Meses Passaram-se

Meses Passaram-se



Chegou o tão esperado dia: hoje finalmente retornaremos para Hogwarts!



Antes de o Sol nascer à casa inteira encontrava-se acordada, principalmente a mãe de Sirius que não parou de gritar um minuto se quer. A confusão era enorme: gente subia e descia as escadas, malões iam e vinham (um desses até acabou acertando a coitada da Gina...).



Depois de tudo arrumado nós nos dividimos em pequenos grupos para não chamarmos a atenção dos trouxas. Harry fora com a Sra. Weasley e Tonks, enquanto Gina, Fred e Jorge, foram com Lupin, por fim Rony e eu com a Sra. Weasley.



Na hora da despedida Tonks levou Gina e eu para um lugar um pouco afastado dos outros. Ela estava muito misteriosa, porém dava para notar alegria em seus olhos.



- Antes de vocês partirem, eu queria contar uma coisa... - disse a bruxa.



Nos falou que Lupin e ela se beijaram na noite em que comemoramos a escolha dos novos monitores. Também dissera que fugiu dele, pois sentira medo (o que eu achei uma bobagem, afinal porque ter medo de um simples beijo?). Infelizmente não pudemos discutir esse assunto de maneira mais profunda, pois os garotos haviam se aproximado para se despedirem de Tonks, e esta para por um ponto final a nossa conversa, disse em voz baixa: “Foi ótimo conhecer vocês. Logo nos veremos, espero.” E nos abraçara em seguida.



Quando subi no trem fiquei refletindo sobre o que a bruxa dissera. Pelo que vi, tanto ela quanto Lupin resolveram fingir que nada acontecera; falaram-se pouco, e quando conversavam era como se fossem apenas velhos amigos. Talvez eles tivessem feito isso porque estavam acompanhados de muitas pessoas, ou talvez o bruxo se sentira um pouco desconfortável em falar com Tonks, já que, esta estava hoje com a aparência de uma trouxa velha. E vendo-o que não tocara no assunto suponho que ela não quisera se arriscar, por isso escolheu entrar no jogo dele.



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Durante os dias em que fiquei em Hogwarts não recebi nenhuma coruja de Tonks. Acho que ela ficou com medo de que a carta fosse interceptada; Umbridge faria de tudo para despedi-la se soubesse que a auror, que trabalha no Ministério da Magia, estava apaixonada por um mestiço. Ou quem sabe a bruxa não mandara noticias pois não aconteceu nada mais entre Lupin e ela. Tomara que não seja a última opção... Espero realmente que eles fiquem juntos.



Posso não ter tido notícias sobre o Lupin e Tonks, mas em compensação uni quatro novos casais: Miguel Corner e Gina- a principio, não concordei muito em arranjar um namorado para Gina, já que a garota só estava querendo mostrar a seus irmãos, Fred e Jorge, que ela não gosta mais de Harry. E como não havia amor entre eles acho que não é necessário dizer que esse namoro não durou muito...-; Rogério Davies e uma garota que mal conheço... - Rogério, me pediu para lhe arranjar uma namorada, pois tinha acabado de levar um fora de Cho Chang e queria mostrar a bruxinha que ele consegue viver sem ela. Acho que esse casal irá dar certo, soube até que passaram o dia dos namorados juntos...-; após o Natal: Cho Chang e Miguel Corner - depois que

Gina terminou com ele, Miguel me procurou para que eu o ajudasse a fazerem as pazes, como não deu certo, eu o fiz “consolar” Cho, que perdera o jogo e o Harry de uma vez só. Infelizmente esse namoro também não teve uma longa duração: Chang se encantara por um garoto da Sonserina, e ficara com ele no trem quando estavamos voltando para casa. Miguel Corner ficou conhecido como Miguel “Corno” -;Gina e Dino Thomas - eu só os uni porque Gina demonstrou que não queria provar nada a ninguém, e que realmente sentia algo por ele. Ainda não sei no que isso resultou, pois o casal esta separado: Gina com seus pais e Dino com os dele.



Fique com essa fama de “cupido” graças a Gina que falou para um bom número de pessoas que fui eu quem a ajudei a conquistar Corner. Desde então sou muito procurada por corações partidos. Mas até que não é difícil juntar novos casais; quando se é monitor automaticamente você se torna popular, e ao conhecer tantas pessoas fica mais fácil descobrir quem combina com quem.



Acontece que durante esses meses não foram marcados apenas por episódios amorosos: tivemos que agüentar a professora Umbridge e suas maluquices, agüentar um Rony “frangueiro” (e para piorar ainda mais o time da Grifinória - não que eu seja muito fã de quadribol, mas qualquer um via que o time piorara - Harry, Fred e Jorge foram expulsos de suas posições e tiveram suas vassouras confiscadas), agüentar o imbecil do Percy (que acho eu, estava cego de amores pelo seu ministro), agüentar os idiotas da Sonserina (Pansy e Draco estavam mais insuportáveis do que nunca, agora que se tornaram monitores), e além disso tivemos que agüentar os milhares de deveres que os professores nos passaram para os N.O.M.s, não que eu esteja reclamando, eu gostei de receber esses deveres, pois assim saberei em que temas eu ainda estou mal, o que quero dizer é que dessa vez eu tive mais deveres do que no meu terceiro ano, e olha que o terceiro foi o ano em que tive mais matérias...



