De Volta a Hogwarts




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Após todos levantarem e tomarem café resolveram que estava mais que na hora de sair à procura de Harry. Senhora Weasley estava desesperada para saber por que o garoto desde o dia anterior, na hora do lanche da tarde, havia saído da mesa e não foi visto por mais ninguém.

- Ele deve estar em algum dos cômodos da casa. – Disse Rony tentando demonstrar calma, mas podia ser notada a preocupação em sua voz. O ruivo nem percebeu quando sua irmã caçula se retirou em silencio.
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Gina sabia onde Harry estava e após ver a preocupação de sua mãe não teve dúvidas, iria tentar falar com ele e resolver todas as pendências existentes entre ambos. Enquanto todos pareciam perdidos em pensamentos saiu levando consigo metade de uma torrada para ir mastigando até o andar que se encontrava o “amigo”. Aproveitaria para pegar Sebastian, que logo pela manhã não estava em seu quarto e muito menos na cozinha, onde era seu lugar favorito. – “Poderia ser o gato de Rony!” – Pensou dando um pequeno sorriso afinal seu bichinho de estimação adorava a hora da refeição. Mas dessa vez tinha a intuição que ele voltara ao mesmo lugar em que o encontrara na noite passada, na biblioteca.

Tinha certeza que Hermione, sendo muito atenta, havia notado sua escapulida, mas, nem ao menos se importou com isso, tinha certeza que a garota mais inteligente de Hogwarts entenderia o motivo de não ter mencionado a localização de Harry.

Assim que se aproximou da porta da “Biblioteca dos Black”, percebeu que ela se encontrava entreaberta.

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O eleito permaneceu com o olhar perdido sem saber ao certo como havia aberto o livro, muito menos de onde aquele poder havia surgido. Deixou de lado esses pensamentos ao ouvir algo do lado de fora levantou-se e ao abrir a porta constatou a pequena bolinha de pêlos branca como neve, ronronando ao passar por suas pernas. Abriu um pequeno sorriso dando passagem para que Sebastian entrasse livremente. - Parece que você também quer um pouco de paz. – Murmurou sentando ao chão fazendo com que Sebastian se aninhasse em seu colo.

- Humm... Vejo que está impaciente. Deve ser fome. – Falou pegando a varinha e conjurando uma tigela com leite fresco que imediatamente Sebastian saltou de seu colo fazendo desaparecer aquela pequeninha cabeça dentro da tigela. – Calma, não precisa ter pressa. – Falou rindo e imaginando que aquele gato parecia muito com Ronald em se tratando de estômago.

Ainda sentado próximo ao gatinho de Gina, viu quando esse terminou de tomar o leitinho lambendo a tigela e saltando novamente em seu colo, onde começou a fazer uma faxina em si mesmo antes de se aninhar para tirar uma soneca. Acariciou a pequena bolinha branca e percebeu que já não estava tão branco como antes. Tinha algumas marquinhas em vermelho, e só ai é que notou que os cortes em suas mãos ainda sangravam fazendo com que aquela bola branca parecesse mais um algodão ensangüentado do que uma bola de neve.

Fazendo uma nota mental para depois providenciar a limpeza daquele bichano e cuidar de seus ferimentos, começou a conversar com aquele que resolvera fazer companhia a ele.

- Tenho que enfrentar tantas coisas pela frente e mal consigo resolver o que está latente dentro de mim. – Disse percebendo o pequeno gatinho o encarando. – Gina, tem o gênio forte, marcante, mas também é cabeça dura. – Completou ouvindo o gato miar parecendo que estava concordando com o relato.

- Não posso mais machucar meus amigos dessa maneira. Preciso sair dessa casa sem ninguém perceber. – Concluiu vendo que o bichano o olhava inquieto e sem nem ao menos levantar os olhos sentiu um cheiro floral invadir as narinas, fazendo um tremor passasse pelo seu corpo em imaginar que ela ouvira o que acabara de pronunciar, em segredo, para Sebastian sem notar Gina escondida entre as estantes da biblioteca.

- Você é tão fraco assim? – Perguntou Gina se posicionando em um local onde pudesse ser vista. – Deveria ter vergonha por pensar na hipótese de abandonar seus amigos. Justo eles que mesmo perante a guerra não pretendem abandoná-lo. Não falo por mim por que sei que isso você faria sem nem ao menos olhar para trás. Mas eles... – Gaguejou sabendo que o que acabava de falar era mentira. Harry tinha consideração por ela, mas, como já tinha falado mesmo prosseguiu. – Eles sempre estiveram do seu lado. Eu... – Se sentindo uma perfeita idiota completou... – Que sempre entendi você.

Sentindo a garganta seca ao ver aquele olhar questionador mirando os olhos dele esperando uma reação se levantou sem saber ao certo o que fazer ou falar, fazendo com que o gatinho se escondesse atrás da poltrona. Mais uma vez ela estava certa, em parte, os amigos jamais o abandonariam e ele mais uma vez estava sendo um tremendo idiota. Mas por outro lado entender ele era algo que ela havia esquecido como fazer.

- Você me entende sempre? – Perguntou Harry zangado. – Você tem certeza que você me entende sempre? –Vendo que ela havia entendido pra que lado a conversa estava encaminhado prosseguiu. – Nem sempre você entende o que acontece ou o que se passa comigo. Pare de bancar a entendida no assunto Harry Potter.

- Harry... Não fale assim... – Falou se mantendo firme pra não desabar diante dele.

