Reconciliação

Não há cura para a morte. Nem os mais poderosos feitiços conseguem esse milagre, por isso a vida é preciosa e precisamos aproveitar ao máximo cada momento.

Não devemos jamais jogá-la fora, se não for por um motivo realmente importante. Isso pode parecer óbvio, mas muitas pessoas a descobrem tarde demais. Geralmente são nos momentos mais difíceis, quando a pessoa está a um passo do fim, que percebe o que não vai poder voltar mais.

Dizem que antes de morrer podemos rever todos os momentos bons e ruins de nossa vida, e cada um percebe os erros que cometeu, porém geralmente já é tarde demais para voltar atrás... Felizmente para Harry ainda havia mais uma chance.

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Ele tinha uma sensação terrível... Sentia-se no meio de trevas infinitas.

“Será que isso é a morte?” pensou o garoto.

Uma luz começou a brilhar na escuridão e uma voz ecoou.

“Você está enganado” ele ouviu uma voz bem suave de mulher, que parecia familiar. “Sua hora ainda não chegou. Ainda há muito para fazer...”.

“Lembro-me que fui atingido, deveria estar morto. Não tenho como voltar”.

“Não” disse outra voz, que dessa vez parecia ser de homem. “Você escapou, no último momento a garota desviou o punhal. O feitiço era forte, assim como ela”.

“Porém você ainda corre risco de vida, afinal, mesmo com o punhal desviado, você foi atingido”. Falou a mulher.

“Por isso você deve ser forte, e lutar para acordar e sair dessa escuridão. Lembre-se que muitas pessoas precisam de você.”

“Ainda não está na hora de você se juntar a nós, meu filho”. -disseram juntos.

Foi então que Harry se deu conta de que aquelas vozes eram de seus pais. Fazia muito tempo que não às ouvia.

“Pai, mãe... Como eu estou falando com vocês?! Isso não é possível! Só pode ser um sonho...”.

“Lembre-se, esse acontecimento pode ter parecido um sonho, mas queremos que saiba que tudo isso no fim será uma dádiva. Voldemort cometeu um de seus maiores erros e agora vocês tem uma chance”.

“Nunca desista, ainda há muito que ser feito”.

“Eu sei, tenho que lutar, como diz a profecia” concluiu Harry com a voz baixa.

“Não, a profecia não interfere em nada, nós que decidimos o nosso destino. Lembre-se do que Dumbledore falou, a profecia não é tudo” Disse Lílian.

“Acorde, e nunca se esqueça que você sempre terá algo que Voldemort não tem, e isso fará a maior diferença. Ainda há mais uma coisa, deixamos um presente para você. Use-o com sabedoria.”

“Mas o q...?”

“Cuidado com as trevas no seu coração”.

Então as vozes se foram. Por um breve momento tudo ficou escuro. Depois a uma luz voltou a brilhar...


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Harry abriu os olhos. Será que tudo aquilo tinha sido um sonho? Não, não poderia ter sido. Ele sentia uma forte dor no ombro. Aquilo tinha mesmo acontecido.

Onde é que ele estava? Não conseguia enxergar nada, então comecou a tatear a sua volta e encontrou os óculos na mesa de cabeceira.

Parecia estar em um quarto de hospital. Tinha o ombro bem enfaixado, e ainda estava latejando muito.

Resolveu se levantar, porém não obteve muito sucesso com a tentativa. Estava frustrado, queria saber o que havia acontecido com os outros.

Foi quando se deparou com ELA. Gina dormia em uma cadeira perto de sua cama.

Ele suspirou aliviado. Ela estava bem, um pouco pálida talvez, mas pelo menos não estava ferida.

Harry tinha muito que falar com a garota, porém não teve coragem de acordá-la. Ficou apenas velando seu sono...

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Ministério da Magia

Rufo Scrimgeour andava de um lado para o outro, estava bastante aflito.

Aquilo tudo não poderia ter acontecido. Harry Potter havia sido atacado bem debaico de seu nariz. O que a comunidade bruxa iria dizer disso?! Sua carreira como Ministro estava perdida.

Porém tudo isso não era o pior. Ainda havia aquela carta, a promessa de que algo grande estava por vir, e pensar que tudo começou naquela mesma manhã...

Flash Back
Narrativa de Scrimgeour

Cheguei ao Ministério muito cedo. Tudo parecia perfeitamente normal. Não havia muitas pessoas, afinal só estavam ali os que passaram a noite trabalhando ou que chegaram muito cedo.

Como sempre, rumei para o meu escritório. Então as coisas começaram a ficar estranhas...

