Planos



- P-Professora... em H-Hogwarts? – Harry chegou a gaguejar.

- Isso mesmo, Potter. Elas ficam próximas a um cemitério que há lá.

- Vocês têm um cemitério na Floresta Proibida? – espantou-se Tonks.

- Nós, não! – ela afirmou – Os centauros têm.

Todos se entreolharam surpresos.

- Mas professora, a raça dos centauros é tão unida, tão forte e decidida! Eles são tão inteligentes! Nada parece “penetrar” no habitat deles. Até Firenze chegou a ser banido, por confraternizar com humanos. Como Voldemort e Comensais invadiram o cemitério deles sem que eles saibam ou tomem alguma atitude contra? – perguntou Hermione.

- Srta. Granger, eu não sei o que está havendo na Floresta, mas que as árvores estão lá, disso eu tenho certeza. Acho estranho nada ter chegado ao meu conhecimento.

- Precisamos ir até lá! – exclamou Harry.

- Não se precipite, Potter! – disse Moody.

- Desculpe Olho-Tonto, mas isso precisa ser verificado. – disse Harry.

- Assim como precisamos verificar em Godric’s Hollow também! – Rony completou.

- Eu já disse: Você-Sabe-Quem está armando para o Harry. – disse Fred – Nem ele pode estar em dois lugares ao mesmo tempo. Eu duvido que ele esteja se arriscando para lá e para cá. Acho que eles estão criando uma distração. Vai ver não estão nem em Godric’s Hollow e nem em Hogwarts.

Lupin olhou para Fred pensativo e depois virou-se para Harry.

- Preste atenção, Harry. – ele disse – Alastor tem razão. Não podemos agir num impulso, assim conforme você quer. Veja bem, você disse que em seu último sonho ele estava próximo aos túmulos de seus pais. Precisamos verificar lá primeiro. Deixemos a Floresta para depois. Mesmo porque, é como Hermione disse: os centauros são criaturas inteligentes. Eles já devem saber o que se passa por lá, se é que se passa alguma coisa. – ele completou.

Harry olhou para Hermione que assentiu, concordando com Lupin.

- Ok, quando vamos até lá? – ele perguntou.

- Deixe conosco Harry. Você não precisa se arriscar. – disse Shacklebolt.

- Mas que droga! – ele se levantou furioso – Já disse que não sou mais um garotinho. Eu já sou maior de idade e vou com vocês!

- Harry – começou Tonks – não temos certeza se isto é uma armadilha ou não. Nós vamos até lá e damos uma checada. Fique aqui na Sede. Nós daremos notícias o quanto antes.

- Tonks tem razão, Harry. – disse Hermione a ele com um olhar diferente.

- Mas Hermione, nós combinamos... – ele parou ao ver a expressão da menina.

Hermione lançou-lhe um olhar de “a gente conversa depois”.

- Vou aceitar desta vez – disse ele – Mas vocês não podem me deixar de fora sempre. Se isso for assim, vou me sentir traído.

- Não se preocupe, garoto. – disse Hestia Jones – O Ministério tem muitos bons aurores. Vamos armar uma ofensiva surpresa. Se eles estiverem por lá, serão pegos desprevinidos.

- Bem, nós aguardaremos, então. – ele disse.

A reunião foi dada por encerrada. Moody prometeu a Harry que se comunicaria o mais breve possível. Enquanto todos se despediam, Harry viu Hermione ir até Fred e Jorge e cochichar algo. Todos então se foram, exceto os gêmeos.

- Muto bem, Hermione, eu não entendi nada! – disse Harry – Por que você concordou tão rápido em não acompanharmos os aurores a Godric’s Hollow?

- Calma, Harry, você vai entender agora. Por isso pedi a Fred e Jorge que ficassem.

- O que você está maquinando Hermione? – perguntou Rony.

- Eles querem ir a Godric’s Hollow sozinhos? Ótimo! Vai ser uma boa oportunidade para visitarmos a Floresta Proibida sem interferências.

- N-Nós v-vamos à Floresta? Assim... só nós? – perguntou o ruivo assustado.

- Vamos! – ela disse decidida.

- Grande idéia, Mione! Vamos cercá-los dos dois lados – exclamou Harry.

- E meus irmãos? – Rony quis saber.

- Acho que Hermione quer a nossa ajuda. – disse Jorge sorrindo.

- Quais pessoas seriam loucas o suficiente para se meter conosco naquela Floresta? – ela perguntou e ela respondeu – Vocês, lógico!

- Valeu cunhadinha! Vamos botar para quebrar! Toca aqui maninho! – brincou Fred batendo punhos com Jorge.

- Gente, sem brincadeira, por favor. Então concluo que podemos contar com vocês? – ela quis confirmar.

- Claro!

- Bem, acho que precisaremos de ajuda extra. E eu me refiro à Gina, Neville e Luna. Eles já estão por lá mesmo. – disse a menina.

- Aquela floresta é enorme! Como vamos saber onde fica o tal cemitério. – perguntou Jorge.

- Podemos perguntar ao Firenze. – Harry disse.

- Isso! Ele está na Escola e já ajudou antes. Acho que não vai recusar nos passar a informação. – disse Rony.

- Jorge, Fred, – começou Hermione – está na hora de botar aquelas bugigangas de vocês em uso para uma coisa séria.

