Na Ala Hospitalar



Gina Weasley estava despertando aos poucos, preguiçosamente. Ela tinha tido um pesadelo durante a noite, em que Harry havia se ferido. Naquele momento entre o sono e a consciência, ela ouviu vozes à sua volta, cochichando. Era seu irmão, Rony e Hermione, falando alguma coisa sobre como ela estava. Então ela percebeu que não estava em seu dormitório, aquela não era a sua cama. Era uma cama estreita, dura.Um cheiro de produto de limpeza no ar demonstrava que ela estava num local constantemente esterilizado. Então a lembrança do que ocorrera retornou à sua mente e ela despertou totalmente, abriu os olhos e se sentando na cama.

Os amigos, que estavam sentados a seu lado conversando baixo tomaram um susto quando ela se sentou, levantaram-se e Rony lhe perguntou.

- Gina, como é que você está?
- Cadê o Harry, Rony?
- Ele está sendo tratado, Gina. Está muito mal. – Respondeu Hermione, acariciando os longos cabelos da ruiva.
- Eu preciso falar com ele! – Continuou Gina – Trás ele pra mim.
- Não dá, Gina. – Continuou Mione, com uma lágrima descendo pelo seu rosto.
- Rony, você é meu irmão, por favor, trás ele pra mim.
- Gininha, se eu pudesse eu traria. Se pudesse eu trocaria de lugar com ele só pra não te ver assim. Mas não podemos fazer nada agora. Só podemos torcer para que Slughorn e Mme Pomfrey consigam salvá-lo.
- Ele está tão mal assim? – Perguntou Gina, começando a chorar.
- Está. Slughorn disse talvez ele não resista até o amanhecer. – Hermione desabafou, abraçando a amiga e chorando também.
- Ele não pode morrer. Não pode morrer assim. Eu preciso falar pra ele... Eu preciso dizer o quanto o amo...
- Nós sabemos Gina. E ele também sabe, pode ter certeza. Vamos torcer pra tudo dar certo.- Completou Rony.

Neste momento se aproximou a diretora Minerva Mcgonagall, se dirigindo à mais nova Weasley:

- Srtª Weasley! Vejo que acordou. Como está se sentindo?
- Estou bem diretora. E o Harry? Ele vai ficar bem? O que aconteceu com ele?
- Bem! – Começou a senhora, com um longo suspiro – A situação dele é extremamente delicada. Ele foi atingido por um poderosíssimo feitiço destrinchador. Este feitiço causa ruptura nos tecidos, retalhando os órgãos internos, a pele e tudo mais. Se o socorro tivesse demorado mais cinco minutos, teria atingido seu coração e ele não teria sobrevivido.
- Então ele vai ficar bem? – Perguntou Mione, esperançosa.
- Como eu disse, o feitiço é muito poderoso. Os pulmões e vários outros órgãos foram atingidos, mas conseguimos conter o seu progresso. O professor Slughorn é um preparador de poções muito habilidoso e acreditamos que se conseguirmos mantê-lo vivo até amanhã, ele terá uma boa chance.Talvez fiquem algumas cicatrizes, mas ele deverá se recuperar.
- Ele ainda está sentindo dor? – Perguntou Rony, se lembrando dos gritos do amigo.
- Não, Sr. Weasley, ele está sedado e ficará assim enquanto durar o tratamento. A cura é tão dolorosa quanto o feitiço, e ele não agüentaria a dor.
- Não posso acreditar que alguém criaria um feitiço que causasse tanta dor. Nunca vou me esquecer dos gritos dele, pedindo para que o matássemos.
- Ele pediu isso? – Gina levantou os olhos e encarou o irmão.
- Foi horrível. – Completou Mione – Nunca vi Harry tão mal. Nunca me senti tão incapaz.
- Vocês se saíram muito bem. – Disse a diretora – É obvio que enfrentaram o poder de um bruxo poderosíssimo, mas conseguiram sobreviver. E agora, mais do que nunca eu preciso insistir que me contem o que está acontecendo. Não vou ter como ocultar isto do ministério ou dos conselheiros, preciso saber o que está acontecendo.
- Sinto muito diretora – Respondeu Rony – A única pessoa que pode contar o que está acontecendo é o Harry. É um segredo dele com Dumbledore e não temos o direito de contá-lo.
- Eu entendo e admiro sua lealdade Sr. Weasley. Mas a situação é outra agora. Harry está deitado em uma cama e não sabemos sequer se vai sobreviver ou não. Esta missão que vocês têm deve ser vital e nós podemos ajudá-los.
- Diretora. – Hermione tomou a frente – Nós também achamos que o Harry deve se abrir com a srª. Mas esta decisão é dele.
- Muito bem. Depois retomamos este assunto, srtª Granger.
- Diretora? – Disse Gina – Eu posso vê-lo?
- Não srtª Weasley, não acho recomendável. Descanse. Quando e se ele melhorar eu avisarei.
- Só por um instante, por favor. É muito importante pra mim. Só por um minuto.
- Muito bem então. Que seja rápido. – Rendeu-se a diretora, diante do olhar desesperado da sua aluna.

