Troca de alianças



5ºCapítulo: Troca de Alianças




Harry contou minuciosamente o seu plano para Dobby, que absorvia cada palavra.
– É claro que eu posso fazer isso para o Senhor, Harry Potter – disse Dobby antes de desaparatar.
– Mas Dobby... – Harry ainda estava aflito de que alguma coisa desse errado – Tome cuidado.
Dobby assentiu movimentando a cabeça e numa reverência sumiu num Craque.
Harry não tinha certeza se podia confiar em Dobby para algo tão importante, é claro que sabia que Dobby faria tudo por ele, mas Dobby, às vezes “ajudava demais” e acabava atrapalhando.
Num suspiro Harry tentou mandar a sua preocupação para bem longe, não podia fazer mais nada, senão esperar pelos resultados. Foi ao guarda-roupa e pegou o que faltava colocar no malão. A senhora Weasley já havia passado à roupa que ele usaria no casamento. Quando percebeu que não havia mais nada para fazer saiu do quarto em direção à cozinha.
A cozinha estava vazia, exceto pela presença dos melhores amigos de Harry, Rony e Hermione conversavam baixo quando Harry entrou na cozinha e como se tivessem pegado sol demais eles se ruborizaram e terminaram a conversa.
– O que você foi fazer? – perguntou Rony tentando quebrar o clima de silêncio.
– Você saiu daqui tão misterioso – comentou Hermione retirando as mãos de cima da mesa.
– Ah, nada demais. – despistou Harry. – Fui guardar algumas coisas que faltavam no malão.
Hermione olhou com cara de descrente, mas não disse nada.
As horas passaram rápido e quando o enorme relógio soou nove horas da manhã o senhor Weasley apareceu com sua meia debaixo do braço.
– Acho que está na hora de irmos – disse assim que Gina acabou de descer o malão da escada, era a última.
Vendo que todos estavam prontos, o senhor Weasley brandiu a varinha para a meia, que havia sido colocado no chão, no centro da sala. Tão logo se transformou numa porta o senhor Weasley para que todos passassem.
– A outra já está em Hogwarts.
Primeiro Gina, depois Hermione, Rony, Harry, e os pais de Rony passaram pela porta.
Saíram num escritório, que Harry reconheceu como da professora Minerva, que os esperava sentada numa cadeira de madeira polida, sem conforto algum.
– Que bom que vocês já chegaram! – disse num meio sorriso – estão quase terminando de arrumar o salão principal para a festa.
– Ah – disse a senhora Weasley aliviada – Sabe... Acho que vai ser até melhor que o casamento seja aqui.
– Sim – concordou Minerva – Meninos – chamou Minerva olhando para eles – Vocês vão se acomodar no salão Comunal da Grifinória. Vocês podem ir para lá se quiserem.
Eles se olharam e concordaram que o melhor era ir para lá mesmo. Já iam saindo da sala quando Minerva mais uma vez os chamou:
– A senha é “Buquê de Rosas”.
Eles saíram e se encaminharam para a Torre da Grifinória.
Depois de subirem as sete escadas se encontraram de frente à mulher Gorda, que os olhou com um grande sorriso.
– Não vejo a hora – comentou abrindo os braços. – Casamentos me deixam tão emocionadas, até me dá vontade de cantar.
A Mulher Gorda começou a se preparar para o que ela chamava cantar, mas Rony não esperou o suplício e a cortou antes que começasse.
– Não sei por que você está assim tão emocionada se nem vai assistir o casamento – Disse a encarando. A Mulher Gorda fez sinal de ofendida.
– Mas é claro que vou assisti-lo! – falou deixando de lado sua pose de cantora fazendo com que todos respirassem aliviados. – Você pensa que só por que sou um quadro não posso ir até lá embaixo e assistir a um casamento?
Hermione não estava agüentando mais aquela conversa inútil.
– É claro que ele não pensa nisso – disse – Agora a senha é “Buquê de Rosas”.
Ainda contrafeita a Mulher Gorda se virou para abrir o portal para o Salão Comunal da Grifinória.
