R.A.B.?



4ºCapítulo: R.A.B.?


– Até que enfim você chegou – falou voltando-se para o homem de traços rudes e cabelos oleosos que acabara de entrar pela porta de carvalho mongol – Boas notícias?
– Receio que não tenha obtido total sucesso na minha missão – respondeu o recém-chegado fazendo uma pequena reverência na frente do homem sentado à sua frente, que crispou ainda mais os olhos que pareciam duas pequenas fendas.
A pequena sala estava muito escura, apenas uma fonte de luz cinza invadia o lugar, só havia um móvel: a cadeira de espaldar alto que abrigava Lorde Voldemort bem no centro da sala, na parede do fundo. O silêncio entre os dois perdurou alguns minutos, o contato visual entre os dois denotava concentração.
– Você não está sendo útil Severo – Falou rispidamente Voldemort quebrando o silêncio funesto. – O seu tempo terminou e ainda não cumpriu o que combinamos.
– Tenho certeza de que a missão estará cumprida com êxito daqui a alguns dias. – retorquiu Snape.
– É o que lhe manteve vivo até hoje caro Severo. Sei que somente você, além de mim poderia completar essa missão.
– Obrigado pelo voto de confiança, Lorde. Mas o que aconteceu o Senhor está preocupado? – inquiriu Snape.
– Não! – respondeu secamente – Apenas contrariado a respeito da última ordem que dei.
– Ah – disse Snape em sinal de concordância – Crabbe e Goyle. Por que a Belatriz ou qualquer outro mais importante não ficou encarregado?
– Todos estavam muito ocupados. Eu enchi todos de trabalho.
– Não se preocupe Lorde. Acho que o máximo que pode ocorrer é eles serem pegos.
– Eu sei, por isso não estou preocupado, mas sim contrariado. Não me apraz ter pessoas como eles na minha guarda.
– Eles pelo menos servem para contribuir com galeões – comentou Snape baixinho.
– É por isso que até hoje eles estão vivos, Severo...

***
– Estamos sendo atacados! – berrou Gina encarando todos, que a olhavam perplexos.
– O que aconteceu Gina? – perguntou Minerva MacGonagall se levantando e indo até Gina, para ampará-la. Gina estava muito vermelha e sem fôlego.
– Dementadores... – respondeu – Aqui na Toca.
Um murmúrio geral começou. Um mar de perguntas eram direcionadas a pequena Weasley, que estava olhando de um para o outro.
Minerva pediu silêncio como se estivesse numa sala de aula e o barulho desapareceu.
– Onde eles estão Gina? – Perguntou Minerva.
– Lá fora, nos fundos – respondeu Gina mais calma – Harry, Rony e Hermione ficaram lá tentando combate-los.
– Vamos para lá então – falou Minerva em tom de ordem passando pelos estilhaços da porta e sendo seguido pelos outros que estavam na sala, visivelmente espantados.
– Você fica aqui! – disse a Srª.Weasley para Gina, que ficou parada em frente do buraco que a porta destruída deixou.
– Ah, Mãe! – tentou reclamar, mas a Srª.Weasley já havia ido para fora.
–Expecto Patronum! – gritou Harry mais uma vez.
Um enorme cervo prateado saiu da ponta de sua varinha varrendo cinco Dementadores para longe. Ao seu lado Hermione fazia o mesmo com a sua lontra instigando a varinha.
– Harry – apontou Hermione para o céu escuro – Olhe!
Harry olhou para onde Hermione apontava, ao longe, mesmo no céu negro, via-se figuras de vassouras vindo na direção da Toca.
– Era só o que faltava! – protestou Rony – Cadê a Gina que ainda não apareceu com os outros?
Como se tivessem sido convocados pelas palavras de Rony Minerva apareceu na porta dos fundos com o grupo da Ordem.
– Meu Deus! – exclamou enquanto ia de encontro com os Comensais que desciam das vassouras.
– Ora, ora, Minerva – falou visivelmente surpreso Goyle – De onde vocês vieram? – falou olhando para o grupo da Ordem.
– Tenho certeza que os pegamos de surpresa, não é Sr.Goyle? – Minerva falou secamente.
– Sim, mas nada que não possa ser remediado – disse empunhando a varinha na direção da Minerva, que agilmente aparou o feitiço.
Outras seis vassouras estavam no chão, deixadas pelos invasores que encontraram com quem brigar. Lupin e Tonks ajudavam Harry e Hermione a acabar com os Dementadores, que estavam furiosos fugindo dos patronos conjurados. Crabbe, ainda montado na vassoura, foi até eles dando ordens.
– Hermione! – gritou Rony rouco. Hermione olhou para Rony assustada, sentiu um feitiço passar por cima de sua orelha esquerda. Rony já tentava revidar com a atacante de Hermione também lhe jogando um feitiço, que ela revidou.
Amos Diggory batalhava contra um garoto encapuzado.
– Estupore! – falou Amos acertando o garoto em cheio, que caiu no chão.
Gina nunca esperaria sentada enquanto todos brigavam, não ficou parada e saiu também.
Um homem muito magro e pálido lutava contra seu pai.
– Expelliarmus! – falou o homem desarmando Arthur.
