Uma nova magia



Capitulo 2 – Uma nova magia

Só faltava agora uma semana para que suas aulas começassem, e ainda não conseguira falar com seus pais e irmãos, não sabia como explicar por que queria que eles não se envolvessem tanto com a ordem, sem falar que se encontrara às escondidas com Draco.

A oportunidade de tocar no assunto chegou apenas um dia antes de sua ida para a escola, sua mãe resolvera fazer uma reuniãozinha de despedida para ela, e todos os seus irmãos estavam presentes, ate Harry e Hermione vieram para lhe desejar um feliz ultimo ano. Quando sua família discutia sobre a ordem e o rumo que a guerra estava tomando, ela não conseguiu se controlar.

Acho que vocês estão se envolvendo demais em tudo isso – soltou Gina, todos se voltaram para encará-la.

Gina é impossível não se envolver – disse Gui surpreso – o que queria que nós fizéssemos? Vista grossa?

Não falei isso, só disse que vocês não precisam se envolver tanto – disse Gina determinada – esta se tornando perigoso demais.

Gina é perigoso para quem se envolve e para quem esta de fora – disse Harry – e é bem melhor correr riscos tentando acabar com essa situação, do que abaixar a cabeça e esperar que a realidade invada nossas casas.

Não estou dizendo para que não lutem mais, estou apenas dizendo que vocês precisam para de chamar tanta atenção – falou Gina – vocês estão se arriscando mais do que o necessário.

O que você sabe sobre nós chamarmos atenção? – perguntou seu pai levantando uma sobrancelha – Como soube disso Gina?

Não importa como eu soube – disse Gina – o importante é que não é justo da parte de vocês ficarem se arriscando assim, esquecendo que possuem uma família.

Gina querida nós nos importamos demais com vocês – disse sua mãe tentando apaziguá-la –, mas temos que fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para impedir que você - sabe - quem suba ao poder novamente.

Estão fazendo mais do que devem – disse Gina se levantando –, muita gente esta lutando nessa guerra e fazendo muita coisa importante para ajudar, mas não são todos que estão chamando a atenção de Voldemort como vocês.

Sente-se Gina – disse seu pai friamente, ela sabia que ele estava furioso com tudo o que ela havia acabado de dizer, mas mesmo assim manteve a cabeça erguida, havia aprendido bem a lição que Draco lhe ensinara, baixar a cabeça era demonstração de fraqueza –, quero saber agora como soube de tudo isso.

Draco me falou – disse Gina sem hesitar –, eu me encontrei com Draco e ele me disse que você - sabe - quem estava começando a se irritar com a interferência excessiva de vocês.

Estão vendo? - Ela esta se encontrando as escondidas com um comensal da morte – disse Rony revoltado.

Ele não é um comensal da morte – gritou Gina – não fale do que você não sabe.

Você é uma burra Gina, como acha que ele sabe de tudo isso se não estiver do lado de você - sabe - quem? – Gritou Rony de volta.

Rony cale-se – falou o Senhor Weasley – Gina como pôde se encontrar com ele num tempo como esse, sem que eu e sua mãe soubéssemos? O que você tem na cabeça?

Eu confio nele, sei que Draco não é um comensal – disse Gina olhando com raiva para Rony – ele ate me mostrou seu braço, não havia a marca negra, Draco não é um comensal.

Gina eu acredito que vocês se gostem, e que Draco não é um comensal, eu gostaria que você gostasse de outro rapaz, não vou mentir dizendo que gosto dele – disse seu pai – eu ate não falei nada quando Rony nos disse que vocês estavam namorando, mas se encontrar com ele sem que nos soubéssemos nos tempos atuais e sendo o pai dele quem é, isso eu não posso admitir. Draco não ser um comensal, não quer dizer que ele não possa lhe fazer mal, mesmo que indiretamente, Draco não ter aderido a lado nenhum nessa guerra deve no mínimo ter causado desconfiança no pai dele, e se Lucio tiver mandado alguém vigiá-lo e essa pessoa tiver visto vocês juntos? Você correu um grande risco Gina, e não queremos mais saber de vocês se encontrando as escondidas, seja para falar do que for esta entendendo?