Os quatro se sentaram no sofá e ficaram se encarando. Gina olhava para Harry como se fosse mordê-lo. Hermione percebeu isso e chamou a amiga.
– Gina, vamos subir para o quarto?
Gina deu mais uma encarada destruidora em Harry e se levantou para acompanhar Hermione que já estava ao pé da escada.
– Ah, já ia me esquecendo – disse Hermione no meio da escada – Mobilibursas! – apontou a varinha para o malão de Gina e o seu. O dois começaram a vir em sua direção.
Hermione e Gina subiram para o quarto das meninas deixando Rony e Harry sozinhos. Rony lançou a idéia de uma partida de xadrez de bruxo, Harry que não tinha nada mais para fazer aceitou.
Depois de três longas partidas Harry se cansou de perder para Rony e resolveram parar de brincar.
– O que será que as meninas estão fazendo, Harry? – perguntou Rony guardando o jogo de xadrez.
– Não faço a mínima idéia. – disse Harry se lembrando da expressão mortífera que Gina lhe dera antes de ir para o dormitório – devem estar falando de nós.
– É – concordou Rony – Elas sempre fazem isso. Todas as meninas fazem – terminou num suspiro.
Harry abriu um sorriso, o pensamento de que eles também sempre falavam delas surgiu na sua cabeça.
A porta da sala comunal se abriu e por ela entrou à senhora Weasley.
– Ah, meninos. Vocês precisam ver como está lá embaixo: está maravilhoso! – disse cheia de emoção.
– Quando vamos almoçar mãe? – perguntou Rony passando a mão pela barriga.
– Daqui a pouco os elfos trazem a comida de vocês aqui. Eu vim para lhes dizer isso mesmo e lembrar que quero todos, até as meninas antes das quatro e meia lá embaixo.
– Por que tão cedo? – perguntou Gina descendo a escada de seu dormitório – teremos pouco de quatro horas para nos arrumarmos!
– É o mais do que o suficiente. Vocês conseguem se arrumar em até menos tempo. Até mais tarde – terminou a senhora Weasley fechando a porta e deixando Gina com cara de descrente.
– A mamãe pensa que nós somos o quê? – reclamou se sentando num sofá plumoso – O que ela nos deu de tempo é muito pouco!
– Pare de reclamar – disse Rony – Cadê a Mione?
– Já está descendo. – disse Gina.
Craque!
Na mesa de centro da sala uma bandeja cheia de sanduíches e uma jarra com copos acabaram de aparecer. Logo em seguida também aparece Dobby.
– Eu fiquei encarregado de trazer a comida de vocês hoje – disse Dobby fazendo sua teatral reverência antes de começar a servir o suco da jarra em copos. – Para mim é uma honra servir a Harry Potter e seus amigos.
– Do que são esses sanduíches Dobby? – perguntou Rony.
– São de presunto, queijo e bacon.
– Hum – disse Rony pegando um.
Dobby olhou para Harry e sorriu debilmente. Harry o encarou e Dobby continuou a sorrir.
– Dobby vem cá – pediu Harry.
Dobby se encaminhou para Harry, que estava do lado oposto de Rony e Gina.
– Fale senhor Harry Potter. – reverenciou Dobby.
– Você conseguiu? – cochichou Harry mais perto de Dobby.
Dobby encarou Harry outra vez e mexeu a cabeça num gesto afirmativo.
– Cadê? – perguntou Harry ansioso.
Dobby tocou em sua coxa direita e, enfiando a mão no que parecia ser um bolso interno de seu casaco de flanela azul elétrico, pegou um pequeno saco de seda preto. Discretamente Harry o pegou e o colocou no bolso de sua veste. Dobby voltou para o centro da sala e acabou de arrumar a ordem dos guardanapos. Em mais um craque sumiu.
– Sobre o que você estava falando com o Dobby Harry? – perguntou Gina dando descanso ao copo de suco.
Harry olhou para ela.
– Eu pedi para que Dobby procurasse um livro para mim na biblioteca – disse mentindo – Ele veio me comunicar que achou. – Um enorme remorso despontou dentro do coração de Harry. Não gostava de mentir e fazer isso com Gina potencializava ainda mais o fardo. Mas era algo que ela não podia saber, não agora pensou tentando aliviar seu sentimento de culpa.
