Capítulo 10



Final de março... Início da primavera... Para aproveitar a época do desabrochamento das flores, foi feito um passeio a Hogsmead. Entretanto, Draco e Hermione não podiam aproveitar o momento. Já que se quisessem ficar juntos, teriam que ficar escondidos. O casal encontrava-se deitado embaixo de uma árvore cujas flores ainda não floresceram.
-Ah, Draco!A primavera começando, e nós aqui em baixo dessa árvore!-Disse Hermione levantando e se ajoelhando em frente à Draco.
-Eu sei Mi... Mas o que podemos fazer?Se quisermos ficar juntos hoje, tem que sair assim... –Hermione pareceu pensar por um tempo e depois respondeu, com um sorriso maroto nos lábios.
-Não, não tem que ser assim... Nós temos 17 anos, podemos aparatar!É só voltarmos a tempo de pegar as carruagens e ninguém vai sentir nossa falta!Afinal, pensam que estamos em Hogwarts, lembra?
-Hermione Granger, é isso mesmo que ouvi?Você está propondo que quebremos uma regra?-Perguntou Draco com uma sobrancelha arqueada, fingindo surpresa.
-Oras!Como se regras impedissem você de fazer alguma coisa!
-Ok... Se você insiste...
-Há!Como se você não quisesse ir...
-Eu disse que quero?-Perguntou Draco cruzando os braços.
-Ah, é assim?Tudo bem!Você fica ai, e eu vou sozinha - Disse Hermione levantando e começando a caminhar.
-Hey, hey!Me espere!Eu vou com você!-Disse Draco correndo até a garota.
-Pensei que não quisesse ir... -Provocou Hermione.
-Eu não disse nada... Você que colocou palavras na minha boca... - Respondeu Draco fazendo cara de inocente.
-Ah tá... Sei...
-Mas então, aonde vamos?
-Bom... Isso já é surpresa... Mas não se preocupe com isso, só venha comigo... -Respondeu Hermione estendendo sua mão à Draco. O garoto a aceitou e no momento seguinte, o casal não estava mais lá.

