A Tarefa Incompleta de Dumbled



Capítulo 22: A Tarefa Incompleta de Dumbledore




O forte marulho das águas se acentuava com os ruídos longínquos de ondas violentas.
O cheiro da maresia tornava o lugar de paredes velhas e feitas das mais grossas
pedras mais horripilante do que deveria ser. Pequenas nuvens de partículas de água
salgada invadiam as poucas janelas e portas ladeadas de grades bem grossas e enferrujadas,
enquanto o céu la fora parecia compactuar com as trevas assustadoras daquele horrivel lugar,
as nuvens estavam negras e trovejantes enquanto a alta maré fazia a ilha se resumir apenas
ao enorme lugar que nela continha.

Mas quanto mais andassem, mais parecia ser impossível de encontrar uma saída.
De fato, Azkaban não era nem de longe desmerecedora do título macabro que recebera.
As celas estavam vazias, foram evacuadas semanas atrás pelo Ministério da Magia,
uma vez que haviam construído um lugar mais seguro, agora que os Dementadores haviam se
bandeado para o lado do Lorde das Trevas.

Ainda que sem os dementadores, ainda que sem os presidiários, ainda que vazia,
Azkaban era um dos últimos lugares em que Harry gostaria de ter entrado nesse momento.
Haviam apenas umas duas ou três horas desde que fora novamente convocado para mais
uma reunião na ordem, para qual entrara a menos de um mês, e surpreendentemente, eles
ja estavam pondo em prática os planos de missão discutidos momentos atrás.

Felizmente, não estava sozinho ali, enlouqueceria, pensou ele, pois os ecos da ventania
arrepiavam até o último pêlo de sua nuca. Era uma sensação de medo demasiadamente desagradavel
e melancólica. Um sentimento realmente ruim emanava daquele lugar.
Talvez pelas tragédias que lá ocorreram, talvez pela alegria sugada pelos antigos carcereiros
macabros, ou talvez por uma magia própria do lugar que o tornava tão horripilante.

Se havia alguém ainda menos contente de estar lá do que Harry, era com certeza seu padrinho,
Sirius Black, cujo rosto assumira expressões que iam de pânico, a ódio.

Não se podia culpar o velho maroto de se sentir mal, pois naquele lugar, passara doze amargos
anos por um crime que não cometera. Agora que pisara lá dentro, Harry já não imaginava como seriam
doze anos ali. Cinco minutos ja lhe parecia uma tortura demasiadamente desumana, ainda mais a se
somar os fatos dos dementadores e dos comensais que viviam lá.

-Venham! Por aqui! -Sussurou Sirius enquanto Lupin conjurava uma corda para descerem por uma
clarabóia.

Harry pensou estar sendo observado e olhou pra todos os lados antes de descer acompanhando os outros.
Ao chegar lá embaixo, Harry encontrou-se em um túnel subterrâneo com lodo e musgo por
quase toda parte. Parecera ser uma das rotas de fuga de Sirius, porque segundos depois
ele anunciou:

-Por aqui! -E fez sinal para que o seguissem.

As muitas goteiras que existiam naquela tubulação, ecoavam de maneiras surreais, fazendo
um barulho que eles sabiam ser mais alto do que o normal. Além dos barulhos da ventania
que mais pareciam gemidos de dor, e das goteiras átipicas, seus passos também ecoavam
com um ruído metálico demasiadamente alto. Por uma ou duas vezes, Rony quase escorregara
pelo lodo e musgo esverdeados que tinham tomado conta da tubulação.

Após quase vinte minutos de caminhada silenciosa, eles encontraram um declife.
Era uma decida quase vertical que daria para uma espécie de câmara.
Um a um, os seis escorregaram para baixo.

Sirius, Lupin, Tonks, Harry, Hermione e por último, Rony.
Eles estavam numa espécie de cemitério improvisado.
O chão da câmara era de terra, haviam muitas tumbas marcadas por
cruzes e caveiras espostas. Algumas ossadas não haviam chegado nem a ser enterradas.

-Quando os jardins de Azkaban se lotaram de corpos enterrados, eles usaram esse lugar
para enterrar aqueles que sucumbiam ao sofrimento, mas só quem era realmente ruim. As
pessoas presas inocentemente, ou por delitos não tão sérios assim, eram atiradas ao mar
violento para ser comido por hidras, serpentes marinhas, e qualquer outro dos milhares
monstros dessa biodiversidade. -Disse um amargurado Sirius olhando
o local com desprezo.

O chão era de terra úmida, haviam covas para todos os lados, marcadas por cruzes tortas
e improvisadas, algumas delas eram feitas dos próprios ossos de quem morrera.
Agora que Harry parara para observar, não eram poucas. Algumas tumbas, haviam sido
recentemente abertas, a terra estava mais molhada do que em outras partes, mais escura e
haviam muitos pequenos vermes saindo de lá. Uma mescla de nojo e terror se apoderou de
Harry que recuou dois passos até lembrar de um dos tópicos em pauta na reunião da ordem
que ocorrera a algumas horas atrás.

A professora Minerva dissera que um bom lugar para Você-Sabe-Quem recrutar Inferis para
seu exército seriam as covas invioláveis de Azkaban. Pois ali só foram enterrados os
piores mortos da prisão. e sofrimento e a tortura que passaram em vida denegriram mais
ainda suas aparências mefastas, contribuindo para intimidar mais ainda seus oponentes.

-Primeiro objetivo concluído... -Disse Lupin a contragosto- Inferis de Azkaban estão no
exército de Voldemort.

-Certo, -Começou Tonks- Agora temos de achar Montcovery, um dos diretores de Azkaban.
Minerva disse que ele sumiu desde que os comensais invadiram Azkaban, já exilada,
mas Montcovery ainda permaneceu por uns dias preenchendo longos formulários para o ministério,
foi quando eles entraram e ele ficou desaparecido. Talvez esteja morto, mas existe
uma chance de ele estar aprisionado lá até a morte... Se for o caso, já fazem seis dias
que ele esta lá sem água e sem comida. Presumimos que se ele estiver com a varinha poderá
usar uma magia para conjurar água como o Aquamenti, ou o Aqua Eructo... Mas os Comensais
quebrariam sua varinha para que ele não pudesse escapar com um Dissendium ou coisa assim...
Ele não poderia desaparatar daqui, pois este é o lugar do mundo mais impossível de desaparatar
ou aparatar. Azkaban...

-E onde ele poderia estar Tonks? -Perguntou Hermione.

-Talvez na sala dele... Os Comensais adorariam se vingar dele dolorosamente, e acredito
que gostariam de trancafiá-lo na sala onde mandara em tudo e em todos nos limites de Azkaban.
Se puder nos mostrar o caminho Sirius... -Disse Tonks permitindo que o primo tomasse a dianteira.

Eles tiveram de retornar pelo caminho secreto das tubulações até chegarem de volta aos caminhos
sombrios dos corredores. Quase que no exato momento que retornaram ao corredor, um barulho de chuva
torrencial invadiu seus ouvidos. O lugar estava ainda mais frio e úmido do que antes.
De momentos em momentos, o Lumus de Sirius e Lupin de mostrava desnecessário, pois as luzes ofuscantes
dos relâmpagos iluminavam cada centímetro do corredor.

