Um Final Não Tão Feliz Assim

Um Final Não Tão Feliz Assim



“Fim”, leu Tonks. Ela devorara o livro, lendo-o em apenas algumas horas.



No final do jantar de Natal com seus pais, Tonks voltara para casa e ficara a madrugada inteira lendo. Tirando a parte da bruxa má, ela amara a história; achara um lindo romance.



A bruxa ficou muito feliz em saber que Lupin a comparou com Cinderela. Ele então seria o seu príncipe, aquele que encontrara seu sapatinho de cristal perdido e que ao terminar sua longa busca a encontraria e se casariam... Será que aquela fora a forma que Lupin encontrou para dizer que a amava, que queria se casar com ela para juntos “viverem felizes para sempre”? Ou talvez ele tenha apenas se lembrado do livro assim que viu os sapatos da bruxa, e resolveu a presenteá-la com o livro... Tonks desejava que a primeira alternativa fosse a real.



Foi imaginando-se naquela história que adormecera abraçada ao livro.



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Harry teve uma grande surpresa hoje: o professor Snape queria falar com ele; o bruxo iria dar aulas de Oclumência para Harry! Quando soube disso não acreditei a principio; Prof. Snape e Harry Potter não combinam... Isso provavelmente não ira dar certo...



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Chegou o dia de voltarmos a Hogwarts.



Era para Lupin e a Sra. Weasley nos levarem a escola, mas Sirius pedira que ela ficasse, pois ele precisava de sua ajuda para limpar o sótão (diz ele que quando encontrou Monstro lá, notou que havia muita sujeira e objetos não-confiáveis que precisavam ser eliminados o mais rápido possível), e sugerira que Tonks pudesse substituí-la e ir com Lupin nos levar a Hogwarts.



Percebi na mesma hora que aquilo tudo não passava de mais uma armação, porém não comentei nada com ninguém; achei a idéia genial, afinal eles voltariam sozinhos!



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Lupin e Tonks tinham se despedido dos garotos e mais uma vez se encontravam dentro do Nôitibus Andante. Estavam sentados, um ao lado do outro, mas ambos continuavam calados por um tempo; fora à bruxa quem quebrara o silêncio:



- Lembra-se do livro que me deu neste Natal? Cinderela? - ela estava decidida a lhe falar que entendera a mensagem que ele quis passar e que gostava dele também, alias que ela o amava!



- Sim... É claro que me lembro... - respondeu ele um pouco vermelho.



- Bem, eu queria dizer q...



BANG. O Nôitibus dera mais uma de suas paradas bruscas, e Tonks quase caíra se não tivesse se segurado na cadeira vizinha. Uma bruxa de olhos negros e cabelos oleosos, parecidos com os de Snape, entrou no ônibus e assim que se sentou o transporte voltou a andar.



- Tonks? - chamara Lupin - O que você ia dizendo sobre o livro? Você já terminou de lê-lo?



- Não, não - ela mentira, pois achara que aquela parada brusca do ônibus tinha sido um sinal para que ela não continuasse a falar o que pretendia - Estou nas primeiras páginas do livro... - e vendo que o bruxo ficara desapontado continuou: “Mas eu o amo!”



- Como? - Lupin virou-se mais para ela e uma de suas sobrancelhas se ergueu levemente.



- O livro! - corrigiu-se a mulher corando violentamente - Apesar de não ter terminado de ler, eu estou amando a-a história! - gaguejou.



“Patética! Eu sou pa-té-ti-ca!”, pensou Tonks.



Lupin voltara a olhar para frente, parecia um pouco aborrecido. Os dois não disseram mais nada durante toda a viajem até o Largo Grimmauld número doze.



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Se antes das férias de Natal eu achei que o tempo voou, agora então ele fora além disso! Parecia que alguém usou um vira-tempo, mas de vez de voltarmos nós estamos avançando.



Em uma das aulas de Oclumência, Harry descobriu que a tal arma que Voldemort queria estava escondida no Departamento de Mistérios, ele contara isso para Rony e eu quando estavamos fazendo o dever da nojenta da Umbridge na biblioteca.