- Você sabe que eu amo você como jamais achei que fosse possível um homem amar uma mulher. – Disse se dando conta da profundidade do que havia dito tarde demais.

- Me... Me ama? – Abobalhada fala com a voz tremula.

- Você acha que eu te beijei por que Ginevra? – Disse carrancudo encarando a ruiva. – Por diversão? Por algo sem sentimento? Você pensa que sou um daqueles imbecis que vivem falando sobre você... Apenas por que é linda? Não me julgue como eles... Eu realmente gosto de você e sempre vou gostar... Mas você não quer acreditar não é?... Eu não consigo estar ao mesmo quarto que você.

Ao terminar de falar saiu a passos largos sem nem ao menos olhar pra trás, deixando uma ruiva aos prantos. Ela jamais imaginaria uma situação como aquela, ele sabia que ela o entendia perfeitamente. Mas se ele a amava por que estava lutando contra esse sentimento? Pegou o livro e o que restou do medalhão e ficou sentada em uma poltrona que havia naquele local perdida em pensamento até franzir os olhos ao ver seu gatinho ensangüentado.

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Em passos rápidos após sair da biblioteca foi até seu quarto pegar uma troca de roupa para tomar um banho e aproveitou para estancar o sangue de suas mãos, lamentando por não ter carregado o gatinho junto de si, sabia que a ruiva veria as manchas no bichinho. Ao sair do quarto se deparou com Rony e Mione, que pela cara de ambos, estavam a sua procura.

-Cara, onde você se meteu? – Perguntou Rony respirando aliviado.

-Estava na biblioteca. –Respondeu olhando para Hermione que demonstrou um meio sorriso. – E por incrível que pareça não me arrependo de ter passado a noite toda no meio de livros. – Tentou brincar se lembrando que teria que voltar para pegar o medalhão destruído. – Se bem que eu poderia ter escolhido um lugar confortável para dormir. –Esticou os braços sentido o corpo todo doer. – Dormir no chão chega a ser pior que o armário embaixo da escada. Vou tomar banho depois desço pra comer.

-Enquanto isso nós vamos avisar Luna e Neville, que estão a sua procura, no andar de baixo. Depois vamos avisar Gina.

-Ela já me encontrou. – Falou antes de se trancar no banheiro.
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- Devia ter conversado com ele após os treinos, mas cabeça dura como qualquer sangue Weasley, tinha que ser orgulhosa. Ficou chateado por eu ter dado explicação á Neville e com ele fui grossa. Mas também por que ele tem essa maldita mania de me considerar incapaz.

– Ginevra, você sabe que não é assim que ele a vê. -Sua consciência tripudiou em seu cérebro.

- OK... Ele só queria evitar que eu enfrentasse comensais na casa de seus tios. – Pensou dando se por vencida.

- Agora Ginevra, você vai ter que engolir o orgulho e ir falar com ele. – Sentiu sua consciência dar pulinhos de vitória.

- Se bem que a vontade não é conversar. – Pensou tocando os lábios com a ponta dos dedos.

- Ginevra pare com esses pensamentos e levante o traseiro dessa poltrona e vá fazer o que tem que ser feito. – Ordenou a voz da razão.

- É... Arrumar as malas. – Pensou

- Não. O que você precisa fazer é ir conversar com ele. – Avisou a chata de sua razão fazendo com que uma pontada de dor de cabeça fosse sentida.

- Mas o que é prioridade no momento? Falar com ele ou arrumar as malas? – Se perguntou.

- Tanto faz desde que não deixe de fazer o que sabe que tem que ser feito. – Respondeu sua famosa e chata consciência.

**

Saiu da biblioteca de cabeça baixa andando distraidamente pelo corredor, mas logo estancou ao sentir o cheiro do perfume de Harry. Respirando fundo começou a andar em passos lentos.

- Tudo bem! – Murmurou pra si mesma. - A vida estava disposta a lhe pregar peças. Tinha que realmente encontrar com ele antes mesmo de se decidir o que era prioridade? O destino fez a escolha do que era prioridade naquele momento e resolveu aceitar da melhor maneira possível. Respirando fundo, se arrependendo depois, levantou a cabeça se deparando com Harry. Pôde notar que ele estava lhe acompanhando com o olhar á alguns minutos.

Viu quando ele quebrou o contato com os olhos e entrou no quarto.

-Espere. – Disse Gina colocando um pé dentro no quarto impedindo que a porta fosse fechada. – Precisamos conversar! - Vendo que não encontrou resistência entrou fechando a porta em seguida.

- Eu... – Respirando fundo tentando consumir o máximo de ar possível pra seus pulmões se enchendo de coragem falou. – Eu devia ter comentando com você antes sobre a corrente, mas quando você perguntou estávamos no meio de um treino e não podemos nos distrair por que em um duelo real qualquer distração pode significar a morte de alguém e não é isso que quero... – Falou em um fôlego só – Que queremos – corrigiu

- Não sei o que está acontecendo com você realmente e não pretendo ficar fazendo perguntas o tempo todo, pelo menos por enquanto, mas sinto que têm algo que está martelando na sua cabeça á alguns dias. – disse entregando o livro e o medalhão sentindo tocar sem querer em sua mão. – Seja o que for espero que quando se sentir preparado conte á seus amigos... Para o Rony e Hermione. – Disse sem graça por ele se manter calado.