O silêncio caiu na sala comunal da Grifinória, Rony estava no que parecia ser seu quarto sanduíche quando Hermione desceu esquisita: estava usando uma touca de couro. Rony se engasgou com o suco.
– O que aconteceu Hermione? – perguntou Gina.
– Nada – respondeu se jogando de uma vez num sofazinho – Eu estava te esperando lá em cima. Você não vai se trocar?
– Vou. A mamãe acabou de passar aqui para nos comunicar que devemos estar lá antes das 04h30min! Acho que é melhor eu subir agora mesmo. – disse se encaminhando para a escada. Você vai agora?
– Me deixa pegar um sanduíche. Você comeu um?
– Não. To me achando gorda! – disse Gina no meio da escada. Hermione pegou um sanduíche e a acompanhou deixando mais uma vez Harry e Rony sozinhos.
As horas passaram como predisse Gina, muito rápido. Harry e Rony mais uma vez tinham se embrenhado nas partidas de xadrez e nem perceberam quando o relógio soou quatro horas. A sorte deles foi à de que a senhora Weasley viera entregar os sapatos de Rony (ele esquecera na sede da Ordem). Ela ficou furiosa quando viu que eles ainda não haviam se aprontado para o casamento. Ela ainda falava quando eles subiram para o quarto. Rony tentara se explicar para a mãe dizendo que eles se arrumariam num fechar de olhos, mas esta tentativa apenas deu maior ênfase na preleção da senhora Weasley.
– Como ela consegue falar tanto? – perguntou Rony enquanto abria o malão. A senhora Weasley parecia que havia acabado de ir embora, ainda em lamentações.
Harry pegava a sua roupa pensativo. De certa forma não se sentia bem com a Gina por fazer com que ela sofresse tanto. Ele estava sendo egoísta, pensando somente em si quando se afastou dela.
–Harry, você não vai se trocar? – Harry olhou para seu lado direito, Rony já estava abotoando a camisa.
– Vou – disse fechando o malão.
Rony já havia descido quando Harry se encaminhou para a sala comunal. Rony estava impaciente, fazendo círculos pela sala.
– Elas ainda não desceram! – exclamou para Harry que se sentaram calmamente numa poltrona. – Estão lá em cima há mais de duas horas!
– Também não consigo entender como ou porquê demoram tanto, mas nós não podemos fazer nada quanto a isso – tentou aclamar o amigo.
Mas depois de exatos vinte e cinco minutos também Harry estava exaltado com a demora das meninas. Agora também ele rodeava o salão acompanhando Rony, o ponteiro maior já passara e muito dos trinta minutos da décima sexta hora. Quando Harry se perdeu na conta de quantas voltas já tinha dado, seu olfato levou seus olhos a virar em direção da escada do dormitório feminino: deslumbrantemente Hermione descia num vestido miraculosamente amarelo-claro. Um brilho misterioso e cativante se desprendia de sua aura angelical, um perfume semelhante ao jasmim banhou todo o salão. Harry ousou desviar seu olhar para Rony, que parecia uma estátua no meio da sala. Hermione estava irreconhecivelmente bonita, ainda mais do que no baile de inverno, três anos antes.
Hermione sorria quando sentou majestosamente no centro do sofá.
– A Gina já está descendo – disse em meio a um grande sorriso – Senta. – pediu olhando em direção a Rony, que parecendo hipnotizado se sentou na extrema direita do sofá que ela ocupava ainda a encarando.
Harry olhava para a escada com expectativa. Os pouco segundos que se passaram antes da descida de Gina lhe pareceram horas, dias infindáveis transcorreram enquanto Harry esperava ansioso; uma saudade de rever Gina brotou de seu âmago, a necessidade de contemplá-la mais uma vez, permanecer com ela se tornou vital.