Chegando lá, notei que a porta estava trancada por dentro. Primeiro não dei muita importância a esse fato, pois meu secretário tinha a chave, deveria ter precisado pegar alguma coisa.

Bati na porta. Nenhuma resposta. Nova tentativa. Mais uma vez sem resposta. Resolvi então usar minha própria chave para entrar.

Entrei. A primeira vista, parecia não haver ninguém. Porém quando me aproximei mais de minha mesa percebi que havia alguém sentado em minha cadeira. Fiquei irado, quem ela pensou que era para ficar sentada no lugar do Ministro? Virei a cadeira já preparado para dar uma bela bronca, entretanto o que vi me fez perder completamente a voz.

Meu secretário jazia morto.

Ele tinha um profundo corte na região do abdômen. Suas roupas estavam bastante sujas de sangue, porém este já estava seco. Em sua mão havia um pequeno envelope.

Primeiro pensei em chamar alguém, mas minha curiosidade foi muito grande, e resolvi ler a carta.

Tomei-a com muito cuidado das mãos do morto. No verso estava escrito com sangue: Ao ministro da magia.

Engoli em seco e comecei a ler...

Caro Ministro,

Escrevo ao senhor para tentar um acordo, pela primeira e última vez.
Acho que deveria dar uma chance ao Ministério antes de começar a agir, sou um Lorde misericordioso.
Vou direto ao ponto, minhas exigências são:
1-Controle total do Ministério da Magia, me tornando assim o novo Ministro.
2-Desejo que grandes cargos sejam destituídos de mestiços e sejam passados á puros de sangue.
3- Desejo todo o poder sobre a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.
4-Também espero que meus servos que estão na prisão de Azkaban sejam libertados.

Presumo que o senhor não irá cumprir o que lhe peço, mas gostaria de lembra-lo que esse é meu último aviso. Depois disso não haverá nenhuma possibilidade de trégua e o caos começará.
Se o senhor ainda tem alguma dúvida de meu poder, mesmo eu tendo conseguido matar o seu secretário e utilizar o Inferi para fazê-lo levar a carta até o seu escritório, posso lhe dar uma demonstração de meu poder. Hoje mesmo, Harry Potter será uma de minhas vítimas.
Voltando ao assunto, sua resposta deverá ser feita da seguinte maneira, hoje à noite você receberá uma visita, exatamente ás nove horas da noite, por ela irei saber o que escolheu.
Dependendo da resposta você verá uma amostra de meu poder, daqui a uma semana, ao crepúsculo.
Espero ansiosamente o seu retorno.

Lord Voldemort



Quando terminei de ler isto, o desespero tomou conta de meu ser. Não sabia o que fazer, aquilo me deixara horrorizado, mais ainda do que a visão de meu secretário morto. Só tinha certeza de duas coisas, ninguém deveria ver a carta e iria dar resposta negativa a quem aparecesse. Era melhor simplesmente ignorar e impedir que a população bruxa saiba de tudo.
Escondi a carta e gritei chamando por alguém que me ajuda-se a resolver o problema do cadáver.

Fim do Flash Back


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Gina foi abrindo os olhos devagar, o cansaço que sentia por tudo o que tinha acontecido, percorrendo por seu corpo.

Quando o quarto do St. Mungus entrou em foco, ela viu que Harry finalmente tinha acordado, e levantou rapidamente, ignorando todas as dores que ainda estava sentindo.

Por um momento sentiu-se constrangida com o olhar tão carinhoso que era dirigido a ela, porém um segundo depois pareceu voltar à realidade e a lembrança do que havia acontecido veio com toda a força.

Tinha que dizer alguma coisa, afinal ela tinha tido certa culpa nisso tudo, porém por mais que tentasse nenhuma palavra saía de sua boca.

Por alguns minutos um silêncio constrangedor perdurou entre o casal. Harry desviou o olhar.

Gina estava prestes a dizer algo, mas ele foi mais rápido:

- Me desculpe.

A garota foi pega de surpresa, esperava tudo menos um pedido de desculpas.

- Não sei por que você está se desculpando, a culpada fui eu, se tivesse conseguido resistir ao feitiço você não estaria assim –disse com remorso, Harry fez menção de a interromper, mas Gina não deixou - Eu sei o que você deve estar pensando: se ficarmos juntos, muitas coisas desse tipo vão acontecer... - Ela fez uma pausa e ele teve oportunidade de falar.