***

Quando Draco abriu os olhos novamente, em sua frente encontrava-se um lindo campo todo florido. Tinha flores de todos os tipos, e muitas árvores também.
-Onde estamos?-Perguntou.
- Uma vez eu me perdi lá no Beco Diagonal. Fiquei desesperada e como não sabia o que fazer, decidi voltar pra casa usando pó de flú. Só que eu estava tão preocupada que, distraída, engoli as cinzas da lareira. Acabei por dizer Janger ao invés do Granger. Vim parar aqui, na casa dos Janger’s. Procurei alguém que me ajudasse a voltar pra casa só que não achei ninguém. Fui até um vilarejo próximo e perguntei pelos donos da casa. E só me responderam “Casa? Que casa?”. -Hermione riu. -Esse lugar é encantado para que trouxas não o vejam. Estava abandonado então decidi que aqui seria minha futura casa. Quando eu sair de Hogwarts virei morar aqui. -Disse Hermione decidida.
- Aqui é bonito. Mas precisa de umas reformas... -Disse Draco olhando a casa quase em pedaços.
-É verdade... Mas só quero pensar nisso depois...
-Certo.
-Ah!Vem comigo... Você precisa ver isso... -Disse Hermione pegando a mão de Draco e o guiando pelo grande campo florido. Logo chegaram a uma espécie de capela. Quando entraram Hermione comentou:
-Não é linda?E ainda está bem conservada... Se algum dia eu me casar, quero que seja aqui... -Disse Hermione olhando para Draco com os olhos brilhando. O garoto ficou sem jeito. -Mas não é só isso!-Comentou indo pra fora da capela. Bem lá do lado tinha uma árvore cheia de flores rosadas.
-É a minha preferida-Disse Hermione com um largo sorriso. – A flor é o Sakura... Flor de cerejeira... Originária do Japão... Lá, a floração do sakura é muito comemorada por marcar o início da primavera, chamado de haru, e o fim do inverno, chamado de fuyu. A cerejeira tem um período exato para florescer. Normalmente acontece entre março e abril. Além disso, sakura lembra a história dos samurais que, por estarem dispostos a morrer por seus mestres tinham poucos anos de vida, assim como as flores. O sakura também é símbolo da felicidade, além de flor símbolo do Japão... -Hermione sorriu. -É incrível como ela conseguiu se manter aqui!Deve ser algum feitiço... Mas ela não é linda?
-Muito... Tanto quanto você... -Hermione riu e abraçou Draco. Depois levantou o rosto e encarou os olhos do rapaz.
- Como nós vamos fazer?Digo... Nós não podemos ficar escondendo que estamos juntos pra sempre!-Hermione fez cara de pensativa. – Eu sei que todos vão ficar contra nós e ainda tem sua família, mas... Eu penso que o que sentimos é muito mais forte do que tudo isso... Mais forte que o ódio e até mesmo mais forte que a morte... Nós nascemos um pro outro!E nada nunca vai poder mudar isso... Nada... Nunca... -Hermione já estava com os olhos marejados. Abaixou o rosto novamente e Draco a abraçou com mais força.
- Eu sei Mi... Mas eu tenho medo por você!Você sabe que meu pai é ligado a Voldemort!E se ele descobrisse que estou apaixonado por uma filha de trouxas, era capaz de ti machucar... Ti matar... Se duvidasse era bem capaz de matar a mim também!Eu não suportaria lhe perder... -Lágrimas teimavam em querer cair dos olhos de Draco. -Preferiria morrer a ter que viver sem você!-Draco não conseguiu mais segurar as lágrimas... Hermione agora também chorava.
-Isso quer dizer o que?-Perguntou a garota tentando em vão parar de chorar e voltando a encarar Draco.
-Não sei... Simplesmente não sei... Só sei que queria que o tempo parasse nesse momento e que todos sumissem... Assim eu poderia ficar ao seu lado pra sempre... Sem me preocupar com meu pai, Voldemort, ou qualquer outra coisa que nos impede de ser totalmente felizes... Sem ter que ficar nos escondendo... -Respondeu Draco limpando as teimosas lágrimas que insistiam em rolar pela sua face. Ele pareceu pensar por um momento. – Só poderemos assumir que estamos juntos quando a guerra acabar... Quando Voldemort for derrotado e os seus seguidores estiverem mortos ou presos... Mas até lá vamos ter que continuar nos escondendo... Eu sei que é difícil, mas é a única solução...
-É melhor mesmo que esperemos a guerra acabar... Mas prometa!Prometa que nada nunca vai acabar com o nosso amor e que nunca você vai me abandonar!Prometa!
-Eu prometo... Prometo que a amarei pra sempre, prometo que estarei sempre ao seu lado, prometo que farei de tudo para que seja feliz, prometo tentar não fazê-la sofrer e prometo dar minha própia vida pela sua se for necessário...
-Draco... -Hermione se jogou nos braços do rapaz. Durante aquele abraço que parecia querer durar pra sempre, Hermione levantou o olhar e mirou a capela novamente. -Venha... -O casal voltou para lá e subiram uma pequena escada que ficava escondida na lateral do local. Lá em cima, no último andar, encontrava-se um sino. –Um antigo povo tocava sinos quando seus soldados iam pra guerra. Eles acreditavam que isso dava força para que os soldados continuassem, e fé para que eles acreditassem que tudo ia acabar bem e que voltariam vitoriosos. -Hermione olhou para Draco. - Nós o tocaremos para isso... Pra termos forças para continuar e fé para acreditar que tudo terminara bem e que continuaremos juntos quando a guerra acabar... -Hermione e Draco deram as mãos e juntos tocaram aquele sino, o sino da esperança...