Fred e Jorge, apesar das minhas reclamações, ainda continuavam a vender aquelas porcarias aos alunos, e pior!, eu desconfio de que eles ainda estejam usando os garotos do primeiro ano como cobaias!



Numa manhã dessas li o Profeta Diário, e infelizmente as notícias não foram boas: dez prisioneiros de segurança máxima tinham fugido e o idiota, imbecil, débil mental... Humf!... Bem, o nosso querido ministro da magia Cornélio Fudge, acha que Sirius Black foi quem os ajudou! E pra piorar a situação mais ainda Broderico Bode, aquele homem que trabalhava no Ministério da Magia, no Departamento de Mistérios, que encontrei no hospital no dia de Natal quando fui visitar o Sr. Weasley, tinha morrido estrangulado por uma planta que ganhara de presente! Harry, Rony e eu achamos aquilo muito suspeito...



Não demorou muito e a louca da Umbridge, fizera outro decreto: o Decreto Número Vinte e Seis, no qual proibia os professores de darem informações que não tivessem a ver com suas disciplinas. Tudo isso só para evitar que os professores nos dessem mais informações sobre essa fuga...



As aulas da AD ficavam cada vez mais interessantes; fora incrível ver como Neville estava aprendendo tudo o que Harry ensinava tão facilmente!



Já no dia dos namorados, Harry e Cho, combinaram de saírem juntos. E apesar do meu apoio e de algumas dicas que dei o encontro foi um fiasco! Harry foi muito insensível, e Cho... bem, ela fora sensível demais, se é que você me entende.



Nesse mesmo dia combinei de me encontrar com ele no Três Vassouras, não que fosse um encontro, eu só o chamei para que desse uma entrevista para Rita Skeeter; com a ajuda dela e de Luna Lovegood, iríamos publicar essa entrevista no Pasquim.



Eu já estava farta de ver tantas coisas acontecendo e não poder fazer nada! Tinha chegado à hora das pessoas saberem que Voldemort tinha retornado!



Quando eu tive essa idéia sobre a entrevista, não imaginei que iria causar tanto impacto assim: Umbridge quando soube sobre essa matéria do Pasquim criou mais um decreto, o Decreto Número Vinte e Sete, no qual proibia os alunos de lerem esse exemplar, e quem a desobedecesse acabaria sendo expulso.



E graças ao Marketing que Umbridge fizera TODOS na escola leram o Pasquim!



Porém a Alta Inquisidora, não parou por ai. Ela despedira a Profa. Trelawney; foi um escândalo! Por sorte Dumbledore parecia ter adivinhado quem Dolores iria despedir, e encontrou um substituto: Firenze, o centauro. E fora Dumbledore quem impedira a expulsão de Trelawney.



A Umbridge perdera nessa vez, mas em compensação ela ganhara em outra: a bruxa descobrira tudo sobre a AD, e com a ajuda de alguns sonserianos, ela apanhou Harry.



Foi Harry quem me contou que Dumbledore assumiu a culpa, e mentiu ao ministro dizendo que fora ele quem organizara essa armada, mas o mais chocante foi saber que o diretor escapou dos aurores que acompanhavam o Fudge (eu sei que não podemos contar com Quim já que ele é da Ordem, mas mesmo assim o diretor escapou de outros aurores que estavam presentes!). Não é a toa que dizem que Dumbledore é um dos melhores bruxos...



Harry me contou também que fora Marieta Edgecombe, quem nos denunciou. Eu não cheguei a ver o rosto dessa garota, mas só de ouvir Harry dizer como ela ficou saíra lágrimas de meus olhos de tanto que eu ri! O que me surpreende é saber que essa Marieta pertence a Corvinal, quero dizer, aquela casa é para os alunos que sejam muito inteligentes e ela mostrara ser muito burra em não pensar que iríamos usar feitiços para saber quem iria nos denunciar, caso isso viesse a acontecer.



Agora sem Dumbledore, Umbridge se tornou à nova diretora de Hogwarts, porém ela não conseguiu ficar na sala do diretor, pois ela só é aberta para os verdadeiros diretores; Dolores ficou furiosa com isso e continuou usando a sua sala.



