Um Aniversário Inesquecível



Cap. 3 – Um Aniversário Inesquecível


Os anos foram se passando; Lílian e Severo conquistando muitos fãs, mesmo que contra sua vontade. Mas além de fãs, criaram inimigos, despertaram a inveja em muita gente.

Tiago Potter e sua turma simplesmente não suportavam a dupla. Sempre arrumando brigas, sempre se dando mal.

Mas além de Poções, Severo se aplicava muito em aprender Artes das Trevas. Lílian ficava preocupada com o amigo. Até que um dia, quando estavam no 3º ano, Lílian resolveu perguntar:

- Severo, porque estuda tanto Artes das Trevas?

- Ora, Lílian. De que adianta sabermos nos defender se nem mesmo temos certeza de tudo aquilo que o inimigo é capaz? E além do mais, haverá um dia que sua melhor defesa será o ataque, e você precisará saber como o fazer da melhor maneira.

Lílian deu um de seus raros sorrisos em sinal de compreensão. De voz em quando ela estudava junto com Severo, mas não tinha tanto interesse quanto ele.



~*~



O tempo continuou a passar.

Severo sentia-se cada vez mais vulnerável na presença de Lílian. Já estava com seus 15 anos no 5º ano e nunca beijara uma garota. Na verdade nenhuma o atraía, apenas Lily. Seus hormônios estavam deixando-o louco, porém não tinha coragem de falar nada com sua amiga.

Como esperado, atingiram notas máximas em todos os NOM’s. Agora eram mais três meses longe de Lílian, comunicando-se apenas através de cartas.



~*~



1º de setembro chegou, começa o 6º ano.

Como sempre, Severo estudando Artes das Trevas e Lílian pondo em prática todas as idéias e fórmulas novas para poções diversas e outros antídotos. Estavam chegando perto de descobrir algo que fizesse a memória daquele que teve a mesma apagada proposital ou acidentalmente voltar ao normal, poder lembrar-se de tudo novamente.

Era fevereiro; sábado ia ter uma visita à Hogsmead e era aniversário de Lílian. Severo tinha que pensar em algo especial, afinal ela estaria completando 16 anos, estaria conquistando sua independência, seria maior de idade.

- Severo, anda logo!

- Eu já desço, Lílian! Vá indo na frente que eu já estou indo.

Lílian saiu emburrada da sala Comunal e foi para o saguão de entrada esperar por Severo.

Alguns minutos de passaram e ele finalmente chegou.

- Você demorou!

- Desculpa, Lily. É que eu tive uma idéia sobre uma nova poção, então fui anotar para não esquecer.

- Tudo bem, agora vamos. – mas não deixou de ficar desconfiada.

Os dois seguiram lado a lado até Hogsmead.

Chegando lá, Lílian sugeriu que fossem ao Três Vassouras, mas Severo recusou, alegando não gostar do local por ser muito cheio e barulhento. Ele insistiu até convencê-la a irem até uma pequena gruta que havia perto da Casa dos Gritos.

- Vamos, Lily. Eu morro de curiosidade de ver o que há lá!

- Mas Severo, pode ser perigoso.

- Ah, Lily, você nunca ligou para perigos. Mas de qualquer forma, não precisa preocupar-se, eu estarei lá para protegê-la.

Ela deu um leve e breve sorriso e então foram.

Lílian não sabia, mas Severo já conhecia o lugar, e não era uma simples gruta.

Ele a levou caverna a dentro. Até que chegaram a um lago interno iluminado por poucos raios de sol que adentravam por orifícios do teto.

- Vem, Lílian,. Só precisamos entrar aí e logo estaremos aonde quero.

- Severo! Você disse que apenas queria ver o lugar. E disse que era uma gruta. Severo, você mentiu para mim!

- Calma, Lílian! Confie em mim. Tenho certeza de que você vai gostar.

Lílian deu um longo suspiro e então concordou com a cabeça.

- Ótimo! Sabe nadar?

Novamente um aceno com a cabeça.

- Então vem. – estendeu a mão para ela e os dois pularam água adentro.

Já debaixo d’água, Severo fez sinal para que Lílian o seguisse. E então os dois foram nadando por águas muito claras, porém pouco iluminadas. E quanto mais iam, mais fundo ficava. De vez em quando subiam para respirar, mas parecia que aquela caverna nunca acabava.

Algum tempo depois, o que pareceu quinze minutos, eles finalmente emergiram, e já estavam ao ar livre. Lílian ficou espantada com o que viu.

- Severo… é demais!

- Você gostou?

- Eu adorei!

- Então vem, vamos para as margens nos secar.

Os dois nadaram até as margens; Lílian olhando em volta, ainda de queixo caído. Então saíram e se sentaram na grama muito verde e fofa.

- Ah! Estou molhada até os ossos!

Riram-se, e logo estavam secos ao simples som de uma palavra mágica dita e um mero movimento da varinha feito por Severo.