Estavam agora num local ainda mais macabro que os outros, haviam centenas, quiça milhares de celas
apertadas e amontoadas. Ficavam uma em cima da outra e seguiam para cima até aonde a vista poderia
alcançar. Para Harry, não parecia existir um teto, de tão alto que este estaria. Sirius olhou para o
local sujo com cheiro de mofo e decomposição e agitou a cabeça para afastar alguma memória indesejável,
seguindo pelo corredor ladeado de celas velhas e oxidadas. A ferugem era tanta que alguns dos metais
das grades pareciam completamente alaranjados. Ao seguir o caminho, chegaram a uma parte mais estreita,
em um corredor alto. Nesse corredor as celas eram um pouco maiores, mas não menos sinistras.
haviam janelas, mas isso nesse lugar, parecia mais desvantagem do que vantagem, uma vez que o visual
externo não era bem uma bela paisagem, mas sim, uma ilha remota onde o clima era sempre adverso.
Além das chuvas que invadiam a cela diáriamente.

Sirius parou mais uma vez, agora com seus olhos marejando. Ele olhava para uma cela em particular,
onde um rato grande e gordo devorava as víceras de algum animal morto.
Sirius focalizou o rato, e a cela. De um para o outro, foi quando seus olhos se vidraram numa expressão
enlouquecida e ele avançou contra o animal, varinha erguida e gritando:

-ENGORGIO!!! Quero ver você explodir seu traidor maldito!!!

O rato largou as víceras para tentar correr, mas não pôde passar pela fenda na parede uma vez que Sirius
o fizera dez vezes maior. Tinha agora o tamanho de um cachorro grande. Sirius arfou enquanto Lupin tentava
o deter mas conseguiu lançar outra magia.

-INFLATUS!!! INFLATUS!!!

O rato inflou ainda mais, como tia Guilda fizera há muito tempo atrás devido a uma magia involuntária dele
mesmo. Mas o pobre rato não parava de inflar. Foi crescendo, e crescendo até que explodiu.

Os órgaõs do animal foram expelidos por toda a cela, enquanto Hermione soltava um gemido de terror e
Lupin falava:

-Calma Almofadinhas! Calma! Meu amigo, está tudo bem! Hoje em dia você está livre! Aquele rato era só
um rato! Pedro está a Quilômetros daqui! Você tem a mim! tem a Harry!

Sirius arfou, mas por fim retomou a voz:

-Desculpem... Perdi o controle... Acontece, que está é a cela que fui forçado a
permanecer por doze anos... DOZE ANOS!!! POR CULPA DO MALDITO TRAIDOR PEDRO PETTIGREW!!!

Harry havia percebido que no devaneio de seu padrinho, ele acreditou que o rato fosse Rabicho,
o traidor. E por isso a agressão ao rato.

Harry abraçou o padrinho pelo ombro, sorriu e disse:

-Lupin está certo! Você tem a nós Sirius!

Sirius pareceu voltar de sua palidez mortal e sorriu também.

-Vamos! -Disse Tonks seguindo em frente.

Os seis continuaram pelo corredor até acharem uma escada em caracol na qual haviam muitas
manchas avermelhadas, por algum motivo, Harry sabia que eram de sangue.
As escadarias deram em um último corredor, bem no alto do lugar. Era o único lugar que não parecia
podre. As paredes eram de tinturas roxas e douradas que faziam contrastes gigantescos.
Haviam estátuas nas paredes de bruxos famosos, e no teto enegrecido luxuosamente por uma espécie
de camada de opalas negras, haviam sinais luminosos, parecidos com os do ministério que Harry
desconfiou serem Runas antigas. Mas no momento que iria perguntar a Hermione, Os outros assumiram um
tom sério, e se postaram atrás de uma porta dupla da qual eles mandaram se afastar.
Lupin apontou a varinha e disse:

-ALOHOMORA DUO!!!

Aporta dupla se escancarou e revelou um escritório destruído.
A escrivaninha estava revirada, os móveis em pedaços pelo chão,
papeladas atiradas para todos os lados, e sangue estava espalhado pelas paredes.
A julgar pela consistência do sangue, não parecia ter sido arrancado de seu dono
a mais do que cinco dias.

Lupin adentrou a sala quando um globo de luz surgiu por entre pequenas nuvens recém surgidas,
quando Harry entrou na sala, o globo de luz se transformou em uma gaiola gigante, e logo após em
Voldemort. O Lorde das Trevas começou a caminhar lentamente na sua direção, foi quando Rony entrou na sala
e Voldemort desapareceu cedendo a vez para uma Acromântula gigante. Ao ver a aranha gigante estalar
ameaçadoramente as pinças, Rony recuou trêmulo, mas Lupin retomou a dianteira e gritou para o novamente
globo de luz:

-RIDDIKULUS!!!

O globo de luz foi espetado por uma estaca branca e ficou com a aparência de um grande pirulito,
após isso ele adentrou rapidamente os destroços do armário que se debateu.

-Cuidado! -Advertiu Lupin para os outros que se espalhavam pela sala.

Hermione levou as maos a boca soltando um esgar de susto. Acabara de ver algo por debaixo da escrivaninha.
Os outros foram até lá para visualizar um homem caído. Estava em um estado lastimável.
estaria bem vestido, não fossem os rasgões e manchas espalhadas pelo seu terno amassado e atacado.
Seu rosto estava muito inchado, e Harry suspeitou de agressões maiores do que o Cruciatus.

Os cortes profundos em seu corpo lembravam a Harry os ferimentos de Gui, e deduziu um
ataque de Fenrir Greyback. O homem respirou forte subitamente, e assustou metade dos orderianos,
Harry observou o homem puxar a barra da calça bege de Lupin com força, juntando energias para tentar
pronunciar alguma coisa.

-Vol... Voldemort! -Disse ele.

-O que disse? -Perguntou Lupin se agaichando e colocando a cabeça do homem sob seus joelhos.

-Voldemort... E seus seguidores... Eles pegaram os documentos de Azkaban... Os registros...
dor... mande eles pararem... Ele quer.. O poder... O poder de... Merlin...

Após dizer essas palavras, seus olhos se vidraram fitando o infinito, e eles sabiam que
o homem acabara de partir.

-Eles queriam mais do que vingança Aluado meu amigo... -Disse Sirius muito sério.

Lupin fechou os olhos do homem e levantou-se após depositá-lo no chão.

Tonks arregalou os olhos ao olhar para o relógio, era tarde... E naquela noite,
seria noite de lua cheia.

-REMO! QUASE NA HORA! -Gritou ela desesperada.

Lupin arregalou os olhos e ergueu as sombrancelhas em expressão de pânico,
tentou desaparatar, momentanêamente esquecera de que seria impossível em Azkaban.

-ALUADO! VOCÊ TOMOU A POÇÃO!? RESISTA MEU AMIGO!!! -Sirius também se desesperara, mas
íntimamente, Harry temia bastante o Lupin que apareceria em breve.

Tonks correu até a janela e gritou:

-PERÍCULLUM!!!

Um jorro de luz vermelha explodiu como fogos de artifício.
Era algum tipo de sinal.

-As pessoas do barco... Eles poderão ajudar! -Disse ela.

Lupin contraia sua face em expressões de dor, e pouco a pouco, ele foi diminuindo os
espasmos e crise. Quando se levantou, suas pupilas estavam demasiadamente dilatadas, e
sua íris passara a ser vermelha. Os gritos recomeçaram enquanto Sirius o agarrava junto
de Tonks e mandavam Harry, Rony e Hermione fugirem.

