Capitulo 2



E foi na ausência de Ginna que Harry acordou, meio atordoado.


 


06/05/1998



Quando abriu os olhos sua visão estava turva,mas sentiu o corpo mais leve. Sentou - se na cama, ajeitou os óculos e só então reparou na mulher que dormia serenamente em uma cadeira perto da cama em que estava. Aqueles cabelos ruivos, o rosto sofrido e a aura de amabilidade que ela exalava, fez Harry ter vontade de abraçá-la, aquela senhora humilde mas com um coração do tamanho do mundo que o acolheu como um filho de sangue.


Molly ouviu Harry se remexer na cama e acordou.


 


_ Harry  meu querido,se sente melhor? - perguntou Molly ajeitando os cabelos.


_ Olá Sra. Weasley! Já me sinto bem, obrigado. - respondeu o garoto.


_ Graças a Merlin você está bem, vou chamar a Ginna, ela ficou aqui o tempo todo e você acorda quando ela não está! Mas ela vai se alegrar com a noticia. - disse Molly se levantando.


_ Sra. Weasley, eu sinto muito, me desculpe! Eu não queria que as coisas tivessem  terminado assim… - Harry mal começou a falar e Molly o interrompeu.


_ Harry meu bem,se está falando do Fred, não foi sua culpa. Todos nós sabíamos no que estávamos nos metendo! A família está em pedaços, mas a gente precisa continuar não é mesmo! Vou avisar a Ginna que você acordou. - concluiu ela saindo da enfermaria.


Ginna estava se arrumando depois do banho quando sua mãe entrou no dormitório das garotas.


 


_ Ginna querida, Harry acordou! - disse Molly assim que entrou no aposento.


_ Acordou quando mãe? Por que não me falou… - respondeu Ginna se atrapalhando com a blusa que  vestia.


_ Ele acabou de acordar meu amor, vim assim que pude. - falou Molly  enquanto ajudava a caçula com a roupa.


Ginna apressou - se para ver seu amado e enquanto descia os degraus do dormitório de dois em dois sua mãe a interceptou.


_ Ginna espera um pouco!


_ Fala mãe eu to com pressa… - Ginna respondeu sem olhar para trás.


_ O Harry tá se sentindo culpado pelos que faleceram, especialmente seu irmão. Ele acha que nós vamos culpá-lo sei lá, então se ele puxar o assunto, tente deixá-lo o mais a vontade possível está bem! - concluiu a matriarca.


 


Depois da saída da Sra. Weasley, Harry ficou pensando alguns minutos em tudo que havia passado nos últimos meses, se sentiu sujo, como pôde permitir que tantas pessoas inocentes morressem por ajudá-lo. Não queria mais pensar em nada e sem esperar por Ginna levantou, se vestiu e rumou para a saída. No caminho ia se desviado das pessoas que paravam para falar com ele, na escada principal encontrou Ron e Hermione que estavam a caminho de ir vê-lo.


 


_ Harry você ainda não recebeu alta, aonde pensa que está indo? - perguntou Hermione tentando impedir o garoto de continuar.


_ Não posso falar agora, tenho que sair daqui! - respondeu Harry afastando a colega do caminho.


Harry saiu das dependências da escola  e desaparatou.



Quando Ginna chegou a enfermaria e não encontrou Harry ela saiu em ronda pelo castelo a sua procura, encontrando Hermione e o irmão pelo caminho.


 


_ Algum de vocês viram o Harry? Ele não está no quarto! - perguntou Ginna.


_ É..., Ginna, Harry saiu do castelo, não nos disse aonde iria… - Hermione respondeu meio sem jeito.


_ Como assim saiu do castelo? Por que deixaram ele sair? - Ginna falava alto devido a surpresa.


_ Olha Ginna vem aqui um minuto! - falou Ron levando a garota de volta a enfermaria.


_ O que está havendo aqui, alguém pode me explicar? - Ginna estava histérica com a situação.


_ Não sabemos o que aconteceu, encontramos ele saindo, e ele sequer parou pra falar com a gente! Só disse que precisava sair daqui e saiu apressado. - concluiu Ron.


 


Ginna não conseguia entender que tinha acontecido pra ele reagir assim, por isso depois que o irmão se foi com Hermione ela ainda permaneceu sentada na cama que ele dormiu por alguns instantes. Depois começou a revirar os lençóis da cama a procura que alguma coisa que nem ela sabia o que era, só parou quando encontrou a camisa do pijama dele entre um lençol e outro. Ginna pegou a  camisa e sentiu o cheiro de seu amado impregnado no tecido, abraçou a peça e deitou chorando, tentando imaginar os motivos de ser abandonada pela segunda vez pela mesma pessoa, e desta vez sem saber o por quê…

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