E eis que ela apareceu no topo da escadaria: Surgiu e nem na mais bela aparição da deusa Vênus Harry sentiria tanta felicidade. Parecia flutuar, seu vestido de um creme levemente dourado se harmonizava perfeitamente com a cor de seus cabelos, tudo lhe parecia meticulosamente perfeito, oriundo de uma beleza jamais vista. Os pensamentos de Harry esvaziaram-se, apenas Gina era visível, apenas seu aroma floral era sentido. O tempo que tinha esperado lhe era passado, um passado remoto e esquecido. Não compreendia porque ela demorara tanto, mas não lhe interessava mais, tinha valido a pena, entendeu que se fossem mil anos a esperaria, ainda que um só segundo a contemplasse.
Gina desceu a escada e Harry num impulso se levantou, se encaminhou para o começo da escada. Gina corou levemente quando numa atitude lânguida ele tomou a sua mão direita, coberta por uma luva de seda crepé , e olhando no fundo de seus olhos cedeu-lhe um leve beijo.
– Ah, Harry – disse num sussurro.
– Desculpe-me – falou Harry soltando delicadamente a mão de Gina e ainda encarando-a – Mas você está Linda.
Gina passou a mão direita no rosto.
– Feliz Aniversário.
Harry tomou-a em seus braços, era um abraço mais que fraterno, o amor que fluía em cada poro do ser de ambos era um laço apenas explicado como algo sentido de um homem por uma mulher e o de uma mulher por um homem. Gina aproximou-se do ouvido de Harry:
– Eu te amo e nunca vou te deixar.
Os dois se olharam mais uma vez profundamente. Parecia um sonho, e se fosse Harry nunca fora tão feliz.
A senhora Weasley não tardou a aparecer para cobrar deles a pontualidade. Um clima sem graça caiu pesado sobre eles. Na tentativa de esconder da mãe de Rony e Gina o momento especial que eles tiveram acabaram por ficar calados demais, ruborizados demais e culpados demais.
– Vocês estão bem, meninos? – perguntou à senhora Weasley depois de um breve comentário sobre o atraso deles. Nem uma só palavra foi dita apenas um leve aceno feito com a cabeça em sinal contraditório. A senhora Weasley pareceu se contentar e praticamente os expulsou da sala comunal da Grifinória.
O caminho para o salão principal foi pontuado por pequenos ganidos de afirmação ao que a senhora Weasley falava. Mas ao chegarem à porta do salão a névoa que os torturava se dissipou e um deslumbrante salão pode ser contemplado: Estava completamente transbordado de fadinhas, que jogavam um pó brilhante dando ao lugar um estado irreal. O céu enfeitiçado estava num azul celeste dourado magnífico. As quatro mesas das casas foram rebocadas e, em seus lugares, centenas de bancos foram arrumados em direção do lugar que normalmente se localizava a mesa dos professores, agora transformado num altar iluminado por uma luz transcendental. No meio do salão um tapete carmesim dividia em duas as fileiras dos bancos. Metade dos bancos já havia sido ocupada. Na primeira fileira do lado direito Harry, Gina, Rony e Hermione se sentaram.
– Olhe os familiares da Fleur, Harry – disse Gina lhe apontando para o lado esquerdo do salão.
Harry olhou e por um momento se extasiou: umas duas dezenas de gente de cabelo louro e aparência metida olhavam para o fundo do salão. A descendência veela estava em peso. Nos bancos do fundo, outras pessoas se sentavam com a mesma cara de nojo. Harry não se surpreendeu quando ao olhar para trás se viu diante de um mar vermelho-ruivo.
Um sino agudo ecoou por todo o salão seguido por um som de cravo. As cabeças louras e ruivas olharam para o fundo se levantando. Hermione, a três lugares de Harry murmurou: “A entrada do Noivo!” . Harry estava acostumado a ser ignorante no mundo bruxo. O cravo estava ecoando mais alto, atacando uma fuga praticável somente por um habilidoso virtuose.
Primeiramente o senhor e a senhora Weasley, vestidos com roupas a rigor formal bruxo. Depois Gui entrou sorridente, estava com os seus cabelos amarrados num coque rabo de cavalo vestia o que parecia ser um terno trouxa, mas com diferenças mágicas.
