A Ninfa e o Lobisomen



“Corre a lua, porque longe vai?
Sobe o dia tão vertical
O horizonte anuncia com seu vitral
Que eu trocaria a eternidade por essa noite...”
(Relicário - Nando Reis)




Antes mesmo do Sol nascer, Eriu já estava desperta e havia subido o caminho processional que a levaria ao Tor. Caminhou vagarosamente, tentando colocar os pensamentos em ordem. O caminho era extenso, dando longas voltas ao redor do monte, mas ela não se importava. Estava tão acostumada, que seria capaz de ir até lá, até mesmo enquanto estivesse dormindo.

Sempre que estava em busca de algum tipo de orientação, ela se encaminhava para lá. Talvez por estar em um lugar alto, próximo ao céu, ela sentia que o contato com o divino era maior e mais amplo.

Sempre que estava no meio do círculo de pedras, sentia o coração bater mais forte e a respiração irregular. Era palpável o poder que circulava ali, até mesmo no ar fresco que acariciava o seu rosto, quase intocado pelo tempo.

“Estou ficando velha”, pensou amargamente. Apesar de aparentar beleza e juventude, sabia que não era mais uma mocinha. Por vezes, tinha um desespero latente, ao pensar que em alguns anos, ela deveria entregar o cargo de Grã-Sacerdotisa a uma mulher mais jovem.

Mas esses pensamentos ficaram esquecidos quando viu o céu clarear-se aos poucos, tingindo-se de rosa e os primeiros raios de Sol tocarem as pedras circulares do Tor. Sempre perdia a respiração ao presenciar tal fato.

Na penumbra, as pedras pareciam cinzentas, frias e amedrontadoras, mas quando tocadas pelo Sol, toda a sua magia e mistério pareciam renascer, mesmo que ela soubesse que a Lua também possuísse o seu mistério e encanto.

Ali, sozinha, ela fez a saudação ao Astro-Rei, sentindo toda a vida se agitar na Ilha, como se aquela fosse a primeira manhã de primavera que o mundo conhecesse.

“Mas de certa forma, esta é a primeira primavera, já que o mundo renasce a cada alvorecer... Já que tudo faz parte do ciclo interminável da vida...”

Observou, o grande bosque de carvalhos com suas árvores veneráveis e os edifícios que se erguiam austeramente. Sempre que Eriu estava ali, não conseguia deixar de pensar nos grandes Mistérios que a cercava.

“O tempo transcorre de maneira diferente em Avalon, como se ao mesmo tempo tudo acontecesse muito rápido e muito devagar...”

E ela sabia que esse era um dos muitos segredos dos sábios: o tempo transcorre de acordo com a tua consciência!

Eriu passou a mão sobre sua própria fronte, tentando afastar os pensamentos. Respirou fundo e já estava se preparando para descer o caminho quando percebeu que havia alguém subindo o caminho processional. Ela sorriu e estacou no mesmo lugar onde estava, esperando a pessoa.

-Fazendo a saudação ao Astro-Rei, Senhora? - Dagda perguntou, enquanto sorria tranqüilamente.

-Sim, meu caro. - ela tornou a observar o bosque de carvalhos, enquanto pouco a pouco o dia se tornava mais radiante. - Parece que adivinhou que eu precisava lhe falar!

-Ah, Eriu, minha cara, palavras não são necessárias para que eu saiba quando tu precisas de um amigo. Assim que acordei, ouvi o teu chamado silencioso e vim para cá!

Dagda se aproximou da Grã-Sacerdotisa ficando ao lado dela, de modo que também pudesse observar a paisagem. Ficaram algum tempo calados, sentindo a magia daquele lugar, que recarregava as suas forças e acalmava o espírito.

-Uma das garotas possui a Visão, Dagda! - Eriu disse, voltando a assumir a postura firme que o seu cargo exigia.

O homem pareceu surpreso.

-Qual delas?

-Gina! - Eriu respondeu, encarando Dagda.

-Bem, se você afirma isso é porque tem certeza, estou certo?

-Sim. Ontem à noite eu a levei ao Poço Sagrado, Dagda. Achas que fiz mal? Morrigan disse que eu não deveria, pois Gina não era uma consagrada.

Por um breve momento, Dagda teve a impressão de que Eriu havia despido a imagem de Sacerdotisa e parecia uma garotinha insegura, que busca orientação com o irmão mais velho. Mas foi apenas um breve momento de descuido e logo, ela voltava a manter a expressão séria de antes.

-Senhora, eu não tenho o poder de julgar as suas decisões. Se crês que o que fez está correto, eu apenas devo aceitar a tua decisão. - Dagda olhou seriamente para Eriu, que retribuiu com um sorriso de gratidão.

-Quando a Terra está imersa nas trevas, Cerridwen, detentora do caldeirão da sabedoria, nos envia o seu escolhido, aquele que terá o poder e a força de dissipar as sombras... - A Sacerdotisa disse, olhando vagamente para o horizonte.