***

Nadia andava distraidamente pelas ruas de Hogsmead quando em sua frente uma linda rosa surgiu.
-Para a mais bela moça que já conheci.
-Pierre... -Nadia sorriu e pegou a rosa da mão do rapaz. -O que faz aqui?
-Queria passear um pouco e aproveitei para vê-la. Me concede a honra de sua companhia?-Perguntou Pierre.
-Seria um prazer. -Respondeu a garota aceitando o braço que o rapaz acabara de oferecer. -E como andam as coisas?Algum sinal de Voldemort?
-Não nenhum... Estamos seguindo as pistas, mas ele está sempre se locomovendo... E fica muito difícil de localizá-lo...
-Hum... Eu tenho medo que ele ataque assim, de surpresa...
-É, nós também... Por isso fazemos o possível para estarmos sempre na cola dele... -Pierre parou de andar e encarou Nadia. - Mas nós não viemos aqui para falar de Voldemort, viemos?-Perguntou divertido.
-Não. Definitivamente não viemos para falar de Voldemort... O que acha de irmos tomar uma cerveja amanteigada lá no Três Vassouras?
-Acho uma excelente idéia!- Quando chegaram lá, os dois se acomodaram em uma mesa próxima ao balcão. E enquanto bebiam suas cervejas amanteigadas, riam de um garoto do primeiro ano que estava sentado na mesa ao lado e que tentava se declarar para um colega de classe.
-Ah, coitado do garotinho. -Comentou Nadia. - Eu acho muito corajoso da parte dele se declarar mesmo correndo o risco de não ser correspondido...
-Então você acha que a melhor coisa a se fazer quando gostamos de uma pessoa, é se declarar?-Perguntou Pierre parecendo curioso.
-É. Vai ver que a pessoa também gosta de você e os dois estão perdendo a chance de ficar juntos...
-Hum... Então senhorita Nadia...
-Fale...
-Ah... Eu só queria dizer que eu gosto de você... E gosto desde a primeira vez que a vi-Disse Pierre calmamente, como se estivesse dizendo que 1+1 é igual a 2.
-Vo-você o que?
-Não foi você que disse que a melhor coisa a se fazer quando gostamos de uma pessoa é se declarar?Pois então, foi o que eu fiz...
-Pierre, eu... -Nadia respirou fundo antes de continuar. -Eu ainda não esqueci o Harry... E apesar de tudo eu ainda o amo muito...
-Bom... Eu já esperava isso... Mas deixe-me ajudar você a esquecê-lo... Deixe-me tentar fazê-la feliz... -Respondeu Pierre docemente. Nadia sorriu timidamente para o garoto e percebeu que ele a fitava. Após uma longa troca de olhares, onde se percebia que as palavras eram totalmente desnecessárias, os rostos dos dois foram se aproximando, se aproximando... Até que em um singelo gesto, os lábios se tocaram. Um beijo doce e calmo. Durante o beijo, o casal nem percebera que um garoto de negros cabelos rebeldes e límpidos olhos verdes, acabara de entrar pela porta do local. Olhos verdes esses que de doces e bondosos, passaram a tristes e ressentidos quando viram o beijo daquele casal que parecia tão feliz e apaixonado.

***

Harry após ver aquela tão repugnante cena, vagou sem rumo por Hogsmead. Quando já estava indo em direção as carruagens para voltar a Hogwarts, encontrou com Rony e Luna.
-Harry... Está tudo bem?
-Tudo ótimo... -Respondeu o rapaz seco.
- Se você diz... -Rony, preferiu não insistir no assunto. Se Harry quisesse falar, ele falaria.
Quando chegaram em Hogwarts, o grupo logo rumou para dentro do castelo.Só que quando passavam pelos jardins, uma coisa chamou a atenção de Harry.
-Rony...
-Eu... – Respondeu o rapaz distraído.
- Aquela... Aquela não é a Mione?
- Aonde?- Perguntou Rony, sem ainda dar muita atenção ao que o amigo falava.
- Ali... Beijando aquele garoto...
-Hã?Beijando quem?-Perguntou o ruivo confuso. Mas no momento seguinte pareceu acordar sobre o que o amigo falava. - Hermione beijando um garoto?Cadê?Aonde?- Perguntou atordoado. Quando viu aonde Harry lhe apontava, pareceu que quem ele via se beijando era MacGonagall e Snape, tamanha sua cara de espanto.
-Rony, o que foi?Você sabe quem é o garoto que a Mione está beijando?
-Ma-mas Harry... A-aque-que-quele é o Ma-malfoy, Harry!M-A-L-F-O-Y !-Disse Rony gaguejando de tão chocado que estava.
-Malfoy?Você só pode estar brincando... Hermione nunca beijaria o Malfoy!Nunca!-Disse Harry.
-Ah, mas essa fuinha vai largar a Hermione e é agora!-Disse Rony vermelho de raiva.