Harry permaneceu parado.
Não iria sair.

Os ossos de Lupin foram se alargando rasgando partes rotas de sua calça e blazer.
Pouco a pouco, pêlos foram crescendo em todas as partes de seu corpo, e a transformação
se completou. Remo Lupin era agora um Lobisomem.

Sirius e Tonks foram atirados para os lados sem a menor chance de resistência,
após ricochetearem contra a parede pareciam estar inertes.

Harry sabia que sair dali significaria a morte de seu padrinho e de Tonks,
além do que, nem mesmo sabia se seria capaz de sair dali ainda que quisesse.
O Lobisomem que outrora fora Lupin atirou-se contra Harry numa investida direta
muito veloz, Harry mal agaixou quando sentiu o vento do vácuo causado pela investida
de Lupin fizeram seus cabelos tremularem para trás.

Hermione lançava diversos feitiços não verbais em Lupin, mas pareciam ricochetear nele.
A menina ficara rapidamente avermelhada pelo espanto e medo do Lobisomem.
Harry, se concentrou ao máximo:

-INCÊNDIO!

Um espiral de chamas cercou o Lobisomem em um círculo perfeito, de onde nada podia se ver.
Uivos de medo e dor começaram a se espalhar pela sala. Mas não havia outra coisa a ser feita.
O homem que lá estava, já não era mais Remo Lupin, e sim, uma fera assassina que mataria o
próprio pai, ou o melhor amigo.

-Hermione! Tudo bem? -Perguntou Rony segurando a mão de sua namorada.

-Estou... Tonks, Sirius! -A garota levantou-se e seguiu até onde estavam os dois.

Harry e Rony permaneceram atrás observando os feitiços e encantamentos realizados por Hermione
para curar os dois. Foi quando um cheiro invadiu suas narinas revelando um péssimo augúrio.
O cheiro lembrava pêlo queimado.

Harry e Rony olharam para trás, quando o Lobisomem feroz recém libertado das chamas
do Incendio atirou-se contra eles. As garras do Lobisomem encontraram o pescoço de Harry, e o
empurrou contra a parede com tanta força que o garoto não saberia explicar como não desmaiara.
A força d Lobisomem suprimia cada partícula de oxigênio de seu sangue, e quando Harry começou a
sentir que seus olhos saltariam as órbitas, um sopro de vida tomou conta dele.

Acontece, que algum ser muito forte acabara de se atirar numa investida corporal contra o Lobisomem
Lupin. Harry estava caído no chão massageando a garganta, quando abriu os olhos e deparou-se com
não apenas um, mas dois Lobisomens.

Um deles, era o Lupin, Olhos vermelhos muito vivo e pelos marron escuro, o outro,
era um Lobisomem atípico, seus olhos eram verde claro, seus pêlos, tinham uma coloração ruiva
avermelhada e sua posição parecia menos selvagem do que a de outrém.

Harry se perguntou mentalmente se a pancada teria o tonteado a ponto de imaginar coisas tão reais,
mas o recém acordado Sirius gritou ao Lobisomem ruivo:

-Detenha ele Gui! Nos dê algum tempo para que possamos escapar!

Harry olhou de novo para o Lobisomem feroz que os protegia, era Gui Weasley.
O rapaz fora atacado ao término de seu sexto ano de escola, por ninguém
menos do que Fenrir Greyback, mas na ocasião, o inimigo não estava na metamorfose de
Lobisomem, e os efeitos seriam desconhecidos. Agora que parara pra pensar, não mais vira ou
ovira falar do problema do segundo irmão mais velho dos Weasleys com muita atenção a tempos, e
não fazia a mais remota idéia do que acontecera a ele.

Sirius levantou carregando uma inerte Tonks no ombro auxiliado por Rony.
Hermione os seguiu, mas Harry não queria sair dali. Tinha que fazer algo enquanto
dois de seus amigos se degladiavam em formas brutais.

-Harry... Não há nada que possamos fazer! Venha! -Disse Sirius descendo os degraus do último
andar da gigantesca Azkaban.

Harry não se mexeu.
Lupin atacou Gui com as patas, ao passo que Gui deu um salto muito bem calculado e o arranhou pelas
costas com um forte impacto. Lupin oiuvou ferozmente virando e acertando em cheio o olho de Gui,
que caiu com estrépido devido patada feroz de Lupin.

O Lobisomem avermelhado demorou demasiadamente pra se levantar, sendo atacado mais vezes por mordidas
e arranhões de Remo.

-NÃO!!! -Gritou Harry.

Mas percebera que fazer isso foi um erro, pois o Lobisomem erguera uma orelha, virara a cabeça
lentamente para sua direção, e começara a ranger os dentes, como se tivesse reparado novamente em sua
presença.
O ímpeto de Lupin foi rápido, mas Harry teve tempo de uma ação.

Com um saque rápido de varinha digno de Dumbledore, Harry atirou uma pontente magia, mais por reflexo do
que por raciocínio.

-NANAHUATZIN!!!!

Um clarão mortal quebrou a escuridão de Azkaban.
Do lado de fora, muito embaixo, Hermione, Rony, Sirius e uma desacordada Tonks chegavam até
um barco de médio porte em um mini cáis na costa da ilha. Ao olharem para cima, viram um clarão imenso saindo
pela janela mais alta.

-HARRY!? -Disse Hermione levando as mãos a boca.

Rony ignorou a tentativa de Sirius de detê-lo e correu de volta para Azkaban.
De dentro do barco, Hagrid descia para acompanhar a corrida ao topo.

Pelo que Harry percebera, Gui tornara-se uma espécie de Lobisomem semi-conciente, devido
as escoriações feitas por Fenrir terem sido feitas quando o mesmo estava conciente em forma humana.
Era algo assustador, porém havia lhe salvado a vida.

A luz impenetrável do Nanahuatzin fizera com que os dois Lupinos se encurralassem aos cantos da sala,
Harry não ousava baixar um centímetro sua varinha.
Ele já começava a se cansar, o Nanahuatzin era uma magia demasiadamente poderosa pra se demorar.
Quando as luzes exitaram e começaram a piscar, Harry pensou que seria então seu fim, mas para sua
surpresa, ambos os lobisomens estavam encolhidos e uivando baixinho.

Harry deu um passo, no exato momento em que a orelha de Remo levantou-se a procura da direção do ruído.
O que lhe parecia, é que os cegara, talvez momentanêamente de modo que ele teria de usar seus outros
sentidos para lutar, mas isso não queria dizer que estivessem em pé de igualdade, ainda que ofuscado,
o super oufato, audição e sensibilidade dos Lobisomens ainda o colocavam na dianteira provavel da batalha.

Harry não ousara nem mesmo respirar, por uns instantes, o Lobisomem começou uma lenta caminhada pela sala,
sempre farejando alguma coisa. Harry continuava parado, mas pelo visto, Lupin ja iria encontrá-lo de qualquer
jeito a julgar pela direção correta que ele tomava em direção a ele.

Mais uma vez, o animal brutal atacou Harry projetando-se contra ele e atacando ferozmente.
Harry rolou para o lado deixando o Lobisomem deslizar pelo chão ensanguentado e cair de cabeça
no chão de destroços de madeira maciça.

O coração de Harry ainda não desacelerara quando Rony entrou correndo atraindo a atenção do
Lobisomem.

-Harry! Você está bem?