-Eriu... O que exatamente isso quer dizer? - o Sacerdote perguntou, parecendo confuso e assustado ao mesmo tempo.

-Dagda, você já ouviu falar em um tal de Voldemort?

O Sacerdote estremeceu ao ouvir aquele nome.

-Onde você ouviu esse nome?

-Foi Gina quem me disse! - A Sacerdotisa respondeu - Diga-me, você já ouviu?

-Sim, claro que já. Na época em que vim para Avalon, ele estava em ascensão, trazendo medo e terror à vida das pessoas. - Dagda disse, parecendo preocupado - Foi uma das razões para que eu me refugiasse em Avalon e trouxesse minha filha comigo. Mas ele tem algo a ver com Gina?

Eriu respirou fundo e começou a relatar tudo o que tinha acontecido na noite anterior, desde o momento em que Gina entrou em transe até a conversa que elas tiveram após isso.

-...Então, pelo o que pude perceber, Dagda, Harry é o “Escolhido”, o único com o poder de subjugar Voldemort!

O Sacerdote ficou calado, olhando vagamente para o céu, enquanto ponderava aquelas informações. Nunca iria imaginar que aquele rapaz simpático e um pouco reservado fosse o “Escolhido”. De todos os que haviam chegado ali, Harry era o mais taciturno, sempre tentando ocultar algo e evitando falar de si. Era sempre muito bem educado, e tudo mais, mas ainda assim, Dagda não podia acreditar que aquele rapaz tão jovem pudesse ser o “escolhido”. Era um peso demasiado árduo para uma única pessoa.

-A Deusa sempre escolhe os mais jovens e fortes para cumprirem os seus desígnios! - Eriu disse, respondendo aos pensamentos de Dagda.

-Sim, Eriu, mas será que ele está preparado para isso?

A Sacerdotisa não estava certa de sua resposta. Como poderia ela saber se o jovem estava preparado ou não?

-Não sei, meu caro amigo, sinceramente eu não sei...

O Sacerdote notou a expressão angustiada da Grã-Sacerdotisa. Pegou uma das mãos dela e ficou afagando os seus dedos carinhosamente.

-Então, vamos dar tempo ao tempo. No momento certo a Deusa nos dará a resposta.

-Sim, Dagda - ela sorriu fracamente para o homem - No momento certo, a Deusa nos dará a resposta...




~~//~~//~~//~~//~~



Logo após o desjejum, Tonks pediu a ajuda de Danna para preparar uma cesta com frutas e pão, que ela levaria para Lupin. Ela sabia que sempre que Lupin enfrentava as suas transformações, ficava mais fraco, necessitando de cuidados. Ele sempre foi relutante nessa questão, pois não gostava de ser visto nesses dias, mas desde que havia se envolvido com Tonks, ele teve de rever muitos de seus princípios. Tonks era uma mulher que tinha sérios problemas em obedecer a regras e pensar em conceitos!

Quando Morrigan havia oferecido a cabana de pesca para que Remus passasse a semana da Lua Cheia isolado, a jovem Auror fizera questão de conhecer o caminho para chegar lá. Primeiro, porque não queria que Lupin fosse sozinho com a Sacerdotisa, e segundo, porque achava importante saber onde ele estaria, pois poderia visitá-lo.

Assim que estava com tudo pronto, ela se encaminhou para lá. Seguiu uma trilha mal cuidada, com o mato alto e demorou mais do que o necessário para chegar, já que a barra do vestido que usava sempre se enroscava nos galhos presentes no caminho. “Definitivamente, eu odeio vestidos!”, ela praguejou durante boa parte do trajeto.

Após alguns minutos de caminhada, ela se deparou com a pequena cabana. A construção não tinha nada de extraordinário e parecia-se com qualquer cabana comum de madeira. Tonks se aproximou da porta e tentou abri-la.

“Trancada!”, pensou, enquanto deixava a cesta com as frutas no chão e procurava a sua varinha. “Óbvio que o Remus trancaria a porta com magia, para se manter isolado!”

- Alorromora! - disse, com voz firme.

Recolheu a cesta que estava no chão e prendeu a varinha no cinto de seu vestido. Girou a maçaneta lentamente e pôs somente a cabeça para dentro da cabana.

-Remus? - Sussurrou, perscrutando a casa de maneira ansiosa.

Abriu a porta um pouco, entrando de vez na casa.

A cabana tinha um único cômodo, mobiliado apenas por uma mesa simples próxima à entrada da casa, uma lareira pequena e uma cama rústica ao lado de uma janela que ficava defronte a porta de entrada.

Deitado na cama estava Remus Lupin. Por um momento, Tonks achou que ele estivesse dormindo, pois mal havia se movido desde que ela entrara ali; mas logo viu que ele estava acordado, deitado de costas e fitando o teto com um olhar vazio.

