Pesadelos



N/A: hehe *se escondendo atras da cadeira de rodas rosa*. Hm .. ate que demorou um pouquinho neh? Hehe Ok, ok, a culpa foi toda e inteiramente minha .. Mas eu acho que voces já estao doidos para ler esse capitulo .. entao, chega de enrolacoes.. Ai vai o capitulo!

Ps: A gente resolveu responder todos os comentarios .. mas infelizmente, eu não estou com tempo agora, mas não se preocupem, que no proximo capitulo (que vai sair muito mais rapido), vamos responder todos os comentarios comecando a contar com os que vierem para desse capitulo ok? ;D Muito obrigada pela paciencia! E imaginem soh .. comentarios respondidos pelas as duas autoras.. que mesmo totalmente diferentes, são iguais. OO

ps2: HOJE EH ANIVERSARIO DA ANA BLACK! PALMAAAS!

Ps3: desculpem-me pela falta de acentos .. mas no capitulo não eh assim! XP

ps4: Boa leitura! E não se esquecam, aceitamos comentarios! *-*

Beatriz Potter




Cap. 6 :

Cada adolescente teve sua reação diferente: Gina levantou-se de súbito, Rony virou-se rapidamente para a porta, como se estivesse prestes a atacar o que quer que tivesse falado, Hermione observou a porta curiosamente e Harry tentou se levantar em um impulso rápido, o que só resultou em duas coisas: dor para ele, e preocupação para os outros.

-Desculpem-me! - Falou o homem embaraçado – Não tive a intenção de assustá-los!

Para a calma dos garotos era apenas Lupin que havia acabado de entrar no quarto.

-Tudo bem Lupin, mas agora você me deixou curioso, o que o punhal tinha? Estava enfeitiçado? Carregava magia das trevas?

-Carregava uma magia sim, mas bem longe de ser das trevas... O que eu irei revelar pode lhes causar um certo choque, principalmente em você Harry. – O homem parou de falar por um instante, mas depois de encarar todas aquelas carinhas impacientes implorando para que ele continuasse, como se suas vidas dependessem disso, ele prosseguiu -Esse punhal pertence a uma família de bruxos rica, poderosa e de puro-sangue.

-Não estaria se referindo a família dos Malfoy, certo? - interrompeu Harry, quase cuspindo as palavras.

-Não Harry. Na verdade, estava me referindo à família dos Potter.

O silêncio foi total.

Até que Hermione falou, mais para si mesma que para os outros:

-Mas é claro! Agora tudo faz sentido... Como não pensei nisso antes?! O punhal é um Familium Artefim!

_ Um o quê?!

_ Familium Artefim é um objeto carregado de magia pertencente á uma família de bruxos. É passado de geração para geração, uma arma muito poderosa em mãos erradas. Mas não é tão fácil assim de criar um, apenas uma família com auto grau de conhecimento em magia, e um poder admirável conseguiria tal feito. Harry isso é m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o! Sua família tem um Familium Artefim! Isso justifica todo esse seu poder! - A garota estava radiante, feliz com sua descoberta e mais feliz ainda pelo seu próprio amigo.

Mas Harry não estava tão feliz assim...

-Isso tudo significa que eu fui atingido com o punhal da minha família? Quer dizer, da minha PRÓPRIA família?!

-É... Seria um golpe muito inteligente. Matar o maior inimigo com o Familium Artefim do mesmo! Além de doloroso, seria humilhante!

Rony, pela primeira vez, se pronunciou:

-Mas como Você-Sabe-Quem se apossou do punhal? Não deve ser tão fácil assim pegar uma coisa tão importante para uma família!

-Meu pai era o último dos Potter vivo, logo ele deveria estar com o punhal. Naquela noite, na noite em que Voldemort me deu isso... - Disse apontando para a sua cicatriz - teria sido a oportunidade perfeita!

Até que Harry lembrou-se do que seus pais lhe disseram em sua “quase-morte”: “Voldemort cometeu o maior erro de toda a sua vida, agora vocês tem uma chance...”. Era isso! Ele perdeu uma grande arma contra Harry.

-Lupin, onde está o punhal agora?

Remo tirou do bolso um embrulho e entregou ao garoto.

-Achei que você ia querer ficar com isso.

Ele abriu o embrulho e retirou de lá um afiado punhal, que ao refletir na luz, ficou ainda mais assustador. Porém, na hora em que Harry o segurou e o ergueu para o alto, uma aura dourada envolveu sua mão, como se enlaçasse o poder do objeto ao seu dono. Até que ele sentiu como se um peso saísse de seu ombro, e com ele, sua dor. Ao tirar o curativo, percebeu que não havia mais nenhuma ferida, apenas uma fina cicatriz em forma de meia-lua.

-Uau! - Rony foi o primeiro a falar - O punhal cicatrizou o que tinha feito! Deve ser algum laço de fidelidade entre o herdeiro e sua arma... Genial!

Era sim genial, naquele dia Harry Potter ganhara uma arma muito poderosa, poder que ele mesmo desconhecia!


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-MÃÃÃÃÃE!

-Aí Fred! Para quê falar tão alto se eu estou aqui do seu lado?

-Para ter certeza de que a senhora me ouviu!

-Mas é claro que eu ouvi! Quem não ouviria??

-Bem, talvez aquela nossa amiga russa que fez intercâmbio, sabe, ela é surda! - Sussurrou o garoto como se contasse o mais sagrado dos segredos.

A Sra. Weasley respirou fundo e voltou seu olhar aos gêmeos.

-Esse é um caso a parte, pois como vocês me disseram, ELA É SURDA! Já eu NÃO SOU!

-Aí meu Mérlin, mãe! –Exclamou Jorge com uma expressão totalmente fingida de indignação.