-Rony! Você quem não vai ficar bem se continuar ai! CUIDADO!!! -Gritou Harry para o cansado amigo ofegante.

Cego, o Lobisomem foi direto pelo vão da escada as costas de Rony que se abaixou oportunamente
e sumiu do campo de visão.

Um barulho de corpo batido ecoou como se estivesse sendo diversas vezes chocado contra a parede, logo, Hagrid
se revelou por entre o portal arremessando brutalmente o Lobisomem contra a parede do lado oposto, onde
estava o Lobisomem atordoado Gui.

Hagrid estava em fúria, lutava contra Lupin trocando socos e agarrões aos montes, Sirius chegou ao andar
gritando a ele:

-HAGRID! NÃO SE DEIXE MORDER! NEM DEIXE QUE ELE TE CONSIGA CAUSAR FERIMENTOS PROFUNDOS!

-Esse sangue de gigantes precisará de algo mais forte que um Lobisomem pra ser abatido! -Respondeu ele.

Como se em resposta a provocação, Lupin lhe acertara uma patada no olho esquerdo lhe fazendo levar uma
das mãos ao rosto, e tatear a outra no ar para que se defende-se.
Na guarda aberta, o Lobisomem feroz avançou novamente contra o meio-gigante Hagrid, mas dessa vez
foi Sirius quem interviu:

-ESPULSÓRIO!!!

O corpo de Lupin foi arremessado ao lado oposto ricocheteando contra a parede.
Hermione acabava de subir ofegante as escadarias e disse:

-Ha...Harry, use o Incendio de novo... Eu o prendo...

Harry não sabia o que a amiga ia fazer, estavam ali em volta do Lobisomem apenas alguns pedaços de madeira
destroçadas das antigas mobilhas que eram, manchas de sangue e o corpo do falecido diretor coordenador de
Azkaban. Mesmo assim, Harry gritou:

-INCENDIO!!!

A labareda começou a cercar novamente Lupin, Hermione apontara a varinha despertando a curiosidade
até mesmo de Sirius, e os pedaços de madeira começaram a se enfileirar, e pouco a pouco fizeram
uma jaula torta.

-REPARO!

Gritou ela fazendo a grande quantidade de madeira se unir formando uma mobilha única, grande e muito
misturada, encerrando Lupin por dentro dela.

-Bela tentativa Mione... Mas ele pode quebrar isso com um só... -Começou Harry, mas teve de fechar a
boca ao ver a garota transfigurar a madeira em aço rígido.

Fora um golpe de mestre, as madeiras atingidas pela magia incendio haviam sido queimadas e transfiguradas
para aço quente, de maneira que o Lobisomem nem pensaria em fugir.

-Muito bem Mione! -Aprovou Rony sorridente.

Todos pareciam muito cansados, e quando começaram a descer as escadas Rony retomou a fala:

-Gui..!? Tudo bem cara?

O lobisomem vermelho alaranjado não respondeu verbalmente, mas fez um granido e um gesto com a cabeça
que ou Harry estava muito errado, ou quis dizer "sim".

A brisa noturna de Azkaban não era das mais agradaveis.
Nuvens de água gelada e salgada invadiam os ares por toda a parte encharcando e incomodando a todos.
Hagrid depositou a mobilha metálica estranhamente retorcida que continha um Lobisomem, e subiu a bordo.
Após todos embarcarem, o guarda-caças desamarrou uma enorme corda que prendia o barco na faia do mar.

Harry desejou que ele não tivesse feito isso, pois as ondas violentas daquele oceano quase viraram o barco
instantâneamente. O barco estava praticamente a deriva, enquanto grandes lotes de água entravam várias vezes
no barco. Para piorar a situação, o chão molhado começou a arrastar o recinto onde estava aprisionado Lupin,
e este se chocou contra uma das paredes do barco fazendo-lhe um grande estrago. Mas o problema maior foi quando
ela empinou-se para trás indo direto para o mar.

Harry gritou:

-CARPE RETRACTUM!

Conjurando um gancho envolto por uma corda faiscante, Harry se prendeu a jaula, mas logo depois achou a idéia
não tão boa assim. A jaula não parou quase nada, e agora Harry estava indo junto até o mar.
A colisão foi demasiadamente forte para destruir as grades que cercavam o barco.

A pesada jaula caiu nas águas gélidas de um oceano perigoso e remoto, e Harry caíra junto, preso a ela.
O peso da jaula de aço, e do lobisomem puxavam Harry para as profundezas mais rápido do que ele previra.
Harry não podia escapar e deixar seu amigo Remo morrer afogado, ele desceu em seu mergulho e emparelhou-se
com a jaula segurando nas barras tortas para que mantesse a mesma altitude, concentrando-se bastante, ele
executou o feitiço cabeça-de-bolha em Remo, e em seguida nele mesmo.

Agora seu inimigo número um era a pressão.
Estavam cada vez mais baixo, e a pressão comessava a comprimir seus tímpanos.
Lupin, por ter ouvidos bem mais sensíveis, uivava de dor na bolha que encerrava sua cabeça.
Harry atirou o Carpe Retractum contra a superfície, e percebeu que ela não mais descera, deduziu
então que algum de seus amigos tivesse pego a ponta de gancho.

O que se provou realidade quando eles começaram a ser puxados para a direção do barco que se movia
depressa sob a violência imensorável das ondas. A medida que a corda já não mais flamejante se encolhia
sendo puxada pra mais perto da superfície, seus ouvidos deixavam de ceder a pressão esmagadora das profundezas.

As águas azul escuras ocultavam muito mais problemas, Harry sabia disso, o que não o fez estranhar o aparecimento
de uma fera gigantesca que vinha de muito longe. Com um leve desespero, ele começou a escalar a corda mais rápido,
e subiu até sentir sua bolha estourar sob o ar verdadeiro e gelado da superfície. Mal abrira a boca para respirar e
uma grande quantidade de água salgada invadiu seus pulmões, Harry agarrou-se na corda e se deixou ser puxado por
Sirius.

-ALUDO, ELE... -Começou Sirius aflito.

-Não... Está sob o cabeça de bolha. Mas Há alguma coisa vindo na nossa direção.

De repente, Harry sentiu um frio violento que o fez sentir saudades da magia secadora que Dumbledore usara
uma vez. A ventania mortal chicoteava suas roupas molhadas e lhe cortavam a face. Ao olharem para as águas,
eles perceberam. Não era uma coisa muito grande, mas sim um grande cardume de muitas coisas médias.
Pareciam ser sereianos. Muitos.
Mas diferentemente dos de Hogwarts, esses pareciam mais belos e pacíficos.

Infelizmente... Harry estava para descobrir que, as vezes, as aparências enganam.

Diferentemente dele, que assistia o nado sincronizado muito bonito dos sereianos dos mares,
Hagrid parecia cauteloso, ao passo que Sirius entrara em disparada.

-O que houve? -Perguntou Harry.

-Sereianos dos mares nórdicos Harry... Costumam aparecer por aqui...
Foram um grande obstáculo em minha fuga de Azkaban. -Disse Sirius.

-Horríveis Harry... -Mas dessa vez foi Hagrid quem falou- Você deve se lembrar
que em seu segundo ano de estudo, a câmara foi reaberta e eu fui preso como suspeito principal.
Nesses meses que fiquei por lá, os sereianos nórdicos apareceram três vezes... Os três piores dias
da minha vida... Mas depois, uma coruja louca chamada Errol apareceu trazendo os documentos de minha
soltura.

