SONSERINO E POBRETONA

SONSERINO E POBRETONA



Virgínia Weasley levantou-se naquela manhã pronta para mais um ano letivo em Hogwarts. Era seu quinto ano, o ano dos N.O.M.’s. Mas ela não estava preocupada com as provas ainda. Estava feliz, pois Lord Voldemort fora derrotado no último verão. Dumbledore e toda a Ordem da Fênix, junto a Harry Potter, conseguiram matá-lo. Os Comensais da Morte que não morreram foram presos. Mas, como há quinze anos, alguns ainda permaneceram livres, sem provas. Seu pai recebera uma promoção no Ministério, seus irmãos estavam faturando na loja de logros e brincadeiras. Em algumas horas apenas, iria rever Dean Thomas, seu namorado, e matar as saudades. Gina tinha tudo para estar contente naquele primeiro de setembro.

- Bom dia! – cumprimentou a ruiva, quando chegou à cozinha.

- Vamos, Gina, não temos muito tempo. – disse sua mãe, apressada, colocando algumas torradas em sua mão. – Temos que ir de carro outra vez! Vamos, Harry, querido, já terminou? Vá levando as suas malas para o carro, então.

Harry passou o resto do verão n’A Toca, junto com Hermione e toda a família Weasley. O mundo todo comemorava os últimos acontecimentos, o Profeta Diário estava sempre atrás de Harry para entrevistas. Felizmente, Arthur dera um jeito de evitar que qualquer coruja do jornal chegasse até a casa, permitindo a todos um bom descanso.

Foram férias muito divertidas para todos. Gina jogou quadribol com os garotos e competia com Harry pelo pomo quando jogavam um contra o outro. Caramelos Incha-língua e muitas outras invenções dos gêmeos fizeram do verão nada monótono.




Na Plataforma 9 ½, Gina reviu todos os seus amigos.

- Oi, Gina! – Dean cumprimentou, abraçando-a. – Como foi de férias?

- Harry e Hermione passaram o verão lá em casa. – respondeu a ruiva, entrando no trem. Foi bem divertido, na verdade. E as suas?

A garota percebeu que o namorado estava mais distante. Não achou ruim, na verdade. Nesse breve encontro, já percebeu que não sentia mais nada por ele além de amizade.

- Bem divertidas! Meus pais resolveram comemorar na Austrália. Sobre isso, preciso falar com você... aconteceu algo lá, Gina.

- Você encontrou alguém?

- Sim... – os dois haviam parado no corredor do trem. Dean contou a ela que conheceu uma garota na Austrália e que começou a gostar dela, e por isso não podia continuar o namoro. Gina ficou surpresa, mas não ficou triste. Nos meses em que não se viram, percebeu que não estava sentindo falta dele, e que Harry voltou aos seus pensamentos. Disse então a Dean que entendia, e que ela também havia mudado nesse tempo.
Gina sentou-se em uma cabine junto a Harry, Rony, Hermione e Neville. Luna logo os encontrou. Depois do episódio no Ministério, no final do último ano, não tinha como eles não se aproximarem. Passaram a viagem conversando e rindo, comentando sobre as comemorações em todo o mundo, sobre como os trouxas deveriam estranhar tudo o que estava acontecendo.




Gina começou a se sentir pressionada próximo ao dias das Bruxas. Todos os professores passavam muitas tarefas e insistiam em falar sobre como era importante conseguir os N.O.M.’s. Já aconselhavam a pensar sobre a carreira que gostariam de seguir, e a ruiva ainda não tinha idéia do que queria.

Para completar o estresse, Harry quis começar os treinos de quadribol. Agora que era capitão, pretendia treinar o máximo possível para ganharem o campeonato. E parecia encontrar Draco Malfoy em todos os corredores do castelo.

- Está me seguindo, Weasley?

- Curioso, achei que fosse o contrário. O que você quer, Malfoy?

- O que eu quero, você não vai querer me dar. – provocou o loiro, examinando-a novamente. – Ou será que sim? Eu posso pagar bem, você sabe.

- Você é um imbecil, mesmo.




Draco Malfoy já estava começando a se irritar com aqueles encontros constantes com Virgínia Weasley no corredor. Tantos corredores no castelo, e ela sempre tinha que estar onde ele estava!

- Está me seguindo, Weasley?

- Curioso, achei que fosse o contrário. O que você quer, Malfoy?

Draco resolveu brincar, sabendo que ela não gostava.

- O que eu quero, você não vai querer me dar. – provocou. - Ou será que sim? Eu posso pagar bem, você sabe.

- Você é um imbecil, mesmo.

“E você uma Weasley. Uma pena.” Pensou ele, examinando o corpo da garota enquanto ela andava para o outro lado.

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