-Para quê falar tão alto se estamos aqui do seu lado? - Completou Fred com a mesma entonação, e um sorriso maroto sendo mostrado.

A pobre mãe tentou usar outra técnica. Talvez, se ela os tratasse com mais calma eles fariam o mesmo... Doce ilusão.

Com muito esforço ela soltou um lindo sorriso a eles e falou com toda a tranqüilidade do mundo:

-Desculpem-me se falei alto. Mas então, por que vocês vieram me chamar mesmo?

Fred olhou para o Jorge, e vice-versa.

-Será que ela está passando bem?

-Jorge, acabei de me lembrar... Talvez ela tenha tomado por engano aquele nosso “Acalma Professor”

-É uma boa teoria Fred...

-Hen Hen

Um barulho de alguém tentando chamar a atenção tirou os gêmeos de sua discussão.

-Do que vocês estavam falando?? “Acalma Professor”? Não acredito que vocês ainda estão fazendo esse tipo de coisa! Pensei que a nossa última conversa estivesse bem clara!

Os dois se entreolharam, estava na hora de seguir a saída de emergência que já estava bem sinalizada nas cabeças dos garotos:

-Ah mãe, a senhora nem acredita! O Harry acordou!!!

-Ah! Mas isso é maravilhoso! Por que vocês não tinham me contado antes? Arthur querido, vamos visitar o Harry!

E assim a Sra. Weasley saiu, deixando dois gêmeos aliviados e sozinhos .

Se tinha uma coisa que esses pais deveriam ter aprendido era nunca deixar os gêmeos sozinhos em algum local de risco... Um hospital era com certeza um local de risco...

-Ei! Vocês dois! - disse alguém se aproximando.

-Diz aí Lino! - Falaram os dois em uníssono e fizeram um comprimento bem diferente aos olhares de estranhos.

Agora a coisa estava realmente perigosa, Gêmeos + Lino = Confusão , uma forma de lógica básica que os pais não deviam ter esquecido!

-Como foi o verão?

-Normal, cheia de bomba de bosta...

-Gritos.. – Completou o outro irmão.

-Brincadeirinhas inofensivas...

-Gritos...

-Pegadinhas ultrapassadas...

-Gritos...

-Maior número de vendas...

-Gritos...

-Arrumações de quartos...

-Gritos...

-Ei! Péra ai, arrumação de quarto?? - Indagou Lino surpreso. Além disso não ser uma coisa digna dos gêmeos, o que tinha a ver com gritos??

-Foi naquele dia que a gente não só arrumou o nosso quarto... - Disse Fred com um sorrisinho no canto do lábio.

-Fizemos umas coisinhas a mais .

-E eu posso saber o que seriam essas coisinhas a mais ?

-Nada muito marcante, a gente só achou que estava na hora de algumas pequenas mudanças

-Tipo a cor do quarto. Nunca gostamos muito daquela velha cor desbotada, digamos que a nossa estava muita mais... original .

-E também o lugar dos móveis, aquela escrivaninha do lado da minha cama, por exemplo, sempre me incomodou na hora de levantar.

-Isso mesmo Jorge, as camas de todo dia, sempre as achei um pouco... mais ou menos.

-Sem falar daqueles quadros empoeirados.

> Cinco minutos depois <

-...Enfim, percebemos que a estrutura geral do quarto não estava adequada aos nossos objetivos...

-Mas como sempre, uma certa Molly Weasley...

-Mãe de vocês, diga-se de passagem... – Completou Lino sorrindo.

-Muito obrigada por lembrar. Então, essa tal de Molly Weasley não soube apreciar nossa arte arquitetônica.

-Conclusão: tivemos que desfazer tudo. MESMO JÁ TENDO MAIS DE 17 ANOS.

-Coisa que a lembramos cada segundo.

-Uma verdadeira injustiça social, nós sabemos.

-Sem falar daquela nossa doença.

-Asma, bronquite e rouquidão, tudo ao mesmo tempo.

-É garotos, férias difíceis as de vocês!

-Concordo. Mas e você Lino, o que está fazendo aqui?

-Ah, eu vim visitar o Harry.

-Então você já sabe? - Perguntaram os dois surpresos.

-Humpf, claro que eu sei! Acho que agora quase toda a comunidade bruxa já sabe!

-Espere só ate a mamãe saber, ela ainda reclamava da gente!

-Ei! Olha a Angelina chegando!

-Péra ai, aquele ali é o Dino? Ao lado do Neville?

-Caraca! Como a Parvati cresceu! - disse Fred malicioso.

Assim, vários alunos do tempo de Hogwarts foram se reencontrando, todos com o mesmo objetivo: visitar Harry Potter.

-HARRY! - Disseram todos juntos quando chegaram no quarto do garoto, se jogando em sua cama.

-Aí! Como é bom te ver! Como é que você tá? – Perguntou Angelina.

-É verdade que você quebrou todos os ossos da perna? - Perguntou Dino.

-Claro que não Dino! A minha avó falou que quando os boatos se espalham muito rápido as pessoas começam a inventar teorias imaginárias para os fatos. Mas também, uma serra elétrica deve doer muito né Harry? - Disse um Neville bem diferente.

Nessa hora Harry, Rony, Hermione e Lupin começaram a rir, serra elétrica??

E todos começaram a jogar conversa fora. Aquela sala era com certeza a mais barulhenta e agitada do hospital, visto que quase toda a antiga Armada de Dumbledore estava lá! Todos estavam diferentes, mas Neville com certeza era o que mais havia amadurecido. Tinha agora um olhar certo, que mostrava confiança. Percebia-se que ele estava mais sério que antes, não ria mais por qualquer besteira e aquela imagem de bobo já não se encontrava mais naquele rosto de traços firmes. Ele estava mais magro e ainda mais alto. Muitos “mais” descreviam Neville, e era exatamente o que dizia-se sobre seus pais, só que não de uma maneira positiva.

