Lado certo



Capítulo 5 – Lado certo.


CRACK.

Draco aparatou direto no quarto dos pais. Nunca tinha feito isso antes, sempre batia na porta antes de entrar, mas a situação era crítica. Sua mãe estava dormindo como um anjo e não ouviu o estampido anunciando a chegada de outra pessoa no aposento.

_Mãe. – Draco a chamava com certa urgência – anda mãe. Levante.

_hã...o quê... – ela acordava com dificuldade, mas ao deparar-se com o olhar aflito do filho, sentou-se de um pulo – Draco? O que houve?

_Mãe, não dá tempo de explicar. – ele falava apressado enquanto a ajudava a levantar-se – pegue algumas roupas e algum dinheiro e fuja daqui.

_Oh, não. Não me diga que...


Neste momento alguém irrompe da porta do quarto. Era Lúcio Malfoy, sujo, cansado e descabelado. Narcisa nunca o tinha visto assim antes. Ele estava sempre impecável. Nem teve tempo de perguntar nada. Lúcio a pegou no colo e saiu correndo porta afora, em direção ao escritório da família. Draco os seguia praticamente correndo. Não era seguro ficar ali e já estavam demorando demais.


_Espera. – Narcisa pediu quando chegaram no escritório – o que está havendo? Lúcio, por que você está assim?

_Não dá tempo para explicar, Cissy. – ele falou rápido. – você tem que sair daqui.

_Mas sair? Como assim? Pra onde? – ela perguntava alarmada quando ouviu-se um barulho alto vindo do saguão de entrada. Os aurores estavam invadindo a Mansão.

_Draco, fique aqui com sua mãe. – Lúcio disse com urgência – vou tentar distraí-los ao máximo.

_Não vá. Fique aqui comigo, por favor. – Narcisa implorava com lágrimas nos olhos. Lúcio aproximou-se dela, deu-lhe um último beijo e disse.

_Eu amo você. Não me perdoaria se algo ruim acontecesse. Pegue o pó de flu e vá para Marselha.

_Não vou sem você. – ela foi convicta.

_Mãe, por favor. Vamos.


Com um último olhar Lúcio saiu do escritório. Já podia-se ouvir a luta que os comensais travavam com os aurores. Narcisa olhou para o filho com pesar e disse:


_Não quero isso para você, meu filho

_Este é meu caminho mãe. Vá logo. – Draco disse olhando dela para a porta. A varinha em punho.

_Draco, você não escolheu esse caminho, eu sei disso. Eu sinto isso! – Narcisa teimava.


O barulho da luta estava ficando cada vez mais alto, sinal de que estavam se aproximando. Draco estava com medo de não protegê-la. Ela tinha que fugir, mas porque não se mexia?



_Fuja Mãe! Vá enquanto há tempo.

_Você tem um futuro ainda meu filho, não se esqueça. – ela disse e correu para abraçá-lo.


Draco deixou-se levar pelo momento. Um grande erro. No instante seguinte, duas pessoas entraram duelando, um comensal e um auror. Feitiços voavam desordenadamente. Draco esse escondeu com Narcisa atrás de uma tapeçaria. Estavam próximos à lareira. Ele a empurrou para dentro, mas quando ia jogar o pó de flu não percebeu um feitiço vindo em sua direção. O comensal idiota lançou uma Maldição imperdoável no auror que estava próximo à Draco.


_Não – Narcisa jogou-se na frente do filho.


Draco assistia tudo em câmera lenta. Via os olhos azuis de sua mãe amedrontados. Via o corpo dela cair em direção ao tapete persa com a leveza de uma pluma. Olhava para o corpo de sua mãe e não consegui entender. Os outros dois que duelavam, pareciam só perceber a existência de mais pessoas no aposento após o grito de Narcisa.

Draco levantou os olhos para frente e viu o Comensal idiota que matara sua mãe. Seu ódio não tinha tamanho. Levantou a varinha e bradou:

_AVADA KEDAVRA! – o Comensal caiu estatelado no chão.


O auror que assistia a cena como se estivesse petrificado deu um pulo do chão. Draco agachou ao lado do corpo da mãe e chorou. Chorou como nunca tinha chorado antes. Lembrou-se das vezes que seu pai o castigava e sua mãe afagava seus cabelos até que ele caísse no sono. Da vez que caiu da vassoura e ela ficou com ele o tempo todo contando-lhe histórias, fazendo curativos. Da vez que fora apresentado à sociedade aos 15 anos e valsaram juntos. Tantas lembranças bonitas que foram embora no momento que ela parou de respirar.

Não conseguia raciocinar direito num momento estava ao lado dela. No outro pessoas jamais vistas, vestidas de branco, invadiram o aposento, colocaram-ma em uma maca, cobriram com um pano branco e a levaram. Um súbito entendimento lhe veio à mente quando chamaram seu nome.


_Malfoy. – um moça morena o encarava há certa distância. – melhor vir conosco.

_Granger? – ele despertou – o que faz aqui? Saia já da minha casa sua Sangue-ruim. – ele levantou-se mais foi impedido de andar por dois homens altos e muito fortes.

_Você tem uma audiência marcada no Ministério da Magia. A acusação: Prática Ilegal das Artes das Trevas.

_Que palhaçada é essa? - ele perguntava alterado – eu não vou à lugar algum. – disse olhando em volta e não vendo mais o corpo de Narcisa - Me soltem. Onde está minha mãe? Pra onde a levaram Granger? – ele perguntou cansado à Hermione.

_Está sendo levada para o mausoléu da sua família. – ela disse calmamente - Você poderá enterrá-la amanhã à tarde, mas antes você deve comparecer ao Ministério para julgamento.

_Como é que é? – ele explodiu – eu não vou à julgamento algum. Onde está meu pai?

_Azkaban. – Hermione respondeu seca – e é pra lá que vai se tentar fugir.

_Eu não vou fugir, vou lutar. Vou matar todos estes desgraçados que acabaram com a minha família. – ele disse com fúria.

_Está falando dos Comensais? – ela perguntou surpreendida.

_Sim. – ele pausou – posso lhe falar a sós por um momento? É de grande importância, Granger.

_Tudo bem, soltem ele. – ela ordenou aos dois homens, que a olharam com certa preocupação – podem ir. Eu sou do departamento de aurores. Ele não será problema pra mim. – ela falou segura. Os homens saíram. – e agora, fale o que você quer.

_Mc Gonnagall. – ele foi direto – agora que Dumbledore morreu ela é a chefe de vocês, não é?

_Sim, mas o que isso te importa? – ela perguntou com receio.

_Eu quero me aliar à vocês. – ele disse rápido – me leve até ela.


Não foi preciso responder. A determinação do olhar do loiro a impressionou. Usou legimência nele. Estava falando a verdade. Assentiu com a cabeça. Ficou alguns minutos olhando para a tapeçaria da sala, parecia que estava se comunicando com alguém por pensamento. E era exatamente isso que ela fazia. Falou com Mc Gonnagall e ela lhe deu ordem direta para trazer o oiro até a sede.


_Vamos. – ela tocou-lhe o braço e aparatou com ele na antiga Casa dos Black.



N/A: Próximo cap só com COMENTS!
Thanks a todos que tão acompanhando!
Bjuuuuuuuuuussssssssss...

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