Ela deixou a cesta encima da mesa e se aproximou dele, com um semblante preocupado. Depositou um beijou carinhoso na fronte dele e pôs as costas da mão ali, para saber se ele tinha febre. Ele afagou a mão dela e sorriu fracamente. Tonks retribuiu o sorriso e levantou-se.

-Uh, nós podemos tentar dar um jeito nessa casa. Está muito sem graça - Tonks disse, enquanto analisava a cabana. -Que tal umas almofadas coloridas, ou mudar a cor das paredes? Não? Eu imaginei que você não fosse gostar.

E começou a arrumar a mesa para o café da manhã, cantando uma música das Esquisitonas.

-Você ainda insiste em cantar isso? - Lupin indagou, fazendo uma cara de quem estava com dor de barriga. - Isso parece mais o grito de um espírito agourento!

-Hei, de onde saiu esse bom-humor todo? - Ela gargalhou, do jeito espalhafatoso de sempre - Devolve o meu Remus!

E continuou a arrumar a mesa, cantando a música ainda mais alto (e mais desafinado, também). Lupin continuou na mesma posição de antes, deitado de costas e fitando o teto. Da janela que ficava ao lado da cama, alguns raios de sol penetravam ali, iluminando a face dele, fazendo com que os precoces fios grisalhos de sua cabeleira castanha brilhassem.

Tonks terminou o que estava fazendo e sentou-se na cama onde Remus estava. Ficou longos minutos o analisando, como se estivesse procurando algo.

-Você está esquisito! - ela disse, enquanto torcia o nariz. - O que aconteceu?

Ele se sentou e enlaçou Tonks pela cintura. Ela passou as mãos sobre o rosto dele, notando que ele não estava com o rosto ferido e arranhado como costumava ficar nas noites de Lua Cheia.

-A Morrigan andou aparecendo por aqui, foi? - Ela arqueou as sobrancelhas, parecendo desgostosa.

-A Morrigan?!

Ele pareceu surpreso diante disso e não conseguiu conter um sorriso, ao ver que Tonks estava enciumada. E a Auror não gostou nada, nada disso.

-Não gosto do jeito como ela olha pra você, Remus!

-Que jeito? - Lupin perguntou, achando aquilo tudo muito divertido.

-Vai me dizer que não percebeu? Apesar, que estamos falando de Remus John Lupin ou o famoso “Aluado”! - Ela deu outra gargalhada - Tá bom, só por causa disso você está perdoado. Mas não quero saber de você de papo com a tal Morrigan, viu? Até por que ela tem um papo bem esquisito.

-Nympha...

-É sério, Remus! - E fingindo uma voz etérea começou a falar: - “Oh, cuidado no caminho, pois poderão se perder eternamente e ir ao país das fadas, onde os querubins roxos e de asas douradas vivem...” - Fez uma careta engraçada - Realmente esquisito!

-Certo, não vou discutir com você, Nympha!

-Mas estamos nos desviando do assunto, Remus. O que aconteceu com você? Tem algo diferente no ar, eu sinto isso.

Até então, Lupin havia tentado desviar o assunto de si mesmo, deixando que Tonks tagarelasse durando todo o tempo. Mas sabia que Tonks era teimosa e quando queria alguma coisa, ela conseguia.

Lupin, de repente, ficou muito sério. Encarou os grandes e brilhantes olhos negros de Tonks, enquanto a puxava mais próximo de seu corpo. Ficou um tempo sem dizer nada, apenas olhando para ela.

-Nympha, você me ama de verdade?- ele perguntou de um jeito muito estranho, como se a sua vida dependesse da resposta.

Tonks pareceu se ofender com a pergunta. Estreitou os olhos, tentando analisar melhor a situação.

-Remus, quantas vezes eu já te disse que sim? Você precisa de uma prova?

Lupin pareceu ponderar por uns momentos e se afastou de Tonks. Ficou olhando as árvores se moverem preguiçosamente no espaço que ficava ao redor da casa. De costas para Tonks, ele perguntou: -Bem, se eu te pedisse uma coisa, você faria?

-Que conversa estranha é essa? Claro, que eu faria, Remus...- ela se aproximou dele, o abraçando pelas costas. E sussurrou, próximo ao ouvido dele - Eu amo você, Remus, mas não sei o que anda acontecendo contigo. O que você quer que eu faça?

Ele respirou fundo, ajeitando nervosamente as mangas de suas vestes.

-Você viria essa noite, até aqui? - Ele perguntou, enquanto fitava o chão - Digo, ficar no mesmo lugar que eu, numa noite de lua cheia?

Tonks arregalou os olhos, tamanha era a sua surpresa.

Ela sempre pedira para passar as noites de Lua Cheia com Lupin, mas ele sempre fora irredutível nas suas decisões. Já havia sido um grande avanço quando ela tinha conseguido vê-lo nas manhãs que se seguiam às suas transformações, pois ele sentia vergonha de ser visto daquele jeito: fraco, febril, machucado... E agora, ele vinha e lhe pedia isso.

Lupin esperou ansioso pela resposta de Tonks.