Eles estavam mais fracos, mais desorientados, mais abatidos. A razão de tudo isso era Dumbledore.

Quando uma enfermeira foi reclamar do barulho todos perceberam que já estava na hora de ir, incluindo Harry, Hermione e os Weasley.

Muito mais felizes e despreocupados que estavam há uma hora atrás, eles chegaram em casa sãos e salvos. Harry se sentiu muito especial ao saber que todos os seus verdadeiros amigos se preocupavam com ele e mais feliz ainda por saber que todos, até agora, estavam bem.

Até que depois de mais umas conversas na sala, todos foram dormir. Nada melhor depois de um dia agitado.

Mal sabiam eles que longe dali, alguém estava pensando em tudo, menos em dormir, e que a sua parte agitada do dia ainda estava por vim.

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Ministério da Magia, aposentos do Ministro, 20:48h

Um Ministro muito alterado andava de um lado para o outro em sua espaçosa e deserta sala. De uma grande janela falsa podia-se ver um lindo pôr-do-sol, que não refletia em nada o que o homem estava sentindo: aflição, nervosismo, e acima de tudo, medo.

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Harry estava tendo uma noite maravilhosa. Sonhos de diversos tipos ocupavam sua mente.

Sonhava com Gina, Hogwarts, quadribol, Rony, Hermione, Sirius, Dumbledore, seus pais... Por um momento sentiu-se o garoto mais feliz do mundo. Por um pequeno instante, ele esqueceu todos os problemas, todas as perdas que insistiam em lhe perseguir, esqueceu os seus temores, seus pesadelos, seus inimigos, por um minuto, ele esqueceu que era Harry Potter.


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O Ministro olhou para o relógio. Estava tarde. Agora um lindo luar brilhava na janela... Apenas meia hora...

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“...Tiago cuidado com ele! Não esqueça que ele ainda tem 9 meses, e não 17 anos! Sinto-lhe desapontar, mas você ainda vai ter que esperar uns 10 anos para que ele comece a jogar quadribol!”

“Claro que não Lily! Filho de Tiago Potter já nasce sabendo! Já tô até vendo nos jornais: *Harry Potter: O mais novo apanhador dos últimos 100 anos*.” - Disse um homem alto, de belo físico, olhos castanho-mel e cabelos muito pretos que insistiam em ficar despenteados.

Uma linda mulher ruiva, de pele branca, e olhos extremamente verdes, lançou um doce olhar e mirou a criança em seus braços; uma perfeita mistura do casal: cabelos pretos, olhos verdes, e um pequeno sorriso nos lábios.

“Blim-blom”

“Ah, deve ser o...”

“Alôôô, alguém em casaaaaaaa? Tiagoooo, Líliannnnnn, Harryyyyy?!”

“Na sala, Sirius”

Um belo rapaz moreno, de cabelos escuros e olhos azuis entrou pela porta da sala com um sorriso que faria até o mais infeliz dos seres soltar uma grande gargalhada.

“E como esta o meu afilhado preferido??”

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O suor percorria o seu rosto, o ritmo de sua respiração aumentava... Já podia se ver as estrelas brilhando ritmamente no céu ...

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“Blim-blom”

“Quem deve ser?”

“Provavelmente o Rabicho, como sempre atrasado!”

Um rapaz baixo, com excesso de peso, olhos e cabelos normais, carregado de expressões vazias entrou na sala.

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Subitamente as luzes se apagaram, e uma brisa de ar gelado envolveu a sala. O Ministro não sabia muito bem do que ele temia, mas sabia que alguma coisa indesejada aconteceria nessa noite. 9 horas em ponto, de acordo com a carta. Ainda faltavam 7 minutos... até lá, só lhe restava rezar.

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Todos gargalhavam das diversas piadas que Sirius contava, e ainda mais, pelas fiéis dramatizações que Tiago fazia das mesmas. Até o bebe ria. Não que ele realmente entendesse o que se passava, talvez só a visão de ter todos rindo a sua volta fizesse com que ele se sentisse bem. A atmosfera da casa estava muito agradável. Nada melhor para um ensolarado domingo.

“... E ele já fala “mamãe”.”

“É, mas ele também fala “papai”.

“Sendo que é mas normal ele falar “mamãe”.

“Não! Das 10 palavras que ele fala, 8 são “pai”.

“ Hum... Eu acho que alguém aqui está esquecendo que o vocabulário do Harry se resume em apenas 2 palavras!” Disse Sirius acompanhado de risos.

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Depois dos 7 longos minutos de espera, o ponteiro dourado do relógio se moveu lentamente, como se aproveitasse a situação, e pousou sobre o numero “12”. Eram 9 horas, nem um minuto a mais nem a menos, quando uma voz pode ser ouvida.

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“ TIAGOO!”

“ Pssiuu! Sirius, não se esquece que tem um bebê dentro dessa casa.”

“ Ah, eu sempre me esqueço... Sabe, há exatamente 9 meses atrás não tinha!”

“ E como o seu cérebro é um pouco lento para raciocinar, você tem que demorar 9 meses para entender que o seu melhor amigo teve um filho!”

“ Ah, não exagera. Foi só por que eu lembrei daquela vez em Hogwarts que a gente “pegou emprestado sem pedir” alguns ingredientes do estoque do Slughorn... Ainda me lembro da cara que o Malfoy fez quando o Slughorn o culpou... ”

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“ Estou aqui por ordem do Lorde das Trevas. Mas dispenso apresentações. Diga sua resposta, agora.”

Rufus olhou ao seu redor. A escuridão não o deixava ver quem falava, mas talvez, essa “coisa” não tivesse corpo.

