DETENÇÃO CURIOSA



N/A: Bom, em algum lugar, alguém reclamou pq meus capítulos saum pequenos... entaum eu transformei dois capítulos em um só!
Naum ficou grande e tal... mas bom, a parte boa está apenas começando! É uma coisa realmente progressiva q eu quero fazer... =)
Brigada pelas reviews, Aluada e Ruivinha Malfoy!
Espero q gostem desse cap tb! =)

CAPÍTULO 06
DETENÇÃO CURIOSA

- Gina, está lembrando do treino hoje? – perguntou Harry, no Salão Comunal.

- Não posso ir, Harry. Snape me colocou em detenção.

- Por quê?

- Ele é um idiota. Quer mais motivo? Estava mau humorado e resolveu descontar em mim.

- Tudo bem. Até mais tarde, então.

- Se Snape me deixar sair antes do amanhecer... – reclamou, saindo pelo quadro.

- Você! – Gina exclamou ao ver que quem a aguardava nas masmorras era Draco, e não Snape. – Achei que não poderia ter algo pior do que detenção com Snape, mas parece que sim.

- Também gostei de te ver, Weasley. – provocou. Draco estava sentado na mesa do professor com os pés na mesa, olhando para Gina com o mesmo sorriso irônico no rosto. – Snape não queria ver sua cara de novo, então me ofereci para fazer isso por ele.

- Como se você quisesse. O que tenho que fazer?

- Ele mandou você passar a limpo os pergaminhos que estão nessas gavetas. Disse que não posso deixar você sair até terminar todos. – Ele abriu as gavetas e retirou três pilhas de pergaminhos amassados. – Parece que vamos ficar aqui a noite inteira...

- Snape é um idiota. Só perde pra você.

- Sabe de uma coisa, Weasley – ele levantou-se e foi em direção a ela. – Você fala isso, mas está louca para que eu faça de novo o que fiz no Natal.

- Você é maluco. – Draco se aproximava mais e Gina se afastava, andando para trás. – O que você queria com aquilo, afinal?

- Ora, você é bastante esperta para saber, não? – Ela encostou na parede. Ele segurou delicadamente o queixo dela e aproximou seu rosto do dela. Dessa vez, ele não foi em direção ao ouvido, mas à boca dela. – Não existem muitas opções.

Então, ele a beijou. Gina ficou sem reação por um momento... sentir a respiração dele tão próxima a fez arrepiar-se e fechar os olhos novamente. Quando ele tocou os lábios nos dela, não conseguiu se mexer. Por um momento até correspondeu àquele beijo intenso, forte. Quando finalmente se deu conta do que aconteceu, empurrou-o.

- O que você pensa que está fazendo? – perguntou, limpando a boca.

- Eu repito: você é esperta o bastante para saber o que eu estava fazendo.

- Não faça isso de novo, Malfoy, ou vou azarar você.

- Posso querer pagar para ver isso, Weasley. – riu, se aproximando dela novamente.

- Não dê mais um passo. – pegou a varinha. – Estou avisando.

- Certo, Weasley, abaixa a varinha. – Mas ele continuava com aquele sorriso no rosto.

- Vou começar logo isso. Quanto mais rápido terminar, mais rápido me livro de você. E vê se fica quieto.


Gina sentou-se em uma das mesas da masmorra, enquanto Draco a observava silencioso da mesa de Snape. Passaram mais ou menos duas horas em silêncio. Draco não parava de olhar para ela, e ela sabia disso porque também olhava toda hora para ele.

- Pára de me olhar. – disse, ainda copiando os pergaminhos.

- É meu dever fazer isso, Weasley. Snape me mandou checar se você está fazendo isso direito.

- Não precisa deixar de piscar, ou olhar como se me admirasse ou coisa assim.

- Está interpretando demais, pobretona. E se sabe que estou olhando, é porque você também está.

- É difícil não fazer isso quando você não dá um pio em duas horas.

- Achei que você tivesse me mandado ficar quieto.

- Ah, Malfoy, você é um idiota. – disse ela, agora olhando para ele.

Ficaram calados por mais alguns minutos, Draco ainda a olhando e Gina levantando a cabeça para checar se ele ainda a observava.

– Faz tempo que você não é visto com seus seguranças pelos corredores.

- Não são meus seguranças, são uns imbecis. – Draco levantou e ia em direção à mesa dela. – Não tenho que ir para todos os lados com eles.

- Até semanas atrás não parecia.

- Está reparando demais na minha vida, Weasley. Posso começar a interpretar, também.

- Não tem nada pra interpretar. Não tenho culpa se você me segue.

- Muito cheia de si, para achar que estou te seguindo. Tenho coisas melhores a fazer, sabia?

Gina suspirou, impaciente. Ele tinha uma resposta pra tudo? “Que garoto irritante! E por que ele me beijou, afinal? Não pára de olhar pra mim.”

Resolveu se calar. Não disse mais nada a noite inteira, apesar de olhar em intervalos irregulares para Draco. Eram quase duas da manhã quando ela terminou de passar os pergaminhos a limpo.

- Muito bem, Weasley, o professor ficará orgulhoso. Vou dizer a ele como você se comportou direitinho.

- Idiota.

Gina seguiu distraída para a torre da Grifinória. Tão distraída que assustou-se quando chegou ao quadro da Mulher Gorda.

- Cabeça de Dragão.

- Boa noite pra você também – disse a Mulher Gorda. Mas Gina não respondeu. Foi direto ao seu dormitório, mas não conseguiu dormir.