– Impedimenta! – disse Gina derrubando o homem e devolvendo a varinha para seu pai, que lhe agradeceu.
O ataque estava saindo caro para os Comensais, que não esperavam encontrar tantas pessoas da Ordem da Fênix na Toca. Goyle para de lutar e chama a todos os Comensais para se retirarem. Eles tentam fugir, mas nem todos conseguem. Crabbe dando uma última ordem para os Dementadores vai embora sendo seguido por eles.
– Isso é apenas uma batalha e não acaba aqui! – gritou Goyle de longe.
Os dois aurores que estavam patrulhando a Toca a pedido do Ministério pegam as vassouras deixadas pelo Homem branco e o garoto, que azarados não conseguiam se mover e foram deixados para trás e vão atrás dos Comensais.
– Gina – chamou a Srª.Weasley – eu não lhe falei para esperar lá dentro?
– Se não fosse por ela aqui talvez eu não estivesse saudável agora, Molly – defendeu o Sr.Weasley.
– Bem – falou a Srª.Weasley – vamos entrar. Não vamos ficar aqui parados, não é?
– Acho que a melhor decisão a tomar – concordou Minerva que estava descabelada.
Todos foram entrando, menos os dois outros Aurores que ficaram vigiando.
A Srª.Weasley acomodou todos na sala. Todos estavam se nenhuma complicação ou ferimento grave, apenas escoriações ou arranhões.
– Agora que estamos um pouco restabelecidos do susto – tomou a palavra Minerva após dez minutos. – Podemos continuar a nossa conversa...?
Todos assentiram. Hermione se levantou para se retirar. Mas Minerva a parou lhe explicando que os quatro poderiam assistir às reuniões.
– Bom – começo Minerva novamente – para inteirá-los do assunto atual – disse se dirigindo aos quatro – Vou fazer um breve resumo: 1º Eu sou a fiel do segredo da Sede da Ordem da Fênix; 2º Dumbledore me pediu que vocês Harry, Rony, Hermione e Gina entrassem de uma vez para a Ordem; 3º A Ordem está sem liderança constituída, o novo líder será escolhido numa Reunião geral da Ordem.
– Mas professora – levantou a mão Hermione como se estivesse numa sala de aula – Por que a Senhora está falando tudo isso agora?
– Como eu já expliquei a todos antes desse ataque, Dumbledore pediu-me que esperasse um tempo antes de revelar esses conceitos. Acho que é apenas isso, por enquanto.
– E Hogwarts? – perguntou Gina – vai haver aulas nesse ano? O castelo está seguro depois do que aconteceu?
– Todos os professores e eu reforçamos os feitiços e encantamentos da Escola, destruímos aquele armário por onde, por onde os Comensais entraram da última vez. A escola está mais segura do que nunca. Portanto vai haver aulas sim.
– Isso está me lembrando da idéia que eu tive enquanto lutávamos – prosseguiu Minerva – Gui e Fleur o que vocês acham de fazerem seu casamento em Hogwarts em vez da Toca? Vimos hoje que a Toca está desprotegida, enquanto que Hogwarts está segura.
Gui e Fleur se entreolharam por alguns instantes. Gui respondeu:
– Ficaremos honrados, professora.
– Mas vai dar mais trabalho – falou Molly – está quase tudo pronto, falta apenas três dias pra o Casamento. E os convites?
– Nós damos um jeito, mãe – falou Gui.
– Err, nose dareme um jeitiqui – concordou Fleur beijando o noivo.
– Está combinado então – falou Minerva se levantando – Não se preocupe Molly, em Hogwarts há os Elfos domésticos que te ajudarão.
Molly pareceu deixar um pouco de lado a sua preocupação.
– Acho que não vai ser tão ruim assim – concordou.
– O melhor agora é todos ir embora – disse Minerva.
Todos começaram a se levantar e se despedir uns dos outros.
Apenas restou Hagrid, Minerva, Lupin e Tonks, além da família Weasley, Fleur, Harry e Hermione.
– Agora que todos já se foram – falou Minerva – eu gostaria de propor mais uma coisa: Por que vocês não vão para Sede?
– Mas para irmos precisaremos de uma guarda para o Harry – falou Molly.
– E o meio de transporte que o senhor inventou pai? – falou Gui.
– É Molly – disse Arthur – dá pra utilizá-lo.
Todos gostaram da idéia, menos Harry que não queria pisar mais uma vez na casa que fora de Sirius. Todos então arrumaram as malas. Era mais rápido agora que eles podiam fazer magia.
Estavam prontos para ir. Arthur já havia pegado o seu par de meia transformado em meio de transporte.
Minerva e Arthur então desaparataram deixando uma meia e levando a outra consigo.
Molly olhou para seu estranho relógio.
– Eles ainda não chegaram – disse apontando para a seta que marcava Arthur Weasley como em transito.
A seta mudou de lugar parando em Sede.
– Ele chegou – ela confirmou.
Fred então apontou a varinha em direção a meia que se transformou numa porta.
Obequituare Portus! – exclamou Fred brandindo a varinha na direção da meia, que se transformou numa porta marrom, sustentada majestosamente pelo ar.