Estou – disse Gina – eu não tinha pensado nisso, me desculpem, Draco falou que achava que alguém estava vigiando sua correspondência, foi por isso que eu quis encontrá-lo com tanta urgência.

Gina vê como estou certo? Ele deve estar sendo seguido, espero que Draco tenha tido senso para não deixar que os vissem juntos – falou o Senhor Weasley e quando viu que Gina estava se levantando acrescentou – não se preocupe Gina, nós vamos maneirar um pouco com a ordem, já estávamos preocupados com isso antes de você falar conosco.

Na manha seguinte partiu para Hogwarts.Quando chegou a escola sentiu-se como se voltasse para sua casa. Sentira realmente muita saudade do castelo e dos terrenos da escola, gostava tanto daquele ambiente que quase se sentira desconfortável longe de tudo aquilo.

Depois de algumas semanas de aula começou a ficar ansiosa, não recebera nenhuma carta de Draco, já tinha se passado tempo o suficiente para que sua raiva passasse, e como não queria que ela lhe escrevesse... Quando não agüentou mais resolveu que ia arriscar e enviar um bilhete a Draco, escapou dos olhares de suas amigas durante o jantar e correu para o corujal, tirou um pergaminho do bolso e escreveu rapidamente o que lhe pareceu ser uma mensagem não comprometedora, caso caísse em mãos indesejáveis.

Draco

Desculpe-me, entre em contato.

Pegou emprestada uma coruja da escola e enviou a mensagem. Quando deixou o corujal não voltou para o jantar, já tinha comido e suas amigas já deviam ter ido para a torre de Grifinória, foi para lá, torcendo para que Draco enviasse uma resposta rapidamente.

Semanas se passaram sem que Draco lhe respondesse, Gina sabia que ele já tinha recebido o bilhete, sua casa não era tão longe assim, sabia também o motivo da demora para a chegada da resposta, Draco estava querendo puni-la por ter duvidado dele, às vezes ele a deixava confusa com suas atitudes. Draco devia estar tão ansioso para responder ao seu bilhete, quanto ela para receber a resposta, no entanto não respondia só para atingi-la, mesmo que ele fosse atingido também no meio do caminho, Gina não sabia qual era a força que regia os pensamentos de Draco, mas tinha certeza de que nunca a compreenderia.

Finalmente a resposta chegou e a encheu de fúria, dizia apenas para que Gina fosse ao encontro dele na orla da floresta proibida nessa sexta. Ela chegou ate a virar o bilhete achando estranho que Draco só tivesse escrito isso, mas quando se deu conta de que a mensagem era só aquela, rasgou o papel o jogou fora de tão furiosa que ficou.

Estava obvio que ele tinha feito aquilo só para provocá-la, para irritá-la, e Draco tinha conseguido seu intento, passou ate pela mente de Gina a idéia de não ir ao encontro, mas acabou chegando à conclusão de que não era a melhor opção, se fizesse isso a briga deles nunca ia terminar, sabia como fazê-lo pagar quando chegasse o momento.

Embora estivesse bastante furiosa com Draco, estava doida para reencontrá-lo e lhe fazer certas perguntas que teimavam em não lhe deixar em paz. O tempo custou a passar, parecia se arrastar cada vez mais devagar, ela demorava a conseguir dormir a noite, durante as aulas ficava de cinco em 5 minutos olhando para o relógio e chegou ate a levar uma repreensão da professora Minerva por causa disso.