Gina se levantou e apoiada ao irmão, se dirigiu para o local onde estava o biombo escondendo a cama de Harry. Quando o contornaram, viram Slughorn ao lado da cama ministrando uma poção. Mas não era a maneira normal de ministrar que os jovens estavam acostumados. Na verdade, nada ali era convencional.

Harry não estava deitado na cama, estava flutuando alguns centímetros acima dela, envolto em uma bolha transparente. Não era possível vê-lo, pois estava envolto em uma nuvem de tons azuis e lilases. Ao ver os três ali, o professor explicou que aquela nuvem era a poção que ele estava recebendo. Não era líquida e sim gasosa, desta maneira o tratamento atingia seu corpo inteiro. Ele inalava a poção para que esta regenerasse seus órgãos internos.

Gina se aproximou da cama e falou, olhando para onde estava a cabeça de Harry:

- Me perdoa. Me desculpe por ser tão cabeça dura. Volta pra mim. Não desista de lutar, Harry. Volta pra mim.

Em seguida lançou-lhe um beijo e saiu, acompanhada do irmão e da amiga.

Estava quase amanhecendo quando os três chegaram à sala de Harry. Não foi surpresa encontrar ali a maioria dos membros da Armada, muito ansiosos. Rony marcou uma reunião para o início da manhã, onde ele informaria o ocorrido.

Às 07:00 hs, todo o grupo estava reunido, conforme solicitado. Rony explicou o que estava acontecendo, que Harry havia se ferido em uma missão externa da armada e que nada disto poderia vazar. O trio combinara com a diretora que a versão a ser divulgada para a escola e o ministério era de que Harry sofrera um acidente durante uma aula de poções, quando a poção em que estava trabalhando deu errado atingindo-o. Prometeu informar caso houvesse alteração no quadro e pediu para ninguém entrar na ala hospitalar.

A rotina da escola não alterou muito no decorrer do dia. Afinal, ainda era final de semana. Rony assumiu as funções de Harry, pois nem Mione nem Gina tinham condições. As duas passaram a maior parte do dia recolhidas em seus dormitórios, totalmente despertas. Não conseguiam dormir.

Depois de duas noites e um dia, finalmente boas notícias. O professor Slughorn, que não saíra do lado de Harry por nenhum momento desde que chegara, informou que ele estava fora de perigo. Ainda precisava ficar mais alguns dias na enfermaria, mas sobreviveria.

Gina estava ansiosa, não queria mais se alimentar e passava a maior parte do dia na porta da enfermaria, mesmo após a diretora avisá-la que ela só poderia entrar depois que ele estivesse melhor. Finalmente quando já fazia dez dias que Harry estava internado, eles receberam autorização para vê-lo.

Agora Harry se encontrava deitado, dormindo serenamente. Mal podia se ver sinais do feitiço que o atingira. Havia, segundo informara Mme Pomfrey, algumas cicatrizes em suas costas, mas nada muito grave. Gina olhou para aquele rosto, pensando em como ele era lindo. Não se conteve e o abraçou, chorando. Depois se sentou numa cadeira ao lado da cama e ficou velando seu sono, segurando sua mão.

Era tarde da noite quando Harry acordou. A consciência veio devagar, dolorosa. Seu corpo estava todo dolorido. Então sentiu um perfume maravilhoso e percebeu que sua mão esquerda estava segurando alguma coisa e um peso sobre o peito. Abriu os olhos e viu, sob a luz do luar que entrava por uma janela, Gina. Ela estava sentada numa cadeira, debruçada sobre ele. Adormecera com a cabeça sobre seu peito, sua mão entrelaçada à dele. Seu cabelo solto, brilhando sob aquela luz, lhe dava a aparência de um anjo. Seu rosto estava virado para ele, que ficou admirando-o por longos minutos. Era a visão mais linda que ele podia imaginar. Então ela se mexeu e acordou. Abriu os olhos e seus olhares se cruzaram. Harry sorriu para ela, que sorriu em resposta, endireitou-se e pulou em seu pescoço, dando-lhe um ardoroso e apaixonado beijo, que ele retribuiu com a mesma intensidade.