***

Draco e Hermione haviam chegado a pouco e estavam se despedindo com um beijo quando de repente uma mão puxou Draco e meteu-lhe um belo gancho de esquerda na cara.
-Solta ela Malfoy!-Gritou Rony.
-Você enlouqueceu?- Gritou Draco para seu agressor. Mas quando viu de quem se tratava, logo recuperou seu tom desdenhoso. -Weasley... Já devia ter adivinhado... Penso que sua mãe estava tão ocupada em fazer filhos, que esqueceu de lhe ensinar modos...
-Seu... -Disse Rony entre dentes já partindo pra cima de Draco.No entanto Hermione se colocou entre os dois garotos.
-Será que dá pra vocês pararem?
-Hermione!Você vai mesmo defender esse ai?-Perguntou Rony olhando Draco com nojo.
-Esse ai de que você fala é meu namorado!-Gritou Hermione, que já havia perdido a cabeça há muito tempo. Só depois de ver a cara de espanto de Rony, Harry e Luna, que a garota percebera o que acabara de dizer.
-Seu o que? – Perguntou Rony sem acreditar.
-Isso o que você ouviu. Meu Namorado.
-Hermione... Ele lhe enfeilheçou, não é?
-Rony!É óbvio que não!-Disse Hermione impaciente.
-Só pode ser a maldição Imperius... –Disse Harry tentando mesmo acreditar nisso. -Mas é só irmos à enfermaria que você voltará ao normal, e o Malfoy será expulso!E tudo vai ser como antes... –Continuou, como se essa fosse a explicação mais plausível.
-Harry!Não é a maldição Imperius!Eu amo o Draco... – Disse Hermione. Rony e Harry a olharam como se estivesse louca.- E se vocês estão pensando que vão se meter nisso, estão muito enganados!Eu não vou deixar nada atrapalhar o meu namoro com o Draco, ouviram?Nada!-Quando acabou de brigar com os dois garotos, Hermione finalmente percebeu que em volta dos cinco, havia se formado uma rodinha de alunos curiosos. Os cochichos e as expressões de espanto eram gerais.
-Ah não... -Começou Hermione com uma cara de quem não queria acreditar. Ela olhou para o rapaz que se posicionou ao seu lado. –Draco... Deu tudo errado... -Disse com uma cara de choro.
-Calma Hermione... Tudo vai acabar bem... Você vai ver... -Disse Draco tentando acalmar a namorada. Logo depois ele a abraçou, e ainda unidos pelo abraço, rumaram em direção o castelo, seguidos pelos olhares de todos os presentes.

***

Era um domingo ensolarado de primavera. Com o sol quente daquela tarde, vários alunos passeavam pelos jardins. Enquanto outros aproveitavam para se refrescar no lago. Natasha e Leon passeavam pelo castelo enquanto conversavam sobre Draco e Hermione.
-O que você acha que vai acontecer com os dois de agora em diante?-Perguntou Leon.
-Bem... Eles vão passar por momentos difíceis agora que toda a escola já sabe de tudo... A maioria vai ser contra esse relacionamento... Sem contar a sua família...
-Minha família com certeza vai ser o pior problema...
-Mas eu acho que o amor que eles sentem um pelo outro vai superar tudo isso...
-Você tem razão... No final, o amor sempre vence os problemas e as dificuldades...
-Verdade... O amor é maior que tudo...
-Só espero que nenhum grifinório resolva se meter com o Draco, senão o coitado teria uma estadia bem longa na enfermaria... -Natasha riu.
-Ah Leon!Estive pensando... O que vamos fazer quando acabarmos a escola?
-Eu não sei...
-Eu queria ir morar em outro país, sei lá...
-É... Eu também...
-O que você acha da França?!-Disseram os dois em uníssono. Depois riram.
-Vamos ir morar na França depois que acabarmos a escola?Diz que sim, diz que sim!Sim?- Perguntou Natasha com os olhos brilhando.
-Claro. Por que não?-Natasha pulou no pescoço do namorado e beijou seus lábios.
-Eu te amo muito... E estarei sempre ao seu lado... Seja aqui, na França ou em qualquer outro lugar...
-Eu também te amo muito... E quero estar ao seu lado pro resto da minha vida... -O rapaz de repente se calou.
-Leon...?O que foi?Por que você ficou sério de repente?
-Natasha... E a guerra?Nós dois sabemos que não estaremos em paz enquanto Voldemort não for derrotado...
-Eu sei... Mas alguma coisa me diz que não falta muito para essa guerra estourar...E que a batalha final se aproxima mais a cada dia que passa...