Reunindo todas as forças que ainda lhe restavam, ele respondeu:

-Não falarei uma só palavra enquanto não vê-lo!

“Esqueça, você não pode me ver.”

-Por quê?

“Porque eu sou um ser muito poderoso, e seus olhos frágeis e mortais não suportariam me ver.”

O Ministro realmente não tinha muito que dizer naquele momento. Sem encarar o seu inimigo, ele não poderia saber o que o outro pretendia, não sabia como reagir as suas ações, e o pior; não tinha como se defender de qualquer ataque.

“Eu realmente não gosto de esperar. Normalmente eu tomo decisões mais rápidas e drásticas contra quem me faz esperar feito um tolo.” Recomeça a voz com o seu normal tom frio e sem emoção.

Rufus tentou pensar nas chances que tinha. Se nada falasse, morreria. Se falasse “sim”, Você-Sabe-Quem iria tomar o poder do Ministério e reivindicaria do trabalho de todos os nascidos trouxas. Se falasse “não” a morte era certa. Dentre as 3 decisões, em 2 sua vida estava em risco.

Antes de se tornar Ministro da Magia ele fez um juramento... Lembrava muito bem desse dia.


FLASH BACK


Rufus estava sentado ao lado de todos os outros candidatos, impaciente ele esperava pela decisão dos jurados que ainda contavam os votos. Ele passou o olhar por toda a sala redonda, podia-se ver vários bruxos e bruxas importantes que acenavam para ele. “Parece que eles gostam de mim”. Mas o que realmente chamou sua atenção foi um bruxo magro, com cabelos grisalhos e escassos que estava sentado no fundo da sala. Ele olhava atentamente para um chapéu verde-limão em seu colo. Seu olhar demonstrava cansaço e tristeza. Rufus o conhecia muito bem. Todos o conheciam, ainda mais depois de seu deplorável tempo de permanência no Ministério. Seja qual fosse o candidato que ganhasse, Fudge não iria ficar muito feliz com ele...

-Scrimgeour - Chamou um velho bruxo do meio da sala. -Boa sorte!- Disse sorrindo e se misturando no meio da multidão.

-Senhoras e Senhores, é com prazer que anuncio o nome do mais novo Ministro da Magia - Um silêncio envolveu o aposento - Rufus Scrimgeour. - Uma salva de palmas foi ouvida, Rufus se levantou de sua cadeira , e se dirigiu onde estava toda a Comissão de Bruxos, levando tapinhas nas costas de vários amigos.

-Muito obrigado a todos que me escolheram, prometo ser fiel e leal à comunidade bruxa até o último dia de minha vida.” -Somente essas pequenas palavras já tinham um grande peso na reputação dos novos Ministros, e eram elas que costumavam passar na mente de Rufo toda vez que ele estava prestes a fazer algo errado.

FIM DO FLASH BACK


E era na sua promessa que ele pensava no momento.

Agora a sua decisão já estava tomada, ele sabia o que devia fazer. Com toda a responsabilidade e dignidade de ser um Ministro da Magia, ele respondeu:

- Pois minha resposta é NÃO, NUNCA! Prefiro perder minha vida a trair a comunidade bruxa. Diga ao seu mestre que ele pode desistir de tomar a liderança do Ministério, pois enquanto depender de mim, esse sonho não vai se realizar!

A criatura soltou um riso de desprezo.

“Bela escolha humano. Eu irei adorar matar você, principalmente do jeito mais lento e doloroso possível.” Disse em um tom de divertimento.

O Ministro entrou em profundo estado de pânico, não que nunca tivesse enfrentado situações ruins antes, mas dessa vez ele não sabia de onde vinha o ataque, nem mesmo qual seria o ataque! Não estava em posição vantajosa.

Um silêncio mortífero atingiu o local. A única coisa que se tornou possível de ouvir era a respiração pesada de Rufus, que em profundo desespero olhava de um lado para o outro. O medo bem explícito em seu olhar.

“Ficar com medo não vai adiantar nada, isso só mostra o quão patético você é.” Disse a criatura, cortando bruscamente o silêncio que assolava o local.

“Infelizmente, ele tem razão.” Pensava o Ministro. “Isso não vai ajudar em nada. Pelo menos se esse silêncio acabasse! Essa agonia é o pior de tudo! Acalme-se, acalme-se, esse não é o fim...”

Então ele respirou profundamente e analisou a situação: “A minha única chance, será perceber o ataque antes dele vir e me desviar, se pelo menos isso for feito, poderei identificar sua posição e contra-atacar. Porém as chances de isso acontecer são bem pequenas, eu sou um alvo bem vulnerável, de modo que ele tem uma visão perfeita da minha posição e poderá me atingir facilmente”.

“Agora você já parece bem melhor. Pronto pra lutar.” Deu uma risada de zombaria “Sabe qual é o melhor disso tudo?” Fez uma pequena pausa.

“É que quando suas vidas estão em jogo, é que as pessoas mostram seu verdadeiro poder. Esse desespero, essa agonia, esse instinto de sobrevivência, é que faz o meu trabalho ser tão divertido.” disse maliciosamente.

-Então é isso que é pra você? Um divertimento? Brincar com a vida das pessoas? - Rufus precisava ganhar tempo, talvez conseguisse identificar a posição do inimigo pela sua voz.

“Exatamente” respondeu a criatura em tom de quem realmente gostava daquela situação.

Impossível, não dava para identificar a posição da criatura, é como se a sua voz se espalhasse por toda a sala... Como se estivesse em todo lugar...

“Você é uma presa interessante sabia? Mas isso está ficando monótono demais. Chegou à hora de brincar...” falou baixinho... “E pela última vez...”

O Ministro sentiu seu corpo congelar, era como se milhares de agulhas o torturassem. Foi quando sentiu algo vindo como de dentro da sua garganta, não conseguia mais respirar.