Finalmente chegou a sexta-feira e como era de se esperar, parecia que a vida estava conspirando contra Gina, levou reclamações de cada professor com que teve aula, e ainda durante a ultima aula do dia recebera um presentinho de Snape para o final de semanas, uma detenção e tarefas extras para puni-la pela poção que fizera, e que por causa de sua distração ficara tão terrivelmente errada, que explodira e seu conteúdo infelizmente atingira ate o professor, fazendo com que brotasse nele, assim como em todos os alunos que estavam assistindo à aula pequenos tentáculos roxos. Que cheiravam terrivelmente mal, e que liberavam uma gosma verde toda, vez que alguém os tocava, a aula teve que terminar antes do tempo, para que todos os alunos e o professor fossem receber os cuidados de madame Pomfrey.

Quando deixou a ala hospitalar seguiu direto para a torre da grifinória, apesar da fome, sentia que alguma coisa estava entalada em sua garganta e só a idéia de comer a fazia ter vontade de vomitar. Chegando a sala comunal viu umas meninas se dirigindo ate ela para lhe falar, fingiu não tê-las visto e se dirigiu apressada para o quarto, colocou o pijama rapidamente e deitou-se na cama antes que elas subissem e tentassem lhe falar novamente, deitou-se na cama puxou a cortina, e ficou olhando para o teto perdida em pensamentos.

Depois que todas as meninas com que dividia o quarto dormiram, ela se levantou devagar para não fazer barulho e trocou de roupa. Caminhou silenciosamente para a porta do quarto, passou por ela e desceu as escadas, suspirou aliviada quando viu que não havia mais ninguém na sala comunal. Dirigiu-se para o retrato da mulher gorda e percorreu os corredores do castelo silenciosamente. Quando chegou do lado de fora da escola sentiu o vento frio da noite e cruzou os braços para se aquecer. Começou a caminhar para a orla da floresta.

Chegou à orla da floresta, mas não viu ninguém, ficou com raiva, será que Draco ia lhe deixar plantada ali a esperá-lo e não viria, mas ai lhe ocorreu que podia ter acontecido algo para ele. Não teve tempo de se preocupar com isso, ouviu um barulho de galhos se partindo atrás de si e se virou. Era Draco, estava saindo de dentro da floresta, não disse nada apenas pegou sua mão e a puxou pra entrarem na floresta. Gina ia se recusar, mas logo desistiu, não tinha sentido em fazer isso, era melhor que ninguém os visse, e que lugar melhor para desaparecer da vista das pessoas do que floresta proibida?

Demoraram uns trinta minutos caminhando floresta adentro, ate que finalmente Draco parou e se virou para olhá-la, estava louco para beijá-la e abraçá-la, mas seu orgulho não lhe permitiu fazê-lo, encostou-se a uma arvore.

Por que me chamou? – perguntou Draco indiferente – tem alguma coisa a me dizer?

Queria saber se você ainda esta com aquela frescura de se fazer de ofendido? – perguntou Gina, provocando-o.

Frescura – sussurrou Draco tentando conter sua fúria –, foi para isso que me chamou, para me chamar de fresco?

E existe uma palavra que lhe defina melhor?- falou Gina saboreando as palavras que saiam de sua boca.

Eu fresco? Quem é você para falar de mim?- perguntou se colocando na frente dela – Uma idiota, apaixonada por trouxas, traidora do próprio sangue, eu gastaria toda a minha noite para dizer todos os seus defeitos.

Ah ficou irritado porque lhe chamei de fresco? – zombou Gina, pouco se importando com o que Draco tinha dito dela – Não sei por que os homens se irritam com a verdade. Afinal, eu não disse mentira alguma, tinha todos os motivos para desconfiar de você, no entanto, você teve de fazer uma pose não, é mesmo, tinha de se fazer de ofendido, bem eu tenho uma novidade para você, eu não me importo com seus chiliques, você entende isso? Você é irrelevante para mim.

Quem pensa que é? Quem pensa que é para falar comigo assim?- perguntou por entre os dentes, segurou os braços dela com força, e a impediu de se afastar – Você disse que sou irrelevante para você, e o que acha que é para mim? Não passa de uma diversão. Acha que eu me importo com você? Bem, eu não me importo, você não passa de uma idiota a mais em minha vida, que quando eu não quiser mais eu descartarei, só vim aqui hoje porque pensei que tinha algo importante para me dizer, mas se não tem eu vou embora.

