Prólogo



É incrível como a vida dá voltas. Como tudo muda de uma hora pra outra. Como quando eu tinha um ano e eu e meu irmão gêmeo perdemos nossos pais. Como? Um idiota que se intitulava Lord resolveu que queria matar a nós. Meus pais fizeram de tudo para impedir e acabaram dando suas vidas para nos salvar. O legado que nós dois temos disso é uma cicatriz em forma de raio. Eu, Mary Lily Potter, a tenho atrás do pescoço enquanto meu irmão, Harry James Potter, a tem na testa. Prefiro o local da minha que dá pra esconder deixando o cabelo solto. Já a de Harry, é mais visível. Bem, pior pra ele. Você deve se estar perguntando o porquê...  Pois bem eu digo. Depois que Lord Voldemort (sim, esse é o nome do idiota) matou nossos pais, ele tentou matar a mim e ao meu irmão, só que ele não conseguiu. Não sei bem por que, mas o fato é que ele virou pó, sumiu do mapa. E deixou de lembrancinha essas cicatrizes. Ficamos famosos por todo o mundo bruxo (sim, sou uma bruxa, esqueci-me de comentar esse mero detalhe) e é lógico que as cicatrizes também ficaram, ou seja, se nos virem e verem a cicatriz vão nos reconhecer e dai é aperto de mão pra cá, autógrafo pra lá, e daí já viu a merda que vira nossa vida.Bem, a minha, afinal Harry só foi descobrir que era bruxo aos 11 quando recebeu a carta de Hogwarts (calma que eu já explico). Voltando um pouquinho na história, quando meus pais morreram, não tínhamos parentes bruxos vivos, então deixaram eu e Harry para os meus tios trouxas (não bruxos). Só que bem, não éramos bem tratados, Harry conseguia aguentar mais, já eu, devolvia todos os maus tratos que nos era dirigido. Como? Eu aprontava horrores pela casa... Infernizava a vida do meu primo Duda. Era engraçado. Até os meus tios resolverem me expulsar de casa, quando eu tinha dois anos. Então, o diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts (aí está a explicação), Alvo Dumbledore, se compadeceu dessa pobre criança e resolveu criá-la. Não sozinho é claro. Tinha o meu padrinho, Sherlock Holmes, e os dois professores de quem mais me aproximei: Minerva McGonagall e Severo Snape. Só que Harry não veio comigo. Ele ficou lá, sofrendo com meus tios. Nunca concordei com isso. Sempre pedia a meu avô (como chamo Alvo Dumbledore) que trouxesse Harry para viver junto comigo. Só que ele dizia não e ainda não explicava o porquê. Isso me deixava com raiva, claro. Era o meu irmão.


Até completarmos 11 anos e ir para Hogwarts, só nos víamos no dia de nosso aniversário, 31 de julho. E eu ainda tinha que esconder que era bruxa. Que éramos bruxos. Quando finalmente fizemos 11 anos, Harry descobriu tudo e fomos para Hogwarts juntos. Fizemos novos amigos, Rony Weasley e Hermione Granger, e eu revi alguns que já conhecia por praticamente morar na escola, Fred e Jorge Weasley, junto com esses dois últimos, aprontamos bastante pela escola. Ganhamos detenções direto. Até competimos quem ganha mais. E é obvio que eu ganho de lavada. O problema é que a vida não é só um mar de rosas... Lembra-se do idiota lá de cima? Então, ele resolveu que, como estávamos eu e Harry na escola, ele tinha que tentar nos matar de novo. No primeiro ano, foi meio esquisito, ele estava atrás da cabeça de um professor nosso. Ele queria a Pedra Filosofal. E obviamente não conseguiu, senão eu não estaria aqui contando essas coisas para vocês. No segundo ano, conhecemos a versão mais nova dele, através de um diário onde ele manipulava a irmã dos Weasley, Gina, para matar todos os nascidos trouxas. Conseguimos impedir novamente os seus planos e agora, estamos de férias. Falta praticamente um mês para voltar a Hogwarts, e eu estou em Londres com o meu padrinho. Sherlock está me ensinando alguns truques para deduzir a profissão das pessoas só olhando-as.


- Então? O que me diz do cara de terno olhando a vitrine? – pergunta ele.


- Hum... Acho que ele não usa muito terno. Parece desconfortável. Nervoso. Diria que ele está desempregado e está assim para uma entrevista.


- Por quê?


- Bem, não é um encontro, pois ele não está com buquês ou chocolates para presentear a mulher. Não é reunião de negócios, senão ele estaria acostumado a usar o terno. Não é um terno novo, então não se pode dizer que se trata de um desconforto inicial. E ele também não vai a um casamento, senão não estaria aqui a essa hora.


- Perfeito. Você aprende rápido.


- Sim, eu aprendo rápido só falta você me deixar solucionar os crimes com você.


- Tudo a seu tempo, Mary.


- É só o que você diz.


- Sim, quem sabe agora que você vai ter aulas comigo em Hogwarts eu não deixo você me ajudar nas próximas férias?


- É sério? – pergunto totalmente surpresa.


- Porque não?


Não aguento e vou até ele e lhe dou um abraço e um beijo no rosto. Sei que ele não gosta disso. Mas eu gosto.

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