“Mas como?! Não houve nenhuma luz, nenhum feitiço, como isso era possível?!” Pensou o Ministro.

Então começou a tossir desesperadamente, e começou a sentir um gosto metálico na boca... Era sangue.

Foi então que tudo parou. Ele já não conseguia mais se mover.

“Então é assim que é a morte?” Pensou Rufus.

Mas ele não morreu. Só continuou parado ali, observando.

Quando para a própria surpresa seu corpo começou a se mover, porém não era ele que o controlava.

Ouviu da própria boca, palavras que não eram suas. Sentia-se como um espectador de sua própria vida, incapaz de fazer nada, mas ele via, sentia e ouvia. Talvez a morte não lhe parecesse tão ruim agora...

“Humano tolo...” Ouviu-se dizer “Bastava uma resposta positiva e não teria que passar por isso. Esse tipo de humano patético, que arrisca a vida por um motivo idiota é o que eu mais gosto de matar...” Sorriu maliciosamente ”Principalmente aos poucos...” E em seus olhos surgiu um intenso brilho, vermelho como o sangue...




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Harry acordou de súbito. Sua cicatriz queimava em sua pele. Primeiro ele estava sonhando com os seus pais, mas depois o sonho se transformou em um pesadelo. Ele se encontrava em uma sala, com um homem parado no meio da mesma, como que paralisado. Ele não conseguia ouvir nada, mas sabia que esse homem estava falando. Em seu rosto, via-se todo o medo estampado. Quem seria?

Enquanto tentava refletir sobre todos esses estranhos acontecimentos, do outro lado da casa, um alguém muito especial também não se encontrava em uma noite muito calma.

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Além das montanhas, em um conhecido vale distante, dois jovens adolescentes reconheceram que já era tempo de descansar e tentar fugir de todos os desfortúnios, desfrutando de pequenas, porém maravilhosas, férias.

Enquanto corriam entre os arbustos, cada flor desembrulhava, cada passarinho cantarolava, e cada raio de sol brilhava, cada vez mais incandescente. Os dois pararam e resolveram descansar debaixo da sombra de uma grande árvore, à beira do rio mais bonito, cujas águas serenas transpareciam o amor dos jovens no reflexo de suas ondas.

Tudo parecia perfeito. Passaram um bom tempo conversando, e rindo a cada palavra que diziam.

Todos as suas voltas passavam e admiravam o belo casal em seu mais apaixonado beijo.

Até que uma coisa estranha aconteceu. A garota ruiva retirou de seu bolso uma afiada faca, que cegaria qualquer um que olhasse o seu reflexo com o sol, e em um gesto lento e doloroso, a cravou na fina pele de seu amado namorado.

Um grito de dor foi ouvido, acompanhado pela mudança drástica da natureza ao seu redor. O rio, que antes abrigava as plácidas águas transparentes, foi substituído por uma fonte de sangue. Todas as rosas murcharam, assustando assim os passarinhos que se limitaram a voar para bem longe, levando com eles o lindo brilho do sol da manhã.

O mundo acabou para o adolescente de apenas 17 anos ...





- NÃÃÃO! - Gina acordou bruscamente suada e ofegante em sua cama. “Fora tudo tão real!” Arriscou-se a acender a luz e verificar se tudo estava bem mesmo. Seu coração batia aceleradamente em seu peito, enquanto tentava convencer a si mesma de que fora apenas um sonho.

- Gina - sussurrou uma voz distante, seguida de um bocejo - está tudo bem

- Ah Mione, desculpa te acordar! Tá tudo bem! Foi só um pesadelo besta... Mas eu vou ficar bem... eu acho - completou baixinho.

- Tem certeza? Já li que pesadelos podem alterar muito o estado emocional das pessoas... Quer que eu pegue um pouco de água para você? - Sem nem esperar resposta, Hermione se levanta e calça suas pantufas - Não precisa responder Gi, já to indo! - disse com um sorriso sincero e se retirando do aposento.

Foi para a cozinha ainda pensando em Gina. Tinha certeza que esse pesadelo tinha alguma coisa haver com aquele punhal...

Porém, todos os pensamentos foram varridos de sua mente ao dar o primeiro passo na cozinha.

-Ron????

O garoto olhou para trás afim de identificar quem tinha chamado o seu nome, se assustou na hora que viu Hermione, derrubando assim o copo que segurava. Resultado: copo quebrado, vidro espalhado e água derramada.

“ Bravo Ron! Porque eu sempre tenho que ser tão patético quando a vejo?” pensou o garoto totalmente vermelho.

- Er... Mione! Hum... Que é que você está fazendo aqui?

- Ah, eu vim pegar um copo de água para a Gina.

- Ela não está se sentindo bem? - Perguntou ele um tanto preocupado.

- Eu acho que ela vai ficar bem... Só teve mais um pesadelo, provavelmente sobre aquela historia toda do punhal.

O menino não falou nada, apenas fixou o seu olhar triste em algum ponto da cozinha.

Hermione percebeu que precisava descontrair.

- Mas então, o que você poderia estar fazendo na cozinha exatamente ás 03:11h da madrugada? - Perguntou com um olhar suspeito - Não estaria atacando a geladeira, estaria Sr. Ronald Weasley?

- Claaaaro que não Mione! Assim você me ofende! - exclamou Ron sorrindo. - Porque eu atacaria a geladeira somente de madrugada, se eu teria o dia todo para atacar?

- Porque é somente de madrugada que sua mãe não está por perto... - respondeu a garota dando ótimas gargalhadas - Ou vai me dizer que você é sonâmbulo, e se encontrou agora na cozinha, onde você nunca pretendeu estar???