– Podem entrar Senhores – disse Jorge abrindo a porta e apontando o corredor que se abriu dela.
A Srª. Weasley entrou sendo seguida por Fleur, Gina, Hermione e Tonks. Gui esperou-as entrar por um momento até que também passou pela finíssima porta desaparecendo, e não aparecendo do outro lado como qualquer um imaginaria. Rony também entrou e Fred e Jorge também passaram. Lupin passou pela porta também, deixando Harry com Hagrid. Era a vez dele.
Harry entrou pela segunda vez pela porta, ao passar para a parte de dentro, Harry viu mais uma vez um extenso corredor branco, cheio de portas dos dois lados. Com certeza era muito melhor do que o Sistema do Pó de Flu ou aparatar. Esquecera de parabenizar o Sr.Weasley pela invenção. Era maravilhosa. Rony chegara a comentar que quando o mundo Bruxo visse a invenção eles iriam ganhar muito dinheiro. Harry se alegrou muito com a possibilidade, pois os Weasley mereciam.
– Caminhe, Harry. Caminhe – falou Hagrid que estava atrás de Harry. Parara no meio do corredor e nem percebera.
– Depois vou falar para Arthur dar uma aumentada nesta porta, quase que não entro – gargalhou Hagrid.
Harry chegou ao final do extenso corredor e passou pela porta que era mantida aberta pela Professora McGonagall.
A velha cozinha dos Black, suja e empoeirada como sempre, dava aspectos de assombração: uma escuridão pairava sobra o cômodo. Harry saiu da porta e deixou que Hagrid também o fizesse. Um turbilhão de emoções entrou furtivamente na cabeça de Harry: Sirius e a dor de sua morte voltara a sua cabeça apertando dolorosamente o seu coração. Fazia tempo que não vinha na Sede da Ordem, não queria vir. Sirius odiava esse lugar e era um motivo mais que digno para que ele também odiasse.
Incêndio! – bramiu Lupin cortando os pensamentos de Harry e um raio de fogo saiu de sua varinha indo parar na lareira que estrepitou num barulho de madeira queimando. Ao mesmo tempo em que Tonks acendia velas por toda a casa. Uma luminosidade cinza-amarelada se instalou.
– Acho que agora uma boa sopa iria cair bem – disse a Srª. Weasley com simplicidade.
– Ah! Molly – falou Minerva batendo carinhosamente nas costas da senhora Weasley – somente você continua firme mesmo que caiamos.
A Srª. Weasley enrubesceu ante o elogio de MacGonagall. De repente num aceno da varinha retirou panelas, pratos e talheres do armário. Os objetos fizeram uma fila perto da pia, e um a um, todos foram lavados pela água que jorrava da torneira a cada objeto que era ensaboado e enxaguado.
– Gina – disse a srª.Weasley – levante-se e venha me ajudar.
– Ah!Mãe! – reclamou, mas sob um olhar de sua mãe rapidinho foi ajudá-la a cortar as cebolas.
Espantosamente rápido a comida foi preparada. Em menos de vinte minutos Harry viu um prato borbulhante de sopa de cebola à sua frente. “Ainda bem!” pensou ele, pois o silêncio que ficara desde que eles tinham chegado era horrível: todos tinham sentado e ficaram olhando para o nada. Agora que a comida estava posta, pelo menos a boca estaria cheia e Harry não precisaria olhar para aquelas caras vazias.
Depois que seu estômago estava quase explodindo de tanta comida e ele já tinha recusado pela quinta vez o terceiro prato de sopa a senhora Weasley falou que era melhor ele se deitar, assim como os outros.
Ela os levou para o andar de cima onde foi em todos os quartos para arrumá-los no que precisassem. Quando ia saindo do quarto que Harry compartilhava com Rony um tom de ameaça saiu junto com a despedida:
– Boa-Noite, meninos. É pra vocês dormirem!Nada de conversinhas... – e fechou a porta suavemente.
Alguns minutos se passaram até que Rony lhe falou:
– Você ainda está acordado?
– Sim – respondeu.
– O que você acha de tudo isso? – perguntou Rony sentando na cama. – Eu acho que Dumbledore, mesmo depois de morto, é o melhor bruxo do mundo! – murmurou vendo que Harry não formulara reposta alguma.
– É. – falou Harry longe.
– Não é fantástico Harry?
– É – respondeu evasivamente Harry outra vez.
– To vendo que você não está bom para conversas. Boa noite. – falou Rony rispidamente se jogando na cama e se embrulhando com a coberta.
Harry entendia que o amigo quisesse conversar sobre o que ocorrera, ele também quereria se não sentisse a mágoa que aflorara em seu peito desde que seus pés aterrissaram na Sede da Ordem da Fênix, outrora casa dos Black. Mais uma vez a sensação de que estivesse sozinho lhe sobressaltou. Primeiro seus pais, depois Sirius e recentemente Dumbledore foram arrancados de sua vida, como se ele não tivesse a quem recorrer. Sentia-se sozinho e desamparado. A raiva que sentia de Voldemort brotou de seu peito com intensidade. Era culpa dele, por culpa dele Harry não tinha nem pai, nem padrinho e nem Dumbledore. “Vou matá-lo” gritou em seu âmago. “Castiga-lo por tanto sofrimento causado a inocentes”. Uma silente brisa passou por todo o seu corpo, retirando-lhe de seu acesso de fúria. Ao seu lado o barulho do ronco de Rony lhe sobressaltou, deveria ter perdido muito tempo pensando, seu corpo estava dolorido de um esforço que não sentira fazer e o suor brotava de sua pele.
