A Pior das Maldições



Cap. 18 – A Pior das Maldições



- O que poderia ter causado isso?

Sua resposta veio logo em seguida.

- Não consegue pensar em nada, meu amor?

Lílian, Severo e Harry olharam assustados para o dono da voz. Ele continuou.

- Querida, é bom te ver! Achei que estivesse desacordada junto dos outros. Terei de falar com Lúcio, ele falhou na hora de aplicar o feitiço no castelo…

Lílian fitou-o com muito ódio. A coisa que menos queria era ter de olhar para aquele rosto fino com olhos vermelhos de pupilas em fendas. Aquele sorriso cínico a irritava… se pudesse, o mataria ali mesmo, mas por mais que fosse uma bruxa extremamente poderosa, contra Voldemort não havia jeito.

- Hmmm… Severo, não me agrada lhe ver de mãos dadas com a minha mulher, mas não estou bravo com você, o tempo que me serviu foi muito bom… sinto saudades daquele tempo, Severo, era meu melhor Comensal. Pena que me traiu… e duplamente – completou ele com uma olhar significante para Lílian.

“Ora, vejamos quem mais está aqui… Harry Potter, que prazer revê-lo.

- Já eu não posso dizer o mesmo. É sempre um desprazer olhar para você e imaginar o que fez com meus pais… e com todos que atravessaram seu caminho.

- Vejam só, o menino é audacioso! É como seu pai. Na verdade, Potter, eu não queria matar sua mãe… ela era linda demais para morrer, mas fez a burrice de me enfrentar.

- Cale-se!

- Riddle, pare com isso! Vá embora! Estamos em três, enquanto você está sozinho.

- Calma, querida. Você nem ao menos conhece seu marido. Acha mesmo que eu seria tão burro a ponto de vir sozinho? Mas, de qualquer forma, poderia acabar com vocês num piscar de olhos.

- Não é e nunca foi meu marido! Nunca teve esse título!

- Tsk, tsk… trocar a mim, o Lord das Trevas, por isso aí? Lílian, você não deve estar em seu juízo perfeito. Snape deve ter de dado alguma poção… Venha aqui, meu bem, e aprecie a morte lenta e dolorosa desses dois seres insignificantes.

Lílian percebeu que ia se desesperar e só prejudicaria Harry e Severo. Então decidiu fazer um teatro para ganhar tempo e conseguir pensar em algo. Obedeceu o Lord e foi até ele. Passou a mão em sua face.

- Milorde, disse certo: seres insignificantes. E é verdade… eu fui muito burra. Sou, sim, sua esposa, e sempre serei. Vamos sair daqui antes que os outros acordem… Estaremos em menor número mesmo que todos os seus Comensais apareçam. E você não tem nada a ganhar com a morte deles.

Ele a fitou com seus olhos de cobra, analisando-a. Pegou seu pulso com força e jogou-a no chão.

- Tenho muito a ganhar, sua vadia. Pensa que pode me enganar? E sabe, eu deveria matá-la juntamente com esses dois. E é o que vou fazer.

- Não fará nada contra ela e nem ninguém, Tom, enquanto eu viver.

Os quatro viraram seus rostos para ver quem era o dono da voz. Viram um homem muito velho, de barbas longas e prateadas, óculos de meia-lua na frente de um par de olhos muito azuis, que brilhava. Harry nunca o vira tão sério.

- Dumbledore!

- Já deveria saber, Tom, que não é qualquer feitiço que me derruba.

- Cale a boca! Eu vou te matar, seu velho!

- Pode até conseguir me matar, mas de nada vai adiantar, pois os aurores estão vindo.

- Duvido que consigam passar pelos meus Comensais da Morte e Dementadores.

- Então só nos resta lutar. Tenho pena de você, Tom… sempre foi um garoto perturbado… Pare com isso, cresça! Somos quatro contra um, você não tem chance!

- Pois agora serão em três – disse Voldemort com um sorriso cínico, apontando rapidamente a varinha para Snape. – AVADA KEDRAVA!

Foi tudo muito rápido. Um raio verde saiu da ponta da varinha de Voldemort tão velozmente que Snape nem percebeu, não teve tempo para se esquivar, acabou sendo atingido diretamente no peito.

Lílian gritou. Segurou Snape antes que ele caísse. A expressão dele era de terror. O homem que amou por toda sua vida estava morto em seus braços. Lágrimas rolaram instantaneamente pelo rosto de Lílian.

- NÃO! SEVERO! – ela gritava e chorava com desespero.
Foi caindo por causa peso de Severo em seus braços e por causa da enorme tristeza que sentia. Não podia acreditar que aquilo estava acontecendo. Estava desesperada, doía muito. Batia no rosto de Severo com força, gritando seu nome.

- Acorde! Vamos, acorde! Não me deixe aqui, sozinha! Acorde, seu idiota! Não faz isso comigo! ACORDE!

Voldemort ficou pasmo por algum tempo ao ver Lílian agir daquela forma. Afinal, ele a amava, do seu jeito, mas amava. Sentiu uma leve tristeza por tê-la feito sofrer daquela forma. Mas não se arrependia, Snape era um traidor e amado por sua mulher, merecia morrer.