- Ahh, você ganhou! Eu vim aqui ver se tinha algumas sobrinhas de ontem... Sabe, aquela comida do hospital é muito estranha! - comentou fazendo uma careta de quem comeu e não gostou - me parece ligeiramente a comida do Hagrid...

- Ron! O Hagrid não cozinha tão ruim assim! E que a textura é um pouco diferente, digamos que ela é...

- ...Quebra Dente. Concordo. - completou o menino em que os dois começaram a rir novamente.

- Sabe, - disse Ron se aproximando - faz tempo que a gente não joga conversa fora, rir por besteiras, eu sinto falta disso!

- É... Eu também Ron, mas não tem nada o que possamos fazer! Não podemos simplesmente ignorar o fato de que o Harry precisa de nossa ajuda.

- Você está certa... Mas às vezes eu fico me perguntando o por quê de tudo isso. Por que a vida do Harry é tão conturbada? Por que ele tem que viver de infortúnios? Por que as coisas simplesmente não param, para todos voltarem aos seus lugares? Por que a gente não pode ser só mais um trio de amigos, sabe... normal?

Hermione soltou um longo suspiro. Foram essas as perguntas que ela sempre fez para si mesma, e que jamais terão respostas. Mas a causa de todas essas desventuras tinha um nome, e esse era...

- Voldemort - disse a garota em um tom cansado. - Mas eu realmente não quero falar disso agora, que tal a gente simplesmente limpar toda essa melequeira, e voltar para as nossas camas?

- Uma ótima idéia, só podia ter vindo de você... - disse o menino encabulado após perceber o que tinha falado. Tentando mudar a situação ele diz - Mas não se preocupe Mione é só pegar a varinha e .. - Mas ao tatear o bolso do pijama, percebeu que sua varinha não estava com ele, havia deixado em cima da escrivaninha em seu quarto.

Ron sentiu suas orelhas esquentarem pela terceira vez aquela noite.

Hermione tomou a iniciativa, e começou a limpar o chão, no famoso método trouxa. Ron a acompanhou.

Depois de alguns silenciosos minutos de trabalho, a limpeza estava terminada. Quer dizer, quase terminada, um pequeno caco afiado de vidro ainda jazia no chão. Os dois se abaixaram para pegar o mesmo caco, ao mesmo tempo.

Os dois se aproximaram, concentrados no minúsculo caco, não perceberam a falta de distância entre eles...

Até que suas mãos se tocaram. A reação entre os dois foram a mesma: olharam assustados um para o outro.

Tanto Hermione quanto o Ron ficaram mais vermelhos que os cabelos ruivos dos Weasley's. Mione fez menção de recuar.

“ Não , eu não posso deixar essa chance passar. Mas, e se Mione ficar com raiva depois?? E se isso arruinar a nossa amizade?? O QUE EU DEVO FAZER????? “ Pensava o garoto desesperado.

Já a garota não pensava em nada. E pela primeira vez em sua vida, agiu sem pensar.

Em vez de recuar, ela avançou lentamente sua cabeça em direção à do garoto...

Ron não acreditava no que estava vendo, e como um verdadeiro grifinório que era, tocou os volumosos cabelos de Mione, e com um pouco de pressão, a empurrou contra si próprio.

Seus olhares se encontraram. Os dois se entendiam.

A ponta dos seus narizes se encostaram. Mas as suas respirações não aumentaram, eles não sentiram as famosas viradas de estômago, nem aquela pontinha de ansiedade. Era como se eles já se conhecessem ha muito tempo. Era como se eles soubessem que tinham que ficar juntos. Era natural. Era involuntário, e ao mesmo tempo, contraditório.

Era surreal. Era diferente. Podia ser errado, mas eles não ligavam para isso. Não naquele momento. Aquele momento era só deles. Ninguém podia perturbá-los. Nada podia impedi-los.

Lenta e docemente, os dois lábios se encostaram.

Ficaram um tempinho só apreciando esse pequeno contato. Ron aprofundou-o.

Os dois já aviram tido momentos como esse antes. Mas nenhum chegava aos pés desse. O furacão de emoção que os dois sentiam se misturavam com o sabor de suas bocas.

Estava tudo perfeito.

Nenhum dos dois queria acabar com isso. Nenhum dos dois queria sair desse novo mundo, desejado pelo os mesmos no mais íntimo de seus sonhos. Eles não queriam voltar à realidade. Queriam ficar para sempre nesse sonho de amor, onde a única regra, era não deixar de amar.

Esse beijo refletia todos os anos vividos em Hogwarts, todas as briguinhas bestas, todos os ataques de ciúmes pela parte dos dois, toda a diferença, toda a simplicidade de um gesto carinhoso, de um abraço apertado, de uma mão amiga.

Eles não sabiam o que iria acontecer depois disso. Não saberiam como suas famílias reagiriam, muito menos como eles próprios reagiriam. Poderia dar tudo errado. Poderiam tornar-se vitimas fáceis de Voldemort. Poderiam quebrar uma forte amizade de 7 anos.

“Quer saber, que se dane” pensou Ron.

“ Nunca li que e errado amar e ser amada” pensava Hermione.

E mas nenhum pensamento os tomou conta. Os dois estavam muito absortos naquela não tão nova assim, descoberta de amar.

O mais estranho de tudo , era que com apenas um beijo os dois se encontraram, e com apenas três palavras ditas entre um beijo e outro, seus destinos se traçaram. Para bem ou para o mal, eles não sabiam ainda, e não queriam saber nesse momento. A ignorância às vezes é necessária, para que o sofrimento se adie, e não seja sofrido desde o começo.

Como chocolate e pimenta, seu amor era necessário, e contraditório.

Mais felizes que tudo, eles apenas aproveitaram o pequeno instante em que não eram Hermione Granger e Ronald Weasley, eram apenas dois corações unidos como um só.