Na segunda fileira de bancos os gêmeos e Carlinhos apontavam para o irmão, acenando.
Quando Gui alcançou o altar o cravo cessou. Melodiosamente notas soaram distante, como se aproximasse. Uma Harpa era tocada divinamente e Harry sentiu, sem que ninguém lhe avisasse, que a noiva estava chegando. Da porta surgiu um lindo unicórnio, seu chifre resplandecia raios luminosos parecendo arco-íris. O unicórnio parou em frente ao altar, reverenciando-o e desapareceu. Na porta um brilho dourado principiou a entrada da noiva, vestida com um lindo e branco vestido. Ela brilhava cada vez mais à medida que se encaminhava para o altar.
Ela subiu os três degraus para o altar e encarou Gui, que levantou sua grinalda beijando-lhe de leve a testa. Eles olharam em direção à porta, mas Harry só compreendeu o porquê quando os pais de Fleur entraram ao som de violinos, muito rapidamente. Eles se postaram a esquerda de Fleur. Assim como os pais de Gui estavam a sua direita.
Gui olhou demoradamente para Fleur que lhe correspondia. Um silêncio mágico pairou, como se todos esperassem por esse momento. Então os pais de Gui lhe entregaram sua varinha foram imitados pelos pais de Fleur. Se olhando mais uma vez eles tocaram as pontas da varinha e juntos entoaram:
“Compromissu Amore Aeternu,
Firmare Laciu Semper.
Amare Vivere”

Dois laços Bronze saíram da ponta das varinhas, envolvendo-os.
“Dies Ad Post die”

Um laço prata saiu das varinhas e se juntou ao bronze.
“Per Ad Semper
Amare”

Duas fitas douradas como o ouro saíram das varinhas, se misturando ao bronze e a prata. Sobre os dois a fita una começou a circular.
“Indissolubile Quomo Cupro”,
“Luminosu Quomo Argentum”,
“Nobile Quomo Aurum.”

Da ponta da varinha de ambos uma luz branca luminosa os envolveu. A fita una se separou em duas, transformando-se em duas alianças brilhantes, como se tivessem acabado de terem sido forjadas no fogo ardente, no mais alto grau de purificação.
A forte luz parecia ainda envolve-los quando Gui pegou a mão esquerda de Fleur, beijou-a e, pegando uma aliança, colocou-a delicadamente. Da mesma forma Fleur copiou os gestos de Gui. Os pais de Gui e Fleur levantaram as varinhas para o alto e exclamaram: “Consummare!” . A fumaça branca que os envolvia se transformou num lindo pergaminho amarelo. Como um contrato, Gui e Fleur o assinaram com uma pena escarlate que flutuava ao lado do pergaminho.
O pergaminho se lacrou e assim como veio desapareceu, levando a pena. Gui olhou para Fleur e a Beijou.
Inúmeras bombas coloridas explodiram pelo salão derramando sobre todos fogos coloridos. Serpentinas e fitas multicoloridas começaram a passear por todo o salão, que era inundado pelas palmas dos espectadores. Ao que parecia o casamento terminara.
Assim que o beijo de Gui e Fleur cessou um fotógrafo foi registrar o momento. A professora Minerva MacGonagall foi à frente do altar e, conversando com a senhora Weasley, tomou posicionamento do lado dos recém-casados.
– É realmente muito agradável para todos nós de Hogwarts recebermos hoje amigos antigos, a alegria que nos envolve é muito agradecida, principalmente nestes tempos tão difíceis.
Mais uma salva de palmas prorrompeu no salão.
– Fiquem à vontade e divirtam-se. Comemorem o feliz enlace que hoje se deu.
Aplaudida mais uma vez Minerva agradeceu com um leve aceno na mão. Embora a sua cara e modos dispensassem qualquer diversão ela num aceno da varinha, que abrangeu todo o salão, fez sumir todas as cadeiras. Com outro aceno firme mesinhas foram postas, o tapete vermelho também havia sumido, em seu lugar uma pista de dança como cristal transcendeu.
Como nem Rony e muito menos Harry as chamaram para dançar Gina e Hermione logo arrumaram uma mesa para eles se sentarem.
