Relação Plantinha&Katheryn

Relação Plantinha&Katheryn



Hosttie
- A estrela da coragem -


I DON’T WANNA WAKE UP TODAY!

Acordar falando em outro idioma não é bom. Sabe, eu acho que todos os países do mundo deveriam falar muitas línguas. Todos teríamos várias culturas e saberíamos falar com estrangeiros. Quando eu fui pra França, 9 anos atrás, eu lembro que não entendia nada do que os franceses falavam e não sabia falar nada.

Eu acho que eu consigo pensar coisas úteis de vez em quando.

Mas, voltando.

Rewind to the first time, and I felt it coming!

Que droga, acho que isso é um mal pressentimento. Do tipo: “Lily, isso vai acontecer o dia todo”. Falar na minha língua, lembrar de uma música em outra e cantar ela no meio de HOGWARTS não pode ser boa coisa, ou pode?

Ok, ok, eu confesso: estou enrolando pra levantar. Hoje é quinta-feira. Eu quero logo o sábado! Sábado JÁ!

Como será meu encontro com o James? Pensei em várias coisas:

Número 1: Um completo desastre. Incluindo a Lily levando um tombo, o James rindo demais, a Lily ficando magoada, e tudo acabando ruim.

Número 2: Um completo fiasco. Simplesmente não vamos nos dar bem, não vai rolar clima nenhum e eu vou acabar na minha confortável cama, frágil sobre o pijama de ursinhos (eu tenho DOIS pijamas, olhe que MÁXIMO) e chorando feito uma banana.

Número 3: Perfeito. Vamos nos beijar, rir, nos abraçar, ele vai comprar chocolates pra mim, me levar no colo e vamos pegar chuva voltando pra escola.

Que dia é hoje? Onde eu estou?

- Lily, você está bem? – Ouvi a voz de Kath, e de repente senti que estava deitada no chão com uma dor alucinante na cabeça...

- O que aconteceu? – Perguntei, c-o-m-p-l-e-t-a-m-e-n-t-e aérea.

- Você simplesmente começou a cantar, gritar e caiu da cama. Acho que bateu a cabeça na quina do criado-mudo. – Diana respondeu, aproximando-se.

- Eu comecei a cantar e gritar? Mas eu estava acordada! – Exclamei, totalmente certa de que esta era a verdade.

Eu quero chorar, cara!

Eu bati minha cabeça e estou sentindo uma dor alucinante! SOCORRO! EU ESTOU MORRENDO! EU VOU SER ENTERRADAAAA!

Como será que é viver (ou morrer) num caixão a vida (morte) toda? Acho que quero ser enterrada viva só pra sentir isso. Mas sabe, meu caixão seria enorme, teria uma tv, um jornal, uma lareira, um pacote de batatinhas e uns sucos. Refrigerante engorda, e se eu morrer, não quero morrer com NENHUMA celulite.

Será que existem cadáveres de luxo?

- Lily, você é sonâmbula. – Katheryn disse, olhando pra mim como se sentisse MEDO.

Isso aí, sinta medo da Lily.

NÃO! Quem tem que sentir medo da Lily é sonserino besta! Não amiga minha! Sim sonserino, não amiga! Lily sonâmbula?

Isso é coisa demais pra minha pequena cabeça.

- Eu não posso ser sonâmbula! – Gritei, levantando rapidamente.

Eu estou com uma blusa roxa. Eu definitivamente não dormi com ela. Isso não é um bom sinal. Socorro.

- EU SOU SONÂMBULA!

- Lily! – Gritaram Di e Kath, em uníssono, quando eu corri, peguei meu uniforme e meu material e tranquei-me no banheiro.

Escovei os dentes, penteei o cabelo, lavei o rosto, fiz minhas necessidades, coloquei o uniforme e meus sapatos. Estou pronta.

O que aconteceu noite passada? Entre eu e o James? Algo? O que foi?

EU ESQUECI!

- EU VOU MORRER! – Gritei, abrindo a porta do banheiro e jogando-me escandalosamente em cima de Alice, que por acaso estava passando por ali.

- Lily, o que aconteceu? – Perguntou ela, totalmente assustada com a Lily alienígena.

- Eu não sei o que eu fiz noite passada! – Gritei, chorando desesperadamente.

Esses últimos dias não são MEUS dias. São os dias da Lily batatinha.

Lily batatinha quando nasceu se esparramou pelo chão.

Lily menininha quando dorme, ACORDA NO MEIO DA NOITE, LEVANTA E DÁ UMA DE SONÂMBULA!

Eu queria ter uma tesoura. E cortar cada centímetro deste carpete velho e feio (mentira) do dormitório feminino. Eu acho que estou num período de insanidade constante. Do tipo daqueles que as garotinhas indefesas são presas numa camisa de força e levadas pra um manicômio.