-Sim, eu estarei aqui essa noite, Remus! - Ela respondeu, sem hesitar.
~~//~~//~~//~~//~~//


Ainda naquela mesma manhã, Gina e Hermione tomavam o desjejum sozinhas. Eriu, pelo o que Gina havia notado, tinha saído ainda de madrugada e não tinha voltado ainda.

A respeito da noite anterior, Gina havia optado por esconder os detalhes da conversa com Eriu. Disse somente à Hermione, que iria aprender algumas coisas com as Sacerdotisas de Avalon sobre Magia Antiga. Conhecendo Hermione como ela conhecia, Gina teve certeza de que ela não iria se interessar em aprender junto com ela, já que Hermione era mais ligada à fatos concretos e não ao lado místico da Magia.

O fato de Gina ter a Visão não era nada considerado anormal, mas não gostaria que Hermione a olhasse do mesmo modo como olhava a Profª Trelawney. E se contasse isso, teria também de contar sobre a sua visão e toda a história de Harry ser o “escolhido”. Era informação demais para um único dia.

Normalmente, na casa da Senhora de Avalon, sempre havia uma sacerdotisa de grau inferior para servir à Grã-Sacerdotisa como criada. Após a chegada de Harry e os demais em Avalon, Eriu preferiu que Morrigan ficasse exercendo essa função.

Naquele momento, a Sacerdotisa veio do interior da casa. Tinha a expressão sisuda, olhando de maneira estranha para Gina, analisando-a de cima a baixo.

-Eriu me disse que você aprenderá algumas coisas conosco, estou certa? - Morrigan perguntou, ignorando a presença de Hermione no aposento.

-Bem... Sim... - A ruiva pareceu um pouco desconcertada, diante do modo quase severo com que Morrigan lhe falara.

-Então, apronte suas coisas, que você ficará na Casa das Moças, onde as noviças ficam enquanto estão sendo iniciadas nos Mistérios.

Gina e Hermione se olharam surpresas.

-E eu? - Hermione perguntou, sentindo-se quase rejeitada.

-Ninguém a está expulsando daqui, mas se você preferir, pode ficar na casa de Danna. - Morrigan suavizou a expressão, parecendo um pouco mais gentil. - Já que Gina ficará na Casa das Moças, você não poderá acompanhá-la. Não se preocupe, Danna a receberá bem lá. Creio que você não se incomodará em ficar perto de seus amigos, não é?

Hermione olhou para Morrigan e depois para Gina.

A ruiva parecia ansiosa com a resposta dela e Hermione preferiu não criar caso. Fez um muxoxo de concordância, terminando de tomar o seu café.

Após Hermione ter ido à casa de Danna, Morrigan decidiu que já poderia levar Gina para a Casa das Moças.

O fato de ser a irmã da Senhora de Avalon, não queria dizer nada, mas Morrigan por ser muito disciplinada, já havia alcançado um grau muito alto entre as demais Sacerdotisas.

Morrigan conduziu Gina, por um caminho ladeado por colunas altas, que abria caminho para uma construção ampla. Em frente ao edifício, havia um belo jardim, com as rosas mais bonitas que Gina já havia visto.

-Eriu, me deixou responsável pelo o início de seu aprendizado - A Sacerdotisa disse, enquanto caminhava à frente de Gina. - Como você só irá aprender a usar a Visão, você não irá passar pelas provas de Sacerdotisa.

Gina ofegou um pouco, tentando respirar melhor. Apesar de ser mais alta do que Morrigan, a Sacerdotisa caminhava a passos largos e estava deixando Gina para trás.

Continuaram caminhando pelos corredores da construção, até que Morrigan virou num corredor, que tinha várias portas. Caminhou até aproximadamente o meio daquele corredor de paredes altas e parou em frente á uma porta de madeira escura.

-Bem, você ficará neste quarto enquanto estiver recebendo as suas lições. - Morrigan disse, de maneira mais suave. - O meu quarto fica ao lado do seu, e se precisar de algo, não tenha medo em me chamar.

-Obrigado, Morrigan! - A ruiva respondeu.

A Sacerdotisa ergueu as mãos, num gesto de benção sobre a ruiva. - Que a Deusa guarde os teus caminhos e ilumine os teus passos em tua caminhada! - Afagou o cabelo flamejante de Gina - Boa sorte, irmãzinha e seja bem vinda a esta casa.



~~//~~//~~//~~//~~


E o dia se arrastou lentamente, parecendo que nunca iria chegar ao fim.

Pelo menos foi essa a impressão de Tonks sobre aquele dia. A Auror tinha ficado extremamente intrigada com a visita que tinha feito à Lupin naquela manhã, que parecia estar a mil anos de distância.

Tonks era sempre muito falante, muito extrovertida. Mas naquele dia tinha ficado calada, pensativa, matutando consigo mesma o que estava acontecendo com Remus.