- Ou você! – Falou com a voz meio rouca e feliz por ela ter derrotado o orgulho ao menos uma vez na vida. Sabia que era muito difícil isso para ela, se aproximou pegando em suas mãos constatando que estavam geladas levou até os lábios dando pequenos beijos. – Quando é que você vai entender que eu, Rony e Mione deixamos de ser um trio há muito tempo.

- Fico feliz por me considerar como uma amiga também. – Disse sorrindo. – Acho melhor eu descer pra arrumar minhas malas. – olhou ao redor após ele soltar sua mão. - Pelo que vejo você também tem que fazer o mesmo.

- Nada que um bom e eficiente feitiço não resolva. – Rindo pegou e fez com que livros, roupas, sapatos, penas, tinteiros e várias outras coisas se encaminhassem para dentro de sua mala, com mais um aceno a mala foi fechada. – Pronto. – Vou descer para comer alguma coisa e se você quiser ajudo a arrumar sua mala.

- Esqueceu que eu posso fazer magia, Potter? – Com um sorriso maroto falou se encaminhando até a porta.

- Não esqueci senhorita Weasley. Apenas gosto de oferecer ajuda as pessoas. – Falou acendo a varinha em direção à gaiola de Edwiges fazendo com que ficasse impecavelmente limpa.

- Não sei como os trouxas conseguem viver sem magia. –Afirmou Gina saindo sendo acompanhado por Harry logo atrás.

- Err... Harry onde você se machucou? – Perguntou Gina andando pelo corredor ao lado do rapaz. – Eu vi Sebastian manchado de sangue e sei que ele não está machucado. – Prosseguiu ao ver o olhar de desentendimento do eleito que automaticamente olhou para o pequeno gatinho constatando que ele estava branquinho como a neve novamente em seguida olhou para suas mãos achando que tinha feito um mal feitiço deixando que a ruiva percebesse seu ferimento.

- Hã... Não foi nada. – Respondeu envergonhado por não ter cuidado da limpeza da pequena “bolinha branca”. Depois eu explico quando todos estiverem juntos. – Completou ao ver a ruiva arquear as duas sobrancelhas. E com o silencio como concordância desceram.

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Tomou café acompanhado por Gina, Rony e Hermione, novamente, que concordaram em terminar de arrumar as malas após fazerem companhia a Harry. Logo subiram para terminar a arrumação dando por encerrada a tarefa na hora do almoço. Como era muito simples e rápido pra arrumar as malas ocuparam o restante do tempo pra fazerem uma arrumação geral em cada quarto. Luna e Neville só foram vistos na hora do almoço, segundo eles Neville estava mostrando pequenas plantas aquáticas que trouxera de sua casa.

Após o almoço todos já estavam com tudo pronto para a partida do dia seguinte. Tomaram lanche da tarde divertidamente fazendo com que senhora Weasley se alegrasse, ela que estava abatida com a proximidade do dia de irem para Hogwarts. O medo rondava àquela senhora que tentava disfarçar de todas as maneiras. Era terrivelmente visível que ela carregava uma angustia desesperadora no peito. Ela que já viverá em tempos difíceis tendo um pouco de paz com a queda de Voldemort, assim podendo criar seus filhos com segurança. Era assim que aquela senhora tentava se enganar.

No fundo sabia que mais cedo ou mais tarde o mal ressurgiria de alguma maneira. Tola seria acreditar que estariam todos livres da fúria da maldade. Maldade que existe diante da vida de qualquer um seja bruxo ou trouxa. Arthur tanto quanto ela também compartilhava desse terror que os assombrava dia após dia. Sabiam que a maior esperança deles estava depositada em um garoto que era considerado como filho. Se possível fosse dariam a própria vida para salvar aquele garoto que já sofrera tanto.

Naquela noite todos os Weasley, menos Percy, compareceram para o jantar. Os gêmeos apesar de brincarem a maior parte do tempo eram vistos com olhares vagos, sem expressão. Falaram sobre o casamento de Gui e Fleur, fazendo Gina torcer o nariz a cada comentário da noiva se referindo ao vestido da Dama de honra. Harry por sua vez não podia deixar de rir das caretas que a ruiva fazia, muitas vezes revirava os olhos demonstrando total reprovação ao que era mencionado. Ficaram horas todos juntos conversando, brincando até que o sono venceu e todos foram para seus aposentos.


Assim que amanheceu o moreno ouviu o corre corre naquela casa. Mesmo estando tudo pronto sabia que sempre acabavam deixando algo para trás. Era tão bom ouvir passos pelos corredores andando apressadamente e ouvindo Molly perguntando pra um ou pra outro se estava tudo em ordem e se tinha certeza que ninguém esquecera nada. Foi ai que percebeu que era o único que ainda estava no quarto deitado levantou em um salto e foi se arrumar o mais rápido possível para não sair de estomago vazio, afinal os quitutes da senhora Weasley não tinha nada parecido em Hogwarts.

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Partiram para a estação encontrando vários auror que circulavam o trem expresso de Hogwarts, fazendo a segurança do local. Se despedindo de todos recebendo cada um vários abraços de todos os Weasley, entraram no trem e rumaram para achar uma cabine vazia. Encontrando uma no final do corretor à direita entraram Harry, Gina, Neville e Luna. Os monitores tinham que seguir a norma assim Rony e Mione foram fazer a ronda voltando mais tarde com os rostos pálidos.

- Que aconteceu com vocês. –Perguntou Gina se servindo de varinha de alcaçuz que Harry havia comprado assim que a senhora com o carrinho de doces passou.