-Não Gina, muito pelo contrário, só agora percebi o quanto você é importante para mim, e que mesmo longe, Voldemort não iria te poupar. Sei que é estranho, mas ouvi meus pais enquanto estava desacordado, o que eles falaram me fez abrir o coração: “Acorde, e nunca esqueça você sempre terá algo que Voldemort não tem, e isso fará a maior diferença”. É exatamente isso Gina, o que eu tenho e Voldemort não têm, é o amor!

Gina não tinha palavras, não acreditava que ele estava dizendo isso a ela. Como esperou para ouvir essas palavras, como chorou para ouvir essas palavras, como se decepcionou quando não as ouviu. Sua felicidade era infinita.

Harry continuou:

- Só agora fui capaz de compreender. Antes estava cego pelo ódio, alimentado pela vingança, tinha raiva pelo o que aconteceu ao meus pais, a Sirius e a Dumbledore. Estava sendo movido por sentimentos obscuros. Sem perceber estava me igualando a Voldemort. Mas graças ao amor que eu sinto por você e pela amizade dos outros, percebi o verdadeiro motivo de estar lutando. Luto para proteger aqueles que são importantes para mim. O que aconteceu agora foi horrível, mas me fez perceber que mesmo nos distanciando você sempre estará em perigo, e não adianta o que eu faça nunca conseguirei vencer sem você ao meu lado. Muito obrigado por me tirar dessa escuridão, muito obrigado por me amar mesmo com todos esses meus defeitos, mesmo sabendo que nosso destino é incerto, e que tudo pode acontecer nessa batalha entre o bem e o mal.

-Você não sabe o quanto eu esperei para ouvir isso - Disse a garota, emocionada.

Nada mais precisava ser dito. E então eles se beijaram apaixonadamente, para selar todo o amor contido em seus corações.

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Rony andava pelos corredores do St. Mungus, rumo ao quarto do amigo, e embora fosse pelo caminho correto, estava completamente alheio á tudo ao seu redor. Seus pensamentos estavam na noite anterior; é claro que se estava preocupado com Harry, mas no momento pensava em outra pessoa, a garota que era dona do seu coração.

Quando deu por si, já estava diante do quarto do amigo. Abriu a porta calmamente e acabou vendo Harry e Gina se beijando.

Resolveu sair de fininho antes que os dois percebessem a sua presença. Então fechou a porta, e já ia indo embora quando deu de cara com Hermione.

O garoto que já estava vermelho com a cena que presenciara, por milagre conseguiu enrubescer ainda mais.

Ela também ficou envergonhada, mas tentou disfarçar.

-O Harry já acordou?- Perguntou a garota.

Mais uma vez Ron se encontrava em uma situação embaraçosa. ”Por que isso sempre acontece comigo?!”.

- Er... Bem... O Harry já acordou sim.- Respondeu o garoto.

A felicidade irradiou no rosto da garota.

-Então o que estamos esperando? Vamos falar com ele!

-NÃO!

Hermione se surpreendeu com o “não” tão desesperado.

- Mas por quê?

-Er... E que... Ele está meio ocupado.

A garota pareceu compreender e apenas sorriu timidamente.

Ron já ia começar a tocar no assunto da noite anterior, quando...

-E ai irmãozinho?

-Será que o que ouvimos é verdade?

Eram Fred e Jorge, como sempre, esperando a melhor hora para aparecer.

-Hein? É verdade que o Harry está “ocupado” lá dentro? Essa ocupação, por acaso, envolveria a nossa irmãzinha?

-Er... - Rony não sabia o que dizer. E os gêmeos pareceram achar graça disso.

- Não precisa dizer nada Roniquinho, nós já entendemos o recado. - disse Fred enquanto apertava as bochechas do irmão, como se ele fosse uma criancinha de cinco anos.

Então os gêmeos foram na direção do quarto, e por um momento Rony e Mione temeram que eles abrissem a porta, mas Fred e Jorge apenas chegaram perto da mesma e se posicionaram de modo que conseguissem ouvir o que se passava dentro do cômodo.

Hermione ficou irada.

-Como vocês se atrevem a fazer isso!? Violando a privacidade dos outros!

-Er... Ela tem razão... Não é certo vocês fazerem isso...

-Não acredito! – disse Jorge com um sorrisinho zombeteiro - O Roniquinho concordando com a Hermione quando ela está ralhando com a gente!?

-O amor é lindo - disse Fred fingindo uma cara de apaixonado, fazendo o casal ficar extremamente corado.

-Olha Rony, você não o direito de reclamar da gente, afinal você nos deve uma. Está lembrado? Nós fizemos uma aposta, cumprimos a nossa parte do trato, mas você não.