Fred e Jorge que não gostaram nada dessa história de nova diretora, ficaram duas vezes piores - se isso pode ser possível - do que já eram; tornaram a vida da Umbridge um inferno, com o auxilio de suas invenções.



Foram Fred e Jorge que ajudaram Harry a falar com Sirius na sala de Umbridge. O que ele queria tanto falar, com Sirius, eu não faço a mínima idéia, só sei que os gêmeos criaram um pântano no meio do corredor, para que a diretora abandonasse sua sala... Tenho que dar o braço a torcer: eles são bons quando o assunto é bagunça...



Lembra-se que eu disse que não iria dar certo esse negocio de Harry receber aulas de Oclumência com o Prof. Snape? É... Parece que eu tinha adivinhado: Snape parou de ensinar a Harry. O porquê de o professor ter feito isso, nem Rony nem eu sabemos, pois Harry não quis nos contar.



No dia da orientação vocacional, eu conversei com a Prof. McGonagall. Ela me disse que eu daria uma excelente professora de transfiguração... Apesar de ter achado a idéia tentadora, eu ainda continuo a pensar em trabalhar em algo que envolva os trouxas... Como deu pra perceber eu ainda não decidi o que estudarei, o que é gravíssimo, pois os N.O.M.s estão chegando!



Ainda no mesmo dia, em que falei com a Profa. McGonagall, em que Harry usara a lareira de Dolores para se comunicar com Sirius, Fred e Jorge tinham sido descobertos por Umbridge. Ela não gostou de ver o pântano que eles criaram no corredor... Mas antes que ela ou Filch pudessem castigá-los, os gêmeos convocaram suas vassouras - que estavam presas na sala da nossa amada Alta Inquisidora - montaram nelas e fugiram!



Este ano definitivamente foi marcado pelas extraordinárias fugas! Primeiro fora Dumbledore e agora os gêmeos Weasley.



Não cheguei a ver a partida final da temporada de quadribol (Grifinória versus Corvinal); Hagrid chamou a mim e a Harry para o acompanharem. Ele nos apresentou Grope, o seu pequeno irmão.



Sabe o que é pior de estar diante de um gigante? É saber que você tem que lhe ensinar inglês. Decididamente Hagrid está ficando louco! Aquele irmãozinho dele poderia nos matar a qualquer minuto! Ok, talvez eu tenha sido um pouco dramática agora, mas quem é que não ficaria dramático no meu lugar?



O engraçado nessa confusão toda fora saber que a Grifinória ganhou a taça; Rony finalmente defendeu! Dá pra acreditar?! Justo no dia em que não vejo o jogo, Rony se sai bem!



Enfim chegou o dia de fazermos as provas dos N.O.M.s; não agüentava mais de tanta ansiedade!



Bem... acho que tanto eu quanto os garotos nos saímos bem nas provas. No entanto, não me preocupei muito com as elas, estava preocupada era com a saúde da Prof. McGonagall; durante a prova de Astronomia, eu vi - assim como os outros que estavam próximos do lugar - um grupo, liderado por Umbridge, tentar capturar Hagrid, e além disso esse mesmo grupo lançou quatro feitiços pra estuporar na professora, pois ela tentara defender o amigo... Por sorte Hagrid conseguiu escapar e não teve o mesmo fim que a professora.



É engraçado como a vida nos prega várias peças... Quando achamos que algo não pode agravar mais ainda, ela acaba piorando: Harry teve mais uma visão, dessa vez ele viu Sirius nas mãos de Voldemort; eles estavam no Departamento de Mistérios...



Duvidei desde o principio que Voldemort tinha seqüestrado Sirius, mas Harry estava tão insano, que não pude convencê-lo de quê o que falava era absurdo! Então eu resolvi tirar “a prova dos nove”; fomos até a sala de Umbridge (Rony entrara na sala primeiro, pois ele fora o encarregado a tirar a diretora de lá), usar novamente a sua lareira, só que dessa vez Harry não conseguiu falar com Sirius... Isso acabou confirmando que a visão de Harry fora real: Voldemort estava mesmo com Sirius Black.