Se não se importa comigo e com minha vida, por que foi me alertar sobre o perigo que minha família corria?- perguntou triunfante – Deixe de besteira e admita, você é louco por mim, não consegue se manter longe, se há alguém que esta sendo usado aqui, este alguém é você Draco.

Ora, sua...- Draco que já estava de costa para ir embora se virou pra ela furioso, pronto para xingá-la de tudo de ruim que conhecia, quando foi surpreendido por Gina.

Ela calou as palavras dele com seus próprios lábios, Draco no começo ficou tão surpreso que não correspondeu, mas depois Gina o fez corresponder, Draco envolveu a cintura dela com seus braços apertando-a contra si, acariciou sua costas percorrendo-as com seus dedos, provocando arrepios por todo o corpo de Gina, sentiu um aperto agradável no coração, um aperto de dor misturado com felicidade, uma mistura inebriante. Quando finalmente se soltou de Draco, começou a rir para a raiva dele.

Você é incrível – disse Gina, gargalhando – é tão fácil te provocar, tudo o que tive de fazer foi te chamar de fresco e você perdeu completamente a compostura. Foi patético Draco, realmente patético. Dizer que não se importa comigo e que só esta me usando, francamente, eu pensei que você fosse diferente dos outros garotos, mas estou vendo que não é, pois me parece ser tão fácil provocá-lo, como provocar a todos os outros.

Ora, sua... – Draco ficou sem palavras de tão furioso – por que fez isso?

Eu achei que estava na cara o motivo – disse Gina –, você demora semanas para responder o meu bilhete, acha que eu não sei por que fez isso? Ora Draco, você ate me ofende achando que eu não saberia o motivo, fez isso para me punir, por eu ter desconfiado de você. E depois quando finalmente responde, escreve apenas uma linha. Você esperava o que? Que eu me jogasse aos seus pés e pedisse perdão, que eu viesse me lamuriar, você esta esperando tudo isso da pessoa errada.

Você não era tão forte antes. – observou ele admirado – Eu estou surpreso, o que a fez mudar tanto?

Essa guerra, a vida e principalmente você Draco – disse Gina parando de atacá-lo – afinal, se eu permanecesse como era antes ao seu lado, não ia sobrar muito de mim depois de algum tempo, não é mesmo?

Draco envolveu sua cintura e sorriu, ele estava gostando da nova força de Gina, não havia reparado nessa mudança da ultima vez que a vira, era realmente bom que Gina tivesse ficado mais forte. Draco constantemente se preocupava com a possibilidade, dela ter de ficar sozinha sem saber se defender nessa guerra. Sabia que talvez chegasse à hora em que teria de ficar longe dela e que sua proteção poderia não alcançá-la. Agora sabendo que Gina ganhara mais força, sentia-se mais aliviado, seria bem mais difícil que ela caísse em alguma cilada.

Gina depois que ele a soltou jogou a cabeça para trás e começou a olhá-lo, sentiu uma grande tentação de beijá-lo era terrível ter de se contentar em encontrá-lo tão pouco. Draco sorriu de leve para ela, um sorriso indeciso, não se acostumara a sorrir-lhe livremente, ainda ficava se contendo. Gina sentiu o conhecido aperto no coração, era tão bom quando ele se revelava para ela como realmente era, mesmo que fosse com um pouco de indecisão, isso lhe bastava, não conseguiu mais se controlar, e colou seus lábios aos dele novamente. Comprimiu ser corpo contra o dele, ouviu uma espécie de som escapar da garganta de Draco, um som abafado, era quase como um uivo. Draco começou a aprofundar mais o beijo, começando também a explorar o corpo dela com as mãos, deixou a boca dela, começou a beijar e mordiscar seu pescoço. Gina sentiu-se apreensiva com essa investida dele, mas era tão bom o que Draco lhe fazia que o deixou continuar. Draco, não vendo barreiras avançou ainda mais, deslizando uma das mãos pela blusa de Gina e começando a desabotoá-la.