Gina não contou a ninguém sobre o episódio nas masmorras. Quem iria acreditar? A situação já estava irritante. Encontrava Draco a cada intervalo entre as aulas, nos corredores. Raramente estava acompanhado. O garoto sentava-se estrategicamente na mesa da Sonserina, de modo que ficasse de frente para ela. Em três dias, ela começou a se sentar de costas para a mesa dele, mas podia sentir o olhar do sonserino, e ficava realmente curiosa para saber se ele continuava olhando todos os dias. Também começou a usar caminhos diferentes para chegar às salas de aula, quando era possível.

Não fazia sentido. Draco Malfoy beijou uma Weasley, família que ele sempre odiou. Gina não entendeu, ele não explicou. As atitudes dele não faziam sentido algum, e parecia que apenas ela notara isso! Até que Harry resolveu comentar.

- Gina, o que há com o Malfoy? Ele está olhando pra você a semana inteira.

- Não sei, Harry. Deve estar praticando alguma azaração e não encontrou vítima melhor.

- Ele me irrita. Se ele continuar, pego ele na primeira chance que tiver.

Mas, de repente, o Sonserino voltou a desaparecer. Sumiu dos corredores e sentava de costas para a Grifinória. “Finalmente ele se tocou”, pensou Gina. Mas então, ela se viu passando pelos corredores nos quais costumava encontrá-lo. Se viu sentar de frente para a Sonserina novamente, mas Draco continuava sentado de costas para ela.

“O que deu em mim? É o MALFOY! Virgínia, essa não é você. Malfoy está chamando sua atenção? Está ficando maluca.”

À exceção das atitudes de Draco, a outra coisa que incomodava Virgínia Weasley era Harry Potter. Ela passara a ser ela mesma há bastante tempo e o tratava normalmente, mas não notou muita mudança no garoto. Eles passaram o verão se divertindo juntos, rindo e conversando. Aprendera muito sobre ele, voltara a admirá-lo. Mas Harry parecia não perceber!

Achou que algo pudesse acontecer depois da visita a Hogsmeade, mas ele não fez mais nenhum movimento em direção ao que ela gostaria. Não demonstrava, é claro, que isso a irritava. Mais do que isso, magoava. Ela era uma garota madura, isso era verdade. Estava muito bem sozinha, mas gostava de Harry, não podia evitar seus sentimentos... queria que ele a enxergasse.

- Ele já tomou alguma atitude? – alguém perguntou, fazendo Gina pular. Estava sentada nas arquibancadas, descansando, assistindo Harry perseguir o pomo de ouro.

- Malfoy! Você me assustou.

- Responda, ele já tomou alguma atitude? – Draco sentou-se ao lado dela e também assistia a Harry.

- Não vou discutir isso com você.

- Imaginei que não. Potter é um lerdo. Eu te falei, Weasley, que cheguei mais perto do que ele chegará de você...

- Cala a boca, Malfoy, não é da sua conta.

- Você deveria desencanar desse babaca. Ele não sabe lidar com as garotas.

- E você sim? – Gina olhou para ele.

- Você sentiu na pele.

- Eu não senti nada, Malfoy.

- Não pareceu – agora, Draco também a encarava. – Você correspondeu.

- Eu NÃO correspondi.

Ela odiava se lembrar disso. Talvez porque sempre que isso acontecia, ficava distraída; lembrava das mãos dele na cintura dela, do beijo intenso que a acendeu por um momento. Se reprimia por isso, não era admissível sentir tudo isso beijando Draco Malfoy, o filho do homem que a fez entrar em contato com o diário de Tom Riddle; Draco Malfoy, o garoto que passou os cinco anos dela em Hogwarts importunando-a. Sempre que se lembrava, sacudia a cabeça para espantar os pensamentos.

- Eu não entendo vocês, garotas. Se prendem a alguém que não olha pra vocês. Pra mim, esse negócio de gostar não existe. Quem faz isso só sofre. Prefiro me divertir.

- Vou treinar, Malfoy. Suma daqui.

Gina levantou vôo e voltou a treinar. Olhou para a arquibancada e notou que Draco não estava mais lá. “Finalmente ele se tocou.”




Draco Malfoy tinha tudo sob controle. Queria se divertir com ela. Apenas pelo gostinho de conseguir provocar. Deveria importuná-la, deixá-la confusa; quanto mais, melhor. Já tinha experiência em seduzir garotas. Sabia que o que chamava atenção delas era a inconstância. Por isso, passou as últimas semanas ignorando Virgínia Weasley.

Fez a garota pensar que ele não estava olhando mais. Passou a sentar-se de costas para ela na hora das refeições, passou a tomar novos caminhos rumo às salas de aula. Usava os atalhos que conhecera quando saía de fininho pelas madrugadas. Era ótimo ser monitor; inventava desculpas convincentes quando Filch o encontrava fora da cama em horários proibidos. Filch era um idiota, acreditaria em qualquer coisa.

Mas ele acabava dando um jeito de olhar para Gina mesmo sem ela perceber. Costumava observar todas as pessoas, procurando seus pontos fracos para tirar vantagem deles. Via a garota chegar ao Salão Principal, via os treinos de quadribol, de longe, sem se deixar ser visto. Draco começara a perceber que Gina era mesmo bonita. Observou como as curvas do corpo dela eram proporcionalmente delicadas... “Pelo menos escolho bem minhas vítimas.”

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