Um cardápio enorme trazia inúmeras opções de bebidas e comidas. Todos pediram cerveja amanteigada e costelinha assada com batatas fritas.
A música ambiente Harry descobriu depois vinha de uma banda que estava atrás do altar. Quando o altar foi removido a banda ficou visível. A dança logo começou com Gui e Fleur dançando a tradicional valsa. Os casais também se animaram e preencheram a pista.
A conversa entre os quatro era gerada do tempo da escola. Todos estavam sentindo falta do tempo escolar. Os gêmeos se sentaram junto com eles.
– Vocês gostaram dos nossos fogos? – perguntou Fred.
Jorge contou a todos que quase todo o estoque das Gemialidades Weasley fora utilizado para o momento final do casamento.
– Fiquei sabendo que vocês vão abrir uma filial na França, é verdade? – Harry perguntou. Desde que ouvira tal comentário não tivera tempo de se aprofundar no assunto.
– Acontece que resolvemos deixar a poeira baixar por aqui – disse Jorge.
– É, vamos ver outros mercados consumidores, abranger o nosso catálogo. – Fred concluiu para o irmão.
– Já estamos planejando outras filiais
Uns vinte minutos foram gastos na conversa com eles. Outras pessoas os visitaram, dentre eles Lupin e Tonks que estavam um pouco “felizes demais”.
Harry surpreendeu Gina quando a convidou para dançar. Ela se levantou de boca aberta enquanto que Hermione olhava feio para Rony.
Harry não sabia dançar e Gina sabia disso, e era essa razão de sua total surpresa. Ela foi levada até o centro da pista de dança a som de uma música suave. Harry colocou a mão em sua cintura e a levou, num ritmo lento, mas segurou.
Tampouco Harry entendia o porquê de tudo aquilo que ele estava fazendo, mas sabia que Gina estava gostando de tudo aquilo. Esse era o seu desejo: fazer Gina Feliz. Não que ele estivesse passando por momentos ruins. Ele tanto quanto ela estava adorando tudo. A boca de Gina estava próxima de seu ouvido direito, sua respiração estava ofegante. Harry podia sentir o perfume floral dos cabelos de Gina. Harry respirou fundo, se inebriando do doce perfume de Gina, se aproximou do seu ouvido e murmurou:
– Você gostaria de ir comigo lá fora. Eu quero te mostrar algo.
Gina sentiu um arrepio passar por todo o seu corpo. Não conseguiu falar, apenas assentiu com a cabeça.
Harry mais uma vez a levou em direção da porta de entrada do castelo. Parou na escadaria.
– Agora eu vou ter que te vendar – disse pegando a varinha e apontando para a própria mão. – Fascia! – Uma tira da pano preto apareceu na mão de Harry, que sorriu para Gina.
Harry foi até ela e delicadamente amarrou a venda nos seus olhos, impossibilitando que ela olhasse algo.
– Para onde você está me levando Harry? – Gina perguntou sorrindo.
– É surpresa...
Harry passou o braço direito por cima do ombro de Gina e começou a direcioná-la. Andara por uns cinco minutos.
– Falta muito para chegarmos lá? – Gina estava muito ansiosa para saber onde Harry a levaria. Continuaram a caminhar. Num momento parecia que Harry estava conversando com alguém, mas não compreendia com quem ou o que ele falava.
Quando ela pensou que não iam parar mais Harry cessou o caminhar e retirou o braço de seus ombros “Chegamos” disse ele.
Gina tateou com os braços ao redor de si para ver se encontrava algo em que pudesse se apoiar, mas nada encontrou. Harry suavemente retirou a venda que cobria os olhos Gina. Ela permaneceu de olhos fechados por um momento para se acostumar a luminosidade. Ela não reconheceu o lugar, mas era lindo. Passarinhos, borboletas rodopiavam sobre eles cantando alegremente.
– Olhe para ali – Harry apontou para frente de Gina. Era a coisa mais linda que ela já tinha visto: Um lindo pôr de sol podia ser contemplado do lugar onde eles estavam. Era um espetáculo da natureza.