- E... – Disse Mione meio sem saber como soltar aquela bomba ali perante o amigo. – Encontramos uma pessoa na cabine dos monitores.

- Isso é meio lógico, não é Hermione? – Harry disse rindo, mas achando estranho o comportamento da amiga, ela não era de falar vagamente sobre algum assunto. – Fala você Rony, já que parece que o gato comeu a língua dela. – Revirou os olhos completando ao ver Rony arregalar os olhos pela expressão que usou. – É um termo trouxa. Deixa pra lá.

-Malfoyestánoexpressoevaicontinuarfreuqentandoasaulas. – Disse tudo de uma vez fazendo com que Harry engasgasse com o sapo de chocolate que estava mastigando.

- Aquela doninha vai voltar a ter aulas em Hogwarts? –Levantou fechando os punhos. – Não acredito que o assassino de Dumbledore está de volta.

- Harry, quem arremessou Dumbledores da torre com uma avada foi o Snape segundo suas próprias palavras. – Disse Luna com o olhar sonhador de sempre.

Tentando se controlar o Maximo possível lembrou-se que o próprio Snape estaria em Hogwarts então pela lógica Draco Malfoy estaria também. Abriu a porta da cabine olhando de um lado ao outro do corretor fechando em seguida.

- Escutem! Não fiquem sozinhos perto dele. Vamos ficar atentos. – Falou em tom de ordem. – Já que não temos escolha quero que se mantenham longe de qualquer um dos dois quando estiverem sozinhas. – Disse apontando para as garotas vendo as três acenarem com as cabeças mesmo contrariadas. – É sério enquanto não tivermos certeza se Snape contou a verdade teremos que nos manter unidos sempre.

- Harry, já sabemos que todo cuidado é pouco se tratando de Snape e Draco. – Falou Gina se aproximando do moreno. – Vem vamos sentar e tente se acalmar.
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Respirando fundo sentou-se ao lado de Gina que com naturalidade afagou seus cabelos, começando a se sentir relaxado e a fúria se dissipando aconchegou-se no banco em que estava sentado usando como travesseiro uma blusa dobrada, voltando a sentir aquela pequena mão continuar a acariciar seus rebeldes cabelos com ternura numa atitude para acalmá-lo. E por incrível que pareça ela estava conseguindo. Os carinhos de Gina sempre tiveram efeito sobre o rapaz, que mesmo tenso relaxou com o cafuné calmante que a ruiva fazia nos seus arredios fios de cabelo.

O trem se movimentava veloz nos gastos e extensos trilhos de ferro, soltando gordas baforadas de fumaça contra o céu. Harry escutava ás vozes na cabine se tornarem um pouco distantes, enquanto as suas pálpebras se fechavam pesadamente sentindo, ainda, o toque acompanhado do cheiro floral que Gina exalava.

Luna estava entretida com seus costumeiros passatempos excêntricos, enquanto Neville dividia sua atenção entre admirar a namorada sonhadora em seu próprio mundo, e sua escrofulária anã originaria da Mongólia, seu presente de aniversario dado pela professora Sprout. Rony e Hermione começaram a patrulhar os corredores da locomotiva. Gina ainda fazia carinho em Harry, e o viu adormecer relutante, agora o rapaz ressonava baixinho como um gatinho que ronrona inaudível durante o sono, e a garota finalmente se sentiu satisfeita com isso.

A ruiva se concentrou em olhar o lado de fora do trem admirando a paisagem que passava difusa pela velocidade com que o trem se movimentava, e seus pensamentos iam tão de pressa quanto o seu transporte. As vozes no corredor, abafadas e ansiosas do lado de fora da cabine despertaram o interesse de Luna que depois de um bom tempo conferindo uma tabela engraçada de um colorido muito vivo falou:

- Gina, quando é o aniversario de Arnold e de Sebastian? –Inquiriu Luna com leveza.

- Hum... Não sei, por quê? – A ruiva se sentiu curiosa com a pergunta.

- Ah... É uma pena que você não saiba, segundo os cálculos que eu fiz de acordo com essa tabela egípcia Arnold ou Sebastian poderiam ter uma ligação astral com você. –Disse a garota com decepção na voz. – Mas precisava confirmar pela data de aniversario deles. – Concluiu Luna olhando para a amiga. Gina sorriu sem saber o que dizer. Luna sempre tinha muita dessas questões incomuns para a maioria das pessoas. A ruiva continuou a encarar Luna de modo risonho, e se assustou com a alta exclamação de Neville.

- Oh não! Por acaso alguém viu o Trevor? – Questionou Neville com preocupação repentina, notando a ausência do sapo, deixando sua escrofulária anã de lado.

- Não. – Responderam as garotas em uníssono trocando olhares cúmplices de divertimento, por ver Neville passar os olhos pelo ambiente, procurando por seu fugaz sapo de estimação.

Neville começou suas buscas na cabine pelo fugitivo Trevor, que lhe pregava essas peças de sumir sem dar sinais do seu paradeiro o tempo todo desde os onze anos de idade do garoto. Continuou procurando por mais algum tempo na cabine mais concluiu que era em vão, por que Trevor o anfíbio desertor já deveria estar em busca de uma maneira segura de saltar do trem e abandonar a vida de sapo de estimação, conseguindo sua tão almejada liberdade.

- Droga, não adianta.... Toda vez que eu vou para Hogwarts é a mesma coisa! – Exasperou Neville frustrado indo em direção a porta da cabine. – Vou procurar por Trevor em outros lugares, vocês me ajudam? – Perguntou o garoto preocupado com o sapo.