Nenhum deles se lembrava mais das mágoas, dos ressentimentos, das brigas. Nada disso tinha mais importância naquele momento. A única coisa que importava era o amor entre os dois, contido por tanto tempo e extravasado naquele momento.

Passado algum tempo, eles se separaram e se olharam longamente, até que Gina conseguiu falar.

- Por Merlin, Harry! Nunca mais faça isso. Nunca senti tanto medo.
- Me desculpa, não queria deixar vocês preocupados. Não queria fazer você sofrer.
- Mas fez. Quando vi você, assim que chegou, pensei que você estava morto. E quis morrer também. Eu amo você, Harry Potter. Não me importa o que você precisa fazer, eu não vou mais sair do seu lado. Nem adianta tentar me mandar embora, me afastar. Eu não vou.
- Eu também amo você, Gina Weasley. E não posso mais viver longe de você. Não adianta tentar me afastar de você, eu preciso de você. Longe, não consigo me concentrar no que tenho que fazer, o que quase causou a morte do seu irmão e de Mione. Além da minha mesmo.
- Como assim? O que você quer dizer com isso?
- Depois eu te falo. E como é que eles estão?
- Estão bem, não sofreram nada. Mione está muito abalada com o que aconteceu, mas está se recuperando. A diretora está pressionando-os para contar o que e onde vocês foram, mas eles não contaram nada. Disseram que só você tem o direito.
- Gina, eu preciso que você me faça um favor. Eu preciso falar com eles antes de qualquer coisa, preciso saber o que aconteceu depois que eu fui atingido. Você pode chamá-los?
- Agora? Estamos no meio da madrugada, Harry. Você acabou de acordar depois de dez dias, não vou chamar ninguém aqui agora. Descanse mais um pouco, amanhã pela manhã você fala com eles.
- Tudo bem. – Respondeu Harry, que realmente estava bastante cansado e não queria brigar com Gina, que estava lhe lançando um daqueles olhares Srª Weasley que não aceitava contestação – Você vai passar a noite aqui comigo?
- Vou. A diretora me autorizou ficar com você, enquanto se recuperava.
- E vai ficar sem dormir? Não senhora, pode tratar de dormir. Amanhã quero a senhora muito bem disposta, vai ser um longo dia.
- Tudo bem, então. Eu vou dormir e volto pela manhã.

Ela deu mais um beijo no rapaz e saiu da enfermaria. Logo depois ele dormiu também e só acordou quando o dia amanheceu. Pouco depois a porta da enfermaria se abriu e por ela entraram Gina, Mione e Rony. Mione correu até a cama de Harry e o abraçou, visivelmente emocionada. Rony, rindo, puxou a moça pelos ombros, dizendo:

- Você vai sufocar ele deste jeito, Mione. Ele não está conseguindo respirar.
- Ah! Desculpe, não percebi. Que susto Harry. Fiquei tão preocupada...
- E aí, cara. Como é que você está? – Disse Rony, apertando a mão do amigo e dando-lhe um tapinha no ombro. Você nos deu um belo susto, hein!
- Eu estou bem. E vocês?
- Agora está tudo ótimo – Respondeu Mione, sorrindo.

Em seguida eles conversaram sobre o ocorrido. Nenhum deles havia contado a ninguém o que acontecera, e Gina ficava ainda mais estarrecida ao saber o que eles haviam enfrentado.Hermione explicou que estudara sobre a planta que haviam encontrado, tratava-se de uma Rodicula Gorgonias Africanis, planta carnívora originária da África extremamente perigosa, que poderia devorar uma pessoa em menos de cinco minutos.


Harry pediu-lhes que marcasse uma reunião com a diretora, Remo, Slughorn e Moody para aquele dia mesmo, pois ele também concordava que não havia mais como manter o segredo. Eles precisavam de ajuda para continuar em diante.