Respirou fundo tentando relaxar. “Esvazie sua mente” se lembrou. Snape! Como o odiava. E lembrar que horas atrás o encontrara... “Relaxe-se” uma voz lhe gritou no fundo de sua cabeça, era a voz de Hermione que associara a voz de sua consciência. Respirou fundo mais uma vez e tentou esvaziar a cabeça dos pensamentos quentes que a preenchia.
Sentia seu corpo caindo mais e mais, como se flutuasse com o vento. Subia lá no alto, no azul do céu e caia de novo, sem chegar realmente no chão.
E subiu de novo no céu azul. Antes que caísse, porém, o azul do céu transfigurou-se para um branco luminoso, cegando-o. Tampou automaticamente seus olhos com os braços e recomeçou a cair, mas dessa vez o que lhe fazia flutuar o depositou calmamente no que lhe parecia o chão, embora sua tessitura e cor se assemelhassem ao céu. Começou a andar em direção ao nada, como se estivesse sendo chamado. Parou. Do chão brotou uma árvore branca. No tronco estava escrito “Amigb Aarcna”. Pronuncio baixinho o estranho nome e ao seu lado surgiu brilhantemente de dourado uma mensagem que ele podia entender. Estava na sua língua:
“Poder incomparável, ajudai-nos!
Fonte inesgotável de poder irmane-nos.
Sobre todas as trevas triunfai!”


***
O sol brilhantemente refulgiu na janela e a clara luz se imprimiu no quarto quando a senhora Weasley abriu avidamente as cortinas. Harry esticou o corpo se espreguiçando olhou para o lado e encontrou a cama de Rony vazia.
– Bom dia Harry. Hoje o dia está extremamente belo – disse lhe abrindo um largo sorriso.
Harry lhe retribuiu o sorriso, dormira muito bem, como não fazia há muito tempo.
– Rony e Hermione estão tomando café lá embaixo. Mas se você quiser continuar deitado...
– Não – falou saltando da cama – vou descer.
– Me deixe sair então para você se trocar. – falou a senhora Weasley se encaminhando para a porta.
Harry se trocou e tão logo desceu as escadas para a cozinha. O retrato da mãe de Sirius começou a gritar. Harry não se importava, passou por ele e parou lançando um sorriso ao retrato.
– Corja de ladrões!Salteadores dos dignos! – exclamou para Harry apontando ameaçadoramente o dedo indicador. – Miseráveis!
– Quer saber? – disse Harry com voz agradável – Chega! – e pegando a varinha apontou para o retrato – Silêncio! – A boca da mãe de Sirius continuava a se mexer, mas não saia mais som algum. Agora era seu dedo médio em riste que apontava para Harry com a veia jugular querendo pular de seu pescoço.
Harry virou as costas para o retrato e seguiu para a cozinha.
– Boa Harry! – exclamou Rony quando Harry se sentou pegando uma torrada. – Você calou aquela coisa.
– Bom dia Harry – falou Hermione atrás do Profeta Diário – é visível que você está de humor agradabilíssimo hoje. Viu passarinhos verdes?
– É – disse Harry sorrindo – posso dizer que eu dormir muito bem – Onde estão os outros? – perguntou ao olhar para o redor da mesa.
– Papai e Tonks foram para o Ministério. Gui e Fleur foram para o Gringotes. Mamãe está lá em cima. Lupin, Fred e Jorge foram fazer algumas coisas em Hogwarts, para o casamento – respondeu ante a sobrancelha erguida de Harry. Nós estamos aqui e é só.
– E a Gina?
– Ah – falou Rony se lembrando da Gina – tá lá em cima com a mamãe, ajudando-a suponho.
A conversa terminou assim, pois tanto Harry como Rony se empanturraram de panquecas. Hermione ainda lia concentrada o “Profeta”.
Gina entrou na cozinha afoita.
– Até que enfim você acordou! – disse ela se sentando ao lado de Hermione – Faz umas três horas que eu estou esperando que você acorde!
– Por que tanta questão assim da minha presença, Gina? – perguntou Harry lhe lançando um olhar efusivo. “Ela está linda!”
– Bom – disse enchendo um copo com suco de abóbora – hoje de manhã mamãe e eu estávamos dando uma geral na casa. E quando estávamos limpando a sala eu olhei com mais atenção para a parede e vi aquele tapete com a árvore genealógica dos Black.
– E aí? – perguntou Rony.
– É que ontem mesmo vocês estavam falando sobre tal de R.A.B. que aparecera no lugar do verdadeiro medalhão de Sonserina. Olhando para alguns nomes eu encontrei o do irmão de Sirius e não sei se vocês já perceberam, mas as iniciais batem.