Mas antes que pudéssemos sair da sala de Dolores, ela voltara, graças aos detectores
que instalou em sua sala, que a avisaram da nossa presença. Por sorte tive uma idéia maluca. Maluca porém eficiente, pois mostrara resultado: levei Umbridge até a Floresta Proibida, alegando que lá estava a arma que Dumbledore queria usar contra o Ministério da Magia. Lembrei-me que os centauros disseram que não machucariam filhotes, mas enquanto aos adultos...



Os centauros levaram-na e se não fosse por Grope ter chegado, eles também levariam Harry e eu... Espero que Grope esteja bem. Ele salvou as nossas vidas, e ainda lembrou do meu nome! Sabe, até que vendo por esse lado, eu começo a entender quando Hagrid disse que Grope só precisava de algumas aulas...



Luna Lovegood, Rony, Gina - que estavam ajudando Harry a se comunicar com Sirius, também foram pegos - e Neville - que fora pego por ter tentado defender Gina - conseguiram se livrar dos sonserinos que os apanharam, e nos encontraram na Floresta.



Depois disso várias coisas loucas aconteceram: usamos os Testrálios para nos levarmos até o Ministério da Magia. E tenho que concordar com Rony, aquilo foi “BIZARRO!”. Imagine só: voar em algo que não se consegue ver!



Chegando ao Ministério, um grupo, de Comensais da Morte nos aguardavam. Foi ai que descobrimos que Voldemort nunca tinha raptado Sirius, e que tudo não passara de mais um plano feito pelo Lord; ele queria que Harry pegasse uma profecia que falava sobre o seu futuro...



Começou então a perseguição.



Resumidamente o nosso plano era fugir dos Comensais da Morte, sair do Ministério com a profecia nas mãos e sem se machucar. Infelizmente não foi bem assim que aconteceu: a profecia foi quebrada, eu acabei sendo nocauteada, Rony teve problemas com os cérebros - que encontramos em uma das salas daquele departamento -, Neville quebrou o nariz, Gina torceu o tornozelo, Moody ficou inconsciente, Tonks se machucou seriamente e o pior de tudo... Sirius morrera...

Sim, Tonks, Lupin, Moody, Quim e Sirius aparecem por lá; foi Snape quem os avisou de que Harry havia ido ao Ministério...



Infelizmente Dumbledore não chegou a tempo de salvar Sirius... Mas conseguiu prender quase todos os Comensais que estavam no Departamento de Mistérios -Bellatriz conseguiu fugir - e ainda enfrentou Voldemort...



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Já em Hogwarts todos nós fomos atendidos por Madame Pomfrey, e graças a Merlin quase todos ficaram sãos instantaneamente; Rony e eu ainda tivemos que ficar um bom tempo na enfermaria, enquanto a Tonks passou alguns dias no St. Mungus.



Durante esses dias em que estivemos em Hogwarts tentei falar com Harry sobre Sirius, mas ou o garoto me ignorava ou Rony me censurava.



Umbridge foi resgatada - misteriosamente - por Dumbledore.



Apesar de Madame Pomfrey ser uma excelente curandeira, ela não conseguira livrar-se do trauma que essa aventura com centauros causou em Dolores... Essa irá ter pesadelos com mestiços pelo resto de sua vida!



O Ministro da Magia finalmente percebeu que Voldemort retornou. Aconteceu mais ou menos como o meu pai fala:“só acredito vendo”.



Ah, já ia me esquecendo de dizer, temos algumas notícias boas no meio de toda essa confusão: a Prof. McGonagall ficou boa, não cem por cento, mas logo ela estará completamente curada, Hagrid voltou, Grope não se feriu muito e Trelawney voltou a ser uma professora (não sei bem se podemos considerar isso como boa notícia...), agora ela e Firenze ensinarão a mesma disciplina.



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Arrumamos os nossos malões e já nos encontrávamos no trem em direção a King’s Cross. Fiquei feliz em ver que Harry já se conformara um pouquinho com a morte de seu padrinho...



E ao chegar em King’s Cross, tivemos uma grande surpresa: Moody, Lupin, Tonks, Fred, Jorge (por falar neles...acabei de me lembrar: assim que Dumbledore retornou a seu cargo o pântano foi removido, e uma parte dele ficara intacta como se fosse algo em memória deles), Sr. e a Sra. Weasley estavam a nossa espera!



