A revolta de Hermione



A revolta de Hermione


-Já vai! Já vai!- gritava Hermione desesperadamente. Ela parou na porta, respirou fundo e olhou no olho-mágico... Mas para a surpresa da garota, não eram seus pais, mas sim... UM SIMPLES CARTEIRO!!!

-Bom dia senhorita!- disse ele com um sorriso alegre -Aqui estão as suas correspondências.- e entregou-as à Hermione.

-Está bem, muito obrigada! E um bom dia, para você também...- Hermione parou der repente de falar, o carteiro estava olhando para Hermione de jeito muito esquisito –O que foi?- e se olhou de baixo para cima e percebeu que estava toda cortada –Ah! Isso...- disse Hermione sem jeito –foi quando eu ajudei o meu irmãozinho a plantar uma roseira... E... A roseira como era muito grande... Caiu em cima de mim!- e o carteiro continuou a olhá-la -É foi isso mesmo!- o carteiro continuo a olhando.

-Não acredito em nenhuma palavra que você disse senhorita!- disse ele com um ar de reprovação.

-Mas...

-Eu tenho um irmão que trabalha no centro de apoio a criança e o adolescente e...

-Eu não preci...

-Se quiser eu posso te levar lá para ver meu irmão- disse ele muito sério –talvez ele possa te ajudar!

-O que você está pensando?- disse Hermione que já não estava entendendo mais nada.

-Não sofra calada menina, pode desabafar- disse num suspiro –Eu...

-Ta!- Hermione bateu a porta na cara do carteiro –vai pastar! Contas e mais contas...- chegando na cozinha , lá estava Rony Weasley debaixo da mesa tremendo de medo.

-Q... Quem era?- perguntou Rony.

-Era o carteiro- disse Hermione desdenhosa. Rony, aliviado com a notícia, saiu debaixo da mesa.

Hermione outra vez pegou a vassoura e a pá e recolheu os cacos que estava no chão, enquanto Rony a observava se abaixando para recolher os cacos. Hermione logo percebeu.

-Olha seu tarado- disse ela bravamente –Uma gracinha e eu te dou uma pazada na cabeça, ta me entendo?- berrava Hermione. Rony, como estava hipnotizado pelo corpo da menina, logo voltou a si depois da ameaça berrada.

-E qual é? Não posso mais te olhar não é?- resmungou Rony. Hermione na mesma hora largou a vassoura no chão e se aproximou de Rony furiosa com a pá erguida em uma das mãos –Ai! Ai! Ai!

-Olha Rony!- disse Hermione furiosamente e abaixando a pá –Você pode ca-in-do-fo-ra-tá!- disse Hermione apontando em direção a porta da sala.

-Cair fora? Foi isso que eu escutei?- disse Rony indignado, pois nunca imaginou que Hermione o expulsaria de sua casa –CAIR FORA!- berrou Rony sem acreditar no que estava ouvindo.

-É isso mesmo- disse Hermione secamente –CAIA FORA DAQUI! AGORA!- berrou ela ainda mais alto. Os dois ficaram pensativos se entreolhando, até Rony dar sua última palavra.

-Se é isso que você quer...- disse um Rony muito tristonho –A casa é sua... Daqui a pouco seus pais vão chegar né?- e ele foi andando em direção a porta da sala.

Hermione pensou, pensou e foi correndo atrás do garoto. Mas já era tarde demais. O garoto já estava na saída do quintal.

-Rony! Rony!- gritava desesperadamente –Espera! Me desculpa!- Rony deu uma olhada para trás, mas continuou andando e rindo da menina. “Eu não posso o deixar ir embora! Vou ter que pagar esse mico!” pensou Hermione decidida –Espera Rony! Perdoa a Mioninha feia!- gritou ela no meio da rua –Por favor! Por favor!- e Hermione saiu correndo atrás de Rony, que estava adorando vela correndo e implorando perdão. Ela conseguiu alcançar o garoto, que estava segurando o riso –Rony... Me desculpa!

-Hermione, que prosa é essa?- perguntou Rony tentando segurar o riso para parecer que estava falando sério –Você não me expulsou da sua casa?

-E... Expulsei mas... Mas me arrependi!- Rony fez menção de ir embora e Hermione logo se adiantou –Eu juro!

A rua inteira estava olhando os dois! Rony de braços cruzados só olhando Hermione com uma cara de quem parecia estar muito furioso.

-Poxa Rony! Eu te peço perdão, pago o maior vexame aqui no meio da rua e você nem para dizer uma só palavra!- disse Hermione desapontada com a frieza de Rony. Mas Hermione viu que não adiantou nada a ceninha então resolveu pegar mais pesado, e se ajoelhou nos pés de Rony e começou a chorar e implorando perdão. ”É... Acho que ela está gostando de mim” pensou Rony. E levantou a menina que estava soluçando de tanto chorar –E... Ai? Vo... Você me... Me perdoa?- der repente Rony começa a dar gargalhadas –O que foi?- perguntou ela que já não estava entendendo o porquê das gargalhadas.