Finalmente anoiteceu e todos já haviam percebido que ela estava diferente. Harry, Rony e Hermione compreendiam o que estava acontecendo. Deviam imaginar como era difícil para Tonks, ficar longe de Lupin nas noites de Lua Cheia. E, por isso mesmo, preferiram não fazer perguntas a ela.

Conforme a noite ia avançando, o ritmo das conversas foi diminuindo e um a um, todos na casa de Danna foram se deitar.

Era quase meia-noite, horário em que Tonks havia combinado de ver Lupin.

Tonks não havia pregado o olho até aquele momento, com medo de perder a hora. Sabia que se dormisse só acordaria no dia seguinte. Algo muito mais sério do que um simples atraso estava em jogo.

Tateou às cegas entre suas roupas antigas e achou o relógio de pulso laranja-berrante. Sorriu ao lembrar o que Lupin sempre dizia ao vê-la usando tal acessório: "Se você gosta de ser tão diferente, deveria usar uma daquelas abóboras do Hagrid na cabeça enquanto dança uma daquelas músicas das Esquisitonas que você adora...". Se fosse qualquer outra pessoa quem lhe dissesse isso, ela não pensaria duas vezes antes de lançar uma maldição imperdoável, mas como era Lupin, ela simplesmente ria.

Aproximou-se da janela entreaberta tentando ver as horas. No caminho tropeçou na beirada da cama sufocando um gemido de dor. Olhou apreensiva, mas Danna e Hermione ainda tinham a respiração tranqüila e pareciam estar dormindo. "São 23:33... Está quase na hora", murmurou para si mesma.

Procurou no escuro o vestido que Danna lhe emprestara. Tinha medo de acender a luz e acordar a moça. O que iria dizer se ela acordasse?

Tonks nunca foi uma pessoa cheia de pudores, mas também não estava no próprio ambiente, não sabia o que poderiam pensar dela ao saberem que saia furtiva no meio da noite para se encontrar com Lupin.

Enfiou o vestido desajeitadamente por cima da cabeça e enroscou um dos braços nas mangas deste. Numa luta silenciosa, tentou se soltar, mas parecia que o vestido tinha vida própria.

-Nymphadora, o que está acontecendo, minha cara? - a voz de Danna estava entre sonolenta e divertida.

Tonks deu graças por estar escuro e não encarar a outra jovem. Tentou pensar numa desculpa para dar, mas nada lhe vinha em mente.

-Oh, Danna, é que... Bem...

-Você vai se encontrar com o Remus, não é? - Danna disse simplesmente.

-Bem... É! - respondeu derrotada.

-E porque você está saindo escondida? - Levantou-se de sua própria cama e com um leve sopro acendeu a vela que estava na cabeceira da cama. Viu que Tonks empalidecia e tinha uma expressão acanhada no rosto. Sorriu para ela e se aproximou, ajudando-a a terminar de se vestir. - Minha querida, você não tem do que se envergonhar. Eu não tenho o poder de julgá-la e se a sua consciência está de acordo, quem sou eu para dizer algo?

Tonks soltou o ar dos pulmões em sinal de alívio. Agradeceu Danna por ajudá-la a terminar de se vestir "pareço mais uma daquelas bonecas trouxas que o meu pai insistia para que eu brincasse... Patético!"

A Auror olhou apreensiva para a cama de Hermione. Danna notou e sorriu - Não se preocupe. Creio que ela não acordará tão cedo.

-Hm... Certo... - Tonks parecia incerta quanto à afirmação da Sacerdotisa, mas deixou as coisas como estavam. - Bem, Danna, agora eu tenho de ir.

A Sacerdotisa se aproximou de Tonks e beijou cada uma de suas faces: - Que a Deusa esteja contigo, minha amiga!

-Valeu, Danna!

Danna voltou a se deitar e Tonks saiu silenciosamente da casa. Foi uma tarefa um tanto árdua para ela, já que estava fazendo um esforço sobre-humano para não esbarrar em nada.

Refez o caminho daquela manhã, caminhando na trilha que a levaria até a pequena cabana de pesca. Caminhar no escuro seria um pouco mais difícil, então, para facilitar um pouco as coisas, Tonks atou a barra do vestido na cintura, de modo que tinha o caminhar mais livre.

-Agora sim! - Ela sorriu satisfeita consigo mesmo, imaginando por que não tinha tido aquela idéia antes. Empunhou a varinha, sentindo-se bem mais confiante - Lumus!

E prosseguiu o seu caminho, que parecia muito mais fácil agora. Mas conforme se aproximava da cabana, sentia o seu coração bater mais forte, mais descontrolado. Estava ficando ansiosa!

Assim, que avistou a cabana, sentiu uma certa insegurança. Por que ela deveria fazer aquilo? Será que o fato de ter passado por cima de todas as convenções, não era o suficiente para provar que amava Remus? Quando ele tentou afastá-la de si, no ano anterior, ela teve um choque tão grande, que havia afetado até a sua metamorfose. Será que isso não era o suficiente para ele?

