Dumbledore com uma maldição imperdoável en-quanto o ex-diretor estava fraco e desarmado, covardemente. Não havia como ele se defen-der disto. Lágrimas começaram a correr pelo seu rosto, sentia ódio de Snape. Sentia sauda-des de Sírius, a figura mais próxima de um pai que Harry lembrava ter tido. E também de Dumbledore que neste último ano havia se tornado para ele mais que um diretor bondoso, amava-o como a um avô.

Estava ali chorando quando ouviu a voz dela, e mesmo que ela não estivesse tão próxima quanto seu corpo desejava ele sentiu um arrepio.
-- Você ainda sente muitas saudades dele, não é?

Ele virou-se para olhá-la, não tinha vergonha das lágrimas que derramava por aque-les que haviam tirado dele. Não queria que ela estivesse ali agora, ele se sentia frágil e não sabia se poderia resistir a ela. Desviou o olhar e tentou dizer o mais friamente que conseguiu.

-- Gina, quero ficar sozinho, saia! – usou um tom imperativo, até grosseiro. Ela, porém, havia percebido que ele estava fraquejando e não iria ajudá-lo a afastá-la novamente. Fechou a porta e seguiu em frente.

Dentro de Harry ocorria uma guerra, sua razão, que incrivelmente hoje não tinha a voz de Hermione, dizia que ele deveria colocá-la para fora, que ele não devia fraquejar, que ele tinha de afastá-la para protegê-la. Seu coração, que hoje tinha a voz de Tonks, dizia que ele era um idiota de tentar afastar a garota por quem era apaixonado, a mulher de sua vida. Ouvia ele gritar “será justo você morrer tentando salvar o mundo bruxo, sem ter passado todo o tempo que podia junto a Gina ? Será justo com ela negar o seu amor?” Era verdade ele a amava, não queria que ela sofresse mas era exatamente este o sentimento. Há várias formas de sofrimento.

Gina estava parada a uma pequena distância dele fitando-o sem nada dizer. A razão de Harry gritava “ela esta muito próxima!! Cuidado”, “isto é arriscado”, “Aparata!”, “afaste-se dela”. Mas seu coração sorria, batia acelerado e dizia “Vamos! Agarra logo ela!”, “o que você está esperando, beija a garota”, “Você não é o eleito?, então pode protegê-la”, “esqueça Voldemort, esqueça tudo”. O coração de Harry parecia ter dobrado de tamanho e ocupava todo o seu peito, sua razão estava espremida a um canto de seu cérebro que naque-le momento estava entorpecido pelo perfume de Gina, pela presença dela.

Quase sem perceber pôs-se de pé, venceu a pequena distância que os separava e a beijou. Como sentiu saudades daquele beijo, da maciez daqueles lábios, daquele cheiro, daquela garota que ele tanto amava. Em algum lugar lá no fundo sua razão ainda tentava lembrá-lo dos riscos que Gina corria estando ligada a ele, mas então ela passou os braços em torno do pescoço dele e aprofundou mais aquele beijo com gosto de saudade. Sua razão havia levado um “estupefaça” e sumido em algum canto desconhecido de seu cérebro.

Não aconteceu muito mais do que aquele beijo, eles continuaram por mais de uma hora conversando dentro do quarto. Mais tarde Hermione contou a Harry que teve muitas dificuldades em “segurar aquele ruivo raivoso fora do quarto”, por várias vezes Rony ten-tou invadir o quarto (que não estava sequer trancado), e “evitar” que ambos “fizessem uma besteira”, usando as palavras do próprio Rony. Harry rira do ciúme do amigo, que parecia ainda não ter se conformado com o namoro da irmãzinha, porém não pôde deixar de ficar corado imaginando que se a situação fosse outra provavelmente ele e Gina não teriam para-do nos beijos.

Harry e Gina decidiram que voltariam a ficar juntos, mas que isto seria um segredo que apenas a família dela e os amigos mais próximos saberiam. Harry contou a Gina tudo sobre a profecia, as Horcruxes e sua decisão de não voltar a Hogwarts este ano. Avisou logo que em hipótese alguma a levaria com ele (na verdade se tivesse tido escolha não leva-ria Rony e Hermione também), não mudando de idéia mesmo depois de Gina suplicar, gritar, brigar e ameaçar azará-lo (e ainda fez bico!!! Golpe Baixo). Por fim ela se convenceu que mesmo que Harry dissesse que ela poderia ir com ele sua mãe não permitiria e Rony seria o primeiro a dedurá-la.

Após saírem do quarto Gina disse logo que não devia e não daria nenhuma explicação ao irmão do que estivera fazendo sozinha, em um quarto TRANCADO com o NAMORADO há mais de 2 HORAS. Harry passou a meia hora seguinte explicando a um Rony vermelho de tanta irritação, e a uma Hermione, que inicialmente segurava o riso, mas que ficou rubra e espantada após aquela declaração, que ele e Gina estavam apenas conversando, que a porta do quarto NÃO estava trancada e, “ Pô Rony ! DUAS HORAS !?”. Quando todos pareciam mais calmos pediu para falar com Hermione a sós.

Rony pele vermelha, porém mais calmo, levou a irmã, ainda rindo da cara dele, para a cozinha. “Menti sobre o tempo no quarto. Nessas horas a gente nem nota o tempo pas-sar...” e desembestou pela casa embalada pelos berros e xingamentos do Quadro da Sra. Black “Traidores do Sangue!!!”,“Sangue RUUUUUIMMM” e “Mestiços Imundos”.

Quando ficaram à sos Harry perguntou se a amiga conhecia algum feitiço que impe-dia que as pessoas revelassem um segredo protegido. Ela rapidamente entendeu a idéia dele e tranqüilizou-o dizendo que conhecia e que sabia executá-lo.

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Gente, desculpe. Ainda sou nova nesse negócio de Fic e quando postei o segundo capítuloesqueci de agradecer os comentários. Aí vai

Morgana Black - Obrigado pelo voto de confiança, espero que tenha gostado dos cap 2 e 3, mas esses ainda são meio introdutórios tambem. Daqui a pouco fica mais agitado

Anna Raven - Valeu a chance. Eu sei que ela é nova, mas já está com quase 18 anos (não é mais nenhuma criança). Eu acho que o mais complicado é a diferença da idade. Mas tentei manter a história bem pé no chão

Ninha Snape - me deixa o seu e-mail para eu avisar quando atualizar. Bjs

Micheli Amaral - Adorei saber que vc gostou dos capítulos, pode deixar que vou avisar sempre que atualizar. Não tenho MSM, só sei o básico de internet.

Se quiserem e puderem indique a minha Fic.
Eu já terminei de escrever, agora estou digitando e organizando melhor. Se alguem tiver alguma idéia e quiser discutir, me manda um e-mail.

O último agradecimento vai para o meu querido e amado Beta. O meu marido (Dani). Sem ele provavelmente não teria colocado a Fic na F&B.

Vou ficando por aqui. Beijos a todos que leram.

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