Gina permaneceu o dia inteiro na enfermaria com Harry, que aos poucos se sentia mais forte. Após o jantar, ela com a ajuda de Hermione levaram Harry para a sala da diretora, onde seria mais seguro conversarem. Quando chegaram na porta da sala, Gina soltou Harry e já estava se virando para se retirar, quando harry segurou em seu braço dizendo:

- Fica Gina. Por favor, eu gostaria que você participasse da reunião.
- Não precisa, Harry. Não vou mais pressionar você para que me conte o que está acontecendo. Só quero estar junto com você e fazer o possível para ajudar.
- Chega de segredos Gina. Você merece e precisa saber o porque de meus atos e o que o futuro nos reserva. É importante para mim que você saiba, já deveria ter contado a muito tempo. Desculpe-me não tê-lo feito, não foi por falta de confiança, eu só quis poupar você. Hoje eu percebo que estava errado.
- Ok! – Disse ela simplesmente, dando um sorriso e pegando novamente no braço do rapaz e entrando com ele na sala.

No local já se encontravam todos, com exceção de Rony, que estava dando instruções ao pessoal da Armada. Harry olhou novamente para o quadro do ex-diretor e sentou-se em uma cadeira, ladeado por Gina e Mione. Pouco depois Rony chegou e se postou às suas costas.


- Bom, acho que tenho muito a contar e vocês têm muito a ouvir. – Começou ele, segurando a mão de Gina entre as suas – Então vamos começar pelo começo. A profecia.

Harry passou duas horas falando. Contou sobre a profecia, o que havia nela. Contou sobre a busca que ele e Dumbledore empreenderam através das memórias pelo conhecimento de como destruir Voldemort, Das Horcruxes. Neste ponto, Moody xingou alto, e Harry teve que interromper a narrativa para explicar o que seriam Horcruxes, auxiliado pelo professor Slughorn para Remo e Gina. A cada palavra da narrativa de Harry a garota ficava mais pálida, porém não chorou. Harry precisava de sua força naquele momento e ela não iria decepcioná-lo.

Quando Harry lhes contou o que eles acreditavam ser as Horcruxes, no entanto, ela não conteve um mal estar. Saber que fora dominada pela alma de Voldemort era demais, e uma lágrima caiu. Harry a secou e continuou, descrevendo as outras. Quando ele citou Nagini, nova onda de espanto percorreu a sala.

- Você vai ter que matar a cobra dele? – Perguntou Remo
- É isso aí. Além disso, existe uma outra que nem sabemos o que é. Temos pesquisado incessantemente algum objeto dos fundadores que Riddle poderia usar, mas até agora não encontramos nada.
- E perdemos o colar também? – O quadro de Dumbledore, que estava calado até aquele momento perguntou, com a maior tranqüilidade.
- Perdemos professor. Quando abrimos o colar, havia um bilhete assinado por um tal de R. A.B., dizendo a Voldemort que a Horcrux estava com ele. Também temos tentado descobrir quem é essa pessoa sem grande sucesso.
- Então vamos fazer um resumo de como estamos Harry. – Continuou Dumbledore – Temos Duas Horcruxes destruídas – O diário e o anel. Mais uma já em nosso poder, graças a vocês três – A taça. Uma que conhecemos e não sabemos seu paradeiro – O colar. Uma que desconhecemos ainda o que seja e Nagini, que obviamente deverá ser a última a ser destruída.
- Isso mesmo senhor. E é por isso que resolvemos contar tudo. Não temos mais como continuar sem ajuda. Precisamos descobrir qual é a Horcrux que falta e quem é esse tal de R. A.B, se amigo ou inimigo e se o colar foi destruído. – Finalizou Harry.
- Quanto à Horcrux desconhecida eu não sei de nada. – Interrompeu Remo – Mas quanto a quem foi R. A.B, nisto eu posso ajudar.

Todos os olhares se voltaram para ele, ansiosos e ele continuou:

- R.A.B são as iniciais de Régulo Arcturus Black, o irmão de Sírius, assassinado por Voldemort.

Um silêncio sepulcral se espalhou pela sala. Quem o quebrou foi Hermione.

