REVELAÇÕES, PÁSCOA E N.O.Ms.



CAPÍTULO 14



 



REVELAÇÕES, PÁSCOA E N.O.Ms



 



 



 



 



Os colegas da Grifinória, especialmente os do quinto ano, ficavam admirados com a tranqüilidade manifestada por Gina e Janine quanto à proximidade dos N.O.Ms. Geralmente os exames de nivelamento eram cercados de toda espécie de manifestações de ansiedade, incluindo os já esperados pequenos surtos histéricos que, aos poucos, iam enchendo a ala hospitalar e a paciência de Madame Pomfrey:



_Todo ano é a mesma coisa! Uma grande parte dos alunos não agüenta a pressão e vem parar aqui. Ainda bem que vocês duas se voluntariaram para me ajudar. Srta. Weasley, Srta. Sandoval, vocês são das poucas que não agem como se tivessem acabado de ter um encontro com Lord Voldemort em pessoa. Como vocês fazem isso?



_Nós nos julgamos bem preparadas, Madame Pomfrey. No momento não estamos tendo mais aulas, somente revisões. _ respondeu Gina _ Além disso, pelo menos para mim, encontrar Voldemort não é nenhuma novidade, como a senhora já sabe. Então, não há muita coisa capaz de me assustar, não é, Jan?



_É, Gina. Do meu lado, já vi a morte de perto por várias vezes desde criança devido a esse meu gosto por esportes radicais, portanto o perigo não me assusta muito. Sem contar que já estive a um nadinha de cair nas mãos dos Death Eaters. Então, Madame Pomfrey, não dá para ficar estressada com exames de nivelamento, a senhora não concorda?



_Com certeza, meninas. _ disse Madame Pomfrey, rindo _ Vocês valem ouro. A Srta. Weasley, por exemplo, consegue manter longe daqui o meu maior freguês.



_Harry Potter? _ perguntou Janine.



_Isso mesmo. Um pouco mais e ele teria um leito privativo aqui, identificado por uma placa dourada com o nome dele.



_Ele já me disse alguma coisa sobre isso, dos “incidentes” nos anos anteriores e do talento natural para atrair problemas. _ comentou Janine, rindo.



_E a senhorita, Srta. Sandoval, conseguiu trazer para o lado certo um jovem que estava a perder-se definitivamente para o caminho do mal. Nunca pensei que viveria para ver Draco Malfoy e Harry Potter como amigos. Eles começaram a se odiar desde o primeiro ano. Realmente, mesmo que ele já estivesse em conflito, questionando a validade de ser leal às Trevas e amadurecendo a idéia de desertar, foi preciso o poder do amor, do amor de Draco por você e de você por ele para desencadear a decisão que ele tomou. Lembro-me que Tiago e Lucius também não se davam, embora o maior ódio fosse entre Severo e Tiago. Aliás, Severo era tão retraído, pouco chegado a esportes, pois não voava muito bem, sempre enfiado em livros, quase sem nenhum amigo, mesmo dentro da Sonserina. Eu fiquei espantada quando soube que um dos poucos com quem Severo tinha proximidade e por que não dizer amizade, era contra toda a lógica, um grifinório: Derek Mason. Olhem, garotas, o que vou lhes dizer é extremamente sigiloso. Só estou revelando tais fatos porque vocês têm conhecimento da Ordem da Fênix, Gina Weasley já combateu contra os Death Eaters no ano passado e os pais dela fazem parte da Ordem.



_Pode falar, Madame Pomfrey. Saberemos guardar segredo. _ disseram as duas jovens.



_Muito bem, meninas, aí vai: No sétimo ano Severo Snape juntou-se aos Death Eaters, por motivos que desconheço. Derek Mason ficou sabendo e procurou por ele, retornando muito triste. Nunca soube o teor da conversa. Depois da formatura, Tiago e Lílian juntaram-se à Ordem da Fênix. Tiago administrava os negócios da família e preparava-se para lecionar Defesa Contra as Artes das Trevas, pois havia sido convidado por Dumbledore. Lílian estudava para ser Medi-Bruxa. Derek entrou para a Escola de Aurores e Severo tomou destino ignorado, retornando uns três anos antes de Harry nascer. Uma noite na qual o mundo parecia acabar, tal era a chuva, Derek, que já era Auror, veio secretamente a Hogwarts para investigar uma denúncia e surpreendeu Severo, prestes a tentar matar Dumbledore em seus aposentos. Imobilizou Severo e perguntou:



_ “Por que, Severo? Por que essa atrocidade?



_ “Nada mais me importa, Derek. Você bem sabe, pela conversa que tivemos.



_ “Você está enganado, Severo. Sempre há algo que importa. Mas nada justifica matar alguém como Dumbledore.



_ “Eu sei, Derek. Seria a minha última missão. Eu iria tirar minha vida logo a seguir, pois não conseguiria mais viver com essa vergonha.