O que...Que esta fazendo? – perguntou Gina assustada, tentando impedi-lo e ao mesmo tempo desejando que Draco continuasse, sua voz não demonstrava a mínima vontade de que ele parasse.

Por favor,...Por favor, só mais um pouco – pediu Draco sem nem perceber que estava falando, sua voz estava roca, seus dedos ainda desabotoavam lentamente a blusa de Gina, que agora expunha claramente seus seios.

Draco baixou a cabeça ao nível dos seios dela e começou a beijá-los, Gina agora não tinha mais vontade alguma de pedir para ele parar, queria que Draco continuasse, queria que Draco fizesse tudo o que tinha vontade de fazer. Então sem nem se dar conta, Gina começou a tirar a blusa de Draco com uma urgência que desconhecia, quando ele finalmente se livrou da blusa e voltaram a se beijar, o contato de suas peles quentes era como uma descarga de energia que um liberava para o outro, não havia desencontros naquelas caricias, eles se completavam e cada um parecia saber como que por instinto o que agradava o outro, essa mágica que eles conheceram naquela noite era mais forte que qualquer outra que já tivesse aprendido, com os professores ou com os livros, o poder de seus corpos juntos parecia não ter fim.

Quando a união terminou seus corpos nus continuaram abraçados deitados aos pés de uma árvore, Draco deitado de costas no chão com Gina com a cabeça em seu peito, as pernas dos dois se confundindo uma com a do outro, eles ficaram calados por muito tempo, quase que imóveis a não ser pelas mãos de Draco que acariciavam os cabelos e as costas de Gina.

Depois de muito tempo foi que Gina se moveu, apoiou o rosto nas mãos e ficou a olhá-lo, ate que atraiu a atenção dele.

O que foi? - perguntou sorridente – Por que me olha assim?

É sempre assim Draco? – perguntou Gina.

O que? – Draco fez que não tinha entendido a pergunta.

Ora, você sabe muito bem – disse Gina – é sempre assim? É assim para todos?

Por que? Você não gostou? – perguntou brincando, sabia muito bem que ela havia gostado.

Bem, eu gostei – respondeu Gina corando.

Não, não é assim para todos – disse Draco a abraçando mais forte – só é assim com a gente. Nós nos completamos, nos encaixamos perfeitamente é por isso que é tão bom.

Ah – murmurou Gina ficando ainda mais corada, e deitando a cabeça novamente no peito de Draco.

Draco beijou o alto da cabeça dela, enfiou seu rosto nos belos cabelos ruivos e inspirou tentando absorver todo o cheiro que dele emanava, era um cheiro sem igual, parecia uma droga, e ele sentia que começava a ficar viciado nela, principalmente depois dessa noite, sua vontade o estava abandonando, aquela droga estava começando a manobrar seus pensamentos, e o mais terrível, era que sentia uma imensa vontade de se deixar levar.

Depois de um tempo, Draco sentiu que já era hora de ir, se não fosse agora, não conseguiria chegar em casa sem que notassem que ele passara a noite fora.

Gina você esta acordada?– perguntou Draco.

Estou, por que? – perguntou meio fora de ar.

Eu preciso voltar e você também precisa – disse a contra gosto.

Já? Não podemos ficar um pouco mais? – pediu Gina.

Não, não podemos – disse tentando não ceder, embora essa fosse a sua própria vontade – já esta tarde, você precisa voltar.

Gina se sentou lentamente, Draco quando ela saiu de cima dele também se sentou, ficou olhando para ela que parecia estar tentando se convencer a levantar, depois baixou os olhos e se deparou com os seios dela descobertos, tentou se conter mais não pode e acabou soltando.