– Claro! – Hermione deu o gritinho agudo ao mesmo tempo em que saia de trás do jornal assustando Rony – Como não pensei nisso antes?
Hermione se levantou e foi na direção da sala.
Harry, Gina e Rony a seguiram.
– Como não percebi isso antes! – repetiu Hermione olhando para o tapete excitada. – está aqui: Régulos Arcturus Black! R.A.B.!
– É mesmo! – concordou Rony.
– Mas será que é ele? – perguntou Harry.
– Eu vou pesquisar pra saber se ele teve alguma ligação com Vo... Voldemort. Os outros nomes que eu tinha dito não serviam, mas esse é uma possibilidade, já que é na mesma época.
– Eu acabei de em lembrar que uma vez Sirius me disse que o irmão chegara a ser Comensal da Morte, mas morreu depois.
– As chances aumentam então, Harry. – falou Hermione entusiasmada – Uma vez que ele já foi Comensal ele pode ter tido um elo de confiança com Voldemort e saber onde estão as outras horcruxes.
– Dumbledore disse que Voldemort não confia em ninguém além de si. – comentou Harry.
– Primeiro vamos nos agarrar a essa possibilidade, Harry – respondeu Hermione.
– Por que você não pede para o Elfo que foi de Sirius trazer tudo o que era do irmão dele? – perguntou Gina.
– É uma boa idéia – exclamou Rony.
– Monstro – gritou Harry.
Craque...
Vestido somente com seu pedaço de pano sujo, Monstro apareceu no meio da sala.
– Me chamou Senhor Harry Potter? – e fez uma reverência chegando a tocar o chão com seu nariz nodoso.
– Sim – falou Harry. – eu quero que você me traga tudo o que pertenceu ao seu antigo patrão Régulos Black.
Monstro levantou a cabeça e olhou diretamente nos olhos de Harry, Harry viu ódio dentro dos olhos de Monstro.
Craque...
– Será que ele vai trazer tudo? – perguntou Rony.
– Eu fiz a pergunta mais direta possível. E ele percebeu que não tinha escolha.
– É mesmo – concordou Gina – Ele olhou Harry com raiva.
Levou quase que uns quinze minutos até que Monstro aparecesse. Trouxe consigo um grande malão de pele de dragão.
– Está aqui tudo o que era do meu patrão, Senhor Régulos. – falou Monstro indesejadamente quando chegou. – Posso ir agora?
– Vá. Vá embora! – Harry percebeu o que falou e corrigiu antes que Monstro desaparecesse outra vez – Vá direto para Hogwarts!
Monstro crocitou algo que ninguém conseguiu entender e desapareceu.
– Vamos abrir esse malão então. – disse Harry pegando no zíper do malão.
– Não! – gritou Hermione e Harry tirou a mão do zíper como se tivesse levado um choque. – Pode haver algum feitiço ante-ladrão ou uma azaração.
– Bem lembrado Hermione – falou Gina.
–É – concordou Rony – Monstro não nos daria algo assim tão facilmente.
Hermione pegou a varinha e se sentou do lado do malão. Começou a murmurar palavras estranhas, como se estivesse cantando.
– O que ela está fazendo? – perguntou Rony atônito.
– Eu acho que ela está quebrando as azarações – disse Gina dando de ombros
Hermione parou de murmurar e sorriu para si mesma.
– Inteligente! – exclamou.
– Nós já sabemos que você é inteligente, Mione. Já terminou? – comentou Rony sarcástico.
– Eu não estava me elogiando Rony – explicou Hermione ofendida, estava falando o quanto à pessoa que colocou o feitiço no malão é.
– O que ele fez de tão inteligente? –perguntou Harry já impaciente para abrir o malão.
– Bom – disse Hermione pensativa – Ele colocou um feitiço de Imperi.
Os três olharam com expressão de dúvida no rosto. Gina arriscou perguntar:
– Mas o que é um feitiço de Imperi?
Hermione olhou para Gina com cara de assombro.
– Vocês não lêem, não é? Imperi é um feitiço do gênero para entontecer. Seu efeito é singular, é claro. Pelo que eu me lembre ele causa uma loucura maníaca por alguns meses, se bem aplicado.
– Mas o que isso tem de tão inteligente? – perguntou Rony coçando a cabeça.
– Não que seja de todo idiota, mas é inteligente e maléfico. – disse Hermione olhando para o malão. – Quem aplicou o feitiço no malão queria que a pessoa que tentasse abri-lo sofresse de algum modo. Sabe, o feitiço do Imperi faz com que a pessoa esqueça o que estava fazendo e na frustração de lembrar tenta se... Se suicidar.
– Mas isso é horrível! – disse Gina soltando um gritinho de espanto.
– Pois é e muito antigo – disse Hermione a guisa de explicação – remonta a Idade Média o seu uso. Foi muito utilizado, mas caiu no desuso devido à maquiavelidade e falta de necessidade. Há muitos outros feitiços que cobririam melhor o furto.
Rony ainda olhava para ela com surpresa quando ela se virou e perguntou:
– Onde você aprende tudo isso?
– Eu leio Rony – disse Hermione voltando para junto do malão – Agora eu consegui retirar o feitiço de Imperi, e também retirei outro feitiço que ele tinha colocado. Acho que agora você pode abrir o malão, Harry.