Achei muito bacana esse comitê de recepção; isso mostrou a Harry que ele não esta e nunca ficara só.



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Tonks acordou, se sentia tão cansada que teve preguiça de abrir os olhos. Ouviu passos apressados, depois uma batida na porta. O barulho fizera a bruxa acordar totalmente e ela olhou para a porta, porém não conseguira ver quem tinha acabado de passar por ela. Passados alguns segundos a porta é aberta novamente e uma curandeira aparece.



- Finalmente você acordou! - disse a curandeira gentilmente - Não acreditei a principio... Mas vejo que ele dissera a verdade.



- Ele? - a bruxa sentara na cama e a curandeira começou a fazer alguns exames nela.
- Ele quem?



- Sim, ele. Você não o viu? - Tonks dera um aceno com a cabeça fazendo um gesto de negativa - O pobrezinho não saíra do seu lado desde o momento que você chegou aqui!... Mas sinto dizer que não sei qual é o seu nome; não perguntei.



Tonks suspirou. Quem será que ficara fazendo companhia a ela?



- Há quanto tempo estou aqui? - perguntou a bruxa.



- Quase três dias, minha querida. - respondeu a mulher com um sorriso simpático - Pensei que você ficaria inconsciente por mais quatro... Mas vejo que você se recupera muito rápido!



Tonks foi obrigada pela curandeira a tomar um enorme gole de uma poção verde cremosa. A bruxa, apesar de se sentir muito cansada, tentara manter-se acordada, esperando o tal bruxo aparecer... Mas para sua decepção, ele não voltou àquela enfermaria.



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- Tonks?... Tonks? - chamara a Sra. Weasley.



A bruxa se levantara da cama num pulo.



- Eu dormi?! Eu não acredito que tenha adormecido! - zangada ela socara o colchão.



- O que foi? - perguntara a Sra. Weasley maternalmente - Porque você não queria dormi?



- Você sabe quem é que esteve me fazendo companhia aqui na enfermaria durante esses dias, Molly? Pois eu não faço idéia de quem seja e gostaria de saber!



- Claro que sei; Remus esteve aqui o tempo todo.



Tonks sentiu uma enorme vontade de ver Lupin; queria agradecer pela atenção, e o tempo que ele dedicou a ela naqueles dias. Isso era mais uma prova de que ele a amava. E dessa vez a bruxa resolveu que não era mais preciso esperar por mais provas de amor; ela iria se abrir e contar a Lupin tudo o que sentia por ele. E dessa vez nada, absolutamente NADA a ira impedir disso.



- Onde ele esta? - perguntou.



- Humm... Isso eu não poderei responder... Estamos em lua cheia agora... - disse a Sra. Weasley.



Ok, depois que o período de lua cheia terminar ela ira procurá-lo, e aí sim, nada, absolutamente NADA a ira impedir disso.



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Enquanto Tonks trocava as vestes do hospital pelas suas - ela enfim recebera alta -, a Sra. Weasley ia lhe contando tudo o que ocorreu após a bruxa ser atingida por um feitiço feito por um dos Comensais da Morte.



Tonks não conseguiu segurar as lágrimas quando soube que Sirius Black, aquele amigo tão doce e espirituoso, tinha morrido. Imaginou a dor que Harry sentiu, afinal aquele era o único parente vivo dele; imaginara também a dor de Lupin: mais um de seus melhores amigos está morto... Agora sua vontade de vê-lo aumentara; queria consolá-lo, queria cuidar dele assim como ele cuidou dela nesses dias em que esteve no St. Mungus.



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Tonks só se encontrou com Lupin novamente, no dia em que Harry, Hermione, Rony e Gina desembarcaram em King’s Cross. Como chegara em cima da hora (mais uma vez dormiu demais), a bruxa não pode falar com ele a sós; ela apenas cumprimentou os que estavam presentes, e após alguns segundos os garotos apareceram com os seus malões.