Mas não podia deixar que esse tipo de pensamento a confundisse.

Lupin nunca havia exigido nada dela, e se agora ele gostaria de uma prova, então ele teria!

Aproximou-se lentamente da porta de acesso a casa, com a varinha pronta para executar o feitiço que a abriria. Mas quando foi reparar na maçaneta, viu que a porta estava entreaberta. Achou aquilo muito estranho e, talvez, um pouco perigoso. Esgueirou-se pela passagem, tentando fazer o mínimo de ruído possível.

Em mente, tinha o feitiço estuporante, caso algo desse errado. Ela havia sido muito bem treinada para enfrentar criaturas das trevas, mas também não poderia se esquecer, que a “criatura” no caso, era Lupin.

A luz que vinha de sua varinha foi totalmente desnecessária dentro da cabana. A luz da Lua Cheia foi o suficiente para iluminar o seu interior.

“Nox”. E Tonks fez com que a sua fraca luz se extinguisse.

Tonks tinha a impressão de que a qualquer momento o seu coração sairia galopando de seu peito, de tão rápido que ele batia.

Tum-Tum, Tum-Tum!

Olhou para todos os lados, em busca de Remus, mas os seus olhos demoraram a se acostumar com a luz da lua. Se estivesse com a varinha acesa, talvez ela pudesse notar, que um par de olhos brilhantes, a perscrutava na semi-escuridão.

Tum-Tum, Tum-Tum!

O coração batendo rápido, marcando o ritmo compassado de seus passos cautelosos. Caminhou em direção à cama, que estava totalmente iluminada pela luz da lua. Aproximou-se da janela, observando a grande Lua Cheia, que parecia sorrir para Tonks.

Tum-Tum, Tum-Tum!

Tonks se perdeu em pensamentos e se tivesse sido um pouco mais atenta, teria percebido o som baixo de passos, que estavam se aproximavam dela. Quando se deu conta, estava sentindo uma respiração quente próxima ao seu pescoço e uma mão, tapando sua boca.

-Por favor, não grite!

Após alguns momentos, Tonks sentiu a mão que lhe tapava a boca se afrouxando e conseguiu respirar com facilidade.

“Não pode ser... Isto não está acontecendo... Será que estou sonhando?”

Tonks se virou lentamente e se deparou com Lupin em seu estado normal. Totalmente humano! Ela coçou os olhos e o olhou novamente, depois olhou para a grande lua cheia que brilhava lá fora, mas as coisas pareciam funcionar de maneira lenta em sua cabeça.

-Remus, mas... - a jovem Auror tinha uma expressão incrédula no rosto - como isso foi acontecer?

-Eu sinceramente não sei, Nympha, estou tão surpreso quanto você... - Lupin respondeu, com uma expressão séria no rosto.

Ela se aproximou dele, tocando levemente o rosto marcado por antigas cicatrizes. “Então tinha sido por isso que ele não estava machucado... agora tudo faz sentido, pelo menos boa parte disso”, ela pensou confusa.

-Mas, por que você não me disse de manhã? - ela indagou, tentando buscar alguma razão naquilo tudo.

-Por que pensei que você fosse achar que eu estava ficando louco e estivesse delirando. Eu queria que você visse com os seus próprios olhos, Nympha!

“Por Merlin, será que sou eu quem está ficando louca?”

Mas antes que pudesse formular alguma resposta sensata para aquela questão, Lupin segurou a mão de Tonks e a conduzia para fora da cabana. Ele parecia um pouco eufórico e tinha um sorriso largo estampado em seu rosto.

Postou-se no espaço aberto que havia em meio às árvores e abriu os braços, sentindo a luz prateada banhar o seu rosto.

-Nympha, veja só! - Lupin disse, enquanto dava uma volta completa sobre seus pés. - Eu não me transformei!

“Dane-se” Tonks pensou “Se for um sonho, eu vou aproveitar até o último momento”

Poucos segundos depois, Lupin sentiu Tonks o sufocando num grande abraço e a risada alegre dela, ecoando na noite clara. Ficaram abraçados ali, rindo alegremente.

Aos poucos as risadas foram cessando e Tonks conseguiu reparar melhor nas feições de Lupin. Ele parecia mais jovem, deixando de lado aquele jeito sombrio. As mãos pequenas e firmes foram reconhecendo cada detalhe novo que ela agora descobria: testa, nariz, bochechas, boca... Quando chegou ali, Lupin beijou carinhosamente os dedos dela, provocando um arrepio gostoso em seu próprio corpo.

As bocas formaram beijos e as mãos exploravam corpos. Era como se fosse a primeira vez que estavam juntos, como se todo o passado fosse apenas um borrão cinza, diante do momento nítido e colorido que viviam. Quando ela já estava ofegante pelo grande número de beijos que recebera, se afastou delicadamente de Lupin, deixando-o com uma expressão confusa no rosto.