Harry se aproximou do malão outra vez e um pouco temeroso pegou no zíper. Olhou para todos, tomou fôlego e puxou o zíper.
A tampa do malão se abriu com um estampido e, de dentro do malão um vapor lilás se desprendeu de dentro do malão.
– Sugere! – gritou Hermione rapidamente brandindo a varinha para dentro do malão. Como se fosse um aspirador a varinha de Hermione sugou todo o estranho vapor.
– O que foi isso Mione? – perguntou Harry estático ainda com o vapor.
– Ar de Medusa.
– Eu já ouvir falar sobre isso – disse Gina sorrindo – paralisa que o cheira não é isso? Eu ouvi o Fred e o Jorge discutindo sobre isso para o Kit-Mata-aula II.
– Eles estão ficando cada vez mais ousados – disse Rony – Mamãe já falou para eles tomarem cuidado, o Ministério está de olho neles.
– É, mas agora que eles vão para a França vai ficar um pouco difícil de a Umbridge correr atrás deles, não é? – retrucou Gina.
– É – falou Harry se atrevendo a chegar mais perto do malão – Eu achei uma boa jogada deles montarem uma filial lá, perto de Beauxbatons.
– Acho que a madame Máxime é que não vai gostar. – disse Hermione sorrindo – Vamos ver logo o que tem dentro desse malão. Não tem mais nenhum perigo, suponho.
Harry colocou a mão dentro do malão, ficou visível que fora aumentado magicamente quando seu braço e logo o antebraço sumiram dentro dele. Rony, Hermione e Gina olhavam fixamente de Harry para o malão. Quando Harry precisou esticar o corpo para que uma parte de seu ombro entrasse no malão ele gritou que conseguira tocar em algo.
Harry colocou o outro braço para lhe dar um apoio. Rony o segurou, caso caísse. Depois de muito custo conseguiram, enfim, pegar o que estava lá dentro.
Uma sacola de veludo escarlate era o que pesara tanto para Harry tirar do malão. Rony procurou mais alguma coisa no malão, mas só havia a sacola.
– Mione, por favor – pediu Harry para a amiga quando desistiram da procura de mais objetos no malão. Hermione se ajoelhou ante a sacola e recomeçou o mesmo ritual que fizera no malão.
Esperaram pacientemente até que ela se levantou falando que não havia nada na sacola.
Aperire! – mandou Hermione e o laço também escarlate que prendia a sacola se desatou.
Harry pegou no fim da sacola e despejou o seu conteúdo no tapete persa da sala. Uma pequena montanha de objetos se criou no centro da sala da antiga família Black. Ninguém imaginaria que uma sacola tão pequena pudesse conter tanta coisa.
– Nossa! – exclamou Rony.
Entre uma pilha de brinquedos antigos, livros acadêmicos, de ficção e de magia avançada, umas dezenas de fotos, condecorações, anéis e colares, uma vassoura Cleansweep modelo antigo e até mesmo roupas a vigor tão antigas quanto a de Rony montavam uma relevante pilha de elevar os cabelos da senhora Weasley nas alturas.
– Será que tem alguma coisa interessante aí? – falou Gina olhando com certo nojo para a pilha.
– Dever haver algo – disse Hermione otimista – não estaria tão bem guardado se não estivesse.
Levaram uns quinze minutos para separar os diferentes objetos. Hermione separa os livros e soltava um gritinho de excitação cada vez que encontrava algo que a interessava. Rony ficara separando todos os objetos de valor como as condecorações, anéis e objetos desse porte, seus olhos brilhavam a cada peça que Harry retirava da enorme pilha e lhe dava para colocar na sua pilha, à sua esquerda. Gina se encarregara de todos os cadernos e outros objetos escolares, tal como as roupas. Ainda encarava com certo olhar de náusea, mas ajudara. Harry ia pegando os objetos e ia dando cada qual ao departamento que lhe correspondia.
Quando terminaram, uma sensação de cansaço atingiu todos, enquanto que o cheiro de pastelão de carne e costelinha adentrava intensamente na sala.
– Mamãe está caprichando no almoço – comentou Rony limpando o suor do rosto com a manga da camisa.
– É – falou Harry sentindo seu estômago roncar – Mais uma razão para terminarmos logo com isso. Encontrou alguma coisa aí, Mione?
Hermione tirou um livro enorme da frente de seus olhos, liberando a visão de seu rosto.
– Não, exceto um monte de livros de magia das trevas, romance bruxo, nada demais.
Harry olhou para Rony.
– Bom – começou Rony – Também não estou vendo nada demais: Ele era rico e toda criança bruxa recebe muitos brinquedos, e objetos de valor. Os pais costumam fazer isso para tentar mostrar poder, sabe.
Harry acenou com a cabeça para Rony. Sabia o quanto era embaraçoso pro amigo falar de qualquer coisa relacionada a dinheiro.
– E você, Gina? – disse virando a cabeça para ela.
– Fora essas centenas de pergaminhos mal escritos, com notas baixas, essas roupas velhas e fedorentas eu encontrei esse diário, que ao que parece está... vazio.