Depois de matar as saudades dos pequenos bruxos que haviam acabado de chegar, os membros da Ordem foram dar uma palavrinha com os Dursley. Moody chegara até a ameaçar tio Válter; se ele voltasse a tratar Harry mal, algo lhe iria acontecer...



Chegou à hora da despedida: a família Granger foi para um lado, à família Weasley, acompanhada por Olho-Tonto, foram para outro e por fim a família Dursley que foi para casa.



Lupin aparatou para o Quartel General. Apesar de Sirius, o dono da casa, ter morrido, aquele local ainda era usado pela Ordem da Fênix, e o bruxo ainda morava lá. Monstro ficara na casa também, pois antes de falecer, Sirius o mandou permanecer na casa não importasse o que acontecesse. E mesmo não gostando dessa, o elfo teve que obedecer, pois obedecer é de sua natureza, independentemente dele gostar ou não de quem lhe dá as ordens.



Tonks aparatara para o Largo Grimmauld número doze também; há dias queria falar com Lupin e não poderia perder essa oportunidade.



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O hall da casa estava deserto e escuro, Remus certamente aparatou e foi para outra parte da casa, pensou. A bruxa então começou a procurar Lupin por todos os cômodos. Terminou a busca quando chegou no quarto que pertencera à mãe de Sirius e que agora era ocupado por Bicuço.



- Estranho não é? - perguntara o bruxo a ela, não demonstrando nenhum sinal de surpresa ao vê-la ali. - De todos os marotos só sobrou um... Sei que Pedro ainda esta vivo, mas ao saber que ele nos traiu... - Lupin suspirou - ...eu o considero como morto.



Tonks notou que ao lado do bruxo havia um grande saco com ratos mortos; Lupin deve estar cuidando do hipogrifo agora, pensou.



Bicuço era uma das poucas lembranças que Sirius deixara...



- Bem... Eu não sou muito boa para confortar... - disse Tonks - Também estou muito triste pela partida de Sirius... Er... o que quero dizer é que se precisar, pode contar comigo. - disse a bruxa num sorriso amigável.



Lupin a encarou por um tempo e de repente ele a abraçou.



- Eu só estou vivo pois ainda tenho você - disse o bruxo no ouvido dela - Uma parte de mim morreu junto com o meu amigo, naquele dia. E a outra quase teve o mesmo final amargo, quando eu a vi inconsciente no chão daquela sala; não agüentaria perder mais um de maus amigos e a mulher que amo de uma só vez.



- Remus...



- Fiquei todos esses dias - interrompeu-a - no hospital ao seu lado para garantir que não a perderia também... Tonks. Sei que não é o momento perfeito, sei que ainda temos uma guerra pela frente... Só quero que saiba que te amo, e que preciso de você perto de mim, mais do que nunca. - o bruxo a abraçou mais forte ainda.



- Não se preocupe Remus: sempre, sempre estarei ao seu lado; eu te amo, mais do que a mim mesma e por uma timidez estúpida, por um medo tolo, fiquei guardando esse sentimento por todo esse tempo...



Lupin a beijou, não interessava o que mais ela iria dizer, bastava apenas saber que a amava e que era correspondido.



- Tonks, você... Você esta diferente... Há um minuto atrás seu cabelo tinha a cor rosa, seus olhos eram verdes, e seu nariz estava maior...



Lupin estava certo. A bruxa que esta na sua frente mudara de aparência durante o beijo. Tonks agora tinha um nariz pequeno, olhos negros e seu cabelo da mesma cor que os olhos batiam-lhe a cintura e eram cacheados; parecia que cada cacho fora ondulado individualmente de tão perfeitos que eram.



- Oh! - fez Tonks, ao segurar a ponta de seus cabelos e ver que ela realmente mudara.



- O que houve?



- Uma vez em minha adolescência - a mulher ia corando mais a cada palavra que dizia -, perguntei a minha mãe como saberia se o que sentia era amor verdadeiro... Ela me respondeu que quando nós nos beijássemos, e se aquele beijo tivesse amor entre os dois, eu iria mostrar a minha verdadeira aparência... Ela me disse algo do tipo “...o amor não tem disfarces...”.