Harry foi até Lílian e a puxou. Ela se debatia, gritava e chorava. Snape ficou estirado no chão, muito mais pálido que o normal, ainda com aquela expressão de horror estampada no rosto.

Lílian conseguiu, finalmente, se desvencilhar dos braços de Harry e avançou em Voldemort, até encostar a varinha em seu peito.

- Desgraçado! IDIOTA! EU TE ODEIO! – e deu um tapa ardido no rosto dele.

- Me bata de novo, sua vadia, e te mandarei junto com Snape.

- ENTÃO ME MATE! Prefiro a morte do que ficar nesse lugar sem Severo…

- Por favor, Lílian, pare com isso. Não vai adiantar de nada! – disse Dumbledore indo até ela e a puxando para longe.

- Me deixe, Alvo!

- Professora, ele tem razão, você não pode fazer nada. Só eu posso matá-lo. E eu quero muito fazer isso, pode ter certeza… hoje faz uma semana que meu padrinho, Sirius Black, foi morto pelas mãos de Comensais.

- ENTÃO MATE ESSE DESGRAÇADO DE UMA VEZ!

- Harry… pense antes de tomar qualquer atitude – alertou Dumbledore.

- Pode deixar.

Finalmente Voldemort e Harry Potter ficaram frente-a-frente, ambos empunhando suas varinhas.

- Ah, Potterzinho… você não é de nada. Pensa que pode me matar?

- Duvida? Pois eu poderia matá-lo, sim, em questão de segundos!

- Não seja ridículo, garoto, você não é páreo para mim!

- Mas com a ajuda de todos, Harry estaria apto a te destruir, Voldemort! – disse uma voz vinda do meio das pessoas que dormiam.

- Por Merlim, que feitiço é esse que Malfoy pôs no castelo que todos já estão acordando?! E quem é você?

- James Kurthney.

- Ah… Kurthney… sua irmã é uma bela Comensal, só um tanto atrapalhada.

James olhou bravo para Voldemort. Olhou para Lílian, ela estava com o rosto vermelho e parecia muito abatida. Foi quando James viu o corpo de Severo estendido no chão.

- O que… o que aconteceu com ele?

- James… esse monstro… ele matou Severo… – disse Lílian se jogando nos braços de James e voltando a chorar desesperadamente.

- Sinto muito, Lílian. Mas eu te juro que vou fazê-lo pagar muito caro por estar te fazendo sofrer. Agora não fique assim… tente se acalmar.

- Tá…

- Oh, que comovente! Está podendo, em, Lílian? Um homem que te ama matou o outro que a amava também. Agora aparece um terceiro apaixonado prometendo te vingar. É…

- Cale a boca, seu desgraçado!

- É melhor ficar de fora, Kurthney, ou terei de matar mais um pretendente da minha mulher. E não estou afim de gastar minhas energias com vermes como você. Prefiro guardá-las para aniquilar Potter e Dumbledore – disse Voldemort soltando uma risadinha sarcástica.

- Então venha me matar! – chamou Harry. – Ou será que está com medo de se ferrar de novo, é?

- Definitivamente, Potter, você não tem cérebro, assim como seus pais! Eu ofereci tudo a eles, mas os idiotas teimaram em ficar ao lado desse velhote do Dumbledore. Resultado? Morte. E é isso que vai acontecer com você. Ao menos que seja esperto o bastante para ver que ao meu lado poderemos dominar esse mundo e teremos tudo o que quisermos e todos aos nossos pés!

- Não seja patético, Voldemort, não vou cair na sua! Mesmo que eu quisesse, não seria possível. E EU sei disso porque EU ouvi o que dizia a profecia! Não há espaço nesse mundo para nós dois.

- Já que é assim… comece a rezar para Merlim, Potter, porque dessa vez você não irá sobreviver, agora que sua mamãe não está aqui para morrer por você!

Harry sentiu seu sangue ferver e um imenso ódio tomar conta de todo o seu coração e sua mente. Levantou a varinha e apontou para Voldemort, este fez o mesmo, apontando sua varinha para Harry. Então um raio verde saiu da ponta de cada varinha ao som de duas vozes gritando “Avada Kedrava”.



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Nota: Por favor, não briguem comigo por ter matado o Sev. A fic estava necessitando de algo trágico… que graça tem as coisas sempre terem finais felizes? Aliás, esse foi o penúltimo capítulo… daí vem o 19 e o epílogo.

Renata, que bom que está gostando da minha fic, obrigada ^^

Isabela, tenha calma, eu demorei mas já postei o capítulo... e torça para que eu não tenha nenhum impedimento e possa postar o 19º na quarta-feira, porque estarei viajando no próximo final de semana.

Bjus e muito obrigada a quem está lendo, sem vocês eu não seria ninguém! And, please, reviews!!!

Nota de última hora: Desculpa o trasntorno com alguns capítulos... desde que o Potterish deu aquele problema, algumas fics ficaram com alguns bugs, e eu nem sabia que essa minha fic tb tava, então só para avisar que arrumei o que me disseram que estava ruim (obrigada pelo aviso, Daniele).

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