- Primeiro eu preciso ir ao banheiro, depois eu e Gina vamos te ajudar... Não é Gina? Quem sabe não encontramos Trevor brincando pelo banheiro? –Questionou com naturalidade Luna, colocando Gina afirmativamente no assunto como se fosse uma decisão já totalmente acertada.

Definitivamente não estava nos planos de Gina procurar por Trevor a viagem toda e descobrir que ele novamente, como em tantas vezes não saiu da cabine, só assustou Neville. A ruiva pensou em responder algo delicado mais que a fizesse se desvencilhar dessa incumbência, mas nada lhe ocorreu na hora, só o que conseguiu foi sua consciência cobrando-lhe mais compaixão pela causa do amigo.

Por outro lado às “leis da natureza” eram perversas o bastante para lembrarem Gina que ela também tinha urgência em ir ao banheiro. A ruiva olhou para Harry, que dormia feito um bebê, sossegado e quieto, com uma das mãos dentro das vestes, e a outra em cima do peito. Não poderia acordá-lo para avisar que estava saindo, já que seu sono parecia confortável demais, seria uma maldade tremenda, mas também não gostava da idéia de sair da cabine sem dizer nada. E se Harry acordasse? Perguntou para si mentalmente em dúvida do que fazer, e outra consideração resvalou incomoda em seus pensamentos.

Em geral era até uma idéia infantil de sua parte não querer se separar de Harry, por pouco tempo que fosse com medo de que algo viesse acontecer, mas por outro lado em cinco míseros minutos aconteciam tantas coisas. Olhou para os rostos dos amigos que aguardavam a sua resposta, e com isso decidiu-se por ir com eles, mas não antes de deixar Harry de sobre aviso, nem que fosse com um aviso subliminar.

Com cuidado Gina aproximou-se do rosto de Harry e conteve a vontade de tocar seus lábios nos dele, mesmo que fosse com sutileza. Quando chegou bem próximo deles desviou a própria boca para o ouvido do rapaz dizendo:

- Harry... Eu volto logo. Não se preocupe. – Com isso tomou uma distancia mínima do semblante sereno do moreno, para ver se causou alguma mudança no sono dele. Gina não notou nada e se afastou de Harry suspirando sorriu dizendo aos amigos:

- Então? Vamos. - E com isso os três saíram da cabine do trem, as meninas ao banheiro para depois procurar Trevor e Neville já na captura do seu sapo tão estimado.

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Harry escutou a exclamação de Neville, e despertou de seu sono superficial. Então mais uma vez Trevor aprontara uma das suas, o que não era novidade para ninguém. O eleito continuou de olhos bem fechados, suas pálpebras pesadas contribuíram para seu estado de inércia consciente, sentia-se exausto, e por mais que se preocupasse com o amigo sabia que a tentativa de Trevor fracassaria mais uma vez, Neville sempre o achava, para desgosto do anfíbio fujão. Por isso o rapaz se manteve quieto.

Quando Luna praticamente afirmou que Gina sairia também da cabine por pouco ele não se levantou para impedir, mas se o fizesse não teria como escapar de procurar por Trevor, não estava nem um pouco a fim de sair para essa tarefa tão cansativa. Um minuto de silencio pairou sem o rapaz saber o que estava acontecendo. Por não ouvir a porta se abrindo sabia que os amigos ainda estavam ali, esperando por algo. Mas logo o moreno compreendeu, um gostoso perfume floral se intensificou em suas narinas e o calor da respiração calma de Gina aproximou-se dos seus lábios, causando expectativa em Harry. No momento seguinte, o rapaz sentiu o ar deslocar-se repentinamente, tocando sua face. A direção do hálito quente de Gina mudou bruscamente, passando por suas bochechas parando sobre seu ouvido. Em um ínfimo sussurro o moreno escutou:

-Harry... Eu volto logo. Não se preocupe. – Um instante depois a porta da cabine abria-se, fazendo o ar ser corrompido por outros sons externos. Harry ainda não conseguia abrir os olhos, e se mover depois que os sons morreram e voltavam a ficar abafados pela porta novamente fechada.

Ao certo só queria ficar ali, relaxando o tempo que conseguisse tamanho era o cansaço que sentia, por se preocupar tanto, por pensar tanto, por querer tanto muitas coisas, e por ter muitas outras coisas para começa a encerrar, e sua saga apenas estava engatinhando.

Algum tempo depois Harry voltou a imergir em seu sono leve, permitindo-se relaxar novamente, mas foi mera ilusão pensar em sossegar ao menos um momento. O eleito foi novamente arrancado de seu sossego quando ouviu o ruído mínimo que a porta produzia ao ser aberta. E para a sua surpresa ela se fechou rapidamente, sem as vozes dos amigos para tranqüilizar seus sentidos. O rapaz ficou desconfiado e apostos, apertando com firmeza a varinha no bolso interno das vestes, quando um leve farfalhar de tecidos foi se aproximando dele.

Como estratégia optou por deixar a primeira impressão prevalecer, a qual o levava a condição de vitima indefesa. Quem quer que fosse mais cedo ou mais tarde tomaria alguma atitude, e baseado nesse pensamento Harry agiria pacificamente, ou mais energeticamente, se fosse necessário. Eram poucos passos da porta até o assento e com os cálculos mentais de Harry a pessoa em questão estava preste a encará-lo bem de perto. E não errou quando sentiu um corpo parado, bem próximo ao seu imóvel, provavelmente o analisando. Já estava pronto para agir quando sentiu o ar entrar para seus pulmões trazendo um perfume masculino cítrico incomum e com a sagacidade que empregava nos disputadíssimos jogos de quadribol entre casas Harry vislumbrou pela fresta de seus olhos embaçados um borrão misto de pele branca e cabelos dourados, o rosto fino de Malfoy lançando a ele seu olhar mais analítico.