 



_Então o Prof. Snape tentou matar o Prof. Dumbledore? _ perguntou Janine, horrorizada.



_Sim, Srta. Sandoval. E, naquele momento, Dumbledore aproximou-se e disse:



 



_ “Severo, me matar e se matar depois não iria resolver nada. Se quiser expiar a culpa e o remorso pelos erros cometidos no passado, faça-o corrigindo sua conduta. Não dá para recuperar as vidas que você possa ter tirado, mas podemos evitar que outras se percam. Ofereço a você a chance de recomeçar, embora o perigo não seja menor do que o que você já enfrenta.



_ “O senhor está me oferecendo uma segunda chance, Prof. Dumbledore? Mesmo que eu quase o tenha matado?



_ “Sim, Severo. Eu teria conseguido evitar que você me matasse, embora a idéia de precisar destruí-lo me repugnasse. Em lugar disso, apresento a oportunidade de juntar-se a nós.



_ “Quer que eu abandone os Death Eaters e o Lorde das Trevas, professor?



_ “Pelo contrário, Severo. Você será mais importante permanecendo entre eles, infiltrado.



_ “Espionar para o lado da Luz, professor?



_ “Não vou iludi-lo, Severo. Ser espião da Ordem da Fênix entre os bruxos das Trevas será uma tarefa perigosíssima. Sua vida sempre estará por um fio.



_ “Eu aceito, professor. Se eu puder evitar que outras vidas se percam, estarei cumprindo minha missão. Se eu perder a minha, não me importo. Será por uma causa justa. O que você acha, Derek?



_ “Estou de acordo, Severo. Quer saber? Você é bom demais para juntar-se àquela escória. Aperte minha mão, velho amigo. Hoje damos um passo importante em direção à derrota de Voldemort.



_ “Por Merlin, não diga o nome dele!



_ “Ah, qual é, Severo! Vá se acostumando e perdendo o medo. Você agora faz parte da Ordem da Fênix.



_ “Ordem da Fênix, Derek?



_ “Sim. Ela combate bruxos das Trevas. A última vez em que entrou em ação foi durante a II Guerra Mundial quando um batalhão de bruxos, liderado por Dumbledore, combateu o exército de Adolf Grindelwald que apoiava Hitler e os nazistas. Um grupo dissidente de Grindelwald continuou atuando, secretamente, espalhando a doutrina das Trevas. Voldemort...oops, me desculpe, Severo... bem, ele entrou para esse grupo depois que se formou e viajou pelo mundo, aprendendo Magia Negra e adquirindo poder. Rapidamente subiu na hierarquia e logo era o líder. Foi o embrião dos Death Eaters, a sua elite, comparável à Gestapo e a SS , tudo junto. O resto,você sabe. Foi o início dos Dias Negros, que parecem estar chegando ao seu auge.”



 



_Depois disso, Severo Snape foi convidado por Dumbledore para assumir a cadeira de Poções e passou a ser um agente da Ordem da Fênix, infiltrado entre os Death Eaters embora, para Voldemort, ele aparente ser seu espião infiltrado em Hogwarts. _ continuou explicando Madame Pomfrey _ Foi ele quem avisou Dumbledore que Voldemort estava atrás de Lílian e Tiago Potter. Infelizmente ele não estava presente quando Pettigrew revelou o segredo. Assim que soube, avisou Dumbledore, mas era tarde demais. Voldemort já havia ido a Godric’s Hollow e assassinado os Potter, tendo sido derrotado por Harry, este ainda com um ano de idade. Aliás, ele não sabia que o Fiel do Segredo era Pettigrew e não Sirius. Por isso ele ficou desapontado com a fuga de Sirius, há três anos atrás. Só depois que soube da verdade é que passou a odiar Sirius Black um pouco menos.



Janine perguntou:



_Mas o que poderia ter deixado o Prof. Snape tão desgostoso da vida que ele seria capaz de juntar-se aos Death Eaters e submeter-se a Voldemort?



_Isso, Srta. Sandoval, ele nunca me disse e eu, logicamente, jamais perguntei. Por favor, não digam nada ao Sr. Potter. Dumbledore quer que ele saiba de tudo, mas no tempo certo, não antes.



_Conte conosco, Madame Pomfrey. _ disseram as garotas _ Só revelaremos quando for a hora. Mas o Prof. Snape está muito melhor agora, não acha?



_Sem dúvida, meninas. O amor de Rosmerta McTaggert foi a melhor coisa que poderia acontecer na vida dele. Lembro-me de uma vez, quando ele estava no sétimo ano, em que eu estava passando por uma sala onde eles estavam conversando. Sem querer, ouvi o final da conversa. Severo estava bastante triste e dizia a ela: “Isso não seria direito neste momento, Rosmerta. Talvez um dia, no futuro.” E ela respondeu: “Severo, eu sei o que acabou de acontecer. Compreendo o que você deve estar sentindo mas saiba que eu esperarei por você para sempre e mais um dia, se for preciso.” Ele disse: “Eu não valho tudo isso, Rosmerta, mas obrigado assim mesmo.” E eles se retiraram, indo cada um para um lado. E agora estão juntos. O poder do amor é inacreditável.