O bruxo acariciou o rosto de Tonks, depois passou a brincar com os longos cabelos dela, como se a estivesse a avaliando.



- Você é mais linda do que eu imaginei... - dizendo isso ele a beijou novamente.



- Mas porque isso não aconteceu quando nos beijamos em meu quarto? - Lupin parara de beijá-la assim que lembrou da cena.



- Bem... Talvez... - agora a mulher ficou mais vermelha que os cabelos dos Weasley - Talvez seja porque eu tenha ficado com medo... - ela evitou olhar para os olhos do bruxo.



- Medo? - repetiu Lupin incrédulo - Mas medo do q... - uma idéia ocorreu em sua mente - Espere um pouco. - um sorriso malicioso tomou conta de seus lábios - Você não quer dizer que é...



- Você poderia me dizer o porquê de ter me dado aquele livro? - ela o interrompeu. - Pensei que talvez fosse uma indireta, mas não me arrisquei a perguntar antes... E DA PRA VOCÊ PARAR DE RIR!



Lupin não conseguira se controlar ao ver que Tonks mudara de assunto. Confirmando assim a suas suspeitas.



- Bem... - disse Lupin controlando o riso - Na verdade não era uma indireta e sim uma direta... Você leu o livro? Você não colocou os sapatos que lhe devolvi?



- Sim e não... Porquê?



- Eu... Er... Enfeiticei os sapatos.



- Sim, sim eu sei, você fez eles ficaram iguais aos da Cinderela...



- Isso também... Mas havia outro feitiço nele. Após ler o livro, se você colocasse os sapatos (como eu imaginei que você faria, e não fez), você entraria na história, na cena em que a Cinderela dança com o seu príncipe, porém a Cinderela seria você e o príncipe... Hum... Seria eu... Foi a maneira que encontrei para lhe falar o que sentia, já que sou tão tímido às vezes...



Agora fora a vez de Tonks rir.



- Eu te amo Remus Lupin... Eu te amo!



Ela o abraçou e o beijou mais intensamente...



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Eu estava lendo o livro padrão de feitiços, 6ªsérie, de Miranda Goshawk, quando uma enorme coruja marrom entrou pela janela aberta de meu quarto. Deixei o meu livro de lado e fui até minha cama para pegar a carta que a coruja carregava presa em sua pata.



No envelope amarelo, lia-se numa letra caprichada: Para Hermione Granger, quarto ao lado da biblioteca.



Abri o envelope o mais rápido que pude. Talvez seja algo sobre V-Voldemort (ainda não me acostumei a mencionar o nome dele...), talvez seja algo sobre a Ordem! Mas assim que comecei a ler a carta vi que não tinha com o que me preocupar e sim me alegrar. A carta foi enviada por uma Tonks muitíssimo animada!



Li a carta atentamente... Não consegui controlar o sorriso que aparecia cada vez mais em meus lábios... Eu estava tão feliz por ela! Ah... sim, e por ele também!



Ela me contara tudo em todos os detalhes: do presente enfeitiçado que recebera de Lupin no Natal (e que não me contou antes que tinha o recebido... se tivesse contado eu logo perceberia do que se tratava...), que o bruxo ficara cuidando dela quando esteve internada no hospital, e como começaram a namorar...



Sei que não ajudei muito esse casal... Sirius sim, se não fosse por ele acho que nada teria acontecido... Hum, mas vamos falar de coisas boas, não? Posso afirmar que esses dois ficaram juntos por um longo tempo, me arriscaria até a dizer para sempre.



FIM



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Notas da Autora:Olá! É... a fic chegou ao fim. Espero que você tenha gostado de lê-la.
Gostaria de agradecer a todos que leram, releram, comentaram e votaram nela!
Ficaria muito feliz se você deixasse um comentário dizendo o que achou dessa fic. Certamente não espero muitos comentários, pois essa fic já é um pouco velhinha - eu a publiquei, pela primeira vez, no 3Vs, a um bom tempo atrás...
Enfim, mudando radicalmente de assunto: se você é fã do personagem Remus Lupin não deixe de visitar o site Crazy For A Werewolf (http://geocities.yahoo.com.br/crazyforawerewolf/index.html).
Bem, é isso.

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