***
A noite chegara e no Salão Principal os alunos faziam a última refeição do dia.Assim que Draco e Hermione entraram de mãos dadas, todos viraram para olhá-los e em poucos instante o local havia sido tomado por cochichos. O casal pareceu não se importar que todos no salão estivessem olhando para eles e logo cada um seguiu para sua respectiva mesa. Enquanto comiam, Draco e Hermione eram obrigados a ouvir comentários nada apoiadores de seus companheiros de casa. Draco olhou para Hermione como se indicasse alguma coisa e logo depois se levantou e se retirou. Alguns instantes depois a garota fez o mesmo. Assim que o casal havia saído do salão, Rony chamou Harry para ir lá fora e quando já estavam próximos a escada, comentou:
-Precisamos fazer alguma coisa para separar os dois...
-Eu sei, mas o que?
-Não faço a mínima idéia... Mas temos que agir logo!
-Você tem razão... Mas eu não consigo pensar em nada...
-Eu ouvi vocês dizendo que querem separar a Granger do Draco?-Disse uma voz atrás dos dois.
-O que você quer Parkson?-Perguntou Harry.
-O mesmo que vocês... Por isso vim propor um trato... De nós nos unirmos para separar aqueles dois...
-Por que deveríamos ouvir você?-Foi a vez de Rony perguntar.
-Por que eu sei de uma coisa que vocês não sabem... E que seria mais do que suficiente para separar eles...
-Que coisa?
-Antes de contar preciso saber se estamos acertados...
-Certo... Estamos acertados então... Agora conte o que você sabe!
-Eles não se amam de verdade...
-Como assim não se amam de verdade?
-O que eles pensam sentir um pelo outro não passa do efeito de uma poção do amor...
-Poção do Amor?-Perguntou Rony chocado.
-Isso mesmo.
-Eu sabia que a Hermione não poderia estar mesmo apaixonada pelo Malfoy... Só não pensava que se tratava de uma poção do amor!
-Mas por que diabos eles beberam essa poção?-Perguntou Harry.
-Bem... Foi minha culpa...
-Você queria que eles se apaixonassem?-Perguntou Harry surpreso.
-Não!Claro que não!Eu queria que o Draco se apaixonasse por mim!Não pela sangue-ruim da Granger!Só que aquela idiota intrometida bebeu a poção por engano... Ela viu quando eu estava fazendo a poção e ficou desconfiada. Foi até lá quando eu ia colocar o último e essencial ingrediente: meu fio de cabelo. Só que foi um fio do cabelo dela que caiu na poção sem que eu percebesse! Quando eu não quis dizer pra que era aquela poção ela fez com que o Draco a bebesse, e quando ele começou a se sentir mal, ela bebeu a poção pra ver se descobria qual era... A culpa foi toda dela!
-Me diz que eles não se olharam depois disso...
-Sim, eles se olharam...
-Merlin! Desfazer o efeito de uma poção como essa é quase impossível! Só um especialista em poções seria capaz de fazer um antídoto tão eficiente!
-E o que faremos agora?-Perguntou Rony preocupado.
-Eu não sei...
-Pensa Harry, pensa!-Dizia o rapaz a si mesmo. – Já sei!Claro!Como eu não pensei nisso antes...
-Pensou no que?- Perguntou Pansy.
-É... Do que você está falando Harry?-Foi a vez de Rony perguntar.
-A Sala Precisa Rony!A Sala Precisa!
-Mas é claro!
-Sala o que?-Perguntou Pansy confusa.
-Vamos que no caminho eu ti explico - Disse Harry começando a andar em passos largos.

***

Draco estava deitado em sua cama e olhava fixamente o teto. Ouviu um barulho estranho vindo da janela e quando a abriu, uma coruja lhe entregou uma carta que trazia. Logo depois levantou vôo e sumiu. Draco foi novamente até a sua cama, onde se sentou e começou a ler a carta:

“Draco,

Precisamos nos falar urgentemente.
Me encontre na Torre de Astronomia às 20:00.

Hermione Granger”

Draco estranhou aquela carta. O que será que Hermione precisava falar tão urgentemente com ele?Deixou a perguntas de lado e seguiu em direção a Torre de Astronomia.

***

Hermione estava em seu quarto arrumando seu material para as aulas do dia seguinte quando de repente ouviu um barulho na janela. Foi até lá e descobriu que se tratava de uma coruja. Pegou a carta que estava na pata da ave que logo depois, num vôo rasante, desapareceu na escuridão da noite. Abriu o envelope e leu o conteúdo da carta:

“Hermione,

Precisamos nos falar urgentemente.
Me encontre na Torre de Astronomia às 20:00.