EU vou pro manicômio!

- Mas, quase ninguém lembra, Lily!

E isso quer dizer que eu sou da maioria dos “memórias de passarinho”?

Obrigada, prefiro ser a Lily-sonâmbula-batatinha-estressada. E insana.

- Eu vou tomar café. – Terminei a conversa e num piscar de olhos saí daquele dormitório de carpete velho e fedido.

Quando eu entrei no salão, a primeira coisa que eu senti foi... Algo bem quentinho e cheiroso envolvendo seus dois braços (oooh, imagine se fossem TRÊS) em minha única cintura (duas cinturas não são algo tão normal, é claaaro) e dois lábios (já viu alguém com um?) tocando minha bochecha lisinha e perfumada.

Adivinhe quem era.

Adivinhe só.

É DIFÍCIL.

- James! – Exclamei graciosamente, escapando ligeira daqueles braços fortes.

(Imagine um sapo dando um salto. É, é isso.)

- Bom dia, Lily!

- Bom dia... – Respondi, passando a mão no cabelo.

Eu amo meu cabelo. Ele é TÃO de mentira. Parece que nem é verdade.

(Se alguém entendeu isso, GRITE!)

- Parece que alguém aqui também fica passando a mão no cabelo! – Exclamou ele, olhando pra mim feito um apaixonado.

- Parece que alguém aqui se importa demais! E, só pra você saber, eu TENHO cabelo pra passar a mão. Você tem um cabelo júnior.

- Está falando que eu quase não tenho cabelo? – Indagou ele, chegando mais perto de mim.

- E se estiver? – Desafiei, recuando e recuando...

Até a parede.

Por que eu estou captando ondas de encrenca sobre esta aproximação?

Xi...

- Você tem um cabelo super curto! Nem dá pra pegar nele direito... – O QUE VOCÊ DISSE?

Ofenda a Lily, mas nunca o cabelo dela.

- Depois você ainda fala que gosta de mim!

Tipo assim, ele estava MUITO perto.

E ele sorriu.

- Eu te amo!

Oh não. Não não não.

James se aproximou. Eu estava encostada na parede (ela bem que podia ser mais fofinha) e ele quase se encostando a mim. Eu JURO que senti um frio na barriga.

Ele olhou bem fundo nos meus olhos. Eu nos dele. Ele estava PRÓXIMO demais! Acho que queria me...

- To com fom...

Beijar.

Antes que eu pudesse espalhar pelos quatro cantos do mundo minha fome, ele encostou os lábios dele nos meus. Foi como se uma corrente elétrica passasse por mim! Os lábios dele, tão macios e suaves, encostados levemente nos meus... Fechei os olhos, ele também, e...

Nos beijamos. MERLIN, O QUE FOI AQUILO?

Eu senti minha boca na dele (jura?), e um carinho, uma alegria tão... Intensa! Como se o beijo fosse SÓ de carinho e ansiedade por aquilo que quase nunca aconteceu.

Depois do que me pareceu uns nove meses, nos separamos. A esta altura eu já estava com as mãos na nuca dele e ele com as mãos na minha cintura.

Nem pude pegar fôlego. Prendi a respiração enquanto afastava ele e depois de ficar roxa (ele já estava me olhando preocupado) e todas as outras cores (tipo as cores do arco-íris, desconsiderando-se que eu sou BRANCA), nos encaramos.

Eu encarei James, ele me encarou. Simples assim.

Depois de um tempo, perguntei:

- E aí? – Levantei a sobrancelha e fiz uma cara de: “você não vai fazer nada?”.

Acho que ele não gostou muito não.

- O que eu posso fazer? – Respondeu ele, num tom nem tão gentil assim.

- Alguma coisa! Você me beija e EU tenho que fazer algo?

Ele pareceu considerar a pergunta.

AI dele se não considerasse.

- Então ok. – Num gesto que eu nem vi, ele me abraçou de novo e me deu outro beijo.

DE NOOOVO. De novo eu senti aquela sensação. Só que dessa vez tinha mais paixão do que carinho.

James era tão perfeito de perto... Imagine mais perto ainda! Ou melhor, NEM imagine porque ele é só MEU. Ninguém tem o direito de imaginar algo a mais com ele. E você não quer arrumar briga com uma ruiva ciumenta, meu bem.

Com licença, este beijo eu não vou contar.

(Risada maléfica).

[...]

Quando cheguei na aula de Herbologia, sabe o que estava acontecendo? Katheryn estava meio que encrencada com uma plantinha mal-encarada e que fedia MUITO.