Abaixo do local onde a lua se postava, ela estendeu a capa que usava, formando um círculo sobre a relva. Lentamente, foi afrouxando os laços de seu vestido, com um sorriso apaixonado no rosto. Roupas foram ficando ao longo do caminho, enquanto ele compreendia as intenções de Tonks.

A Lua, que antes era motivo de apreensão, agora, era testemunha das juras de amor que o casal de enamorados trocava, enquanto se amavam.

Quando eles se deitaram, felizes e satisfeitos, tinham como único desejo, que aquela noite mágica nunca mais acabasse. Um sono despreocupado os tomou, enquanto Tonks se aninhava preguiçosamente sobre o peito de Lupin.

Pouco antes do amanhecer, Lupin acordou. Pouco a pouco, as lembranças da noite anterior clareavam em sua memória e ele custou acreditar que não havia sido um sonho; e a prova disso, era Nymphadora Tonks dormindo tranqüilamente ao lado dele.

Aproveitou o raro momento, onde ela permanecia quieta, para apreciá-la.

Tonks dormia a sono solto, com a boca levemente aberta, como se fosse uma criança inocente. Acariciou o rosto de pele pálida, percorrendo com o dedo, as linhas que delineavam aquele rosto, o nariz pequeno e um pouco arrebitado. Desde que chegara em Avalon, a Auror optara por manter a aparência verdadeira e ela nem mesmo sabia por que fazia isso. Lupin reparou que ela realmente lembrava uma Ninfa, com os cabelos longos e ondulados espalhados sobre a relva, tendo alguns pequenos miosótis enroscados sobre as mechas castanho-escuros.

Ela resmungou alguma coisa indecifrável durante o sono, arrancando um sorriso de Lupin. Se remexeu um pouco, espreguiçando-se lentamente. Soltou um longo suspiro, enquanto voltava a se aninhar ao lado de Remus.

-Bom dia, dorminhoca. Dormiu bem? - Lupin perguntou, acariciando Tonks.

-Hm... Melhor impossível! Faz tempo que você acordou?

-Tempo suficiente para ver você dormir...

- Jura? - Ela levantou o rosto, olhando diretamente nos olhos castanhos dele. - Gostou do que viu?

-Gostar, eu até gostei... - Ele fez uma pausa, parecendo pensativo - Mas eu prefiro você acordada, e bem acordada.

Ela soltou uma sonora gargalhada, mas Lupin voltou a ficar sério.

-Hey, essa ruguinha não estava aqui antes. - Tonks disse.

-Nympha, por mais maravilhoso que tenha sido, não é normal que eu não me transforme.

-É, eu sei disso... Isso foi realmente estranho, Remus... - Tonks disse, olhando para o alto, onde a Lua Cheia aos poucos ia sumindo. -Estranho como todas as coisas que aconteceram nos últimos dias, não é?

“Sim, só o fato de estar em Avalon já estranho. Porque eu deveria me preocupar com isso?”, Lupin pensou.

Pôde ouvir um sussurro misturado com o ruído do vento sobre as árvores, que estranhamente tinha a voz de Sirius Black, seu grande amigo. E a voz somente lhe dizia: Aproveite o momento!

E seguindo aquele estranho conselho, Remus deixou as dúvidas para mais tarde.



~~//~~//~~//~~//

Sobre o capítulo:

Bem, vocês podem ter achado meio sem-noção o fato de Remus Lupin não ter sofrido suas transformações em Avalon. Pode até ser estranho, mas não se esqueçam que em Avalon, a magia funciona de maneira diferente.
Mil perdões se a fic está um pouco monótona, mas por enquanto as coisas são assim. Nos próximos capítulos as coisas vão começar a esquentar um pouco. Tem o preparo da Gina e toda aquela coisa sobre o Harry ser o “escolhido”, então, aguardem só mais um pouquinho.

Bem, vou aproveitar para fazer os agradecimentos individuais que eu não faço a algum tempo. Eu tentei colocar todo mundo aqui, mas se por um acaso eu esqueci alguém, please, perdoem-me...


Sally Owens- Uh, grata pelo elogio, fiquei muito feliz... É bom saber que nã estou escrevendo uma história "sem-noção"..rs... Espero ver mais coments seu por aqui...bjos...


Senhorita Granger -Olá, fico feliz em ver os seus coments aqui, sempre tão fofos. Bem, o Rony vai ter que "rebolar" pra superar o Dylan, mas acho que ele consegue. O "lance" da Morrigan vai ser explicado logo e que aconteceu com o Lupin? Você logo verá..rs... bjos e té o próximo review...


*Lily_Granger* -Olá, Fiquei feliz em ver o seu coment aqui e fico lisongeada com os seus elogios. Realmente, o jeito apaixonado do Harry ficou bem fofo...:)... grata pela atenção, viu? adorei o seu coment... até o próximo e grande beijo


Sônia Sag -Sua agitadora! Você está promovendo uma revolução contra o Dylan...rs... Poxa, ele só tá tentando "faturar" o dele...rs... Ah, e devo dizer que cada vez mais os seus elogios me deixam feliz, sabia? Desse jeito o meu ego vai ficar pior que o do Percy.rs... Beeeeeeijo, viu?


bernardo-Bernardo, não tem do que agradecer... Você é um ótimo escritor e os elogios são sinceros... Fico feliz em ver que vc tem acompanhado essa humilde fic... grata mesmo:)...grande beijo!