Draco Malfoy”

Hermione achou aquilo estranho. Olhou o relógio da sua mesa de cabeceira e viu que ele marcava 19:50. Então deixou de lado o que estava fazendo e rumou em direção para a Torre de Astronomia.

***

Quando Hermione chegou, Draco já estava lá.
-O que você queria falar de tão importante comigo?
-Do que você está falando?Foi você que mandou a carta pra mim... -Perguntou Draco confuso.
-Mas... -Hermione ia falar quando viu uma penseira em uma carteira próxima. -Essa penseira é sua?
-Onde?
-Ali - Hermione indicou a Draco.
-Não... Nem havia a visto...
-Mas o que será que uma penseira está fazendo aqui?
-Não faço a mínima idéia... Mas podemos ver o que tem dentro... Quem sabe não descobrimos a quem pertence...
-É... Pode ser... -Draco foi até a penseira e se inclinou para ela.Logo depois Hermione fez o mesmo.Após se verem caindo pela escuridão, Draco e Hermione sentiram seus pés baterem no chão e então abriram os olhos.
-Estamos na biblioteca?-Perguntou Hermione.
-É o que parece...
-Olhe aquela ali não é a Parkson?
-É ela mesma... Essa penseira deve ser dela...
-É... Vamos lá ver o que ela está fazendo. -O casal seguiu até a mesa onde Pansy Parkson lia atentamente um livro.
-Poção do Amor... -Leu Hermione no alto da página do livro. Logo depois a cena ficou difusa e eles se viram em um outro lugar. Eles estavam na sala de Poções, e Pansy tirava alguns ingredientes da sua mochila.
-Espero que esteja tudo certo para fazer a Poção do Amor... - Ela disse. Após um tempo ela parecia ter terminado a poção. O sinal tocou e todos começaram a sair da sala. Então sorrateiramente ela pegou um fio de cabelo de Draco e o colocou na poção, depois pegou um fio de cabelo seu e já ia colocá-lo lá também quando Hermione perguntou:
-O que você está fazendo Parkinson?-Então a garota colocou a cabeça em cima da poção pra vê-la melhor. A outra Hermione que acompanhava a cena atentamente, pode perceber que um fio de cabelo seu havia caído na poção naquele momento. Após uma pequena discussão, da qual ela se lembrava muito bem, reviu Draco bebendo a poção e logo em seguida, ela mesma. No momento seguinte eles estavam de volta a Torre de Astronomia.
-Isso quer dizer que...
-Isso mesmo Granger. - Disse uma voz vinda da porta que logo depois Hermione reconheceu como de Pansy Parkson, que entrava na sala acompanhada de Rony e Harry. -Mas só fizemos tudo isso pra que vocês soubessem da verdade... Soubessem que tudo isso que vocês dizem sentir um pelo outro não passa de uma Poção do Amor...Mas não se preocupem... Eu tenho o antídoto aqui... - Ela foi até eles e entregou um vidrinho para cada um. Hermione abaixou a cabeça.
-Draco, eu... - Ela começou, mas quando se virou para o rapaz, viu que ele havia acabado de beber o conteúdo do vidrinho.
-Nunca mais me chame de Draco... Ou melhor, nunca mais me dirija a palavra!Ouviu?Nunca mais!-Logo depois Draco saiu de lá sem nem olhar para trás. Hermione ficou olhando ele partir com os olhos cheios de lágrimas e segurando o antídoto com a mão trêmula. Pansy olhou satisfeita para a garota e logo depois se retirou também.
-Hermione... Vamos... Já acabou... –A garota não conseguiu responder nada, apenas saiu correndo porta afora.

