Um Estranho no Castelo



Cap. 17 – Um Estranho no Castelo



- Srta. Roberts, o Prof. Snape acordou. Talvez você queira vê-lo…

Lílian olhou para Dumbledore, que lhe respondeu com um olhar de incentivo. Sentiu-se mais segura. Foi indo já com uma bronca na ponta da língua, pois estava, na verdade, com raiva pela ingratidão de Severo. Mas seja lá o que fosse falar, morreu na garganta antes de ter a chance de sair pela boca quando viu o homem deitado naquela cama, com muitos curativos e inválido.

- Severo…

Ele virou o rosto e encarou-a, olhou bem fundo em seus olhos, mas não disse nada. Então Lílian resolveu continuar a falar.

- Severo, eu… – mas não soube o que dizer. – Escuta aqui: não é porque está deitado aí nessa cama todo enfaixado que vai se livrar de me ouvir. Por que foi tão injusto? O que você pensa, em? Não foi justo o que disse a mim, James foi de toda boa vontade para ajudá-lo!

Ele nada respondeu, apenas virou o rosto para o outro lado. Lílian se calou imediatamente ao ser ignorada. A pena que sentiu estava maior do que a raiva, não queria brigar com Severo, queria apenas que eles ficassem bem.

- Sev… fala comigo…

Ele não respondeu e não voltou a olhá-la tampouco.

- Tá, eu sei que você não gosta dele por aquelas coisas que aconteceu, mas entenda, eu fiquei desesperada quando soube que Riddle tinha pego você. Fiquei com medo de perdê-lo, de perder o homem que amo! Eu… precisava resgatá-lo imediatamente.

Finalmente ele se virou para ela e falou:

- Está muito sensível perto do que já foi um dia, Lílian… não combina com você. Você já foi mais…

- Menos “melosa”, você quer dizer.

- É… por aí.

Ela suspirou longamente, então se agachou bem perto dele.

- Sev… eu amo você.

- Eu sei… você fez tudo isso por amor, claro. Mas nem sempre é o melhor a se fazer, e até mesmo o próprio amor machuca.

- Severo, você não está falando coisa com coisa.

- Eu bati a cabeça, mas minha sanidade está intacta. – Ele fez uma pausa. – Eu só quero que saiba que não vou deixar aquele tirar você de mim.

Lílian deu um de seus raros sorrisos, porém leve.

- Ele não vai, Sev, porque eu não quero, eu só quero você.

Eles se beijaram longamente. Podiam sentir o amor nos lábios um do outro… aquela sensação era uma das melhores do mundo. Mas foram interrompidos por um pigarrear de Dumbledore.
- Perdoe-me, mas acho que precisamos conversar.

- Claro, professor – respondeu Lílian, corando levemente e se levantando.

- Acho que ainda não está em condições de conversar, Severo, mas quanto antes eu souber de tudo o que aconteceu, mais cedo tudo estará resolvido.

- Tudo bem, Alvo, eu falo. – Severo suspirou. – Na minha última ida à sede dos Comensais, o Lord, como sempre, estava querendo saber de tudo o que acontece aqui dentro. Algumas coisas sem muita importância eu dizia, como Potter estar se tornando um bruxo cada vez mais poderoso etc… Algumas coisas eu até inventava, mas é claro que tomando cuidado para não colocar ninguém em perigo. – Ele tossiu. – Mas parece que desta vez ele não se sentiu satisfeito ou percebeu que eu mentia… talvez pelo tom de voz… eu não estava muito bem. Resumindo, fui obrigado a tomar Veritasserum. O resto o senhor pode imaginar.

- Sim muito, Severo. Mesmo sabendo dos perigos, eu lhe pedi que fizesse esse serviço pela Ordem… foi muito útil por todo esse tempo, e eu agradeço, e é claro que também peço que me perdoe pelo o que fiz você passar.

- Não se culpe, Alvo, eu sabia dos riscos que corria e insisti em continuar.

Lílian puxou uma cadeira para perto da cama de Severo e se sentou, pegando na mão do amado.