-Azar Harry... É uma das coisas que esses monstros trazem. Tanto azar quanto se pode ter.
E em contrapartida, se você sobreviver a esse azar, terá um toque de sorte que lhe ajudará ao fim de tudo...
Quando eu fugi de Azkaban, me machuquei demasiadamente, entrei em exaustão e quase morri afogado durante
uma tempestade que surgira exatamente do nada, e só quando eu percebi que era inútil continuar tentando,
que seria impossível chegar até alguma rota marítma e encontrar algum tipo de navio trouxa ou embarcação bruxa,
que um barco veio trazendo mais um prizioneiro para Azkaban. Dominei o barco com minhas últimas forças, o que
não foi difícil devido a minha má fama de assassino em massa. Eles se renderam, me levaram de volta a costa sob
falsas ameaças de destruição e lá chegando fugi como Almofadinhas. Três dias depois cheguei até o Largo Grimmauld,
mas para meu azar, o lugar estava sendo vigiado... Depois de um tempo, consegui entrar em Hogwarts, assisti
ao seu jogo de Quadribol... Fantástico Harry, fantástico!

Mas a história foi interrompida por um canto triste que ecoava como se saisse de dentro deles, assim como
o canto de uma Fênix, mas, o canto deles parecia ter o efeito inverso do canto da Fênix, em vez de renovar a
esperança e refortalecer, esse trazia uma terrível depressão e sensação de melancolia.

-Não... Não de novo... -Disse Hagrid baixinho largando-se na grade do barco.

-Precisamos resistir! e Tirar Lupin da água! O Cabeça-de-Bolha não vai durar pra sempre... -Disse Harry.

Lá do outro lado do barco, Hermione gritava.
Os três correram e assistiram Rony sendo mergulhado nas águas rodeado por Sereianos hostís.

-Já não parecem tão belos quanto antes não é Harry!? -Perguntou Sirius- Vamos! Precisamos salvar o garoto!

Sirius fez o cabeça de bolha e mergulhou nas águas turbulentas de um dos oceanos mais movimentados de todos.
Hagrid por sua vez, puxou das vestes uma garrafa com um líquido arroxeado, a bebeu de um gole só, e mergulhou na água.
Harry não entendeu o que era aquilo no frasco, mas não importava no momento, A cara de perturbação de Hermione
lhe dera um pânico sem proporções.

-Mione! Eu vou entrar!

-Harry, não!

-Vou, e você vai ficar e cuidar da Tonks!

-Harry... Salve ele! -Implorou a garota com grossas lágrimas salpicando seu rosto e se misturando
com as gotas de chuva que caiam uniformemente.

Harry fez que sim com a cabeça, foi até o pequeno casebre onde estavam seus pertences, apanhou sua
mochila e de dentro dela um frasco com um líquido dourado e explêndido. Seu interior não balançava
no mesmo ritmo do barco. Parecia leve e tranquilo.

"Obrigado Slughorn! Sabia que ia precisar da Félix de novo..."

E tomou um grande gole. Ao sair, entregou a Hermione e disse:

-Mione, vai dar tudo certo, veja! Fique com ela caso precise!

-Harry, a Félix só dá... -Começou ela, mas foi interrompida por Harry que conclui sua frase num sorriso.

-... Um empurrãozinho nas circunstâncias... Sei Mione... MAs se tratando de mim, dará um verdadeiro nocaute!
Você verá!

Harry sorriu e executou um Cabeça-de-Bolha. Uma voz na sua cabeça disse:

"Por ai não, pelo outro lado"

Harry sorriu de novo ao lembrar da vozinha intrigante que lhe dava ordens fantásticas.
Ainda com um sorriso prepotente no rosto, ele entrou na água com um mergulho fantásticamente
bonito.

Nem mesmo a frieza da água tirara a euforia da poção da sorte líquida.
Harry descia cada vez mais profundo, até visualizar um homem muito largo comprimindo três
ou quatro Sereianos num abraço de urso, mas outros três lhe pegaram pelas costas com tridentes
enferrujados pela submersão costante na água.

Harry os consideraria oponentes muito perigosos.
Não hoje.
Hoje seriam apenas bons desafios.

Apontando sua varinha para o fluxo de cardume que vinha contra ele, ele gritou:

-RELAXO!!!

Sua voz eccou em sua bolha e fez com que faíscas vermelhas disparassem por toda a sua frente como
raios elétricos embaixo d'água. Os sereianos atingidos tremiam as vezes, mas pareciam paralizados
pelas faíscas aquaticas e elétricas. Harry os amarrou com um Incarcerous e continuou sua descida
rumo ao fundo.

Ao ver Hagrid sendo dominado, por eles, Harry pensou como ele poderia estar a tanto tempo embaixo
da água...

"O líquido roxo... Deve ser o líquido roxo" -lembrou uma voz em sua cabeça.

Harry transfigurou o metal de suas mãos para borracha, e atacou-os com a magia das faíscas aquáticas
novamente. Hagrid fez um jóia com uma das mãos, sua barba e cabelos tremulavam a guisa da água, e ele
fez sinal para que descessem.

Os dois foram descendo até encontrarem vários sereianos desacordados flutuando tolamente
na agua. Eles giravam seus corpos frouxos sendo levados pela correnteza. Era um sinal de
que Sirius estava se saindo bem.

Muito longe, eles começavam a enchergar um portal. E o foco das águas revelava ser
aparentemente uma cidade. Harry e Hagrid continuaram descendo até que chegaram a um portal
gigantesco de uma cidade sob uma ilha submersa de onde se podia ler uma placa com os
seguntes dizeres:



"-ATLÂNTIDA DO NORTE-"



Ambos continuaram pelo caminho até chegarem na placa.
Quando atravessaram a nado os limites que se encerravam abaixo do arco, eles cairam no chão seco e quente
de Atlâtida. A água praticamente acabara em uma parede, onde começava a cidade.
O fato, é que ambos já podiam respirar, mesmo estando muito embaixo da superfície, como se esse povo tivesse
uma oxigenação natural.
Harry obervou a gigantesca parede líquida que era o oceano e esticou sua mão passando levemente pela superfície
da água estranhamente parada a sua lateral.

-Venha Harry... Sirius deve estar em algum lugar por aqui! -Chamou Hagrid.

Harry levantou-se, e uma voz em sua cabeça disse:

"Pela direita... Pela direita..."

Ao ver que o amigo tomara o caminho da esquerda, Harry o chamou de volta.
Estavam em uma cidade que misturava várias épocas...
Algumas delas, ele nunca conhecera e talvez, pensou Harry, jamais chegasse a conhecer.

O lugar era uma cidade imensa que mais parecia um conflito de presente, passado e futuro.
Uma mixagem da história de todas as épocas de trouxas e bruxos. Haviam tecnologias trouxas
mais avançadas do que se podia imaginar. Ia aquém da mais fértida imaginação.
Mas em contrapartida, existiam pontos rústicos e antiquados que até mesmo os trouxas já
haviam superado.

Por estar isolada, a sábia população dos Atlântidos se desenvolveu em muitos aspectos,
ao passo que não aprimoraram coisas comuns aos povos da superfície.

O chão era construído por pedras de tamanhos e cores diferentes juntas umas as outras formando um piso
uniforme. As casas pareciam ter trejeitos de casas bruxas ou medievais, mas algumas torres com círculos
anelados flutuando ao redor indicavam reflexos de futurismo.