A professora estava lá atrás, e minha amiga estava a ponto de virar comida de plantinha!

Entrei entre Kath e a planta, e gritei:

- Enquanto eu estiver viva, nada vai fazer mal a você, Kath! – Como se aquela fosse uma atitude heróica ou algo assim.

Às vezes eu me mato de rir com as idiotices que falo. É sério.

A plantinha avançou pra mim! Como se pudesse pensar. Sabe fazer fotossíntese e se acha A tal. Sabe o que eu fiz com ela? Peguei a varinha (NÃO DIGA!) e lancei nela um bom Bombarda. Ela explodiu e espalhou seus pedacinhos pela estufa toda.

Ooops.

[...]

Pulando para o almoço de quinta-feira (Tudo está correndo bem!), que foi muito bom, vou passar logo para a última aula do dia: DCAT.

Trocaram a professora. Essa não durou nem um ano. Sabe qual é o nome da nova?

Morgana. A coisa é tão mal-encarada que nem o nome todo quis falar.

- Sou a professora Morgana, nova professora de vocês. A última professora teve... Problemas. Hoje vamos apenas revisar tópicos importantes, e depois começaremos com novas matérias. – A voz daquela mulher dá MEDO! Ela parece uma bruxa dos contos de fadas. Merlin! – Para começar, as maldições imperdoáveis.

Preciso falar pra QUEM ela olhou pra responder a pergunta? (Lembre-se, antes de responder essa complexa questão, de que a Lily é um ser infinitamente azarado e com sérios índices de “doces” pros professores, pois eles VIVEM chamando a pobrezinha.)

- Você, Srta...

- Eu? – Não. Imagine.

Acho que a professora não gostou.

- Cinco pontos a menos para a Grifinória. – COMO É?

Todo mundo na classe murmurou em desaprovação e eu fiquei olhando com cara de doente para a professora doente. Pode?

- Srta...

- Pra quê descontar pontos da Grifinória? Tem tantos alunos aqui, como vou saber se é pra mim que você está apontando?

- Calada. E sim, senhora.

- Não precisa me chamar de senhora. – Oops. Acho que irritei a louca.

- Detenção para a senhorita, hoje a noite, oito horas em meu escritório. – A doida maconheira e drogada (só pode, ela é loucona) quer ME dar uma detenção! – Srta...

- Eu sou monitora chefe! – Acho que o Evans não vai sair de jeito nenhum.

- Isto é uma falta de respeito! Isto só piora sua situação, mocinha. – James me olhava demais. Estava secando já.

Mas, espere; não é hora de pensar nisso.

Quero dizer, eu fiquei FURIOSA, levantei da cadeira e sabe o que eu disse? Ahm?

- Para começar, a senhora veio com falta de respeito para comigo! Eu apenas perguntei se estava falando comigo e a senhora se irritou, começando a dar detenções! Isto não é justo, e pouco me importa se vou ser expulsa, levar detenção ou algo assim! – Bom, ela não falou nada, então eu continuei: - Eu estou aqui para aprender Defesa Contra As Artes das Trevas, e se a senhora não me quer em sua classe, FALE LOGO que eu só estou perdendo meu tempo aqui!

Morgana olhou pra mim. Eu olhei pra ela, em pé ao lado da carteira que dividia com Diana.

Eu não me arrependi, sabia? Ninguém dá uma de louco pra mim e sai são e salvo, porque eu não sou nenhuma retardada tolerante.

Alguém já viu como retardada tem muitos ‘a’s? Retardadadadada. Redatarda. Daretarda. Ou seja, tudo isso é igual a: Lily. Retardada. Hahaha.

- Sente-se.

FAÇO TODA ESSA CENA DE CORAGEM E ELA ME MANDA “SENTAR” ?

Escrooota!

Sentei na carteira e até que a aula foi legal.

Diga-me, por que eu crio confusões a toa?

[...]

Oito horas eu estava na frente do escritório da loucona. Sabe o que ela me mandou fazer? Limpar uns quinze livros velhos que estavam dentro do armário dela. E, tipo assim, eu MORRO de alergia a mofo e essas coisas.

E sabe o que eu achei no meio de um livro?

UMA TRAÇA!

Ela estava sentada na mesa dela, e eu numa mesa a frente limpando os livros. Página por página! Tinham TANTA poeira que quase não dá para imaginar. Enfim, eu joguei o livro pra LONGE, acho que ele voou mesmo, além do meu grito agudo, e sabe onde foi parar?

Dez galeões para quem acertar.

A cabeça da mulher.

OOOps.

- O QUE É ISSO? – Gritou ela, levantando-se, furiosa.

- Oops! – Respondi, com aquela cara de Lily pedindo desculpa.