Harry encarou Gina num repente, estranhamente o medo que apareceu na voz de Gina ao falar a última palavra remontava a Harry o diário de Tom Riddle, que também não continha nada de início, mas era terrivelmente maligno.
– Será que... – Harry calou-se, seu coração parecia pular contra o pulmão.
Hermione olhou de Gina para Harry.
– Não – disse incerta – acho que o irmão de Sirius não praticaria a mesma atrocidade que Voldemort fez e ainda por cima com a mesma idéia de diário.
Rony olhou desconfiado.
– Mas o Harry falou que ele era um Comensal da morte não é? Vai saber as artimanhas que ele utilizou.
Harry foi até Gina e retirou o diário das mãos dela carinhosamente.
Revele seus segredos! – ordenou batendo com a varinha na capa do diário.
Track!
A capa se abriu e, dentro dela as páginas que estavam vazias começaram a se preencher com uma letra garranchuda e sem capricho algum. Harry folheou o diário e percebeu que em alguns dias o dono do diário se atrevera a desenhar também.
– Que coisa Feia – exclamou Hermione pegando no diário para dar uma olhada.
– Não é tão bonito mesmo. – falou Gina um pouco mais aliviada – Quem escreveu não era tão brilhante assim não é.
O alívio de saber que o recém descoberto diário não era uma horcrux certamente foi compensado com o almoço. Antes que eles tivessem conseguido guardar todos os objetos em vários sacos, a senhora Weasley os chamou gritando e reclamando que eles desapareceram sem avisá-la. “Essa casa é muito grande para você se esconderem por aí.” Disse ainda gritando quando bateu a porta da sala ao sair quando os meninos pediram mais uns cinco minutos para guardarem os sacos. Todos foram guardados cuidadosamente debaixo da cama da Harry. Eles então desceram para almoçar.
O almoço foi calmo, ninguém além da senhora Weasley, Rony, Gina, Hermione e Harry apareceram para almoçar. A senhora Weasley mostrou sua preocupação pelo casamento que seria daqui a dois dias e do aniversário de Gina que seria comemorado no mesmo dia, à noite.
– Pois é – continuou a vaguear – no meu tempo às noivas cuidavam mais dos preparativos, a Fleur nem parece se preocupar.
Harry não ligava mais se Fleur estava interessada ou não nos preparativos de seu casamento. Uma coisa que a senhora Weasley acabara de falar chamara a sua atenção paralisando-o com o garfo na boca: o aniversário de Gina daqui a um dia. Como pudera esquecer? Portara-se como um verdadeiro tolo em todo esse tempo. Como arranjaria um presente decente se não tinha tempo para comprar?
–... Essa juventude é lastimável. Harry você está bem? – perguntou à senhora Weasley vendo que Harry para de comer.
– Ahn? – grunhiu Harry acordando de seu devaneio – Sim, eu estou bem sim.
A senhora Weasley o olhou como se não estivesse convencida para ele, então voltou a contar a sua opinião sobre como os jovens deviam ser.
Quando o almoço acabou os três conseguiram escapar da senhora Weasley dizendo que iam para o quarto, somente Gina ficou para ajudar a mãe com os serviços domésticos.
A primeira coisa que Harry falou quando fechou a porta do quarto que ele e Rony compartilhavam foi do aniversário de Gina que estava chegando e da sua aflição para lhe dar um presente. Hermione muito sabiamente falou que Harry deveria lhe dar um livro. Rony ralhou com ela.
– Eu to brincando com vocês – falou Hermione sorrindo – É claro que o Harry deve dar algo mais romântico para Gina.
– Eu acho que isso tudo é uma grande besteira! – exclamou Rony.
– É claro – disse Hermione ríspida – você é duro como uma pedra!
Harry mudou de assunto para tentar amenizar o clima entre os dois amigos que se criou. Quando foi tentar voltar ao assunto que não saia de sua cabeça Gina entrou no quarto fazendo com que ele se obrigasse a se esquecer temporariamente o que tanto lhe afligia.
– E aí? – perguntou Gina – Vocês acharam algo bom no diário?
Eles explicaram que tinham se esquecido do diário.
Harry foi debaixo de sua cama e pegou as sacolas onde tinham colocados os pertences do irmão do Sirius.
Hermione pegou o diário.
– Vamos ler alguns apontamentos dele, se acharmos interessante. – ela folheou o caderno e aleatoriamente abriu numa página perto do meio do caderno.
– Será que não é perigoso? – falou Gina num som abafado.
– Não – disse Harry.
– Aqui tem algo antigo, data de 3 de Setembro de 1966 – disse Hermione. – Que coisa mais infantil:
“Eu na acredito que esse é o meu primeiro ano em Hogwarts! Papai vibrou quando lhe comuniquei que entrara na Sonserina. Eu sinto ódio em pensar que ele um dia tenha pensado que eu não estava à altura. Lufa-Lufa! Um Black na Lufa-Lufa! Como se eu fosse indigno do sangue puro que carrego nas veias.”
R.B

– Ele demonstra muito rancor, não é? – perguntou Hermione dando pausa na Leitura.
– Talvez o pai dele o achasse um fracassado – disse Rony.