– Oh Harry – suspirou Gina – Você é maravilhoso – uma lágrima solitária correu pela face de Gina. Harry aspirou-a com o dedo, acariciando Gina.
– Eu quero que esse momento seja eterno para nós. Eu quero que você me perdoe por tudo que eu fiz de errado com você. – Gina parecia que ia falar algo, mas foi interrompida por Harry – Eu fui tão tolo me privando de estar na sua presença por tanto tempo. Eu sou um verdadeiro idiota!
– Não Harry! – disse Gina – Você não é idiota. Eu te amo Harry.
– Eu também te amo Gina – Harry procurou algo no bolso – É por isso que eu quero que você nunca se esqueça de mim. Harry olhou para Gina, pegou um pequeno saco e dele retirou um lindo anel de rubi. Cravado no anel com pedras de esmeralda dois nomes brilhavam: Harry e Gina.
– Eu te amo Harry – Gina falou não contendo as lágrimas.
Harry pegou docemente a mão direita da Gina e colocou a anel nos seu dedo anular. Olhando nos seus olhos Harry se aproximou de Gina a beijando.
***
Quando Harry e Gina voltaram para o salão a festa estava em seu ponto máximo: em vez de músicas paradas sons completamente eletrizantes estavam tocando levando o público jovem a maior balbúrdia possível. A pista de dança estava lotada e poucas mesas tinham ocupantes, era esse o caso da mesa de Rony e Hermione. Desde que Harry e Gina saíram, eles estavam ali.
– Onde você foram? – perguntou Rony assim que Gina se sentou na cadeira a sua frente.
– Não te interessa, bisbilhoteiro – Gina falou. – Hermione, olhe o que Harry me deu de presente de aniversário – Gina mostrou o anel de seu dedo para Hermione que o olhou admirada.
– Que lindo. Vermelho e verde. Um ótimo par de cores.
A noite toda foi gasta em conversas, bebidas, comidas, e muita dança. Já era quase uma da manhã quando os últimos convidados se retiraram. Na escola apenas ficou os da Família de Fleur, os Weasley, bem como os amigos íntimos, como Hermione e Harry. Os funcionários também ficaram.
Harry foi dormir tarde, pois depois de terminada a festa ainda ficou conversando com os gêmeos na sala comunal da Grifinória. Eram quase três horas da manhã quando conseguiu ir para a cama.
Harry não se continha de felicidade pelo dia maravilhoso que tivera. Parecia flutuar na cama. Estava muito cansado, mas alegre por tudo o que lhe acontecera. Mal deitou caiu num sono profundo...
A floresta proibida sempre fora, de maneira especial, misteriosamente sombria. Sempre fora motivo de pânico, medo, tremor entre os alunos e habitantes da redondeza. Harry caminhava por um caminho enlameado de ervas daninhas. Ele não estava sentindo medo, a cabana de Hagrid estava perto, Hagrid garantiria sua segurança, caso precisasse. “Hagrid” chamou em frente à cabana, mas ninguém respondeu. Tentou novamente, mas nada. De repente um vulto negro veio correndo em sua direção, era Snape que vinha correndo do castelo, Harry tateou nos bolsos a procura da varinha, mas esta não estava junto dele. Outro vulto veio na direção de Snape, que estava próximo da cabana. Harry reconheceu, mas não acreditou quando se viu com a varinha apontada para Snape. Os pensamentos lhe aturdiam a cabeça “o que está havendo?”. Snape num gesto impetuoso apontou a varinha para a cabana de Hagrid. Chamas vermelhas crisparam na velha cabana.
“Não!” gritou Harry indo de encontro à cabana. “Não!”
Harry abriu os olhos com medo de ainda poder ver a cabana de Hagrid em brasas. Estava sentado na cama, suando frio. Parecia tão real pensou enquanto olhava para fora de seu acortinado para ver se alguém acordara.
Harry se revirou na cama tentando achar que não era a verdade o que tinha passado diante dos seus olhos, mas não teve jeito, o pânico o envolvera de tal forma que precisava conferir.