As garotas foram para a Torre da Grifinória, a fim de revisar algumas matérias. Gina pensava em várias coisas (“Ainda bem que eu controlo meu elo telepático com Harry. Assim ele não ficará sabendo de nada antes da hora certa”, era o que passava pela cabeça da ruiva) Por seu lado, Janine também tinha pensamentos importantes em sua mente: (“Graças a Deus e a Merlin que Draco encontrou o caminho certo. Fico muito feliz de ter contribuído para isso. Eu o amo demais para deixar que ele se perca para as Trevas. Ainda bem que ele também possui firmeza de caráter suficiente para não voltar atrás”, pensou ela).



Chegando à Sala Comunal, encontraram-se com Harry, Rony e Hermione, que revisavam matérias para os exames.



_E aí, garotas, muitos ataques histéricos hoje?



_E como! Sem ajuda eu acho que Madame Pomfrey não iria dar conta. _ disse Janine _ e não eram só garotas. Vários rapazes apareceram lá, com palpitações e sudorese. Sabem, eu conheci um pessoal lá no Rio Grande do Sul que atende em um posto de Pronto-Atendimento, médicos e pessoal de enfermagem trouxas. Eles criaram um apelido bem interessante para crises histéricas, principalmente aquelas bem floridas, teatrais, que acabavam indo parar lá e só serviam para reduzir o estoque de medicamentos ansiolíticos.



_Ansio o que? _ perguntou Rony.



_Ansiolíticos. Medicamentos tranqüilizantes trouxas, principalmente injetáveis. _ respondeu Janine.



_Ai, ai, ai. _ disse Harry _ Só de ouvir falar em injeções já dá para sentir a dor. Mas qual era o apelido, Jan?



_Eles as chamavam de “Shining Butterflies”, ou seja, “Borboletas Cintilantes”, devido à teatralidade dos quadros. _ os risos se fizeram ouvir.



_É, gente, certas coisas não variam, seja entre bruxos ou entre trouxas. _ comentou Gina. _ Outro dia Hermione estava me explicando sobre a origem do termo “Histeria”, não é, Mione?



_Sim, Gina. “Histeria” vem do grego “Hysteron”, útero. Antigamente os psiquiatras, médicos trouxas que tratam distúrbios mentais, associavam os quadros histéricos ao útero, achando que fossem uma exclusividade feminina.



_A tal história da “Paralisia de Charcot”, que você me contou outro dia, Mione? _ perguntou Rony.



_Isso mesmo, Rony. Mas o tempo veio provar que não era bem assim. Homens também apresentam crises histéricas, muitas vezes mais espalhafatosas do que as das mulheres.



_A própria “Fiasqueira”, como você costuma dizer, Jan. _ comentou Harry.



_É isso mesmo, gente. _ disse Janine, rindo.



Desceram para a aula de Trato das Criaturas Mágicas. Gina, que não tinha aulas no momento, resolveu permanecer, a fim de revisar alguns tópicos de História da Magia para os N.O.Ms. Chegando à cabana de Hagrid, Janine encontrou-se com Draco e sentaram-se juntos. Após a aula, Harry perguntou:



_Hagrid, só agora eu me lembrei. Onde está o Grope?



_Ele foi embora, há uns dois meses.



_Quem é Grope? _ perguntaram Draco e Janine.



_Grope é meu meio-irmão, um gigante puro.



_Havia um gigante aqui na floresta, no ano passado? _ perguntou Draco. _ Que perigo!



_Nada disso, Draco. Ele já estava bem mais tranqüilo e havia aprendido bem o inglês. Então ele foi embora, para procurar uma outra tribo de gigantes da qual havíamos tido notícias, a fim de levar a mensagem de Dumbledore a eles.



_Que diferença. _ comentou Harry _ No ano passado ele estava ainda meio selvagem e violento.



_É, mas a permanência aqui o amansou. Dumbledore em pessoa veio falar com ele e soube que Grope já estava querendo fugir daquela tribo, para não apanhar mais por ser baixo.



_Que altura ele tem, Hagrid? _ perguntou Janine.



_Cinco metros.



_Baixo, com cinco metros? Está brincando.



_Não, Janine. Para os padrões deles, Grope é baixo. Os gigantes têm normalmente, em média, seis ou sete metros de estatura.



_Cada dia no mundo mágico é uma nova descoberta.



_Para nós também, Jan. _ disse Draco _ Sempre há algo de novo para saber. Você o trouxe quando saiu naquela missão com Madame Maxime, no ano passado, Hagrid?