Lílian continuava a observar o lugar maravilhada; era um campo aberto, mas com algumas árvores em locais aleatórios, e todas gigantescas, permitindo-se até a construção de uma casinha legal em cima delas. Havia plantações de todos os tipos que se pode imaginar, incluindo muita planta medicinal rara, que ali havia em abundância (coisa que chamou muito a atenção de Lílian).

Severo percebeu alguns cavalos pastando, então convidou Lílian à andarem de cavalo. Assim os dois cavalgaram juntos, se divertindo muito. Apostaram corrida, fizeram pega-pega e outras coisas mais.

Depois, já exaustos, foram sentar-se à sombra de uma das gigantescas árvores. Severo arranjou algumas frutas para eles comerem.

- Lílian…

- Sim?

- Bom… isso foi o melhor que consegui para seu aniversário. Representa… liberdade. 16 anos, não é?

- Oh! Puxa, Severo! Muito obrigada! Confesso que nem mesmo eu me lembrava da data de hoje. Você é o melhor amigo que alguém poderia ter! – e deu um beijo no rosto dele, fazendo-o corar.

Severo levantou-se e estendeu a mão para ela, chamando-a.

- Vem, Lily, em cima da árvore é mais gostoso.

Eles escalaram a árvore e foram até o topo, sentaram-se como deu e ficaram conversando por muitas horas.

- Sev, como foi que descobriu esse lugar?

- Foi por acaso… eu estava procurando ervas, e a caverna me despertou a curiosidade. Eu encontrei o que precisava lá, mas eu queria muito saber o que havia depois dela, então entrei na água e vim parar aqui.

- Legal. E mais legal esse lugar! Pense, Severo, podemos criar um laboratório secreto, aqui, iremos cultivar todas essas plantas e a usaremos em experimentos!

- Que bom que gostou, pois essa era a minha idéia de presente para você.

- Perfeito! – Lílian não podia conter o entusiasmo.

A tarde caiu muito rápido e eles tiveram de voltar. Foram por todo o caminho discutindo idéias. Não haviam percebido o tempo passar quando estavam lá, então acabaram chegando além do horário permitido no castelo, sendo surpreendidos pelo zelador (não o Filch, mas carrancudo igualmente).

- O que pensam que estão fazendo? Já passaram três horas e meia além do horário permitido para a chegada dos alunos, e quinze minutos que deveriam estar na cama! Já para a sala do diretor!

Se entreolharam e seguiram o zelador até a sala do diretor. Porém ele estava ocupado, então os dois foram conduzidos até a sala do vice-diretor, Alvo Dumbledore.

- Entrem e sentem-se. Agora fale, Sr. Peterson, o que eles aprontaram? – perguntou docemente.

- Professor Dumbledore, esses dois só chegaram agora da visita à Hogsmead. Alguma eles estavam aprontando!

- Tudo bem, Sr. Peterson. Obrigado. Agora deixe-nos a sós, por favor.

O zelador retirou-se.

- Agora me expliquem vocês, crianças. O que faziam fora até uma hora dessas?

Os dois se entreolharam preocupados; tanto um como o outro não sabiam se aquele lugar era permitido. Lílian fez sinal afirmativo com a cabeça, então Severo resolveu contar a verdade.

- Professor, eu descobri um lugar muito além dos limites de Hogwarts, além ainda de Hogsmead. Leva-se um certo tempo para chegar lá, quando não pode-se aparatar. – fez uma pausa – Um pouco depois da Casa dos Gritos, em Hogsmead, há uma caverna… - então explicou como chegar lá e o que havia lá.

Dumbledore escutava tudo atentamente, porém parecia se divertir com a história.

- E… hoje é o aniversário de Lílian. Então eu a levei lá, já imaginando que ela iria adorar.

- Interessante… e vocês pretendem ir lá nos dias de visita à Hogsmead para fazer seus experimentos?

- Sim, senhor. – falou com um pouco de receio.

Dumbledore sorriu, divertido. Seus olhos azuis cintilaram por detrás dos óculos. Após alguns segundos de silêncio, finalmente disse:

- Tudo bem, têm a minha permissão para visitar o vale, e podem ir lá em todos os fins de semana.

Os dois sorriram em agradecimento.

- Achávamos que o senhor nos repreenderia.

- Eu não faria isso. Porém fiquei surpreendido… eu achava que era o único que conhecia o vale…

- O senhor conhece? – perguntou Lílian surpresa, mas nem tão surpresa, afinal não havia nada que fosse desconhecido de Dumbledore.

- Oh, conheço, sim. Foi graças a intermináveis tardes de sol sentado às margens do rio que descobri os dozes usos do Sangue de Dragão.



Nota: Bom, eu já terminei a fic (ficou bem granginha!), mas digitado só tem até o cap. 3. É que na verdade, eu fiz a fic inteira à mão, num caderno (no meio da aula!). Minhas amigas e um amigo leram e amaram... já vcs, eu não sei. Por isso só vou continuar se eu ver alguma aceitação... por isso, COMENTEM!!!!!

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