Harry sacudiu a cabeça para absorver a quantidade de imagens contraditórias que via a frente.
Era uma nova cultura, um novo perigo.

Os dois seguiram então o caminho da rua da direita, milagrosamente sem encontrar um único ser vivo
por lá. Foi então que a félix em sua cabeça disse:

"Sirius em perigo... A noroeste..."

Harry não disse nada a Hagrid, simplismente correu em desespero a noroeste dali, pulando uma fonte e
desviando de duas estátuas. De relance, Harry reparou que esses homens só tinham quatro dedos em cada mão,
pois lhe faltavam o mindinho. Ao continuar sua corrida, ele ouviu um grito que pertencia a Sirius saindo de
uma rua lateral. Chegou perto vagarosamente e observou um duelo triplo contra homens altos e fortes com quatro
dedos em cada mão.

-Muito bem superficiano! O que você quer invadindo nosso reino?

-Não invadi nada... Os sereianos me trouxeram aqui! -Respondeu Sirius caído e desarmado.

-É um mentiroso! Você está do lado daquele que nos invadiu ainda semana passada!
O tal "Lorde-não-sei-o-que"!

-LORD VOLDEMORT ESTEVE AQUI???? -Disse ele surpreso.

-Então o conheces? Pois isso só prova que és culpado!

Harry percebeu que iam executar Sirius ali mesmo, e invadiu o local rapidamente apontando a varinha
e arfando:

-EXPELLIARMUS! CONJUNTIVICTUS! RICTUMSEMPRA!

Pegos de surpresa, os atlântidos foram arremesados para trás e caíram sob duas casas velhas.

-Sirius, vamos! -Disse ele estendendoa mão do padrinho.

-Não Harry. precisamos descobrir o que Voldemort queria aqui... Talvez novas armas ou novos aliados.
Vamos ao líder deles... E descobrir. Além disso, Rony deve estar por aqui também.

Ele parou por uns segundos e uma voz voltou a lhe dizer:

"Vá para o reinado. Rony está lá. A resposta está lá."

-Certo Sirius... Vamos!

Ambos seguiram o caminho da maior estrada que apontava para um enorme castelo monumento que com
certeza deveria ser a morada do líder deles.

"Inimigos... " -Disse a voz da Félix em sua cabeça.

Quase que no segundo posterior, seis ou sete homens surgiram das casas com trajes mais imponentes
atacando Harry e Sirius com várias magias as quais eles nem mesmo conheciam.
Guiado pela félix, Harry realizou um feitiço escudo e usou o Sonorus. Sua voz muito amplificada
ecoou para eles:

-SERES DE ATLÂNTIDA. VIEMOS EM PAZ. NOS RENDEMOS AS BATALHAS E APENAS QUEREMOS FALAR COM SEU LÍDER
SUPERIOR. SOUBEMOS QUE TIVERAM UMA VISITA INDESEJADA A POUCO TEMPO, ALGUÉM DA SUPERFÍCIE.
ESTAMOS CONTRA ELE. LOGO, AO SEU LADO. SE PUDEREM NOS GUIAR ATÉ O LÍDER, OBRIGADO, SENÃO, INFELIZMENTE
TEREMOS DE AGIR DE ACORDO COM AS CIRCUNSTÂNCIAS...

Após dizer isso, Harry achou um pouco imprudente de sua parte ameaçar "agir de acordo com as circunstâncias"
contra um grupo de inimigos. Mas a questão é:
Quando é que a Félix falhara antes?

Como se fosse mágica, os sereianos abriram caminho e os seguiram em uma macha uniforme até o castelo principal,
apontando por vezes um atalho ou outro. Sua missão para a ordem estava tendo um pouco mais de ação do que esperava,
pensou ele quando viu uma enorme serpente marinha sobrevoar os arredores do castelo montada por alguém.

Eles chegaram a um castelo inteiramente moldado a ouro, onde luxuosas escadarias levavam até os andares de cima.
E mais pra cima. E mais pra cima...

Muitos andares foram percorridos até que chegassem até o líder.
Um dos homens se adiantou, fez uma exagerada reverência quase cômica, a exemplo das reverências de elfos
domésticos, e ele anunciou:

-Grande Patriarca, esses dois intrusos da superfície queriam vê-lo.

Harry deu mais um passo, mas a félix o disse para parar por lá, e curvar-se.
Ele fez uma reverência ao patriarca e levantou-se mantendo o contato visual, como faria contra um
hipogrifo.

-Muito bem, -Disse o Patriarca- A que devo sua indesejável visita?

Harry se sentiu desacatado, uma vezque chegaram até lá por puro acidente e encontraram um mistério
que não esperava achar. Mas a Félix o fêz manter a calma, e quase que levado por ela, Harry fez
um novo discurso:

-Desculpe se o incomodamos senhor, mas o caso é que nosso amigo, um garoto alto e magro, cabelos
cor de fogo, foi trazido até seu reino por sereianos, e viemos resgatá-lo. Mas soubemos que Voldemort
esteve aqui... Mas somos inimigos dele -Acrescentou Harry ao perceber o olhar de ódio no rosto
do Patriarca- Gostaríamos de saber o que ele fêz por aqui.

-Muito bem... E como eu posso ter certeza de que estão dizendo a verdade?

-Não sei senhor... Me submeto a qualquer tipo de teste... Vocês conhecem veritasserum? -Disse Harry
levianamente sugerindo algo.

-Sim, sim, essa é uma boa idéia, então, que assim seja, ME TRAGAM VERITASSERUM AGORA!!!

Os lacaios reais correram pelo corredor e retornaram com um frasco com um líquido icolor, que mais
parecia água e despejaram uma gota em um cálice com vinho marinho.

-Beba! -Ordenou o Patriarca.

Harry não tinha por que temer, falaria a verdade, mas a félix se inquietou.
Sem uma instrução específica, ele a virou de um gole só.

-Muito bem, -Tornou a dizer o líder dos Atlântidos- Agora que está sobre a poção da verdade,
me responda, sabe onde está?

-Atlântida do Norte! -Respondeu Harry.

-Certo... E como sabe que está aqui?

-Li em uma placa...

-Agora me diga jovenzinho, o que quer em meu reino?

-Resgatar meu amigo Ronald Weasley e descobrir os planos de Voldemort.

-Lord Voldemort... Tem ciência do que ele fêz ao povo dos Atlântidos?

-Não.

-Você o conhece?

-Sim. É meu pior inimigo.

-Muito bem... O rapazinho diz a verdade. Podem lhe dar o antídoto!

Harry bebeu o antídoto e se sentiu aliviado. Agora tinha a confiança do Patriarca.