- Mas, enquanto me levavam para o local onde eu estava até há pouco, fingi-me de inconsciente, então pude ouvir algumas das conversas. Nada muito importante, apenas uma coisa: que o Lord estava vindo para Hogwarts se passando por mim. Temi por Lílian.

O casal se entreolhou. Lílian sorriu tristemente, Severo intensificou o aperto das mãos.

- É, ele veio – disse Dumbledore muito sério. – Até tentou alguma coisa com Lílian, mas felizmente eu estava por perto. Na verdade ele mesmo que mandou me chamar… grande burrice! Bom… mais alguma coisa?

- Apenas precisamos manter os olhos abertos. Precisamos cuidar muito bem de Lílian, ele a quer. E já armou um plano, mas deste eu não tenho conhecimento.

- Entendo…

- E de Potter também. Parece que eles já têm tudo planejado e não vão demorar muito para pôr o plano em prática.

Lílian engoliu em seco e apertou a mão de Severo.



Os dias se passaram; Voldemort não deu nenhum sinal, e Lílian já estava se esquecendo de que era o próximo alvo dele; Severo já estava bem melhor e de bem com Lílian; Dumbledore contou tudo para Harry e o aconselhou que ficasse de olhos aberto e atento, e lhe disse que em hipótese alguma ficasse desacompanhado em dias de visita à Hogsmead.

Depois que estava recuperado, Severo se sentiu na obrigação de ir agradecer a James Kurthney por tê-lo ajudado e auxiliado Lílian. Mas antes de fazê-lo, foi conversar com Lílian a respeito, esta lhe deu um beijo e desejou boa sorte. Então ele foi: seguiu pelos corredores do castelo em direção à sala do professor.

James ouviu batidas à sua porta, foi atender.

- Ah, olá, Prof. Snape. Que bom que já está recuperado. Entre. – Ele conduziu Severo para dentro, fechou a porta e se virou para encará-lo. – E então, em que posso ajudá-lo?

- Já… ajudou – pigarreou. – Eu… ah… vim agradecer… pelo que fez por mim… e por Lílian.

- Ah, tudo bem, não foi nada – respondeu James com um sorriso muito jovial.

- Eu… talvez tenha sido mal agradecido, mas saiba que considerei seu gesto.

- Claro.

- Era só isso. Com licença, Sr. Kurthney – Severo abriu a porta e foi embora.

Logo ele já estava em seus aposentos. Lílian estava lá, estava sentada no tapete à frente da lareira acesa, preparando alguma poção.

- Sev, que bom que chegou. Pode me ajudar aqui?

- Claro…

Ele se sentou ao lado dela e começou a ajudá-la. Não soube o porquê, mas aquela cena o fez se sentir ridículo e ao mesmo tempo uma sensação boa passou por seu peito, lhe dando a impressão de que não poderia nunca ser mais feliz. Olhou para o lado e fixou os olhos no rosto de sua amada, ficou a contemplá-lo por algum tempo… Ela era tão linda, tão… perfeita, tão maravilhosa… ela lhe fazia o homem mais feliz e mais completo do mundo, e agora sabia que nunca mais poderia viver longe dela, longe do amor.

Severo desligou o fogo do caldeirão sem aviso prévio e empurrou os ingredientes e livros para o lado, então puxou Lílian para perto de si.

- Que mania que você tem de interromper meus…

Mas ele não deixou que ela terminasse, a calou com um beijo caloroso e apaixonado.

Meia hora depois o casal andava de mãos dadas pelos corredores da escola, em direção ao Salão Principal, para o jantar. Estavam atrasados; todos já estavam lá. Mas subitamente as luzes se apagaram, a escola toda ficou em completo breu.

Severo e Lílian se assustaram, pararam abruptamente. Ele tirou a varinha e murmurou “Lumus”, mas nada aconteceu. O mesmo foi com Lílian, sua varinha não produziu o feitiço.

- Lílian, não solte minha mão! – advertiu Snape.

- Prof. Snape? – disse uma vez vinda do meio da escuridão.

- Quem está aí? – perguntou Snape com a voz bravia.