Os gêmeos se olharam.

- Mas nossos produtos sempre foram sérios! – disse Fred sorrindo marotamente – E pertubar a Umbridge, há 2 anos atrás, foi ou não foi muitíssimo sério?

- Tenho que concordar com a última parte. – ela disse com um sorriso.

- É só dizer o que vão querer. As Gemialidades Weasley estão ao seu dispor.

- Levem o que acharem melhor. – ela disse e virou-se para Harry – Harry, se comunique com a Gina. Vamos combinar de ir à Floresta amanhã à noite.

- À noite, Mione? Não tem outro horário vago nessa sua agenda não? – perguntou Rony.

- Ron, à noite é melhor porque estaremos nos escondendo. Se houver Comensais por lá, eles nunca imaginarão que alguém vai bisbilhotar a essa hora. Além do mais, Gina, Luna e Neville não podem perder aulas.

- Por Merlin! Quem está pensando em aulas numa hora dessas? – exclamou ele.

- Ora, Ron, não é porque você adora ficar sem aulas, que todos compartilham do mesmo gosto. Francamente. – ela bufou.

- Mas...

- Gente, sem discussão, por favor! – interrompeu Harry.

- Por nós vocês podem continuar, não é mano? – disse Jorge, com a concordância de Fred – Sempre nos divertimos vendo a picuinha de vocês.

Hermione revirou os olhos e Ron fechou a cara. Ela olhou para ele, chegou perto, deu-lhe um beijo no rosto e o abraçou. Um sorriso logo brotou na sua face. Os gêmeos fingiram expressões apaixonadas por trás da menina e Rony levantou o dedo do meio para eles, ainda abraçado nela. Harry estava rindo até que o pingente brilhou. Ele o tocou e o holograma apareceu na sua frente.

- Oi lindo! – Gina disse.

- Lindo? Merlin, alguém enfeitiçou nossa irmã e deixou ela cega! – Fred exclamou chegando à frente da imagem, junto com Jorge.

- Fred, Jorge! Que surpresa! Como vão vocês?

- Achando que você está cega. – disse Fred rindo.

- Bobo! E aí, como foi a reunião? – perguntou ela a todos.

- Boa! – respondeu Harry.

- Só isso? Boa?

- É que eu me aborreci um pouco, mas agora está tudo bem.

Eles contaram tudo. Harry pediu que ela falasse com Firenze. Depois combinaram de encontrar com ela, Neville e Luna, atrás da cabana de Hagrid, às 20h do dia seguinte. Após se despedirem da menina, Fred comentou:

- Legal esse pingente, né Harry? Bem que nós queríamos ele, mas mamãe disse que só o filho ou a filha mais nova poderia ficar com ele.

- E por que a mamãe deu para Gina e não para mim? – exclamou Rony aborrecido.

- Acho que é porque a Gina é ainda mais nova que você, sei lá. Pergunta para ela.

- Fred - começou Harry – Como esse pingente foi parar com vocês? Eu ía perguntar à sua mãe, mas eu esqueci.

- Isso era da tataravó do nosso tataravô. Na verdade ela casou com o tataravô do nosso tataravô, que era um Weasley. Deu para entender? Ela não era uma Weasley, mas depois que se casou, o pingente acabou ficando na família. Dizem que antes de se casar, ela o ganhou de presente de uma bruxa famosa. Mas não sei que bruxa era essa. O fato é que depois ele foi passando para os filhos, netos e assim por diante.

- Mas o pingente nunca foi usado, em todas essas gerações? – perguntou Hermione, surpresa.

- Não tenho certeza, mas acho que nossa avó, já falecida, usou ele um tempo. Parece que ela usava para conversar com um pretendente dela em Hogwarts. Depois eles brigaram e ela tomou o pingente de volta.

Harry estava absorvendo a história. Ele olhou para Hermione e ela também estava pensativa.

- Bem, crianças, nós já vamos. Nos encontraremos amanhã. – disse Fred e eles se foram.

Hermione fez um lanche para eles, pois não haviam jantado. Eles conversavam.

- Quem terá sido a tal bruxa famosa que deu o pingente à minha família? – disse Rony.

- Helga Hufflepuff e Rowena Ravenclaw eram bruxas famosas e talvez sejam da mesma época que a tataravó do seu tataravô. – disse Hermione.

- E o que isso quer dizer? - perguntou ele.

- Bem, se o pingente era de uma das duas, ele poderia ser um horcrux.

- Mas como Voldemort poderia ter tido acesso a ele?

- É isso que eu estou me perguntando também, Ron. – ela disse.

- Depois podemos tentar descobrir. Nem temos certeza se eles estavam atrás do pingente mesmo. – disse Harry – É melhor esquecermos isso por enquanto.

Rony, então, mudou de assunto

- É Harry, para quem não iria retornar a Hogwarts, já vai ser a segunda vez que daremos as caras por lá.

- Pois é, por mais que tentemos, não conseguimos ficar longe. Só que dessa vez a coisa vai ser mais perigosa. Que Deus nos ajude.


N/A: Pessoal, agradeço imensamente os comentários. Estou me esforçando ao máximo para postar com rapidez, mas tenho tido pouco tempo para escrever. Acaba que os capítulos não ficam "enormes" conforme em outras fics. De qualquer forma, espero que estejam gostando. Beijos!

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