Você é linda – disse Draco, que mal falou já se arrependeu, pois Gina quando entendeu o que ele havia dito, e viu para onde Draco estava olhando, corou violentamente, e cobriu os seios o mais rápido que pôde.

Por favor, não olhe – conseguiu dizer, estava morta de vergonha, nunca tinha ficado nua na frente de ninguém, e parecia só ter percebido que estava sem roupa agora – por favor, vire-se para que eu possa me vestir?

Ora, Gina deixe de besteiras nos fizemos muito mais do que apenas me deixar vê-la nua – disse Draco.

Não, por favor, deixe-me vestir minha roupa – disse ainda mais envergonhada – por favor, Draco.

Draco se virou e começou a se vestir, quando terminou olhou para Gina, e a viu olhando-o, um sorriso de deboche apareceu em seus lábios, Gina quando percebeu que ele tinha notado ficou corada.

Você faz bem de em me olhar, encha seus olhos enquanto pode – disse Draco cheio de si – não é todo dia que se pode ter uma visão tão agradável.

Eu não estava olhando – mentiu Gina.

Não? Imagina só se estivesse? – brincou Draco - Vamos indo. Vou deixar você na orla da floresta, e depois espero ate que você entre no castelo.

Começaram a se dirigir para o castelo, quando já estavam no meio do caminho, Gina se lembrou da perguntas que há tempos estava querendo fazer a Draco, e que ate agora não tivera oportunidade.

Draco espere – pediu Gina – tem umas coisas que quero saber.

Fale enquanto estamos indo – disse Draco – já esta ficando realmente tarde.

É sobre você achar que sua correspondência esta sendo vigiada – disse Gina.

Esse é um assunto do qual você precisa saber nada – disse Draco, querendo cortar o assunto.

É seu pai que esta vigiando sua correspondência? – insistiu Gina, fingindo não ter escutado o que ele tinha dito.

Por que você não pode simplesmente esquecer desse assunto? – perguntou Draco com raiva – Não é uma coisa que possa lhe atingir, então esqueça.

Não me peça para esquecer – disse Gina se irritando, parou de andar, Draco também parou – por que todos têm que me esconder às coisas é um problema seu, talvez ate não me atinja, mas nós estamos juntos, tenho o direito de saber, estou cansada dessa estória toda de ‘ você não precisa saber ‘, eu já escutei essas palavras mais do que precisaria por toda a minha vida.

Draco a olhou com uma expressão preocupada, não queria ter de falar com Gina sobre esse assunto, na verdade gostaria de deixá-la a margem de todos os seus problemas, que por sinal eram muitos, esperava que se fizesse cara de raiva e falasse um pouco mais alto, ela desistiria do assunto, mas pelo jeito isso não ia acontecer.

É o meu pai que esta vigiando minha correspondência – acabou falando Draco.

Por você não ter aderido ao partido de você - sabe - quem? – perguntou satisfeita que finalmente fosse obter respostas.

É sim, ele acha que há um motivo externo que esta me afastando da guerra – disse Draco, irônico – e quer descobrir que motivo é esse.

Ele esta tentando forçá-lo a aderir ao lado de você - sabe - quem? – perguntou Gina.

Esta – disse Draco, não queria responder aquela pergunta, na verdade estava ate se preparando para mentir caso Gina perguntasse isso, mas quando chegou à hora não conseguiu.

Ele pode fazer algo para forçá-lo? – perguntou preocupada.

Ainda não – disse contrafeito, estava começando a achar que havia uma lista em sua testa das perguntas que não queria que ela fizesse, e que Gina esta lendo essa lista.

Como assim? – perguntou Gina.

Ele ainda não tem nada, é por isso que esta vigiando minha correspondência – disse Draco, feliz por não precisar dizer que o que podia ser usado contra ele era justamente Gina – esta tentando conseguir um jeito de me forçar. Satisfeita? Agora vamos, você já sabe o suficiente e esta ficando claro.