_Sim, Draco. No começo ele não queria vir e estava bastante agressivo.



_Por isso aqueles ferimentos no seu rosto? Lembro-me que fiquei impressionado com eles, quando viemos estudar os Testrálios. Eu não podia vê-los e ainda não posso.



_Não sei se você iria querer, Draco. _ comentou Rony _ a primeira visão deles assusta, até que você se acostume.



_Que aparência eles têm?



_Parecem um híbrido de cavalo com dragão. _ disse Janine _ Mas, depois que você se acostuma, eles são até interessantes. Aliás, há um atrás de você agora.



Draco ficou ainda mais branco do que o normal e disse:



_Então era por isso que eu estava sentindo um vento quente no meu rosto. _ e, levando a mão para o lado, tocou na crina do animal _ É, ele está aqui. Mas eles não são perigosos, Hagrid?



_Não, Draco. Só se eles o considerarem uma ameaça. É como quando o Bicuço feriu você, há três anos, lembra-se?



_É, eu me lembro. Fui desrespeitoso com ele e ele me atacou. Ganhei um respeitável talho no braço. Madame Pomfrey me recuperou, mas doeu bastante. Quando pedia que vocês me ajudassem com as poções não era só fingimento. Demorou umas duas semanas para ficar totalmente bom.



_Bicuço? O hipogrifo que depois foi de Sirius? _ perguntou Janine _ Aquele que vocês voltaram no tempo para salvar?



_Ele mesmo. Falando nisso, onde ele está?



Hagrid respondeu:



_Depois da morte de Sirius, trouxemos Bicuço para a floresta e eu estou cuidando dele. Olhem, ele está aqui.



Imediatamente Draco levantou-se e fez uma reverência para o animal, que respondeu. Então Draco aproximou-se e acariciou o bico do hipogrifo, dizendo:



_Me desculpe, Bicuço, por aquelas ofensas no passado. Eu tinha olhos mas não conseguia ver a nobreza da sua espécie. _ A imponente e orgulhosa fera alada compreendeu o que Draco Malfoy queria dizer e piscou para ele um de seus olhos alaranjados, esfregando sua cabeça no peito do loiro, suavemente, demonstrando que o perdoava. Draco sorriu, aliviado. Resgatara mais uma dívida do seu passado, construindo o caminho para um novo e melhor futuro.



_Percebi que você está procurando acertar todas as contas com o passado, Draco. Por quê? _ perguntou Hagrid.



_É que eu tenho pensado bastante no perigo a que estamos expostos, Hagrid, e eu não gostaria, caso acontecesse algo, que nada ficasse pendente. Inclusive me arrependo de haver queimado você feio com a Umbridge, no ano passado.



_Não ligue, Draco. Aquela sapa gorda ia armar para mim de qualquer jeito. Todos sabem o quanto ela detesta mestiços, principalmente semi-humanos. _ disse Hagrid, pousando a enorme mão no ombro de Draco.



_Credo, Draco! _ disse Janine _ Não precisa ser assim tão pessimista.



_Não sou pessimista, meu amor. Só quero ter paz de espírito para poder aproveitar melhor o nosso futuro juntos. Eu te amo demais para perturbá-la com crises de consciência. _ e beijou Janine.



_Hagrid, você foi contemporâneo de Voldemort quando ele estudou em Hogwarts, não é verdade? _ perguntou Janine.



_Fui. Não é muito agradável falar disso, porque foi graças a ele que eu fui expulso. Eu estava no terceiro ano e Tom Riddle no sétimo, era Monitor-Chefe, destaque, aluno exemplar, etc. Muito inteligente e habilidoso, já naquela época preparava seu caminho para as Trevas, começando a usar o pseudônimo “Voldemort”, anagrama do seu nome.



_Tom Marvolo Riddle, “I am Lord Voldemort”.



_Exatamente. Ele armou direitinho para mim. Naquele tempo eu criava uma acromântula, “Aragogue”, em uma caixa. Foi quando Riddle abriu a Câmara Secreta de Slytherin, libertando o basilisco. Uma bruxa nascida trouxa, Murta, acabou morrendo ao olhar para os olhos dele. Todos pensaram que Aragogue fosse o monstro da Câmara. Ele fugiu para a floresta, o basilisco voltou para a Câmara, até que foi novamente solto, há quatro anos, quando Voldemort possuiu Gina, como você já deve saber, pois ela lhe contou. Harry matou o basilisco, evitou que Voldemort retornasse e tudo voltou ao normal. Mas, voltando àquela época, fui expulso e Tom Riddle sumiu pelo mundo, depois da formatura, adquirindo poder e dando início aos Dias Negros. Depois de ser expulso, viajei bastante, tentando seguir o rastro dele, a pedido de Dumbledore. Quando atingi a maioridade, fui admitido na Ordem da Fênix e continuei a rastrear o sujo, até que perdi a sua pista. Alguns anos depois, o Prof. Dumbledore, que já era diretor, me admitiu como Guarda-Caça, em substituição ao velho Ogg, que estava prestes a se aposentar. E, desde então, eu estou aqui. Não consigo ficar longe de Hogwarts.



