Capítulo 3



A semana transcorreu sem maiores dificuldades ao menos para Mary, já seu “irmão” estava começando a se irritar com toda aquela atenção dispensada a ela. Mesmo porque era notório que ela não distinguia a malícia nos olhos de certas pessoas, principalmente dos Black, se não bastasse Sirius, obviamente tentando irrita-lo, ter passado os últimos quatro dias carregando o material dela, pedindo ajuda com o dever de casa- ele até passou a fazer dever de casa- e lhe mandando bilhetes, agora Régulo espichava o olho para cima dela também. Achou que ele fosse ficar na dele, afinal sempre foi um rapaz discreto, um tanto sombrio mas quem não o era na Sonserina?! E no entanto, foi pedir para ele permissão para cortejá-la!!! Ele deve pensar que estamos na idade média, não? Como não poderia deixar de ser, disse que ela é que deveria consentir, mas que se partisse o coração dela, iria amaldiçoá-lo até a sua quinta geração!

Sentia-se idiota, achou que se ela ficasse amiga dos marotos, não a utilizariam de alvo para as brincadeiras deles, afinal ela era a vítima perfeita para feri-lo indiretamente, agora namorar um deles? Nem pensar! Ainda mais aquele assassino! Mas tudo bem! Régulo não iria se acovardar para Sirius e livrar-se do Black mais novo seria bem mais fácil! Hoje teria aula dupla com a Lufa-Lufa de história da magia, era uma matéria detestável na opinião dele, ninguém prestava atenção e ele não via uma utilidade prática para aquilo, era o momento ideal para falar com ela, perai o que era aquilo? Aquele Black alisando ela de novo? Argh! Severus levantou-se com a varinha em punho, mas teve seu ombro tocado por Régulos, que deveria estar saindo da sala que eles entravam, com um sorriso malicioso no rosto murmurou em seu ouvido:

- Eu cuido disso cunhadinho! – e foi em direção ao casal, fazendo um Snape ainda inquieto voltar a sentar-se e observá-lo.

O garoto fixou seu olhar sombrio no irmão, seus belos olhos azuis se encontraram com o do outro num duelo mudo, eis que Régulo sorri e fala com desdém:

- Mamãe mandou-me uma carta esta manhã, e pediu para que eu servisse de anfitrião para a Srta.Snape aqui em Hogwarts, com a aval da mãe dela, ela , Mamãe, já sabia de sua gentileza com a Srta. MaryAnn e disse para afastar-se antes que ela se misturasse com você e aqueles plebeus e mestiços com que anda! Você não vai contrariá-la vai? Lembra do castigo que ela te deu ano passado? Ou dos furúnculos no ano anterior? Não pense que só porque ela te deserdou que não tem mais influência sobre você!- concluiu triunfante, ao que Sirius simplesmente riu irônico e replicou:

- Acontece que nem você, nem a Sra. Insana Black e ..- teve sua boca calada por um dedo da menina que até agora se manteve quieta ao seu lado e disse:

- Sirius! Que coisa feia para dizer da sua mãe! Não fala isso, pelo menos não perto de mim!

- Mas Mary, ela é um monstro e...

- Graças a ela ter te deixado nascer você está aqui hoje!- sorrindo continuou com sua voz mais meiga- e eu sou muito grata a ela por isso!

- Só você mesmo para encontrar qualidades nela- disse Sirius mais calmo fitando-a, pegou sua mão e a beijou sobre um olhar macabro do irmão, que terminou com um comentário mordaz:

- Então ela é a sua eleita da vez? Tenho que admitir que é encantadora, a quanto esta a aposta?- sério Régulo teve que segurar um sorriso ao ver a menina soltando a mão de Sirius que possesso pulou em sua direção, a raiva o cegou o suficiente para não ver a varinha do irmão apontando para ele e o petrificando. Foi a vez de Mary olhar para ele preocupada:

- Que aposta?

- Oh minha querida não fique assim! – disse sentando-se onde estava o outro acariciando o rosto dela- coisas de garotos desocupados! Sabe o que é? Fico meio sem graça de falar afinal é meu irmão mas.... ele é um galinha! Pronto disse! Ninguém lhe disse nada?- ela repentinamente virou-se para as duas meninas sentadas a sua frente, suas colegas de quarto, Alice, uma menina loirinha de olhos azuis que junto de Claire, uma morena de longas tranças e pele clara, concordou com tudo que o jovem sonserino dizia.

- Porque ninguém me falou?

- Desculpa Mary, é que eu achei que você pudesse mudar ele- disse a morena.