E que seja infinito em quanto dure.


Narração feita por Ginevra Weasley

Ok, a Mione está demorando! Era só para pegar um simples e inocente copo d'agua! Será que ela conseguiu se perder daqui até a cozinha?? Não, não, impossível! Bem, talvez ela tenha ido ao banheiro... Ou será que foi abduzida por alienígenas?? Eu hein! Mérlin a ajude! Talvez ela só tenha feito um lanchinho por lá... Espero que traga alguma coisa para mim, só agora percebi como estou com fome!

Dez minutos depois

Hey, agora eu to começando a entrar em desespero! Se a Hermione Granger não aparecer nesse exato momento, eu vou descer. Nossa, não é que eu sou vidente?! Ta aí ela... Mas, por que eu acho que tem alguma coisa errada aqui?? Ela não parece estar no nosso mundo, parece que está bem longe daqui. Ei, pera aí, um outro fato MUITO ESTRANHO, cadê a minha água?!

- Hum... Hermione, está tudo bem? - falei com a maior calma do mundo.

- Claro Gina, por que não estaria? - ela disse com um lindo sorriso no rosto. Eu não acredito que ela perguntou isso! Mas se ela pediu... Vamos lá ...

- Bem, tirando o fato de você ter entrado olhando para o teto, fechado a porta e dado um longo suspiro, ficado parada na frente da mesma durante 1 minuto, ter levado um tempo considerável até chegar, eu não estou vendo o suposto copo d'agua, que você disse que iria pegar pra mim!

- Hum.. É né? O copo d'agua! - pela expressão que ela fez, dava até para desconfiar que ela tinha esquecido a razão que a tirou do quarto! Agora a situação está preocupante. Vou dar uma de Pipisóloga, nao, Pcilóga, não .. Pcológa! Ah, quem se importa? Aquela pessoa trouxa que cuida de pacientes com algum problema... Não que eu acha que a Mione tenha algum problema, mas não custa nada conferir né?

- Mi, querida, sente-se aqui e me conte, o que aconteceu...

Como boa paciente que ela é, se sentou ao meu lado como indiquei, e ficou com o pensamento longe, e suspirou de novo! Poxa, ela está realmente estranha essa noite. Mas eu vou descobrir o que é, ou eu não me chamo Ginevra Weasley (por mais que eu odeie meu primeiro nome).

- Mione, só me diga, o que exatamente você fez na cozinha ás 03:11h da madrugada, do dia de hoje? - Ok. Mudei meu nome. Agora me chamo: Ginevra Sherlock Weasley. Agora eu só tenho que achar um bloquinho e uma caneta...

Ih! Eu acho que não tenho muita moral, minha paciente nem parece me escutar!
Até que ela fez, me deu a maior prova do que tinha acabado de aprontar, quando passou sua mão delicadamente entre os seus lábios.

- AHA! Agora eu entendi tudo! Mione! Não estou nem acreditando!! Vamos, me conta!!!

Mas ela apenas soltou uns balbucios estranhos que eu não entendi.

- Vamos Mi! Vai falando ... Finalmente hein?? Mas e ai , como foi? Quem tomou a iniciativa?? Aposto que foi você, do jeito que o Ron é frouxo... Nem parece meu irmão... - depois de alguns segundos de silêncio -  HERMIONE JANE GRANGER! - agora eu to ficando furiosa, vai me ignorar é???

Ela se assustou com o meu grito, e deu um pulinho da cama, já falei que grito muito bem quando eu quero??

- Oi Gina! Falou comigo? - Não imagina!

- É exatamente o que eu estou fazendo já faz um certo tempo sabe?

-  Hum... legal. - Legal?! Não, não era legal! - Se não se importa eu vou dormir, sabe, muitas coisas aconteceram, e eu acho que eu preciso descansar um pouco... e pensar. - Disse e foi para a sua cama. Deitou e se enfiou dentre as cobertas – Boa noite Gina!

Totalmente confusa/artodoada/raivosa/admirada/pensativa e com cara de cachorro quando se perde na floresta, falei:

- Boa Noite! Sonhe com os anjos... - Depois só para mim mesma completei – mais precisamente ruivos, altos, que tem 6 irmãos, grifinórios, 6 anos na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts e que atendem pelo nome de Ronald Weasley!

Não tão feliz assim, com fome e sede, fui dormir, quer dizer, tentar. O pesadelo sempre ia a minha mente. Pensei no Ron e na Mione, tentei imaginar a cena. Mas nada confundia o meu subconsciente que só pensava naquela ***** de montanha! Não tendo mais opção, resolvi fazer uma visitinha noturna a minha adorada poltrona em frente à lareira.

Fim da Narração de Gina


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Depois de várias tentativas frustradas de voltar a dormir, Harry desistiu e pensou que o melhor a se fazer no momento era sentar-se na conhecida poltrona em frente à lareira, e apenas relaxar, como não fazia já há um certo tempo.

Enquanto descia as escadas ele percebeu uma cabeleira ruiva ocupando a sua poltrona. Um discreto sorriso foi formado em seus lábios.

Caminhou levemente, indo ao encontro da garota, e percebeu que ela ainda não o havia notado, então sussurrou em seu ouvido:

- Não consegue dormir? - Como se esperava, Gina pulou da cadeira segurando um pequeno grito ao verificar quem estava as suas costas.

- H-Harry! Você realmente me assustou!

- Me desculpe, essa não era a minha intenção. - disse ainda com um sorriso nos lábios, e rapidamente depositou um leve beijo em sua bochecha e foi descendo, afinal, seu destino era outro.

Mas ela simplesmente virou o rosto ao lado contrário, e pareceu achar um pontinho preto em uma unha do dedo mindinho da mão esquerda muito interessante.