– Continue a ler, Mione – pediu Gina.
Hermione passou o diário para Gina, que também o folheou:
– Esse é um pouco mais recente – disse abrindo mais para o meio do diário – É de 25 de dezembro de 1970:
“Bem feito para Sirius, ficar sem presente de Natal foi um ótimo castigo por ele ter ido para a Grifinória. Mamãe pagou por sempre preferi-lo, ah se pagou. Eu sempre soube que ele seria um fracassado. É claro que eu sempre fui melhor. Estou realizado neste natal!”
R.B.

– Ele é orgulhoso e nojento como todos da Sonserina são – disse Rony fazendo gesto de cuspir no chão. – Me deixe ler agora.
Ele pegou no diário e folheou para o fim.
– É de agosto, 5 de agosto de 1971:
“Eu odeio, odeio todos os professores! Principalmente esse maldito diretor: Dumbledore, que nome ridículo. As notas baixas que eles me deram acabaram com as minhas chances de entrar no Ministério. Bem que Lestrange me avisou. É besteira, vou fazer o que ele me pediu. Não importa agora, não mais.”
R.B.

– Esse tá um pouco sem sentido – comentou Gina – eu não entendi quase nada.
– Ele falar que odiava os professores demonstra o quanto era incapaz de reconhecer os próprios erros. – disse Hermione. – Leia agora Harry.
Harry pegou o diário e o abriu na penúltima página.
– Esse não tem data - disse Harry:
“Até que enfim fiz algo de que possa me orgulhar. Tenho certeza de que ninguém conseguiu até hoje o que fiz. Só não posso deixar que me descubram. Preciso de mais.”
– Esse é realmente sem sentido – disse Rony.
– O estranho é que não tem data, do que será que ele está falando? – perguntou coçando a cabeça Hermione.
– Com certeza foi algo de maligno – comentou Gina atemorizada.
Harry foi até a última folha.
– Olhem!
Todos viraram para olhar o que Harry mostrava nas suas mão, o diário estava arreganhado e mostrava um desenho grotesco: Uma enorme caveira preta fora esculpida na contra-capa, de sua boca saía uma serpente verde diabólica. Como se fosse um vídeo a marca negra não parava de se repetir na folha de papel velha e empoeirada.
A constatação de que Régulos fora um Comensal da Morte dera um novo impulso nas pesquisas de seus objetos particulares. Mas nada de extraordinário foi encontrado além do diário foi encontrado e eles foram obrigados a desistir. Desceram e encontraram Arthur na cozinha cochichando com Molly.
– Ah, meninos – falou o senhor Weasley quando os viu – Molly ia chama-los agora mesmo para o jantar.
– Mas ainda está cedo mãe – disse Gina estranhando – Não passa das seis!
– Vocês precisam jantar cedo, pois amanhã nós iremos madrugar em Hogwarts! – disse a senhora Weasley mexendo uma grande panela.
O jantar foi tão calmo quanto o almoço. Mas dessa vez o silêncio imperou. Mal Harry acabara de comer pela segunda vez um pedaço de torta de chocolate, a senhora Weasley os despachou para a cama, “sem reclamações!” gritou observando no pé da escada para ver se eles iam à direção dos quartos.
Talvez pela pesquisa desgastante, ou pela comida reconfortante, Harry caiu na cama sonolento demais para manter uma conversa com Rony. Pela impressão que Harry teve ao se enrolar seu amigo também não tinha disposição nenhuma para conversas. Logo depois de cinco minutos estava roncando confirmando a impressão de Harry, que também não tardou para se entregar de vez ao cansaço e dormir pesadamente.

***
Parecia não ter passado minutos quando Harry foi despertado por Rony. Esfregou os olhos e pegou os óculos que estavam na mesinha. Se trocou e desceu para tomar café.
Todos estavam tomando café, até o senhor Weasley.
Harry se sentou na cadeira e pegou uma torrada, e passou geléia de morango. Olhou de relance para Gina que o olhava descaradamente. Lembrou. Seu peito começou a bater mais forte, seu rosto se enrubesceu. Ele precisava dar alguma coisa a Gina, algo bom e que ela gostasse muito. Teve uma idéia, de um gole só terminou de beber o seu suco de abóbora. Levantou e foi para o quarto levando olhares curiosos de Rony, Hermione e Gina que não entenderam a sua reação.
Fechou a porta lacrando-a magicamente.
– Dobby! – gritou.
Craque!
– Chamou Harry Potter? – disse Dobby alegremente.
– Sim, – disse Harry impaciente – eu preciso que você faça uma coisa para mim, mas é pra hoje, no máximo até às cinco da tarde tem que estar pronto. Tudo bem?
– Claro! – falou Dobby ainda mais feliz – Ser fiel do Harry Potter, cumprir os seus desejos é uma alegria pra Dobby.
– Tá bom. É assim...



Bom aí está o quinto capítulo depois de muito esforço postado.
Pedimos desculpas pela demora, mas foi impossível ter postado antes.
Gostaram?
Comentem, comentem por favor!!!
Como saberemos se algo desagradou se ninguém falar?
Até o próximo.

Abraços e Beijos de
Mel & Brian♥♥♥

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