E é claro, que também aconteceram coisas boas, uma delas foi a Armada de Dumbledore, que mesmo com o Decreto Número Vinte e Quatro, continuamos a participar; a chegada de Hagrid, que apesar de muito machucado e misterioso continua sendo aquele bruxo atrapalhado e amigo que conheci e que gosto tanto.



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Faltavam apenas alguns dias para o inicio das férias de Natal. Eu já tinha combinado com os meus pais de irmos esquiar, só que os meus planos mudaram na última hora...



Numa manhã eu estava tomando café no Salão Principal, quando a professora McGonagall levou-me para a sala do diretor. Lá o Prof. Dumbledore me contou que Harry teve uma visão: vira o Sr. Weasley ser atacado por uma cobra; que Harry e os outros Weasley tinham, naquela mesma noite, ido para o Largo Grimmauld número doze. Eu fiquei muito aflita ao saber de todas essas novidades. Pedi para que o diretor me deixasse ir me encontrar com os outros, no Quartel General, mas ele não autorizou, disse-me que Umbridge esta no seu pé, pois não gostara nem um pouco de saber que ele deixou cinco alunos saírem da escola no meio da noite, antes das aulas acabarem, e sem terem falado com ela. Se o Prof. Dumbledore me deixasse ir ele teria mais problemas com o Ministério, por isso eu concordei com o que o diretor me disse e tive que esperar pelo encerramento oficial do trimestre.



Falei com papai e mamãe, e eles, mesmo desapontados, deixaram eu passar as férias, longe. Menti para os meus pais dizendo que ficaria em Hogwarts estudando para os N.O.M.s, porque não poderia falar sobre A Ordem da Fênix.



Foi à professora McGonagall quem chamara o Nôitibus Andante para mim no outro dia. E de Nôitibus que eu cheguei ao Largo Grimmauld.



Chegando a casa dos Black, fui recebida pelos gritos da mãe de Sirius (tive que tocar a campainha para que abrissem a porta), e por Gina, Rony, Fred e Jorge. Eles me contaram que o Sr. Weasley ainda estava no hospital, porém fora de perigo (fiquei aliviada ao ouvir isso), também me contaram que foram visitar o Sr. Weasley, e com a ajuda das Orelhas Extensíveis, ouviram os membros da Ordem dizer que Voldemort talvez estivesse possuindo Harry, e que depois de ouvir isso Harry vinha os evitando.



Não gostei nada de saber que Harry estava evitando seus amigos, por isso eu o procurei pela casa toda até encontrá-lo no quarto de Bicuço. Depois de trocarmos algumas palavras eu o levei até o seu quarto onde Gina e Rony já estavam a nossa espera. Ali Harry ficara mais aliviado ao saber, por Gina, que ele não estava sendo possuído...



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Finalmente o Natal chegou. A casa estava animada e havia enfeites natalinos por toda à parte!



O mais animado naquela casa sem duvida nenhuma era Sirius. Essa seria a primeira vez que ele iria comemorar o Natal após Azkaban. Facilmente você o encontrava cantarolando pela casa, e num dia desses, ele até colocou Lupin e Tonks em baixo de um azevinho (dizem que quando um casal está debaixo desse enfeite eles se beijam), mas eles não se beijaram; ficaram envergonhados e apenas deram um beijo na bochecha para que todos se calassem (Sirius, Fred, Jorge, Gina e eu fazíamos uma torcida organizada; talvez fosse por isso que eles não tenham se beijado: tinha uma platéia os observando).



Neste Natal eu ganhei vários presentes! E a tarde os Weasley, Harry, Olho-Tonto, Lupin e eu fomos visitar o Sr. Weasley na enfermaria. Passamos uma tarde muito agradável no hospital St. Mungus e até encontramos o Prof. Lockhart, que pareceu estar melhorando... Também vimos Neville e sua avó, foi então que soube que os pais dele estavam internados lá porque tinham sido torturados até a loucura pelos Comensais da Morte. Pobre Neville... eu nunca imaginei...



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Craque. Tonks acabara de aparatar no porão da casa dos Black. Ela só estava lá de passagem: iria distribuir os presentes desejar um feliz Natal para quem encontrasse acordado e depois iria para a casa de seus pais comemorar.