_Compreendo o que você quer dizer, Hagrid. _ comentou Janine, olhando à sua volta _ É difícil não ficar apaixonado por este lugar. A magia dele já começa por sua beleza. E travar conhecimento com o mundo mágico me traz à memória uma frase de Shakespeare.



_ “Há mais coisas entre o céu e a terra do que pode supor a nossa vã filosofia”. _ disse Hagrid _ É verdade, Janine. A magia está por toda parte, são as forças da Natureza e as energias do Universo. Nós, bruxos, apenas temos a habilidade de reconhecê-las, identificá-las, controlá-las e manipulá-las, para o bem ou para o mal e, segundo a teoria de Dumbledore, os trouxas também a possuem. A nossa Janine é um exemplo disso. Quando muitos dos trouxas e dos bruxos deixarem de lado seus preconceitos e abrirem os olhos para essa verdade, será dado um grande e importante passo rumo à harmonia entre os povos mágicos e não-mágicos deste mundo.



Draco ficou perplexo com as reflexões de Rúbeo Hagrid, pois passara anos julgando-o um brutamontes insensível e sem cultura e agora descobria o filósofo por trás daquelas barbas. Mas foi educado o suficiente para não deixar transparecer o seu espanto.



Naquele dia a aula de Trato das Criaturas Mágicas era o último tempo. Subiram de volta para suas Casas, a fim de tomarem um bom banho, antes do jantar. Harry sentiu um formigamento na cicatriz e uma sensação que já havia sentido antes. Voldemort estava contente. Mas por que razão? Ele só sabia que a alegria de Voldemort significava problemas para todos. E dos bem grandes.



 



No Afeganistão, em um esconderijo nas montanhas, próximo da Trilha Khyber, Voldemort sorria satisfeito. Sua última idéia para obter o livro que estava guardado em Hogwarts tinha tudo para dar certo, contanto que Sibila Trelawney não fizesse nenhuma outra besteira. Mas ela já havia sido suficientemente alertada sobre as conseqüências de uma nova falha. (“Ela não vai arriscar a própria vida. Acho que ela aprendeu com aquele tratamento à base de Maldição Cruciatus. Aquilo deve ter sido doloroso o bastante para que ela pense duas vezes antes de falhar comigo novamente”, pensou) As outras partes envolvidas no plano sabiam muito bem o que deveriam fazer. Dirigiu-se aos seus aposentos, onde Bellatrix Lestrange o aguardava, ansiosa por tê-lo novamente junto dela. Apenas com Bellatrix é que Voldemort conseguia relaxar das pressões e tranqüilizar a mente para planejar novas estratégias. Entrou em sua câmara particular e trancou a porta. Bellatrix lhe disse:



_Venha, Mestre. Permita-me ser aquela de quem o senhor precisa.



_Bella, você é mesmo louca. Mas eu gosto disso. _ Voldemort deu um de seus raros sorrisos e apagou as luzes.



 



Em Hogwarts a chegada da Páscoa agitou a escola por várias razões: a perspectiva de mais um feriado para relaxarem, as finais do Quadribol e, para os alunos do quinto ano e mais Janine, os N.O.Ms que, para ela e Gina, não eram nenhum bicho de sete cabeças. No feriado deram-se ao luxo de deixar um pouco de lado os livros de estudo e pegaram na Biblioteca, com Madame Pince, livros de interesse geral recomendados por Hermione, lendo as referências feitas a grandes bruxos do passado e a outros mais recentes, tais como Renata Wigder-Mason e Tiago Potter, lendas do Quadribol; Alvo Dumbledore, Nicolau Flamel e Adolf Grindelwald, este último tendo voltado-se para as Trevas. Também leram os capítulos referentes a Harry Potter, “O-Menino-Que-Sobreviveu”. Aquilo as ajudava a compreender e valorizar cada vez mais o mundo bruxo principalmente Janine, que ficava maravilhada com as novidades.



No Domingo de Páscoa, todos receberam, diretamente da Toca, os deliciosos ovos artesanais da Sra. Weasley. Até mesmo Draco recebeu um ovo, com um bilhete de Molly e Arthur Weasley, felicitando-o pela decisão tomada e mantida. Tonks e Lupin foram a Hogwarts para fazer, pessoalmente, relatórios atualizados das missões da Ordem da Fênix a Dumbledore e ficaram para almoçar. Tonks sentou-se junto a Janine e Draco,perguntando a ela, baixinho:



_Você não disse a mais ninguém sobre o meu disfarce de “Pamela Worthington” ou disse?



_Não, Tonks. A mais ninguém.