***

Nadia desceu as escadas do dormitório correndo. Estava atrasada de novo para sua aula de Poções. Estava quase chegando ao buraco do retrato quando ouviu alguém dizendo:
-Ora, ora... Se não é a senhorita Jones... - Nadia olhou para trás e viu nada mais nada menos que Harry Potter.
-O que você quer?
-Onde estão seus modos Nadia... Será que você os perdeu enquanto se agarrava com aquele cara no Três Vassouras?-Perguntou Harry cinicamente.
-Do que você está falando?
-Você pensa que eu não vi você aos beijos com outro cara?Por que eu acho que metade da escola viu, já que vocês não estavam nem um pouco preocupados em estarem em público ou quem sabe, em ser um pouco mais “discretos”...
-Olha aqui Harry... Eu não devo satisfação da minha vida pra ninguém e muito menos pra você, ouviu?Se eu quiser beijar alguém eu vou beijar e você não tem nada a ver com isso!E só pra sua informação, aquele cara é meu namorado!-“O que eu estou dizendo? O Pierre não é meu namorado!” Pensou Nadia.
-Namorado?Pelo visto você me esqueceu muito rápido...
-Se você não lembra quem terminou comigo foi você!
-É... E só foi eu terminar pra você ir correndo se oferecer pra aquele cara!- Nadia não ia aturar aquilo. Não ia deixar ele a ofendê-la!Deu um tapa na cara de Harry e com os olhos marejados disse:
-Nunca mais eu quero vê-lo na minha frente!Nunca mais eu quero falar com você!Eu te odeio Harry!Te odeio!
-Ótimo!Nem eu quero falar com uma garota como você!Por mim eu gostaria de nunca mais olhar na sua cara!Por mim você podia morrer!Morrer!-Gritou Harry. Nadia não suportou mais. Saiu correndo pelo buraco do retrato.
-O que eu fiz!Eu sou um idiota!IDIOTA!-Harry chutou uma cadeira próxima e se jogou numa poltrona. Tinha vontade de ir até Nadia e dizer que era tudo mentira... Dizer que ainda a amava e o que mais queria era estar ao seu lado... Mas sabia que não podia... Sabia que não podia ter a mulher que amava ao seu lado...

***

Nadia saiu correndo com as lágrimas rolando pelo seu rosto. Ela não entendia por que ele a tratava assim. Depois de tanto a fazer sofrer ele ainda a tratava assim... Ele não tinha esse direito!Não tinha o direito de fazer tão mal ao seu coração... E mesmo assim ela ainda o amava. Mesmo ele sendo um idiota insensível ela o amava mais que tudo... Por que ela não podia mandar no seu coração? Por que se pudesse escolheria amar alguém que realmente gostasse dela... Alguém como Pierre... Nadia estava tão absorta em seus pensamentos...Andava distraidamente pela margem do lago quando de repente sentiu alguma coisa atingir sua cabeça.A última coisa que viu foi um vulto negro a segurando.

***

Harry seguia para sua terceira aula do dia quando MacGonagall veio a passos largos em sua direção.
-Dumbledore o espera em sua sala. Precisa falar com você imediatamente e me pediu para chamá-lo.
-O que aconteceu para que Dumbledore queira falar comigo?-Perguntou Harry enquanto seguia a professora até a sala do diretor.
-Guarde suas perguntas para o professor Dumbledore. Já que creio não saber responde-las Potter. -Harry estava bastante preocupado. O que será que havia acontecido de tão grave?Chegaram à sala do diretor. MacGonagall disse a senha e logo depois se retirou. Harry subiu as escadas e bateu na porta entreaberta.
-Entre Harry.
-O senhor meu chamou?-Perguntou o rapaz se sentando.
-Sim chamei... Creio que aconteceu um fato que envolve diretamente a você...
-O que aconteceu?
-Eles a levaram Harry.
-Do que o senhor está falando?Levaram quem?-Perguntou o rapaz confuso.
-A senhorita Jones... Os comensais a levaram Harry... Levaram Nadia...

N/A:
Não, não...Isso não é uma ilusão de óptica...Eu postei mesmo o capítulo 10 xD
Eu sei que demorou um século - ou teria sido um milênio? - mas eu finalmente atualizei essa fic...
Espero que gostem desse capítulo pois eu gostei muito de escrevê-lo =D
E eu acho muito importante resaltar o quanto essa fan fic, e até eu mesma como autora, evoluimos conforme o tempo.
Se vocês quiserem ter uma noção do que eu estou falando, basta voltarem até o primeiro capítulo...Não tem nem comparação com os últimos postados xD
Ah, e eu sei que essa fic tá uma merda, uma porcaria mas mesmo assim eu ainda pesso: COMENTEM!Nem que seja para criticar!A opnião de vocês, leitores, é muito importante pra mim, certo?
Até a próxima atualizão - que espero não demororar muito... xD

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