Segredos
Capítulo XXII – Segredos
Harry definitivamente preferia aparatar, mas estava relativamente debilitado para isso, todo aquele enjôo causado pela viajem por Flú não melhorava nada seu estado.
-	Harry sente-se aqui querido – disse professora Minerva. Estava realmente preocupada – você está se sentindo melhor?
-	Sim professora, muito obrigado.
Ela então fez um feitiço e limpou as vestes do garoto que estavam sujas de sangue.
-	Então será que você poderia me dizer tudo que ocorreu nos últimos dois dias? É muito importante Potter.
-	Claro professora, mas primeiro preciso fazer algo importante e...
-	Potter, nada pode ser mais importante que isso, você não poderia fazer o que quer que seja depois?
Harry queria muito contar á McGonagal tudo que Snape lhe contara antes de morrer, mas saberia que a professora jamais acreditaria nele, precisaria de provas. Precisava dos papéis que Snape tinha guardado em sua sala.
-	Não posso professora, desculpe. Quero muito contar tudo que Snape me disse, mas sei que a Sra. Não acreditará em mim...
-	Como não Harry, pode falar, o que Severo lhe disse? – ao escutar o nome de Snape, a professora reprimiu uma careta. Harry estava certo, ela não acreditaria nele, ainda guardava muita mágoa do professor.
-	Professora, não dá... – o garoto começava a ficar nervoso com a insistência da diretora.
-	Diga-me Potter, onde ele está? – ela pr sua vez também estava bastante nervosa com a teimosia do garoto. Ficaram se encarando por alguns segundo quando começaram a falar ao mesmo tempo – Tudo bem Potter...
-	Tudo bem professora...
-	...Entendo que você não queira falar, mas é necessário para...
-	Snape...
-	...Para podermos entender o que vem acontecendo...
-	Snape...
-	...Você preocupou muita gente com esses desmaios e...
Harry estava extremamente nervoso, mas agora era porque a porque a professora não o deixava falar.
-	SNAPE SEMPRE FOI FIEL A DUMBLEDORE E AGORA ESTÁ MORTO!
Silêncio... A professora Minerva estava agora mais pálida que uma folha de papel, seu lábio inferior tremia loucamente, fazia um esforço imenso para falar.
-	Mor...Morto? C-como assim Harry?
-	Snape está morto porque Voldemort descobriu que estava sendo enganado por todo esse tempo e...
-	Não é verdade! Snape traiu a todos nós e...
-	Desculpe professora, mas sabia que a senhora não acreditaria em mim, agora se me der licença, preciso fazer algo realmente importante.
Harry simplesmente deu as costas à professora, que se espantou com a reação do garoto, e saiu pelos corredores do castelo. Estava vagando pelos corredores quando viu Hagrid.
-	Harry! Como está, fiquei sabendo que você estava no St. Mungus. Está tudo bem agora, não é?
-	Olá Hagrid! – o garoto estava feliz em vê-lo, fazia muito tempo que não conversava com Hagrid – estou melhor sim, obrigado.
-	Ótimo, mas então, o que houve?
-	Longa história Hagrid...
-	Quem sabe você não conta no caminho de casa? Vamos para minha cabana, tomar uma xícara de chá...
-	Desculpa Hagrid, mas não dá, preciso fazer algo extremamente importante e... HEI! Vem comigo, te conto tudo no caminho, assim você me ajuda.
-	Claro, onde está indo?
-	Para a antiga sala de Snape.
Hagrid parou onde estavam e encarou Harry seriamente.
-	O que você vai fazer na sala daquele traidor?
-	Hagrid acredite em mim, preciso da sua ajuda.
-	Harry, o que você quer fazer na sala daquele traidor que matou Dumbledore...?
-	Hagrid ele não é traidor, confie em mim – acrescentou rapidamente ao ver a cara que Hagrid fazia.
-	Harry, Harry, não sei não...
-	Vamos.
Desceram as escadas em direção as masmorras. Estava tudo completamente abandonado, Harry concluiu que ninguém descera lá novamente desde o ocorrido no ano passado.
Pararam então à frente da porta da sala que era de Snape. Harry tentou abrir a porta, mas estava trancada, tentou então um feitiço.
-	Alorromora!
Nada aconteceu.
-	Harry, se está trancada é porque não é pra ninguém entrar
-	Mas tem que ter um jeito! ACCIO CHAVE!
Então uma das pedras da parece sumiu e de dentro dela saiu uma chave velha e enferrujada.
-	Não disse – disse o garoto com ar satisfeito.
-	Harry, não seria melhor a gente voltar?
-	Hagrid fique calmo, além do mais, Snape me pediu para vir até aqui.
-	Pediu é? Quando?
-	Shh, quando entrarmos na sala eu te explico – disse o garoto já com a chave na maçaneta – confie em mim Hagrid – e assim abriu a porta.
A sala estava muito escura, mas mesmo assim Harry percebeu que não havia mais as carteiras, pois conseguia caminhar livremente. Ia em direção das janelas quando tropeçou em algo.
-	AI! Lumus!
Um fino feixe de luz saiu da ponta de sua varinha iluminando o local. De repente as luzes se acenderam e tanto Harry como Hagrid ficaram espantados com o que viram.
-	Você! Mas como?
- Olá pra você também Potter!
 
                    
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