_Ótimo, pois ele está sendo bastante útil. Com ele eu estou conseguindo circular pelo meio que você e nossas amigas freqüentam, sem despertar suspeitas. Seu antigo apartamento e nossas amigas, Shanna O’Rourke e Lauren Colingwood estão sob feitiços de proteção, caso haja bruxos das Trevas querendo atingi-la através delas. Além disso, notei uma grande movimentação de bruxos ligados a Voldemort na área daquele shopping center. Houve também um atentado a um Auror, Felix Stivers, um dos que tiram serviço em Azkaban, Dois Death Eaters tentaram emboscá-lo quando voltava das compras no mercado. Um deles não se levanta mais. O outro fugiu e Stivers escapou ileso, mas ficou possesso porque suas compras se estragaram durante a luta.



O almoço seguiu tranqüilo e, depois, Tonks e Lupin permaneceram pelo resto da tarde. Despediram-se e, depois de saírem dos limites da propriedade de Hogwarts, desaparataram para Londres.



 



Enfim, para acabar com a expectativa, chegou a semana dos N.O.Ms. Madame Pomfrey já sabia que a ala hospitalar seria bastante freqüentada. Gina e Janine comprometeram-se a dar uma ajuda, depois que terminassem suas provas. Madame Pomfrey agradeceu e disse:



_Tudo bem, meninas, mas só se não for atrapalhá-las.



_Não atrapalha, Madame Pomfrey. A senhora sabe que já estamos suficientemente preparadas. _ e foram para o Salão Principal, onde os alunos estavam aguardando a chegada da Comissão Examinadora. Logo em seguida chegaram, encabeçados por uma bruxa baixinha e enrugada, que logo foi reconhecida por Janine como sendo Griselda Marchbanks, pela descrição que Harry e Rony haviam feito dela.



A bruxa passou por elas e, olhando para Janine, sorriu e disse:



_Então a senhorita é Janine Sandoval, a jovem que está revolucionando o mundo mágico?



_Revolucionando, Madame Marchbanks?



_Pode falar alto, querida, pois eu sou meio surda. Não se subestime. O seu caso é único, pois nunca um nascido trouxa manifestou magia durante a adolescência. O normal é que ela se manifeste durante a infância, sob a forma de emissões mágicas involuntárias. Você nunca teve uma?



_Não, Madame Marchbanks, nunca. Mas podia enxergar criaturas mágicas, tais como dementadores e Testrálios.



A bruxa explicou:



_Os trouxas podem, em circunstâncias especiais, experimentar estados de ampliação da consciência que lhes permitem vê-los. Como você já é paranormal, isso ficou mais fácil e ocorre em nível consciente. Mas se um trouxa não manifesta magia até cerca de dez ou onze anos, ele não a manifesta mais por toda a vida. Por isso o seu caso é único e já estão escrevendo capítulos sobre você nos Tratados de Magia. Outra missão nossa, além de aplicar e fiscalizar os N.O.Ms deste ano, é entrevistar e estudar você, por ordem do Ministério. Você já está sendo conhecida em nosso mundo como “A-Trouxa-Que-Virou-Bruxa”. Srta. Sandoval, a senhorita pode contribuir bastante para que se dêem passos importantíssimos em direção à tão sonhada harmonia entre bruxos e trouxas. Tenho certeza de que vai achar o Departamento de Mistérios bem interessante. Boa sorte, meninas.



Quando a Comissão Examinadora se retirou, Gina murmurou para Janine:



_Com certeza você não iria gostar de conhecê-lo nas mesmas circunstâncias que eu, no ano passado. Durante a batalha com os Death Eaters eu fui estuporada e ainda acabei fraturando um tornozelo. Madame Pomfrey consertou depois, mas na hora doeu bastante. _ e as duas foram para a sala de espera, aguardando serem chamadas para a primeira prova prática, que seria Feitiços. A prova teórica seria à tarde. Não demorou muito, ouviu-se uma voz chamando alguns alunos, entre eles:



_Sandoval, Janine.



Ela levantou-se e entrou na sala, tendo sido indicada para ser examinada pelo Prof.Tofty.



_Srta. Sandoval, que felicidade poder examiná-la. Você é amiga de Harry Potter, não é? _ e, ante a resposta afirmativa, continuou _ Eu o examinei no ano passado e ele não me decepcionou. Tenho certeza de que, com sua fama, a senhorita também vai me deixar bastante satisfeito. Deixe-me ver sua varinha, minha jovem.



Janine entregou sua varinha ao Prof. Tofty, que a examinou e disse:



_Só poderia ser uma criação do Sr. Olivaras. Soube que estão sendo feitas especialmente para Aurores. São feitas de liga de Mirtheil, não são? Foi muito engenhoso por parte dele e do Sr. Mason criarem varinhas telescópicas revestidas com essa liga.



_O Prof. Dumbledore acredita que a varinha de Mirtheil foi o gatilho que disparou a manifestação de magia em mim.