Continuaram andando, a cabeça de Gina fervilhava com essas informações, nem notou quando finalmente chegaram à orla da floresta, foi Draco quem chamou sua atenção, ele lhe deu um beijo rápido, a abraçou e mandou que Gina continuasse, ele esperaria ate que ela entrasse no castelo.

Gina foi andando rapidamente, entrou no castelo e seguiu para a torre da Grifinória, quando chegou em seu quarto, arriou na cama sem força para nada, seu corpo e sua mente estavam dormentes, Gina pensou em como passaria o dia, estava tão cansada que nem conseguiu se preocupar. Foi tragada pelo sono e sua mente apagou.

Draco quando Gina entrou no castelo, se dirigiu para o povoado de Hogsmeade, não podia desaparatar dos terrenos de Hogwarts, e o local mais próximo de castelo que não pertencia ao seu terreno era o povoado, era perigoso ir ate lá, não queria que ninguém o visse, mas já passara muito da hora de voltar e ele decidiu arriscar, felizmente não encontrou com ninguém, desaparatou e quando abriu os olhos estava novamente dentro de sua casa, mais precisamente em seu quarto, suspirou aliviado que tudo tivesse ocorrido bem, começou a tirar a roupa a fim de vestir algo para dormir, foi quando uma voz arrastada, e terrivelmente familiar, sussurrou alguma coisa, e seu sangue gelou diante de suas palavras.

Onde você estava Draco?- perguntou Lucio – Ou melhor, com quem estava?

Com ninguém – disse Draco medindo suas palavras, sentia que se metera numa grande enrascada – só dei uma saída rápida, estava me sentindo preso nesta casa, queria por as idéias em ordens longe daqui.

Saída rápida? – Lucio saboreou essas palavras antes de continuar – Como? Se eu passei toda à noite lhe esperando.

Eu...Eu – Draco gaguejou, sua mente trabalhava a todo o vapor tentando achar uma desculpa – não reparei que todo esse tempo tinha passado, a verdade é que eu estava num bar, acabei bebendo demais e resolvi esperar que o efeito da bebida passasse, não queria que mamãe me visse naquele estado.

Muito atencioso de sua parte, seria realmente desagradável se sua mãe lhe encontrasse bêbado – disse Lucio fingindo acreditar no que estava ouvindo, mas Draco sabia muito bem que Lucio não acreditara em nada do que saiu de sua boca – Você fez o que era melhor, mesmo me deixando aqui, tendo que esperá-lo quando todo o ministério da magia esta a minha procura.

Eu...Eu não sabia que você viria – disse Draco - devia ter me enviado uma coruja.

Como sabe muito bem, o correio coruja não é um dos meios de comunicações dos mais seguros – disse Lucio jogando com Draco – resolvi não arriscar, acho melhor eu começar a aparecer assim mesmo, de surpresa...

Como quiser – Draco falou com indiferença, embora sentisse um ligeiro tremor, era um jogo de gato e rato e Draco estava decidido a não se deixar apanhar – só não garanto que estarei sempre aqui quando você vier.

E onde mais você poderá estar? – perguntou Lucio – Tenho certeza que essa sua saída de hoje foi um fato extraordinário. Não voltara a acontecer, afinal Malfoy nenhum sente necessidade de ir a bares para ficar bêbado, isso esta abaixo do que se espera de nós.

Realmente – concordou Draco – Mas imprevistos podem acontecer.

Eu espero que eles não aconteçam Draco – disse Lucio - eu realmente espero que não aconteçam.

Mas o que foi mesmo que você veio fazer aqui? – perguntou Draco, achando melhor deixar logo esse assunto de lado - O que quer falar comigo?

Ah, bem são só uns assuntos que quero que cuide para mim – disse Lucio - com relação ao dinheiro da família. Tenho umas instruções que quero que siga e umas coisas que quero que compre, é claro que ninguém pode saber nada sobre nenhum desses assuntos, por isso terá que tratar com gente especial e é melhor que vá bem informado.

Nota da autora: Reviews, reviews, reviews, eu quero, só vcs podem me dar...

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