LadyStardust -Bem, esse lance da visão da Gina já estava um pouco óbvio. só nos resta saber o que ela fará com isso. Eu ADORO escrever as cenas do Ron, pq podem ser engraçadas e ao mesmo tempo fofas...E please, ainda não tenha raiva da Morrigan... é só o que peço, viu? Beijos e grata pelos reviews fofos que vc me manda...


+Paulinho+ -Olá, meu caro rapaz. Bem, tenho que agradecer as dicas que vc me dá pelo MSN... São de grande ajuda pra mim e desculpe se às vezes eu demoro a postar, mas eu sou um pouco lerda..rs.. Vou tentar dar uma adiantada na história nessas férias... beijo grande!


Evaldo Gonçalves Silva- Olá, Moço! Bem, eu comecei a ler sua fic, mas ando um pouco sem tempo. Deu pra notar que vc tem muitas referências, inclusive Tolkien, senão me engano, estou certa? Prometo que quando conseguir terminar vou mandar um review decente. Grata pelos elogios e espero vê-lo no próximo capítulo. beijos.


Raquel Geller -Ai, Raquelzinha, um elogio vindo de você me deixa mais do que feliz, sabe. Vc escreve muito bem e eu amo sua fic... AMEI o seu coment e espero vê-los mais por aqui, ok? beijos...


Andre Arievilo -Well, well, well...vc é suspeito pra falar de mim... Vc sabe que às vezes o processo criativo é um parto difícil, né? So... valeu pela paciência e por ceder o seu PC e os seus livros (que vc ñ vai ver tão cedo) quando necessário... thanks, dear beta!


A*Äñä ߣä¢k*A -Dear Sócia, vc tem estado sumida, mas sei que é complicado pra vc, né? ADORO os seus coments e tbm sou muito fã das suas fics. (às vezes eu me empolgo nos reviews, mas faz parte...kkk) Então, espero ansiosa pela continuação do "diário" e espero que não demore muito. Ah...cuide bem do Snuffles..rs..bjos


Anderson potter -Muito, muito, muito obrigado pelos comentários e por ter acompanhado a fic. Espero não decepcioná-lo. Grande beijo!


Carolzinha_* - Ai, garota, estou sem palavras para agradecer os seus reviews. "a sua fic sempre que eu leio não sei,trás uma paz." vc disse isso uma vez e não existe nada mais gratificante para um autor do que ouvir isso... Muito obrigada mesmo... conseguiu me deixar com lágrimas nos olhos..bjinhos...


pamela sa -Oii...vc andou sumidinha da minha fic, hein? mas fico feliz que vc tem acompanhado e tbm adorei o seu review... grata! bjos


Arthur lacerda - Muito obrigada pelo review, fiquei muito feliz... espero ver mais coments seus por aqui... bjos...


BaBi Evans - Parece que vc foi a única que acertou a história do sacrifício... era relacionado à Lilly mesmo...garota esperta! Bem, sobre os horcruxes, sinto informar, mas esta fic não trata sobre a busca dos horcruxes, pelo menos eu acho que não (desculpe, mas eu sempre altero a história..rs)...Muito obrigada pelo coment, viu? bjos..


Annah Granger - Ah, menina, adorei o seu review, sabe... Eu gosto de descrever bem as coisas para que vcs possam imaginar a cena do mesmo jeito que eu imagino. Amei o seu review... bjos..


Bobo Zip - Cara, eu comecei a ler sua fic e é MUITO legal... adorei o seu review aqui e espero receber mais, sabe... (sim, eu sou carente de reviews..rs).. Eu tentei juntar duas das minhas histórias favoritas (HP e as Brumas de Avalon) numa história, mas sem perder a identidade de nenhuma das duas e fico feliz em saber que tenho conseguido. Tenha um pouco de paciência com a fic, logo logo as coisas vão ficar mais movimentadas...grata pelo review e nos vemos por aí...bjos...


"-=|Åñjä ®ëßë£ðë|=-" - Oiii... eu adoro escrever as partes mais relacionadas à Avalon e às sacerdotisas e que bom que vc tem gostado... adorei o seu review, tá? bjos...


Lady.MyaH~ - Sério que vc leu a fic toda de uma vez? *de olhos arregalados*...uau! Não considero a minha fic uma fic perfeita, mas já que vc diz eu só tenho a agradecer...rs...bjinhos, viu? grata pelo review..



Agradeço a compreensão de vocês e aguardo os reviews... (mesmo que seja para xingar essa autora louca...rs)
Grande beijo e até o próximo capítulo


Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.