Sem pensar duas vezes o moreno escolheu sua ação, e com o centímetro a mais que o loiro ousou se aproximar dele deu-lhe tempo suficiente de abrir seus olhos de supetão. Com uma agilidade impressionante sacou a varinha atingindo Draco em cheio no nariz com um feitiço não-verbal que partia objetos difíceis de se quebrar, como casca de coco.

Draco foi lançado longe, e grunhiu com força ao chocar-se contra a parede do lado oposto de Harry, e mesmo com o estofado macio por ampará-lo o loiro caiu desambientado meio ao sofá, meio ao chão. Harry não poderia ter protagonizado uma cena mais peculiar do que essa. No ano anterior fora ele quem invadira a cabine de Draco e tivera o nariz destroçado por um pisão odioso do loiro, e, no entanto era seu momento de revanche, depois de tudo que aconteceu no outro ano, era o momento de ver o sangue deixar o corpo de Draco a jorros pelo nariz.

Ainda em choque Draco tentou se recompor como pôde do golpe inesperado, sentando-se de forma mais ereta no acento da cabine, passando a manga das vestes no rosto na tentativa de se livrar do sangue que lhe vinha ao rosto em grandes quantidades. Era fato de que ao entrar na cabine e se aproximar tão perigosamente do outro rapaz provocaria tal reação desmedida em Harry, mas o loiro não previa que seria infligido a ele a mesma dor que proporcionara no passado, mais exatamente no mesmo dia do ano anterior. O eleito postou-se de pé, com a varinha em riste, pronto para banir a feitiços, socos ou até mesmo ponta pés o tão abusado oponente, mas esperou que o choque de Draco passasse, era desleal atacar as pessoas assim, ainda zonzas por um ferimento, mesmo que essa pessoa se resumisse aos seus olhos como o verme chamado Draco Malfoy.

Ainda esperando Harry puxou o ar renovando as forças, para que pudesse enfim colocar o loiro para fora do local da maneira merecida, isso simplificava as palavras para ação por força, se fosse preciso ainda mais. Mas o eleito estranhou que com o nariz prejudicado aquele ponto Draco somente conseguisse abrir os olhos que lagrimejavam pela dor aguda e o fitasse com intensa raiva em um misto de deboche, sempre presente na personalidade do loiro. O que surpreendeu ainda mais o eleito foi ver que Draco exibia um olhar distante de ser arrogante, que lhe sobressaia à dor aparente.

Resoluto o loiro vencia a dor lancinante para ostentar seu ar superior, agindo totalmente ao contrário do que Harry esperava, sem demonstrar pânico, sem correr desabalado para buscar reforços de seus amigos trogloditas, ou ficar de pé e revidar com todas as forças o que acabara de lhe acontecer.

-Está esperando o que para sair daqui e chamar seus amiguinhos comensais falando que eu quebrei o seu nariz horrível? – Perguntou Harry, com a tensão e o ódio visivelmente pungente nas veias saltadas

- Ora, ora, Harry Potter pensa fala e anda ao mesmo tempo? Hum, se bem que você está parado, então... – Disse Draco com a voz irreconhecível, ainda ereto no assento onde caiu desmantelado. O loiro apontou a varinha na direção do próprio nariz, e mesmo com toda a pose que lhe restava não conseguia disfarças seus movimentos trêmulos que seus nervos abalados pela dor evidenciavam. A voz do rapaz loiro ganhara uma engraçada forma pastosa, proporcionada pelo excesso de sangue entre seu nariz e fora dele.

- Essa é a última vez que falo, não vou pedir, e não vou perguntar mais... O que está fazendo? Aliás.... O que ainda está fazendo aqui? – Inquiriu Harry com o maxilar teso.

- O mesmo que você, indo para Hogwarts! Ou já fecharam a escola em sua homenagem e o resto dos estudantes vai servir de seus escravos pessoais? – Disse Draco com a voz nítida novamente depois de lançar um feitiço não verbal em seu próprio rosto, produzindo um feixe de luz azulado, ao qual restaurou por completo a cartilagem total da região danificada do seu nariz.

-Não, não, ninguém vai servir como escravo pessoal, por que eu não admitiria ser servido por ninguém e nem permitiria assassinos convivendo assim, tão facilmente com gente decente... Como você e seu querido mestre de poções, seboso. – Disse Harry agarrando seu autocontrole pelas unhas, revidando às provocações medindo seu ódio latente, que afogueava seu rosto normalmente pálido, na esperança de ver aonde a conversa com Malfoy o levaria. Harry poderia acabar por descobrir algo que o loiro pudesse deixar escapar, se não absorvesse nada da conversa continuaria a pender para a segunda opção, que consistia na idéia tentadora de quebrar mais alguns ossos e cartilagens do corpo do loiro.

- Oh! Vejo que andou fazendo os deveres de casa! – Zombou Harry sem se conter. - Oh não, não, não fala, posso adivinhar! Nas férias de verão Seboso e seu querido Lorde Voldemort ajudaram a fazer a lição. Não é isso? –Disse o moreno acidamente.