Ao subir as escadas para ir ao hall da casa, a bruxa encontrara com Lupin, no patamar. Aquela era a primeira vez que ficaram a sós depois do beijo que deram há alguns meses atrás. Desde aquele dia, ambos fingiram que nada havia acontecido: Lupin por ter medo do que a bruxa poderia lhe dizer, afinal ela fugira dele... talvez ela não tenha gostado do beijo, ou tenha percebido que não o amava o suficiente... O bruxo, que estava cheio de dúvidas resolveu então não se arriscar e esquecer o capítulo por mais difícil que isso fosse; Tonks não mencionara uma palavra sobre o assunto, achando que Lupin a achara um pouco assanhada, afinal ela quem foi ao quarto dele aquela noite... Não queria parecer ser uma mulher vulgar, por isso calou-se.



- Feliz Natal! - disse ele.



- Feliz Natal! Respondeu a bruxa sorridente.



- Ainda bem que você apareceu... Ia mandar isso por uma coruja - disse Lupin segurando uma caixa retangular com um embrulho em vários tons de azul - Achei que você não viria aqui hoje, já que irá passar o Natal com os pais.



- É-é para mim? -gaguejou Tonks admirada; ele se lembrara dela!



Lupin acenou com a cabeça num gesto afirmativo. A bruxa abrira o embrulho e viu que naquela caixa retangular estavam os seus sapatos (que agora por algum feitiço, parecia ser de cristal) e um livro.



- Cinderela?! - ela perguntou - Acho que já ouvi falar...



- É um livro trouxa - disse Lupin - Costumo ler alguns, gosto de ver como alguns autores trouxas nos descrevem... - Lupin riu - Até agora não encontrei nenhum livro em que fale em lobisomens bonzinhos...



- Oh... - lamentou a bruxa - Meu pai é trouxa, mas ele nunca foi uma pessoa de ler muito, entende? Por isso não conheço muito a “literatura trouxa”... Acho que ele só lê o Jornal Esportivo e o Guia de TV. - disse Tonks pensativa - Em todo caso, eu amei o que você fez com os meus sapatos! Eles estão lindos!



- Achei... bem... como você deixou seus sapatos comigo... Talvez seja melhor você ler o livro, assim saberá o porquê de eu ter mudado um pouco a aparência deles - disse o bruxo um pouco tímido.



- Ah, então tem haver com o livro... - disse a bruxa se divertindo - Pode deixar. Eu irei lê-lo e aguarde os meus comentários!



- Bom... Então er... Feliz Natal! - disse o bruxo se afastando de Tonks, desistindo de ir ao porão e indo, para o que pareceu a bruxa, em direção ao seu quarto.



- Espere, Remus! - ele virou-se e deu alguns passos para se aproximar dela novamente - Eu também tenho algo para você! - dizendo isso ela tirou do bolso de suas vestes, um embrulho vermelho da grossura de um papel-cartão, e entregou a ele.



- Uau! Nimpha... Quero dizer, Tonks - corrigiu-se Lupin ao ver o olhar de censura dela; a bruxa odiava ser chamada pelo seu primeiro nome. - Como você conseguiu isto?!



- Bom... - disse Tonks ficando ligeiramente vermelha - Como trabalho no Ministério da Magia, acabo conhecendo muitas pessoas do Profeta Diário, uma dessas pessoas é a fotografa que foi tirar fotos numa entrevista com a baixista das Esquisitonas; você sabe, ela vai se casar... Então aproveitando que essa minha amiga era quem iria tirar as fotos e aproveitando o fato de que a vocalista estaria lá, eu pedi a bruxa para tirar uma foto da vocal das Esquisitonas e se possível conseguir um autografo pra você.



- “Sabia que sou louca por lobisomens? Que tal um dia (ou talvez uma noite?) nos encontrarmos e uivarmos por ai? Beijocas da sua Esquisitona.” - leu Lupin em voz alta o verso da fotografia, em que uma linda bruxa de cabelos verdes dava algumas piscadelas - Ela além de autografar ainda escreveu uma dedicatória! - disse o bruxo com um sorriso largo no rosto - Poxa... eu nem sei o que dizer! Obrigado Ton...



Ouviu-se um choro: era a Sra. Weasley que acabara de receber de volta o presente que mandara para Percy.



- É Molly... - respondeu Lupin, ao perceber que Tonks iria perguntar quem estava chorando - Irei lá ver o que esta acontecendo.



- Er... Bem dê um “alô” para ela por mim, eu gostaria de ir falar com ela, mas vim aqui rapidinho só para entregar os presentes...



- Tudo bem, não se preocupe - Lupin já estava indo atrás do choro quando ouviu Tonks dizer a suas costas: “A propósito, obrigada pelo presente!”.



A bruxa o vira sumir, e ao olhar para cima notara que durante esse tempo todo os dois estiveram em baixo do azevinho, o mesmo azevinho em que os dois ficaram, há alguns dias atrás, graças a Sirius. “Sou eu, ou essa história de ‘azevinho-beijo’ não funciona?” pensou.

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