_Fantástico, Srta. Sandoval. Bem, vamos ver como a senhorita consegue se sair com ela. _ devolveu a varinha para Janine _ Por gentileza, Srta. Sandoval, eu gostaria de ver como a senhorita ficaria em um uniforme de Quadribol da sua Casa.



_É para já, Prof. Tofty. “Indumentaria cambio!” _ e as vestes negras de Janine desapareceram, sendo imediatamente substituídas por um uniforme de Quadribol da Grifinória, novinho em folha, com o nome “SANDOVAL” escrito com letras amarelas nas suas costas.



_Excelente, senhorita. Pode desfazer o feitiço. _ e Janine voltou a trajar as vestes de Hogwarts. Em seguida ela fez com que o Prof. Tofty levitasse, utilizando um Feitiço Mobilicorpus, devolvendo-o à sua cadeira logo depois. Para finalizar, disse: “Illex! Thermo”! e uma cuia de chimarrão com erva e uma garrafa térmica com água quente foram conjuradas. Ela cevou uma e ofereceu ao Prof. Tofty, que aceitou e tomou. Fez a cuia roncar e devolveu-a a Janine.



_Excelente, Srta. Sandoval. Nota máxima. A senhorita está liberada.



Janine saiu e ficou do lado de fora, conversando com Luna e esperando por Gina. Esta logo foi chamada:



_Weasley, Virgínia!



Gina entrou e foi indicada para a própria Madame Marchbanks. Esta pediu:



_Srta. Weasley, seus irmãos sempre se deram bem, mesmo Fred e Jorge. Acredito que a senhorita não terá dificuldades. Que tal fazer com que esse camundongo fique azul e do tamanho de um coelho? _ Gina executou com perfeição os feitiços de Crescimento e Mudança de Cor. Em seguida, a pedido de Madame Marchbanks, utilizou o Feitiço Silenciador para fazer com que um corvo parasse de crocitar. Concluiu em grande estilo quando Madame Marchbanks conjurou um bezerro e pediu para que ela o fizesse levitar. Gina disse: “Wingardium leviosa” e o animal flutuou pela sala, até que ela o trouxesse de volta ao chão. Madame Marchbanks ficou satisfeita:



_Parabéns, Srta. Weasley. A senhorita obteve nota máxima. Pode ir.



À tarde, durante a prova teórica, não foi diferente. As duas estavam bem preparadas e deram um banho no exame. Ainda tiveram tempo de ir ajudar Madame Pomfrey na ala hospitalar, com os primeiros casos de “Borboletas Cintilantes” que começavam a ocupar os leitos. Mas esses eram simples. Bastava uma colherada de Poção da Paz e eles saíam relaxados e prontos para os próximos exames.



Quando chegou a noite, todos estavam na Torre de Astronomia, munidos de seus telescópios e cartas estelares em branco para preenchimento. O Prof. Tofty deu início à prova e, cerca de uma hora e meia depois, Gina, Luna e Janine as estavam entregando, total e corretamete preenchidas. Retornaram para suas Casas, a fim de descansarem para os exames seguintes. E assim foram passando os dias, até que chegou o último: Defesa Contra as Artes das Trevas. Na prova teórica as meninas simplesmente arrebentaram, como já era de se esperar. Chegou, então, a hora da prova prática e, por coincidência, as três amigas acabaram sendo chamadas juntas:



_Lovegood, Luna; Sandoval, Janine e Weasley, Virgínia. Podem entrar.



As três entraram e tiveram a oportunidade de demonstrar o que haviam aprendido com Harry, nas sessões da AD. Ao final do exame, Griselda Marchbanks disse às garotas:



_No ano passado o Sr. Harry Potter conjurou um Patrono corpóreo e ganhou um ponto extra no exame. Será que as senhoritas são capazes?



Com um sorriso nos lábios as três bradaram, ao mesmo tempo: “EXPECTO PATRONUM”! e então irromperam de suas varinhas o cavalo crioulo de Janine, o unicórnio de Gina e a zibelina de Luna. Os examinadores aplaudiram.



_Excelente, senhoritas. É a terceira vez em que vemos alunos de N.O.M. conseguirem invocar Patronos corpóreos. A segunda foi no ano passado, com o Sr. Potter.



_E a primeira? _ perguntou Gina, curiosa.



_Foi há muito tempo atrás, com Alvo Dumbledore.



 



As três saíram da sala contentes. Para variar, haviam obtido nota máxima de novo. A performance de Janine impressionou a Comissão pois, em um ano, ela havia se equiparado aos alunos de sua série. A magia era realmente forte na garota. Encontraram-se com os namorados, que perguntaram:



_E aí, meninas? Como foram nos exames de hoje?