- Não, - Respondeu Draco calmamente. - Eu aprendi varias coisas, como essa, no ano passado com minha tia Bella, é uma pena que vocês dois não tenham um bom entrosamento, ela é bem interessante, e muito atenciosa com os familiares. Oh desculpe a minha indelicadeza, você não tem nada de bom para dizer sobre esse assunto... Família. – Disse Draco com sarcasmo, alfinetando Harry na ferida a onde doía mais no moreno. - Sirius e seus pais estão mortos.

- Se ela for tão boa tia como o babaca do Lúcio foi bom pai para você, eu dispenso, prefiro continuar órfão. – Disse Harry com um sorriso venenoso, ansiando pelo descontrole do loiro. Draco crispou os lábios, engoliu em seco, mas não agiu como Harry esperava.

- É uma pena que pense assim, ruim ou não eu tenho pai, tio e tia, MÃE.. Que morreriam por mim, por ser Draco, somente Draco, não por ser grande coisa, ou por ser o eleito. – Disse o loiro com uma frieza impressionante.

- Achei que assassinos não tinham sentimentos... – Respondeu Harry em provocação, louco para colocar os punhos em ação.

- Não sou assassino e você sabe... Pois estava lá, e pôde ver que eu não fiz o que queriam que eu fizesse. – Disse Draco indubitável.

- Mas o Snape, seu protetor fez, e isso você também viu. – Disse Harry quase em um rosnado.

- O que importa é que eu NÃO fiz o que “ELE” queria que eu fizesse... E quanto a Snape, ele fez o que tinha de ser feito, e nem você nem ninguém pode mudar o que aconteceu ao nosso querido diretor. – Disse Draco se levantando, ajeitando as veste no corpo e com o aceno de varinha limpava com agilidade o sangue de suas vestes, como se a conversa já tivesse atingindo o limite do tédio para ele.

- Você não vai embora antes de me dizer por que veio até aqui, na minha cabine! –Esbravejou Harry dando um passo a frente ameaçador.

- Nós dois sabemos que eu não lhe devo satisfações. E mesmo que você implorasse, eu não diria, só por pura diversão. – Respondeu Draco com um brilho muito incomum no olhar. Algo que Harry percebera a conversa toda, o elemento surpresa ao qual Harry não contava, havia algo de diferente em Draco Malfoy, algo que o moreno desejava muito saber o que era, mas não pôde.

A porta se abriu e Draco já estava com a metade do corpo para fora enquanto Harry não entendia o que tinha acontecido. Luna, Gina e Neville, já com Trevor a salvo em suas mãos se espantaram ao trombarem com força em Draco que saia da cabine com naturalidade.

- Merlin! O que houve Harry? – Questionou Gina pálida na cabine, Luna e Neville estavam tão surpresos que só abriam e fechavam os lábios, como peixes fora d’água, sem saber se perguntavam e depois se sentavam, ou se sentavam e depois perguntavam.

- Eu não acredito! – Disse Harry expondo sua raiva aos amigos. – Quebrei o nariz do idiota e ele finge que nem notou! – Gina, Luna e Neville olhavam boquiabertos esperando Harry se acalmar para saber o que havia acontecido.

Em seguida Rony e Hermione voltaram velozes para a cabine, depois da exaustiva ronda pelos corredores cheios de estudantes temerosos e excitados, e Harry que narrava o encontro a Luna, Neville e Gina fez uma retrospectiva rápida para os dois amigos monitores recém chegados, para continuar a contar a todos, do ponto que fora interrompido.

É claro que o primeiro impacto de todos foi choque seguido de raiva. Quando Harry terminou de contar em detalhes a conversa que teve com o loiro as especulações cresceram entre eles, e por um bom tempo discutiram sobre o que possivelmente Malfoy queria na cabine, e o que aconteceu a ele para dar a impressão de ter mudado, aos olhos de Harry é claro.

O tempo caminhou em seu curso natural, e depois da tarde turbulenta veio a noite estreladamente mítica, e logo o expresso cessou na estação em Hogsmeade. As carruagens conduzidas pelos horrendos e misteriosos testrálios iam velozes para o castelo. Enfim pela ultima vez Harry veria o maravilhoso ritual de inicio do começo do ano letivo. Lamentava muito não ouvir a voz calma e os olhos extremamente azuis daquele que sempre o olhou com grande amizade, não veria o diretor, e isso o incomodava, era a constatação final para se convencer de que era real, de que Alvo Dumbledore se fora de verdade.

O ritual seguiu como sempre, com os estudantes mais velhos se acomodando na mesa das casas, conversado entre eles, esperando pelos estudantes que iniciariam, especulando sem saber como seria na escola no ano que estavam dando inicio. Os professores a postos na mesa principal passando em seus olhares receosos toda a positividade que reuniam. Minerva Mcgonagall parecia um tanto quanto deslocada na cadeira mais altiva, mas não tardou em agir de acordo com o cargo que ocupava atualmente.

-Peço que todos fiquem em silencio para que sejam selecionados... - analisando as quinze crianças assustadas que se escondiam atrás do primeiro contato deles com a escola de magia, Rúbeo Hagrid. -... Os poucos que vieram em busca de mais conhecimento em Hogwarts. – caminhou até o banquinho que já se encontrava a frente dos novos alunos, depositando o velho e tão conhecido, por muitos, Chapéu Seletor, que a cada ano que se passava estava mais velho, sujo e esfarrapado. E sem muita cerimônia cantou perante á todos.