- E Eu achei que ele gostasse mesmo de você- completou a loira.

- Os olhos de Mary encheram de água ela estava pronta para desabar chorando quando viu Sirius levantar-se e apontar a varinha em direção a seu novo amigo, sem pestanejar ela o estuporou, lançando-o contra a mesa dos professores que por sorte estava vazia ainda, Régulo se dava por vencedor e Severus maravilhado com a cena estava pronto para soltar um: essa é minha irmã, quando ela vendo uma gota de sangue escorrendo pelo rosto de Sirius corre até ele, Tiago que assistiu a cena revoltado, vai em direção dela mas Remo o segura pelo braço mandando-o esperar, Severus olha preocupado, sabia o que ela tinha em mente, tinha que impedi-la pulou da mesa e foi até ela segurando-a pelo braço sussurrou em seu ouvido:

- Nem ouse utilizar esses dons aqui, ou vai conseguir inimigos demais!

- Mas eu machuquei ele Sevie –dizia ela já em prantos.

- Ele é forte vai sobreviver, e depois ele tentou me matar esqueceu? Não é mais do que ele merece- ela o olhou e chorou mais ainda, levemente sensibilizado Severus fez um feitiço de levitação fazendo Sirius ainda desacordado levitar e falou bem mais alto para que os demais pudessem ouvi-lo:

- Já que você insiste tanto vamos levá-lo a área hospitalar!- e o conduziu sendo seguido por ela ainda derramando água pelos olhos, que foi amparada por um Régulo cheio de boas intenções que a abraçou e passou a andar a seu lado, mais atrás vinham os três marotos restantes, pois Tiago foi irredutível quanto a acompanhá-los não confiava em nenhum deles para deixar Almofadinhas.

Lá chegando Almofadinhas já na cama despertou, Mary se jogou sobre ele e o abraçou pedindo desculpas para o ódio dos dois sonserinos presentes, e para a surpresa de todos, Sirius disse que aquilo não importava o pior seria ela não acreditar nele, mas depois de ela chorar um pouco mais, ele a abraçou e disse que a perdoaria se fosse com ele no próximo fim de semana a Hogsmeade, ela concordou o que deixou Régulos muito contrariado, e Sirius divertido com isso. Quem não gostou nada foi Tiago que retrucou para Remo:

- Ué, Sr.Monitor!! Não viu quem um aluno agrediu o outro? Não vai lhe passar uma detenção!

- Todos viram que ela estava me protegendo Potter!- Disse Régulo voltando-se para ele.

- Com toda essa força? Nem parecia um simples estuporamento e vindo de quem veio não me admira que tenha usado magia negra!- disse venenoso.

- Minha irmã não precisa usar disso, qualquer coisa derruba seus amiguinhos fracotes e idiotas- cuspia Severus entre os dentes com a varinha fincada no rosto de Tiago, que recuou um passo encostando a varinha na barriga de Snape.

- Mas eu vou dar uma detenção para os dois se não pararem com isso- dizia Remo se pondo entre eles.

- È assim Aluado? Depois de tudo que eu fiz por você – dizia Tiago decepcionado, bufando de raiva.

- Potter para de implicar com a garota só porque você não pode mais dar em cima dela – dizia Remo extremamente contrariado.

- Até parece que ia querer alguma coisa com a irmã do Ranhoso! Eu tenho a Lily, que alias é minha! Você acha que nunca notei o jeito que você olha Remo? Acha! Pois eu noto, mas nunca deixei me abalar por que pensei que você era meu amigo, mas agora chega esse demônio e todos se viram contra mim!

As palavras pareciam ter atingido a menina como um Avada Kedavra pois ela soluçava já com os olhos secos depois de muito chorar, Sirius o mandou calar a boca e fazia menção de levantar-se quando Severus acertou um soco no meio da cara de Tiago, juntou a varinha e os outros chegaram a ouvir um Cruc...quando Dublendore em um simples movimento de sua própria varinha surgiu nas costas do Sonserino desarmando-o Todos mantiveram-se calados. Até que ele, o diretor, rompeu o silencio dizendo:

- Baba de bode não é capim doce!- sim ele tinha que falar algo sem sentido pensavam- Bom Srta. Se estiver mais calma peço que fique aqui com o Sr. Black por algumas horas, depois venho chamá-la para conversarmos, Sr.Potter na minha sala vou falar com o Sr. agora mesmo, quanto aos demais retornem aos seus afazeres, isso é um área hospitalar deve se fazer o maior silencio possível.

Todos fizeram o que lhes foi dito menos Severus que passou a noite toda querendo saber o que Alvo queria com Mary.



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