-Muito bem... Vou lhes contar uma história... Aconteceu a exatos sete dias.
Um homem da superfície apareceu por aqui, e veio me ver. Pareceu pacífico a princípio,
mas quando comecei a recusar suas exigências estranhas, ele começou a perder a linha.
Ficou tão alterado quanto um homem pode ficar... Foi assustador. Ele começou a matar
Atlântidos aos montes, e não importava quantos dueladores fossem até ele, um jato de
luz verde matava a todos... Um por um, nossos homens foram caindo, para não mais se
levantar, e suas esposas e seus filhos não mais os teriam no aconchego de seus lares...
Pensamos que fosse parte da maldição... E ele fosse o tal espírito do Apocalipse...
Mas temos razões para acreditar que ele é da superfície, como vocês, e vocês são a prova.
O fato, é que o nosso povo vive atormentado por maldições desde a aurora dos tempos...
Nossos clarividentes vivem atormentados por visões de lugares amaldiçoados, nossos
governantes enfrentam os mais diferentes tipos de problemas, nossa plantação vive atacada
por pragas e vivemos sob a ameaça de um espírito do apocalipse... Tudo isso, porque em
tempos remotos nosso povo perdeu a fé em coisas maiores... Forças maiores...
Nossa maldição foi ter nossos continentes afundados e viver sobre maldições eternas.
Como vocês perceberam, temos somente quatro dedos, que simbolizam quatro sentidos.
Os humanóides da superfície costumam ter cinco dedos e cinco sentidos.
Nós não. Cada um de nós nasce sem um dos sentidos, e isso é compensado em sabedoria,
inteligência, genialidade, e sexto sentido. É muito difícil encontrar um único atlântido
sem o dom da clarividência. Mas a última de nossas maldições foi mesmo a invasão desse
demônio... Desse Voldemort.

-Mais... Quais foram suas exigências? -Perguntou Harry.

-Muitas. Entre as quais, queria nossos exércitos a seu comando quando ordenasse,
queria nossos arsenais de magia e queria inteira subordinação de nosso povo.
Ah! Além disso ele queria matar todos os clarividentes que tivessem visto um
lugar amaldiçoado... Templo de Slytherin eu acho...

-O QUE!? VOCÊS SABEM ONDE FICA?

-Não... Mas nós o vimos muitas vezes entre os lugares mais malditos do mundo.
Seu criador, Alguma coisa como Slazar... Salzar...

-Salazar!

-Isso! Ele usou uma grande quantidade de magia negra naquele lugar, o objetivo do lugar
está entre os mais negros de todos. Ninguém sabe porque o lugar é tão macabro...
Existe uma força descomunal naquele lugar.

Harry trocou um olhar significativo com Sirius que retribuíu.

-Vocês parecem boas pessoas... Assim como o grande bruxo que conhecemos a tempos atrás...
Lembramos dele até hoje com muita saudade... Esperamos que um dia ele regresse ao nosso povo.

-E Quem era? -Perguntou Harry educadamente.

-Alvo Dumbledore.

-DUMBLEDORE? Ele já esteve aqui? -Perguntou um Harry muito surpreso.

-Sim... E pelo visto você já o conhece...

-Sim! Foi meu professor... Meu amigo. -Disse Harry ainda eufórico pela informação.

-Um bom sujeito... Por alguma razão, aquele Voldemort não gostou quando soube que o conhecíamos.

-Porque Voldemort é nosso inimigo! -Disse Sirius- E o sonho dele era matar Dumbledore.

-Era? Porque era? Não me diga que ele... -Disse o Patriarca parando súbitamente com um pesar na
garganta.

-Sim... Um de seus servos conseguiu matar Dumbledore... Snape... Severo Snape... -Continuou Sirius Black.

-NÃO! -Exclamou o Patriarca com muita dor- Como é possível? Era o bruxo mais extraorinário que já conheci!

-Estava indefeso... Desarmado e ferido... -Informou Harry.

-Maldito seja Voldemort! Maldito seja! -Praguejou o Atlântido Líder.

-Mas... Senhor, o que Dumbledore queria aqui? -Perguntou Harry.

-Era jovem ainda... Mas já era um grande homem. Ele buscava a resposta para a equação draconica.
Queria saber todos os efeitos do sangue de dragão. De todos eles. Nós o ajudamos, e ele em troca,
nos ajudou muito.

-Como? -Perguntou Sirius dando a mesma atenção a história que uma criancinha daria a um conto de fadas.

-Nos livrou de uma de nossas pestes. O Dragão Negro das Submersálias.

-Dragão Negro das Submersálias? Pelo que eu sei, existem apenas dez tipos de Dragões...
E nenhum deles se chama assim.

-Existem dez assim pelo que vocês conhecem. Esse último espécime era único e lendário.
Ele ainda deve esxistir por aí, mas o único a feri-lo foi Alvo. Ele lutou três dias e três
noites contra o monstro. E então, na manhã do quarto dia, ele voltou. Tinha no rosto uma
espressão de cansaço heróico, e nas mãos, um frasco com o sangue do último Dragão.
Dizem que ao subir, ele planejava descobrir o uso do último sangue, até então descobrira
doze usos. Esse seria o décimo terceiro uso do sangue dos dragões. Os dez primeiros eram
dos dez espécimes diferentes, os outros dois, eram de dragões raros. Híbridos.
Na verdade, cruzamentos de raças diferentes que geraram dois dragões únicos, aos quais ele
arrancou todo o sangue e descobriu uma maneira de reproduzir sua essência. Com esse último tipo,
ele poderia realizar a última descoberta, mas não sei se ele assim o fez...

-Não. Não o fez. -Disse Harry sacudindo a cabeça- Me lembro de ter lido que ele descobriu
os doze usos de sangue de dragão... Não treze.

-É uma pena... Mas enfim, após isso, ele nos ensinou magias poderosíssimas da superfície,
e em troca, também lhe ensinamos coisas, como por exemplo a língua dos sereianos, e
a magia do tempo. A Aresto Momentum.

-Foi com vocês que ele aprendeu então!? -Harry estava surpreso. Fizera essa pergunta a si
mesmo quando o velho diretor se fora. Mas agora estava respondido.
Lembrava-se também da vez em que caiu da vassoura, e foi aparado pelo Aresto momentum, que
retardou sua queda.

-Sim... Se um dia assim quiser, retorne, e o ensinaremos. Contanto que o use para acabar
com Voldemort!

Por um instante, Harry percebeu porque suas ameaças tiveram efeito naquela hora que
disse aos atlântidos que agiria de acordo com as circunstâncias. Os dois bruxos que
tiveram contato da superfície eram excepcionalmente poderosos. talvez pensassem que todos
fossem poderosos como Dumbledore e Voldemort.

-Harry... Algo no meu olho interior me diz que você tem um fardo de coisas para destruir...
E que está confiando isso a um grupo de clarividentes da superfície... Estou certo?

-Si-Sim... -Gaguejou ele- Sabe pelo dom da vidência?

-É. Harry, esses bruxos acabam de ser dominados pelo exército negro... De alguma maneira,
ele sabe que eles conhecem você... Mas pode deixar conosco! O ajudaremos a partir de agora!
O ajudaremos a livrar o mundo pra sempre desse tal Voldemort!

-Muito obrigado senhor!

-Certo. Então acho que não temos mais assuntos a tratar por hora!
Então, até a vista a vocês dois... E boa sorte em sua jornada.

-Agradecidos senhor... Ah, quanto ao nosso amigo... -Disse Sirius.

-É verdade, é verdade. Tragam o prisioneiro!

Rony foi trazido de uma sala logo ao lado por dois guardas enquanto massageava o punho esquerdo
que sangrava um pouco. O caminho deles até a superfície não teve maiores problemas.
Assim, Harry, Sirius, Rony e Hagrid (que estava perdido na cidade desde que Harry o deixara)
retornaram ao barco. No caminho aquático, perceberam que raios de luz balançavam calmamente sobre
a água, o que indicava que já era manhã.

"Como pode?" -Pensou Harry, mas a resposta veio em sua mente.
Talvez, o tempo passasse de maneira diferente embaixo d'água.
Senão debaixo d'água, talvez em Atlântida do Norte, o recinto de seus
mais novos aliados.