Rony conseguiu ficar mais vermelho do que já estava enquanto Hermione se perguntava que aposta era aquela.

O fato é que aquelas palavras pareceram funcionar como mágica, pois Rony não reclamou mais. Passou algum tempo até que o mesmo resolveu se juntar aos irmãos e tentar ouvir a conversa.

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Depois de passarem algum tempo namorando, Gina resolveu tomar uma atitude sensata.

-Acho que devemos ir falar com os outros - disse a garota - Todos devem estar muito preocupados, eles nem sabem que você acordou.

-Agora? Não podemos esperar mais um pouquinho?- Depois de receber um olhar assasino de Gina ele resolveu não discutir.

-Depois vamos ter muito tempo...

-É verdade.

Gina se levantou e rumou para a porta, porém quando girou a maçaneta e puxou...

POW!

Todos os engraçadinhos que estavam escutando atrás da porta caíram aos seus pés num estrondo.

-Er... Foi mal - disse Fred, todos os outros (Jorge, Rony... e Hermione?!) estavam com sorrisos amarelos.

Por um momento pareceu que Gina ia gritar de raiva, mas em vez disso veio uma grande risada, a garota logo foi seguida por Harry, que começou a gargalhar também. Os intrusos ficaram morrendo de vergonha, mas logo em seguida se puseram a rir junto.

Quando todos se recuperaram, puderam enfim conversar.

-Hermione... Eu não acredito! Como é que você se meteu nessa confusão? Você é sempre tão certinha... – disse Gina sorrindo.

A garota avermelhou e antes que pudesse dizer alguma coisa, a resposta foi de Jorge:

-Foi o seguinte, ela simplesmente parou de ralhar com a gente, bufou de raiva, e foi escutar a conversa. Nunca imaginei algo assim vindo de você Hermione. - falou com sarcasmo.

Depois disso, aconteceu o inesperado... Hermione sorriu marotamente!

-Bem como diz o ditado, se não consegue impedi-los junte-se a eles.

Por um instante todos pareceram surpresos, mas logo caíram novamente na gargalhada.

Depois de um tempo, eles voltaram à realidade, e continuaram a ficar sérios.

Fred e Jorge haviam saído para chamar os pais, por isso Harry, Rony e Hermione, tiveram a chance de contar tudo sobre as Horcruxes a Gina.

-Eu não acredito que vocês iam me deixar de fora de tudo isso! - Disse Gina com um olhar fulminante – Quando é que nós vamos agir?

-O mais rápido possível, gostaria de sair logo desse hospital...

-Não – disseram Hermione e Gina juntas.

-Você tem que ficar aqui até se recuperar! Ainda está muito fraco! Perdeu muito sangue. - disse Hermione.

- E a poção para repor o sangue perdido?

-Não funcionou Harry - disse Gina pesarosa - Isso tudo foi muito estranho, nem a sua ferida conseguiu cicatrizar por meio de mágica, nem o sangue pode ser reposto por mágica. É como aquilo que aconteceu com o papai, quando aquela cobra o mordeu. Mas por que será que aconteceu isso?

Eles ouviram a porta ser aberta e uma voz respondeu a pergunta de Gina:

-Isso, é por causa do punhal - Disse alguém que acabava de entrar no quarto...

Continua


N/Anna: Oiii gente!!!! Foi mal...dessa vez eu mi superei...o capitulo demorou muito!!! Desculpas mais uma vez...O problema eh q eu estava totalmente sem imaginação pra escrever...e a Beatriz não tava aqui pra mi apressar e me ajudar...por isso demorou! Espero q tenham gostado desse capitulo, eu particularmente não gostei muito, mas vamos tentar melhorar no próximo!!! E por falar nisso, acho q vcs vão gostar de saber q não vai demorar muito, pq a Beatriz vai escrever a maior parte, e ela escreve muito mais rápido do q eu!!!!E uma novidade: temos uma beta!!!!a Bruna!!!assim diminuem os nossos erros ridículos de português...hehehehe
E por favor, comentem!!!!
Seus comentários são muito importantes, ateh mesmo quando são ameaças de morte!!! E as pessoa q pediram pra gente ler a fic, quero q saibam, q estamos tentando ler, e quando acabarmos deixamos comentário!!! Mas talvez demore um pouquinho tah?
Ateh a próxima!

N/Betta: Oi galera! So vou me apresentar aqui, naum se preocupem q eu naum vou aumentar ainda mais esse N/A... =] So queria pedir a vcs q comentem na fic das meninas, pq ela tah mtu boa! E eh isso, a gnt se ve por aih... Beijos!

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