“Preciso ver a cabana de Hagrid intacta”. – disse enquanto descia da cama com cuidado para não fazer barulho. Em menos de cinco minutos Harry já estava saindo da sala comunal da Grifinória com a capa de invisibilidade e o mapa do maroto.
Harry nem teve tempo de abrir o mapa, saiu rapidamente com a capa a suas costas. Foi na porta de entrada que resolveu dar uma olhada para conferir. Nos arredores do castelo nenhum ponto se locomovia, Harry começou a pensar que se preocupara a toa, mas algo chamou a atenção de Harry: dentro do castelo mais um ponto se mexia e não era Filch, e sim a Professora Minerva MacGonagall. Harry tratou de se esconder, pois ela vinha em sua direção. Harry já estava imaginando uma desculpa decente quando ela passou por ele, mas ela como não o percebesse abriu a porta e saiu.
A curiosidade começou a inflamar em Harry, a tentação de procurar saber o que a professora iria fazer naquela hora fora da escola lhe foi mais forte. Olhou no mapa para ver na direção que ela ia e não teve dúvidas, era a casa do Hagrid.
Sem pensar muito no que fazia Harry também abriu a porta e saiu para a escuridão da noite fria. O silêncio batendo com o vento em seu rosto, sendo apenas cortado pelo barulho dos galhos mexidos e animais da floresta. Chegou a tempo de ver Minerva MacGonagall adentrar na floresta “O que ela vai fazer lá dentro?” Harry estava curiosíssimo e começando a achar que fizera bem em largar o aconchego de sua cama nos aposentos da sala comunal da Grifinória.
A professora Minerva andava com segurança e agilidade, Harry teve certa dificuldade para segui-la, por causa do barulho que estava fazendo e manteve certa distância da professora de transfiguração. O mapa do Maroto estava quase acabando sua trilha pela floresta, Harry começou a pedir para que o lugar que a professora estava indo fosse ainda aos limites do mapa. Foi aí que aconteceu: O ponto que significava a professora Minerva desapareceu do nada. Harry estava a uns cinco metros dela mas não via nenhuma forma de presença humana ali. Ela simplesmente havia sumido, literalmente, do mapa. Harry levantou a cabeça, estupefato, à procura da professora, mas somente viu o breu da noite, foi um pouco mais a frente para ver se estava lá, mas nada. O desespero começou a cair sobe Harry. “E se alguém a tivesse seqüestrado?” “Não”, pensou Harry, “essa idéia é improvável, pois eu teria visto no mapa”.
A capa de invisibilidade de Harry se prendeu num pequeno tronco caindo sem que Harry a percebesse. Estava cada vez mais preocupado com o sumiço da nova diretora de Hogwarts. Não entendia como alguém poderia sumir assim do nada. Não poderia ser aparatação, a voz aguda de Hermione que lhe ensinara muitas coisas lhe dizia firme “Quantas vezes eu já disse que em Hogwarts não se pode aparatar e muito menos desaparatar?”. Acabara aprendendo de cor e salteado essas afirmações e sabia que não dava certo. O fato é que ela havia desaparecido e Harry não sabia onde procura-la. Tentou mais uma vez o mapa do maroto, procurando em todas as terras de Hogwarts, até mesmo o castelo, algum sinal do misterioso paradeiro da professora Minerva.
– O que você está fazendo aqui Harry Potter?
Harry tateou a cabeça a procura da capa de invisibilidade que perdera algum tempo atrás no meio da floresta.




Nos desculpem pela demora(muito demorada por sinal...) Mas compreendam o nosso ponto de vista por favor(temos muitas tarefas!!!)...Muito obrigado pelos comentários e aos que não comentaram ainda, por favor, não se acanhem:Comentem e comentem bastante!. Acho que vocês perceberam que esse capítulo foi mais romance, não é? Não se preocupem como diz a nossa classificação somos "geral", ou seja, vai ter um pouco de tudo. Não esquecemos do pedido de mais romance entre Rony e Hermione, só pedimos paciência que vai decolar....
Até mais e tentaremos postar o próximos no menos tardar possível. comentem para podermos saber se está bom e agradando.
Beijos e abraços de

Mel e Brian♥♥♥

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