Alguma coisa na cabeça de Gina lhe dizia que não devia. Ainda não estava preparada. Tinha medo das próprias ações. Sabia que ninguém estava dentro dela agora, ela podia sentir quando isso acontecia, mas mesmo assim não se sentia muito segura, e temia que algo mais acontece a Harry por sua culpa. “ E ele parece ser o único que não entende isso ”.

- Gina... - começava o garoto, mas foi interrompido pela mesma.

- Não Harry, não fale nada. Sei que deve ser estranho para você. Mas eu preciso de um tempo, não muito longo, mas do tamanho certo para botar a minha cabeça no lugar. Tudo isso que aconteceu, não foi fácil para mim. Eu sei que para você deve ter sido muito mais difícil, mas acredite, ainda dói quando lembro do que aconteceu, e o que dói mais, é saber que fui eu que causei tudo isso. Pode parecer uma infantilidade, talvez seja mesmo, mas espero que me entenda. - disse fazendo menção de se levantar da poltrona e ir em direção ao quarto.

Mas o garoto não podia deixar isso acontecer, não agora.

- Gina, por favor, eu lhe imploro que me ouça nesse momento. Eu, mais que todos nesse mundo, te entendo muito bem. Sei exatamente o que você está sentindo, visto que eu sentiria o mesmo se tudo isso tivesse acontecido a você. Sei o quão culpada você pensa que é, sei que você não está dormindo agora por conta do que aconteceu. Sei que você já chorou várias noites apenas em lembrar. Sim, eu sei. - disse fazendo uma leve pausa e passando a mão na delicada face da menina - e se tem uma coisa que eu sei mais que tudo é o quanto eu te amo. O quanto você é importante para mim, e o tamanho da dor que eu sentiria se te perdesse. E o que mais dói, é saber exatamente como você está se sentindo. Não consigo te ver triste. Então, faz um favor para mim e para você: tenta esquecer tudo isso. Também sei que é difícil, e me atrevo a dizer, impossível. Mas você tem que tentar. Tudo o que se passou foi por culpa de Voldemort, não sua. E o que ele quer é exatamente isso, que nos separemos, para ficarmos mais fracos e vulneráveis. Mas o que ele não sabia, era que o nosso amor é muito mais forte do que ele imagina. E antes que eu me esqueça, gostaria de lhe agradecer.

- A-agradecer?

- Sim Gina. Gostaria de lhe agradecer pelo o que fez naquele dia.

- Harry... eu não estou entendendo...

- Obrigado por ter me dado a maior prova de amor que você poderia dar. O feitiço que Voldemort usou era muito forte, sendo combatido apenas com uma força ainda mais poderosa. Na hora H , você conseguiu desviar o punhal, fazendo com que eu não tenha... - pausa - bem, o resto não importa, só queria lhe agradecer por ter sido tão forte.

Gina não acreditava no que estava ouvindo. Para ela, tinha cometido o maior dos erros, ao ter sido tão fraca na hora do ataque, tão boba por ter deixado algo tão ruim ter entrado em seu corpo, e ainda ter ferido Harry. Mas o que ele tinha acabado de dizer fora exatamente o contrário. E ele ainda a agradecera. “Como entendê-lo?” .

- Harry, eu não sei o que dizer. Você me surpreendeu. Nunca imaginei que fosse falar algo do tipo. Acho que muita coisa tem acontecido desde o casamento do Gui. Mas uma coisa agora é clara e certa na minha mente: não preciso de mais nenhum tempo, visto que é isso que temos que aproveitar ao máximo agora, quanto mais tempo estivermos juntos, melhor.

- E essa é a Sra. Potter! - falou o garoto sorrindo. Estava muito contente ao perceber que ela havia chegado no ponto em que ele queria. - Sabe, acho que um bom começo para aproveitar o nosso tempo é terminando o que eu comecei a fazer a um tempinho atrás...

- Como desejar! - disse a garota não mais esperando e dando um longo e apertado beijo nos lábios do garoto que amava. Agora se sentia ainda mais culpada, ao se lembrar quão tola fora, ao pensar ficarem separados seria a solução.

Após esse gesto de afeto, Harry tomou lugar na poltrona, sentando Gina em seu colo. Ela automaticamente pousou a cabeça no ombro do garoto, e se deixou levar nas carícias que ele fazia em seus cabelos.

- Eu te amo Harry, só Merlin sabe quanto! - foram suas últimas palavras antes de mergulhar em um sono profundo e tranqüilo, como há tempos não tivera. Aos carinhos do namorado, sentia-se muito mais segura, e tinha certeza que não iria ser incomodada com os pesadelos contínuos. Sabia que nada de ruim poderia acontecer a ela, pelo menos enquanto estivesse em contato com aqueles fortes braços que a abraçavam como se quisessem espantar todos os seus temores. Uma tarefa que eles realizavam com êxito.

- Acho que nem Merlin tem conhecimento da quantidade do meu amor por você ruivinha, nem Merlin! - sussurrou o garoto, não muito certo de que ela tinha ouvido, enquanto lutava para não dormir, apenas apreciando as curvas perfeitas do rosto de Gina.

Até que foi vencido pelo cansaço, e seguiu o exemplo da garota, totalmente entregue ao sono.

Harry nunca dormira tão bem em toda a sua vida. É triste pensar que tudo o que é bom dura pouco, e que a historia de amor deles não termina por aqui. Depois teriam que enfrentar a realidade que viria com mortes, dor, sofrimento e tragédias.

Mas por enquanto deixem que durmam , como diria sabiamente o velho diretor Dumbledore “ porque apenas nos sonhos entramos em um mundo que é inteiramente nosso. Deixe que eles nadem no mais profundo oceano, ou que deslizem na mais alta nuvem ”.



Continua ..

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