_Conseguimos não fazer feio. _ disse Luna, modestamente, beijando Neville em seguida. Foram para os jardins do castelo e Luna conjurou o chimarrão. Ficaram por ali, mateando e conversando, a admirar o pôr-do-sol. Ao escurecer, recolheram-se ao castelo. Estava quase na hora do jantar.



O dia seguinte era um sábado. Os amigos levantaram-se um pouco mais tarde mas não negligenciaram uma corridinha matinal Após terminarem e se alongarem, viram que Dumbledore em pessoa havia vindo vê-los a se exercitarem.



_Parabéns, vocês estão em excelente forma. E pensar que tudo isso começou com uma idéia do seu tio, Harry.



_Pois é, Prof. Dumbledore. Tio Valter queria um parceiro de exercícios para o Duda e deu no que deu.



_Na verdade, professor, isso foi um benefício para todos nós. _ disse Draco _ Principalmente para mim, pois eu era bastante sedentário. Harry me disse, certa vez, que o condicionamento deveria ser obtido à moda trouxa e ele estava certo. Me ajudou bastante no Quadribol. Agora eu e Harry estamos meio que equilibrados para a final da Copa das Casas.



_E eu tenho certeza de que será um grande jogo, meus jovens. Aliás, preciso dar os parabéns às Srtas. Weasley, Sandoval e Lovegood. As notas que elas obtiveram nos N.O.Ms. estão entre as melhores que já foram obtidas por alunos de Hogwarts. Acho que nem eu obtive notas tão altas assim. Mas há outras razões para eu ter vindo assistir aos seus exercícios.



_E quais são elas, professor?



_Preciso lhes dizer, principalmente à Srta. Sandoval, que um grupo de Death Eaters tentou seqüestrar as Srtas. O’Rourke e Collingwood na saída do shopping.



_E o que aconteceu, professor? _ perguntou Janine, preocupada com suas amigas e ex-companheiras de apartamento.



_Os feitiços de proteção que Tonks e Lupin lançaram nelas fizeram efeito e os Death Eaters nem souberam o que os atingiu. Mas devemos considerar isso como um sinal de alerta, pois Voldemort está ficando mais ousado em suas investidas. Ele pretende obter aquele livro a qualquer preço e eu gostaria de saber a razão.



Janine revelou então suas suspeitas a Dumbledore:



_E eu acredito, professor, que tudo isso faz parte de algo ainda maior, um plano mais ambicioso de Voldemort. Por mais que seja importante obter o conhecimento de um feitiço que possa defletir a “Avada Kedavra”, não pode ser só isso. O livro deve possuir uma chave ou uma pista para algum poder de ameaça ou destruição que ele pretende utilizar em seus planos de conquista. Só não consigo imaginar o que seja. Quando meu pai trouxe o livro eu o li e não encontrei nada de mais, exceto o fato de ter as folhas faltando. A maior parte do texto do livro explicava sobre a história dos antigos sacerdotes feiticeiros hindus e de como os três deuses lhes ensinaram os feitiços. As seções finais mostravam os mantras dos feitiços, com explicações. Justamente nessas partes é que estavam as páginas que faltavam. Por isso o livro tem o nome de “Luzes da Trindade”. A Trindade Máxima da Mitologia Hindu são Brahma, o Criador; Vishnu, o Conservador e Shiva, o Destruidor. Mas, na verdade, Shiva não é apenas um destruidor. Com o fogo de seu olho ele destrói para poder reconstruir. Talvez Voldemort esteja procurando algo que permita a ele reconstruir a Sociedade conforme a sua vontade, mas não havia pista nenhuma sobre isso no livro ou, pelo menos, nenhuma que eu pudesse identificar.



Dumbledore então disse:



_Espero que não precisemos descobrir, pois para isso o livro teria de cair nas mão de Voldemort e isso nós não podemos permitir. Vou deixá-los, jovens, por enquanto. Fiquem atentos e procurem não se meter em encrencas.



Depois que Dumbledore se afastou, Harry comentou com os amigos:



_Engraçado. Geralmente quando o Prof. Dumbledore diz isso, ele sabe que estamos planejando algo. Mas, no momento, não há nenhum perigo imediato e não estamos bolando nada.



_Ele nos conhece, Harry. _ disse Hermione _ Já está nos prevenindo para que não inventemos nada de heróico, mesmo sabendo que, se houver necessidade, vamos fazer, assim mesmo.



_Vindo de você, Mione, que sempre tentava nos impedir quando tínhamos algum plano...



_Estou ficando mais realista, Rony. Além do mais, como agora é guerra, dificilmente poderemos não nos envolver quando um ou mais de nós estiverem em perigo.



_Do contrário, mano, não seríamos “Os Inseparáveis”. _ completou Gina.



Todos concordaram. Afinal de contas não havia, pelo menos aparentemente, nenhum perigo próximo rondando Hogwarts, era o que eles pensavam.



Não iria demorar muito para que descobrissem, da pior maneira, o quanto estavam enganados.


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