- Eu, Harry Potter.

- O que faz andando pelas Masmorras a essa hora, Potter, quando devia estar no Salão Principal?

- Severo, por favor, agora não é hora. Potter, onde está?

- Perto da porta do banheiro. Eu estava saindo dele quando a luz apagou…

- Tudo bem, fique aí… Sua varinha também não funciona?

- Não, senhora.

- Severo… o que pode estar acontecendo? – perguntou Lílian com a voz num tom levemente choroso.

- Não faço a mínima idéia, Lílian. Precisávamos chegar até o salão…

- Seria um tanto difícil… estamos nas Masmorras, ainda, há escadas para subir.

Os três acabaram desistindo de tentar entender o que acontecia. Lílian e Severo se recostaram à parede, abraçados, enquanto Harry se sentou no chão, apoiado na parede.

Só quase duas horas depois a luz voltou a acender – sozinha. Os três, que já estavam cansados de esperar e sem paciência, colocaram as varinhas em punho e foram correndo até o Salão Principal.

Ao chegarem lá, depararam com todos os alunos e professores dormindo: uns caídos no chão, outros deitados nos bancos e outros, ainda, com os rostos dentro do prato de comida.

- Mas o que…? – começou Snape, mas não achou palavras para terminar a frase.

- Algo os fez desmaiar. Vejam, estão apenas dormindo. Não estamos dormindo também porque não estávamos aqui! – disse Lílian. – Olhem só, até Dumbledore ronca como nunca! O que poderia ter causado isso?

Sua resposta veio logo em seguida.

- Não consegue pensar em nada, meu amor?





Nota1: Esse capítulo estava muito “enchessão de lingüiça”, mas foi necessário. Logo virá o 18, o 19 e o epílogo, depois acabou, daí eu paro de encher o saco dos meus amigos obrigando-os a ler.

Nota2: Aproveitando a deixa, vou fazer minhas propagandas: para quem gosta do que escrevo, estou publicando uma fic nova chamada “A Penseira”. Já tem 3 capítulos. Eu estou a achando legal… não sei os outros. E é claro que tem todas as minhas outras fics, e não são poucas, mas daí você pode ver clicando meu nick no início da página do menu dessa fic.

Nota3: Só para avisar… logo vou começar a digitar uma fic minha que está escrita num caderno faz um tempão, mas dá preguiça de digitar aquele montarel… Faz tanto tempo que escrevi que nem me lembro do que se trata, mas posso dizer que haverá um triângulo amoroso: Ninfadora Tonks, Remo Lupin e Severo Snape. Meio difícil de imaginar, né…

Nota4: Além dessa (é, minhas amigas acham incrível como consigo fazer várias fics ao mesmo tempo!), estou escrevendo em um caderno uma fic… estou fazendo ela há bastante tempo, escrevendo durante aquelas aulas em que o professor só fala um monte de chatice… e ainda estou no capítulo 8. Mais outra que estou fazendo em conjunto com uma amiga (também em caderno), mas essa está longe de terminar… e depois ainda temos que dividir em capítulos e digitar! E mais outra (é, tem mais uma), mas ainda estou no início, e aceito sugestões! Essa estou fazendo direto no computador, hehehehe, e será uma continuação para essa que você acabou de ler o cap. 18. Será sobre a filha do Sev com a Lílian ^^. Deixa eu pensar… ah! Tem uma song, também, hehehehe, que estou escrevendo no meu caderno de inglês. Ah, eu nunca uso, mesmo… É com a música “Quase Um Segundo”, do Herbert Vianna. Eu já te falei dessa, né, Nocti!! E só uma coisinha… desculpem esses nomes idiotas que dou para as minhas fics e os capítulos para as mesmas… não consigo pensar em nomes melhores! .



Ufa! Chega de fic! É melhor ir embora antes que leve tomatadas… para ninguém ficar perdido no tempo, digitei isso tudo (o capítulo e as notas) dia 29/10/04 (oba!! Domingo é dia do Sev!!) B-ju! (Eca, quase uma página inteira de Word só pra digitar notas idiotas…)

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