-Você Hermione! Você fazendo de tudo para eu te perdoar. Por que será, heim?- Rony deu uma piscada para Hermione que deu uma risadinha para ele e pegou na sua mão.

Os dois foram andando de mãos dadas, um rindo para o outro como se fossem namorados. Mas der repente eles avistam de longe os pais de Hermione. Rony deu um beijo rápido na boca da menina e saiu correndo desesperado. Mas a menina teve que se declarar.

-Rony!- gritou ela.

-O quê?- ele já estava longe, mas parou.

-EU TE AMO!- disse apaixonadamente.

-Eu já sabia Mione!- berrou Rony já bem distante.

Ele seguiu correndo, e Hermione ficou olhando até sumir de vista.

-Ah! Rony Weasley!- suspirava Hermione distraída, der repente alguém tocou no seu ombro –Aaaah!- gritou ela assustada.

-Calma!- disse uma voz grave masculina –Sou eu, seu pai!

-Ah pai que susto!- disse aliviada. Der repente ouviu-se um outro grito.

-Aaaah, querida!- a mãe de Hermione gritava apavorada –O que aconteceu? Você está toda cortada Mione!

-Mas mã...

-Eu disse para você ficar no quarto deitada na cama, pois você está com dor de cabeça!- dizia a Srª. Granger desesperada –Por que você levantou? Por que você me desobedeceu? Por quê?- e ela abraçou Hermione chorando.

-Calma mulher! Calma, nossa Hermione está bem...- disse o Sr. Granger tentando acalmar sua esposa, mas que depois também caiu em si –Hermione! Que corte são esses? Querida chame a ambulância! CHAME A AMBULÂNCIA, RÁPIDO!- gritava o pai de Hermione desesperado.

A Srª. Granger saiu correndo para o telefone desesperadíssima. Já o pai de Hermione pegou-a se debatendo no colo, e a levou para sala e a pôs encima do sofá deitada.

-Calma filinha! O papai e a mamãe já chamaram a ambulância e tudo vai ficar bem! O.K.? Tudo vai ficar bem!

-E ai querido?- veio a mãe de Hermione correndo –Nossa Mioninha está bem?

-Olha que pergunta mulher!- disse ele rispidamente –Claro que ela está...- mas Hermione não deixou nem o pai terminar de responder e se levantou.

-EU ESTOU BEM!- berrou Hermione a plenos pulmões –Estou me sentindo ótima! Será que vocês dois não estão vendo?- depois disso ela rompeu a escada direto para o seu quarto furiosa sem dar nem uma olhada para traz.

O Sr. e a Srª. Granger ficaram mudos se entreolhando surpresos a reação da filha.
Hermione se trancou mo quarto e pela janela viu a ambulância parada na sua porta e seu pai dando desculpas ao enfermeiro. O Sr. Granger olhou para cima e viu Hermione na janela, e entrou na casa de cabeça baixa decepcionado.


Passaram-se algumas horas e alguém bateu na porta do quarto de Hermione.

-Quem é?- perguntou ela desanimada.

-Sua mãe filha!- respondeu uma voz doce e parecendo meio tristonha do outro lado da porta.

-Me deixa em paz!- irritou-se Hermione.

-Filha vamos conversar!- insistiu a Srª. Granger.

-Não estou a fim de conversar!- gritava ela –Vai embora e me deixe em paz!

-Mas pelo menos me conte filha, aonde foi que você se cortou desse jeito?

-NÃO! Não vou dizer! Não insista! VAI-EM-BORA!- berrava Hermione.

-Está bem Hermione- a Srª. Granger ficou mais triste ainda e deu sua ultima palavra –mas se quiser desabafar ou conversar a respeito...- e der repente ela começou a chorar –mamãe e papai estão aqui em baixo ta querida!- e ela saiu limpando os olhos com um lenço e desceu as escadas.

Hermione correu para a porta para escutar o que iam falar.

-Ela não quis conversar- chorava a mãe de Hermione inconsolavelmente –Ela me mandou deixá-la em paz- e abraçou o marido.

-Ah querida, nossa Hermione... Infelizmente já é uma mocinha, uma adolescente não, podemos ficar mimando ela desse jeito!- reconheceu o Sr. Granger.

-O... Que?- indignou-se a mãe de Hermione –você está querendo dizer?

-Que ela está enjoando do seu jeito de tratá-la...- disse calmamente ele.

-Só eu?

-É... Eu também. Então é isso- disse ele decidido.

Hermione não agüentou. Abriu a porta do quarto e desceu as escadas o mais rápido que pode e nem esperou chegar ao fim e logo disse:

-Pai... Mãe?- os dois olharam para a escada e viram Hermione descendo –Me desculpem!- eles saíram correndo ao encontro da filha, e Hermione ao encontro dos pais e se abraçaram chorando.

-Claro que te desculpamos minha filha!

-Nós nunca vamos lhe deixar faltar o perdão minha filha!

E a menina sorriu para os pais, dando fim aos prantos. Mas der repente lhe passa pela cabeça:”Rony... Aonde será que ele está?”















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