- Isto explicaria muita coisa, não é mesmo? Este poderia ser o motivo do assassinato, não é?
- Poderia, poderia sim, Srtª Granger. – Disse Dumbledore.
- Mas senhor. – Rony começou – Segundo Harry, o senhor mesmo teve grande dificuldade de chegar onde estava o medalhão, quase morreu tentando. Como é que Régulo conseguiria fazer isto?
- Monstro! – Respondeu Harry – Ele só pode ter usado aquele Elfo. Sírius me disse que Régulo não era lá grande coisa como bruxo, era medíocre. E não teria como dois bruxos adultos terem atravessado aquele lago cheio de Inferis. Ele só pode ter levado Monstro com ele e o forçado a beber aquela poção.
- É possível, Harry. Ele era bem capaz de fazer isso mesmo. – Resmungou Moody.
- E onde será que ele escondeu o colar? – Perguntou Minerva.
- No Largo Grimmauld, com certeza. Seria o melhor lugar para esconder algo de Voldemort. Ele nunca conseguiria encontrar a casa, é muito bem protegida. – Disse Harry.
- Certamente, certamente Harry. – Disse Dumbledore – Agora já temos por onde recomeçar, não é mesmo?
- Sem dúvida senhor. – Disse Harry, começando a se levantar.
- Nem pense nisso, Harry Potter! – Disse Gina, segurando-o pelo braço e fazendo com que se sentasse novamente – O senhor ainda nem consegue andar direito, acabou de sair de dez dias de cama. Eu não vou deixar que saia pra lugar nenhum atrás de outra destas Horcruxes antes que esteja totalmente recuperado.
- Mas Gina, eu tenho que ir. É minha responsabilidade encontrar e destruir as Horcruxes.
- Sua responsabilidade maior é com sua saúde, Harry. E ela já está muito abalada. Nós cuidaremos disto. – Disse Remo – Pode ficar tranqüilo que no próximo final de semana eu mesmo irei até o Largo Grimmauld procurar o colar.
- Nós iremos com você, Remo. – Disse Rony, olhando para Mione que concordou plenamente.
- E eu vou cuidar para que o senhor não abuse da saúde e se recupere logo, senhor Potter. – Disse Gina, dando um abraço no rapaz.
- Tudo bem então. No Largo Grimmauld não haverá problemas, não deve haver nada protegendo o colar.
- Muito bem. Agora eu acho que já chega, não é mesmo? – Interveio a Diretora Mcgonagal – Harry precisa voltar para a ala hospitalar.

Todos se levantaram e foram embora, cada qual pensando no grande desafio que aquele rapaz teria ainda que enfrentar na sua vida. Principalmente Gina. Ela não demonstrara nada durante a reunião, mas estava apavorada com a idéia de Harry ter que enfrentar Voldemort e que apenas um sairia vivo deste confronto. Mas ela decidira não ficar pensando sobre isto. Daria todo seu apoio ao Homem que amava, faria de tudo para que ele triunfasse e pudesse finalmente viver em paz.




*****


A muitos quilômetros dali, um homem saboreava seu vinho com um sorriso cruel na boca. Severo Snape recebera autorização de seu mestre para atacar sua antiga escola. Ele o chamara no dia anterior dizendo:

- Você não adora o Hallowen? O que acha de uma travessura com seus ex-colegas e alunos?
- Creio que eles ficarão surpresos Mi Lord. Eu adoraria visitá-los.
- Então providencie tudo Severo. Mate Mcgonagal. Pode matar quem mais você quiser, mas traga-me Potter vivo.
- Seu desejo é uma ordem, Mi Lord.

Sentado agora em uma poltrona em sua casa, Snape repassava seu plano.Logo que recebera a missão, meses atrás, a primeira coisa que fizera foi viajar até Hogsmeade e entrar escondido na Casa dos Gritos. Como ele imaginava, a passagem estava lacrada. Com Lupin, Potter e seus amigos sabendo que ele era um traidor, seria lógico eles destruírem esta passagem, mas ele tinha que ter certeza. Ele sabia que havia outras passagens, mas ele não sabia onde ficavam suas entradas e não tinha como revistar a cidade procurando-as. Então decidiu algo mais direto. Iria criar uma distração e atacar o castelo diretamente, com um grupo de Comensais e Dementadores. Ia levar Fenrir também, só por diversão. O dia estava se aproximando e Severo Snape estava eufórico. Iria retornar a Hogwarts em grande estilo.

N. A. - Queria agradecer os comentários e os votos que a FIC tem recebido, tem me insentivado muito. Espero que tenham gostado deste capítulo, no próximo teremos mais ação, na festa de Hallowen. Até lá.

Um abraço.

Claudio

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Comentários (1)

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