- Muitos me olham curiosos questionando,
Qual será o dom desse velho e maltrapido chapéu aqui.

Não se enganem,
Posso lhes garantir, sou agudo de espírito,
E outro chapéu sagaz como eu vocês não encontrarão,

Posso julgá-los sem erro;
Se me deixarem apenas um segundo vislumbrar seus pensamentos,
Existo com o propósito de dividi-los,
E com isso lhes classificar por suas habilidades e capacidades,

Seus pensamentos é que vão me confidenciar,
Para qual casa irei lhes colocar:

Se são nobres e de grande valentia,
Grifinória será a sua morada,

Pertencem a Corvinal aqueles que são dotados de inteligência inigualável,
E que visão o saber acima de tudo,

Os bons de coração e de grande determinação seguem para a Luffa-Luffa,

Enquanto os que agem com audácia, por ter grande cede de poder,
Aliam-se a grande Sonserina,

Em que casa vou colocá-los e por que,
Só me experimentando para saber...

Caminhamos para tempos de escuridão,
É preciso que aja união com exatidão,
Não se deixem cair na solidão,

As forças para dias de paz surgem,
Dos laços que se solidificaram,
Contem sempre com seus amigos,

Todos eles, não somente os de coração,
Aos quais vocês sempre precisaram,
Mas para alçarmos a harmonia novamente,

Temos sempre que ter novas alianças em mente,
O segredo esta em vencer o mal,


Após a cantoria o chapéu foi colocado em cada uma daquelas pequenas crianças, que foram selecionadas para suas devidas casas se juntando aos demais.

-Sejam todos bem-vindos! – Disse McGonagall, agora ocupando o cargo de diretora. – Antes de começarmos a saborear os quitutes feitos por nossos queridos elfos devo alertá-los que a Floresta Proibida é terminantemente proibida para todos os alunos. – Com a voz severa e um olhar de súplica prosseguiu. – Todos sabem que apesar de tudo que aconteceu no ano anterior em nossa querida escola com a perda irreparável e lamentável de nosso estimado e eterno diretor, Alvo Dumbledore, Hogwarts ainda assim permanece sendo o lugar mais seguro. – Esperou cessar os murmúrios e continuou. – Devo informar também que as aulas de transfigurações, antes ministradas por mim, serão ocupadas por Ninfadora Tonks. – nesse momento todos aplaudiram a nova professora que acenou e sorriu em agradecimento. – Professor Hóracio Slughorn permanecerá dando aulas de poções, afinal o antigo professor dessa matéria, Severo Snape, lecionará DCAT. – Somente os sonserinos aplaudiram. – E gostaria de comunicar que as aulas de Trato com as Criaturas Mágicas, não pertencerá mais ao nosso querido Rúbeo...

A indignação estava estampada no rosto de todos, não que gostassem das aulas dele, mas pelo fato da maioria gostar de sua companhia, principalmente o sexteto que estavam com o queixo caído após o comunicado até o momento que McGonagall completou. – Rúbeo não deixará os terrenos de Hogwarts, se era essa a preocupação de vocês. – Sorriu para Harry. – Ele ganhou a merecida aposentadoria, mas continuara a ajudar no ensinamento de Grope, seu irmão, e em relação a juntar forças para a batalha que está por vir. O professor que ocupara o antigo cargo de Hagrid é o Sr. Ryan Smith.

Só então Harry reparou no homem que estava sentado ao lado de Tonks, aparentando ter uns 40 anos, apesar da aparência jovial, alguns fios prateados salpicavam a vasta cabeleira negra, tinha belo par de olhos castanhos que demonstravam determinação e vitalidade sem igual. Não soube dizer o porquê, mas apesar daquela aparência algo naquele professor demonstrava sobriedade sabedoria foi nesse momento que seus olhos se encontraram e o novo professor lhe vez um gesto com uma das mãos fazendo com que arregalasse os olhos ao ver ao ver algo reluzente com um brilho sem igual.

**********


Agradeço a todos que acompanham a fic


Maria Lucinda Carvalho, Melosinha, Cláudio Souza, Felipe Vieira, Isabella O. M., Lili Coutinho, Deby, A Ruiva Potter, Tonks & Lupin, Priscila Bananinha, Naty Lavigne Potter, Lili N., Priscila Louredo, Aldo P. Black, Buba, Ginny Weasley, Hermione Granger, Daniela Paiva, Amanda Regina, Scheil@ Potter.

Agradeço a colaboração de duas pessoas que adoro muito

Kawa Potter e Mérope Slytherin (co-autora)



N/A 1:: Desde alguns capítulos venho recebendo ajuda de uma grande amiga então nada mais justo informar a todos que essa pessoa tão querida aceitou ser co-autora da fic. Ela é maluca, mas é camarada e se alguém ainda não a ama pode ter certeza que vai aprender amá-la... O nome dela é Natalia conhecida por Mérope Slytherin.

N/A 2: Deixei uma lista de nomes e link de fics com shipper H/G na comunidade no Orkut (http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=19547163) Se tiverem algumas indicações sintam se a vontade em deixar o link lá no tópico. Beijos e até o próximo.

N/A 3: A idéia de Sebastian ficar com Harry na biblioteca foi uma sugestão de uma autora/leitora querida Amanda Regina... Hahahah... E para variar minha inspiração sumiu junto com a dela.. Se por acaso alguém encontrar aquelas duas cachaceiras mande voltar com urgência. Rsrsrs...






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