Harry reparou que Lupin ainda estava dentro da jaula sob o cabeça de bolha, mas
dessa vez na forma humana. Eles o subiram a bordo e lhe cobriram com todo o pano disponível.
Gui estava adormecido, também de volta a forma humana no interior do barco.

Hermione mal podia acreditar na fantástica história que eles contavam, e descobriram então
que Voldemort estava muito a frente do que pensavam.

Rony dizia ilógicamente que fora uma das piores dores que se poderia sentir na vida.
Dizia que quase arrancaram seu pulso esquerdo a ignorância e que não fosse por sua prodigiosa
força, estaria sem uma das mãos agora.

-Harry, -Chamou Sirius de canto- Devo dizer que seus discursos e perpicácia me assombraram hoje!
Você fez sempre a coisa certa mesmo quando colocava tudo a perder!

-Digamos que foi apenas... Sorte! -Disse ele sorrindo.

Um clima de conversa envolveu os tripulantes do barco que já navegava sobre águas mansas
quando Harry lembrou-se de uma coisa a confirmar.

-Ei Hagrid, -Chamou Harry- O que era aquele líquido que você bebeu antes de mergulhar?

-Ah sim... Era um tipo de sangue de dragão... o efeito dele é fazer com que a pessoa respire
embaixo da água... Dumbledore quem descobriu. -Disse o gigante sem perceber que suas palavras
eram digeridas febrilmente por eles, agora que tinham um novo mistério em mãos.

Iriam realizar a tarefa incompleta de Dumbledore.

Eles chegaram exaustos em casa, mas não antes de Harry ir confirmar uma coisa.
Abriu o porão mágico e observou o frasco de sangue de Dragão.
De fato, o nome minúsculo numa caligrafia fina e inclinada no rótulo improvisado que
Harry até então não reparara, dizia:

"O Último Sangue: O Dragão Negro das Submersálias"

Harry sorriu e observou o frasco que provara a lenda do diretor verdadeira.
Derrotara sozinho um Dragão raro que dizem ser amaldiçoado.
Aquilo era o que faltava para ele prosseguir com o desejo da carta de Dumbledore.
Na verdade algo que deveria ser a quinta parte de um imenso testamento.
Harry inquietou-se, e leu novamente a carta que lera e relera o tempo inteiro.
Já saberia de cor a essa altura, mas sempre a observava de novo como se lá
houvesse mudanças ou pistas que ainda não decifrara.




Caro Harry Potter,


Venho por meio dessa, lhe fazer um alerta, e ao mesmo tempo um pedido.
Em primeiro lugar, perdão por escrever tantas partes de testamento. A princípio,
planejava uma ou duas, mas conhecimentos que me alertavam para uma morte iminente
e imediata me fizeram refletir muito, e assim como fizemos sobre a vida de Riddle,
supor coisas. São terrenos incertos é bem verdade. O que estou para lhe dizer, pode
não mais fazer sentido algum, se errei em um simples cálculo ou fato. Mas acredito
que esta parte só tenha sido encontrada a altura do final de Novembro. Espero que
esteja avançado em sua missão, e espero que estejam todos bem. Espero... Mas não
acredito que dadas as atuais circunstâncias estejam todos realmente bem. Seria um
pouco tolo, talvez até ingênuo de minha parte acreditar nisso. Mas quero dizer
que existe uma maldição maior do que previ. A Ordem lhe contará sobre o templo de
Slytherin, mas pelo visto o que encontrarás por lá é algo além do esperado pela
mais fértida das imaginações. Uma nova ameaça eu diria. Dado o alerta, eu gostaria
de lhe fazer um pedido. Em vida, fiquei, digamos... Famoso, por certos feitos.
Um deles, foi descobrir os doze usos do sangue dos dragões... Entretanto,
conhecimentos posteriores me levaram a crer que existia de fato uma lacuna em
minha descoberta. Pois bem, confio a você, o jovem Rony Weasley, e a Srta. Granger
o favor de a terminarem para mim. Aposto, que poderão utilizar os efeitos para
o bem de pessoas a fio. Como uma nova cura. Quanto ao teste... Talvez seja bom
começar em situaçõs muito graves... St.Muggus seria um bom lugar para achar
algum enfermo voluntario. Um ditado popular trouxa diz o seguinte:
"Uma mão, lava a outra..."

Espero que consigam!



Sem mais(Por hora)

Alvo Percival Ulfrico Brian Dumbledore








Harry sorriu observando aquilo. Tinha as últimas peças do quebra-cabeça por um mero acaso.
Ele tinha de saber qual seria o novo sangue, e graças a história do Patriarca de Atlântida,
agora ele sabia. Ele se lembrou das palavras de Sirius e Hagrid. Os sereianos Nórdicos traziam azar,
em seguida boa sorte... Fora exatamente o que ocorrera. Embora ele duvidasse um pouco de seu êxito
não fosse a Félix. Quase no momento em que deitara, ele adormeceu, tranquilamente como se fosse
uma onda vacilante sobre a faia de uma ilha calma. A vida na ordem da Fênix se mostrara demasiadamente
ativa para ele. Mas um trabalho próximo sobre sangue de Dragão, uma nova cura, Horcruxes, e seu
penúltimo jogo da temporada curta da Inglaterra pela copa Merlin de Quadribol apontavam árduos desafios,
aos quais ele nem mesmo ousava sonhar naquele explêndido momento de calmaria e descanso.

A manhã seguinte pareceu despertar nele toda a ansiedade que não desaflorara até então,
e uma grande etapa de testes com o sangue do Dragão raro foram feitas junto de Rony e Hermione.
O trabalho estava se mostrando mais difícil do que parecia, até que Hermione reparou em uma
intrigante coincidência.

-Harry... Os efeitos que estão tomando essa poção... São teóricamente os mesmos que a poção que eu
estive tentando criar para seu primo... O Duda. Talvez o ingrediente secreto seja... O sangue!
E assim seria o décimo terceiro uso!

A euforia se apossara deles. Talvez, estivessem próximos de concluir a tarefa incompleta do sangue
de Dragão. Talvez, graças aos esforços de Hermione durante todo o ano, eles fossem ter um sucesso
prematuro ali naquele trabalho.

Hermione misturou tudo e mexeu por horas.

-Harry... Não está adquirindo o tom certo... -Disse ela.

Harry sentiu repulsa pelo que estava prestes a dizer. Pois aprendera com o Príncipe Mestiço.
mas mesmo assim falou:

-Mione... De acordo com os ingredientes... e com o tempo... Acho que você deveria dar uma
mexida no sentido horário pra cada sete no sentido horário... E não seria nada mal acrescentar
folhas de mandrágoras e pedaços secos de Benzoar...

A garota não disse nada, apenas o obedeceu e assistiu as cores assumirem o tom correto.
Eles gritaram de exitação e assistiram o manso borbulho da poção púrpura.

-E agora? Como vamos saber se a poção funciona? -Perguntou Rony quando uma gota burbulhante saltou
de dentro do caldeirão e o atingiu no pulso esquerdo, que estava com uma ferida causada no dia anterior.
A ferida borbulhou com a pele por uns terríveis instantes ansiosos. Teriam eles errado?
Até que a pele se uniformizou cobrindo a ferida sem deixar sequer a cicatriz.

Ali estava.
Uma nova cura.

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