- Srta... Qual é seu nome, mocinha?

- Evans... – Levantei-me, terminando o último livro. Já eram nove e meia! – Terminei, professora. Tchau.

Saí andando antes que a mulher pudesse falar algo. Eu acho que eu já não odeio tanto ela.

Mas, cara, de verdade: ela tem cara de quem cheira umas boas maconhas por dia.

Ai que coisa feia de se falar.

[...]

Voltei pra sala dos monitores e... James estava lá. Não sei porque, mais assim que eu entrei e fechei a porta, olhei pra ele como se soubesse que ele estaria ali.

Eu sou VIDENTE!

Oh yeaaah! Are u ready, baby? Tâ nanana nâ!

- Don't come looking for me 'cause I'll be right here with the words you say…I'm looking for the words to say… - Ele estava tocando violão!

Eu realmente amo caras que tocam violão.

- Boa noite, James! – Gritei, fazendo ele parar de tocar violão.

Ele olhou pra mim com aqueles olhos acinzentados dele. (Não diga, achei que eram os olhos do vizinho!) Eu olhei com meus olhos verdes. Eu andei e sentei-me ao lado daquela coisa maravilhosa.

- Detenção? – Perguntou ele, colocando o violão no chão.

- Fazer o que? – Sentei ao lado dele.

Perto.

Perigosamente perto.

- Fugir! – Brincou ele, encostando as costas na poltrona.

- Eu não sou que nem você. – Na verdade, sou quase o oposto.

Mas os opostos se atraem (Será?), eu aaacho.

- Está me chamando do que?

- Maroto? – Ironizei, encostando as costas na poltrona e encostando o ombro no dele (ou perto, porque ele é BEM mais alto).

- Nossa, Lily! Você tem uma boa opinião sobre o pobre James... – Comentou ele, passando o braço por meus ombros.

- Ela é ótima! – Murmurei, fechando os olhos de sono.

James abaixou a cabeça, ficando MUITO perto da minha.

- Não durma agora, ruivinha!

- Eu estou morta de sono, Jamie... – Bocejei, um bocejo BEM gigante.

Sabe o que o James fez?

Levantou meu queixo com uma mão e me beijou. DE NOVO.

Merlin, o que eu faço? SOCORRO!

- Só mais um beijo... Por favor... – Sussurrou ele, colado aos meus lábios.

Bom, eu virei a posição, ficando de lado no sofá e mais confortável pra beijar ele.

Eu acho que estou louca. Eu nunca deveria ter beijado James! Não até sábado. Seria uma coisa mais romântica, tipo o rapaz que espera ansiosamente (e comportado, é claro) o beijo da moça. Tipo assim, foi tudo ao contrário.

Não sei quanto tempo eu fiquei ali.

Quero dizer, ele é TÃO “bom”, tão fofinho e carinhoso, tão perfumado! Eu amo poder acariciar aquela nuca lisa e quentinha.

Ele é um DEUS.

Há há.

- James, chega! – Separei-me dele e levantei rapidamente. – Espere até sábado, seu apressado! Boa noite.

- Só esse “boa noite”? – Perguntou ele, olhando pra mim com cara de cachorro abandonado.

Eu mereço? Grr...

Abaixei rapidamente e dei um rápido beijo na bochecha dele. Antes que ele fizesse algo, fui para meu quarto e me tranquei lá. Acho que é pressão demais pra pobre ruivinha.

Sentei na cama e comecei a pensar, pensar...

O que está acontecendo? Este foi o sexto dia desde que começaram os acontecimentos estranhos... E cada dia uma estrela aparece exatamente no número correspondente ao dia... Será que eu estou alucinada?

MANICÔMIO!

Ou será que pular da janela resolve?

Eu sempre tive vontade de fazer isso. Será que dói? Será que eu vou morrer mesmo? Como será morrer? Será que eu vou ser um cadáver de luxo?

O parapeito da janela é tão bom! Hoje a sexta estrela, primeira da segunda fileira, estava brilhando. Certamente, tem relação com o fato de hoje ser o sexto dia estranho. Será que serão dez dias?

COLAPSO!

É a Hosttie. A estrela da coragem...

Eu sou corajosa, pois:

- Eu fiquei com o James

- Eu interferi na relação plantinha-Kath

- Eu sou, ué!

Que coisa. Eu acho que isso não é muito normal.

Quantas pessoas no mundo têm uma constelação de dez estrelas que tem uma formação estranha? E quantas pessoas dão nomes com “H” a elas?

A Lily. SÓ a Lily!

And I won't let you fall away,
E eu não vou deixar você sair de perto
From me.
De mim
You will never fade away from me..
Você nunca vai parar de brilhar longe de mim...

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