Explicações/O Menino que Sobre



N/A= No inicio vai parecer confuso mas logo logo vocês vão intender tudo direitinho, como vai ter o pessoal do passado e do futuro eu vou colocar a presença de algum deles assim:
James C. Potter ( C.= Charlus)
James S. Potter ( S.= Sirius)
Lily Evans
Lily L. Potter ( L.= Luna)
Albus S. Potter ( S.= Severus)
Severus Snape
Ps: Tudo acontece depois da guerra e depois de terem reconstruído o castelo.


Pov Autora


Minerva propôs uma reunião com Harry, Hermione, Gina, Rony e Draco logo após a luta contra Voldemort. Foi difícil achar Draco mas apesar de tudo conseguiu, agora todos se encontravam na sala precisa de Hogwarts:


–Bom, eu chamei todos vocês aqui, pois essa era a ultima vontade de Dumbledore após sua morte, ele me pediu que quando acabasse a guerra, Voldemort estivesse morto eu reuniria todos vocês e leria a lista- Enforma McGonagall.


–E que lista seria essa?- Pergunta Rony.


–Deixa ela terminar Ron- Repreende Mione.


–Eu também não sei o que tem nessa lista mas ela está comigo desde que ele me entregou e como todos já estão aqui eu começarei a ler no horário que ele me pediu, que bom que nenhum de vocês chegou atrasado.


–Passado
James Potter- Após ela ler o primeiro nome um rapaz parecido com o Harry e da mesma idade de todos ( estavam no sétimo ano de Hogwarts) aparece misteriosamente na sala.
–Lily Evans
Sirius Black
Remus Lupin
Severus Snape


Presente
Professora Minerva
Harry Potter
Ginevra Weasley
Hermione Granger
Ronald Weasley
Draco Malfoy


Futuro
Albus S. Potter
James S. Potter
Lily L. Potter
Rose Weasley
Scorpius Malfoy
Hugo Weasley


Teddy Lupin- A cada nome que ela leu a pessoa que tem esse nome apareceu na sala, menos é claro o pessoal do presente que já se encontrava no local.


–O que nós fazemos aqui?- Pergunta James C.


–Nós não fazemos ideia- Fala Ron.


–Tudo bem pessoal todos em silêncio por favor- Fala Professora McGonagall, então aparece vários sofás e uma mesa no meio da sala e em cima da mesa apareceu sete livros- Vamos nos sentar e nos apresentar, falando nosso nome e nossos...pais, começando por você- Ela termina apontando para James C.


–James Charlus Potter ao seu dispor- Fala ele dando uma piscadinha para a Gina.


–Lily Evans.


–Sirius Black- Ele dá um de seus sorrisos arrogantes.


–Remus Lupin.


–Você...é meu...pai?- Pergunta Teddy.


–Teddy- Reprende McGonagall- Sem interrupções.


–Severus Snape.


–Ótimo, agora o pessoal do presente.


–Harry James Potter filho de Lily Evans e James Potter.


Poucas pessoas do passado ficaram chocadas afinal Lily e James já namoram, eles acabaram de acabar o sétimo ano em Hogwarts.


–Hermione Grager.


–Ronald Weasley.


–Ginny Weasley.


–Draco Malfoy.


–Futuro- Agora todos estavam mais curiosos ainda.


–Albus Severus Potter, filho de Harry Potter e Ginny Weasley.


–James Sirius Potter, filho de Harry Potter e Ginny Weasley.


–Lilly Luna Potter, filha de Harry Potter e Ginny Weasley.


–Rose Weasley filha de Ronald Weasley e Hermione Granger.


–Hugo Weasley filho de Ronald Weasley e Hermione Granger.


–Teddy Lupin filho de Remus Lupin e Ninfadora Tonks.


( Todo mundo do passado tinha acabado o sétimo ano, todo mundo do presente tinha a idade de quem acabou o sétimo ano menos a Professora e do futuro só o James tinha a idade de quem acabou o sétimo ano, Teddy era mais velho e os outros ainda estavam cursando)


–Ei, porque só eu não tenho filhos?- reclama Sirius.


–Provavelmente você tem filhos mas a maioria não é assumido- Fala Lily E.


–Você está falando que eu não tenho coragem de assumir filhos?


–Não almofadinhas, eu estou falando que você não sabe que esses filhos existem porque a mãe deles não quiseram te contar.


–Tudo bem chega de discussões, Albus nos mandou aqui para lermos esses livros e é isso que nós vamos fazer- Fala McGonagall.


–Ele nos mandou aqui para ler?- Pergunta James C. e James S. ao mesmo tempo- Então eu vou dormir.


–Ninguém vai dormir, pelo que eu entendi esses livros retratam a vida do Harry e eu acho que todos estamos curiosos para saber sobre os segredos dele e tudo que ele passou ou aprontou.


–Vish Harry você está ferrado- Fala Ron brincando.


–Eu? Lembre- se que você estava comigo- Responde o amigo no mesmo tom.


–Tudo bem quem quer começar a ler...hm... Harry Potter E A Pedra Filosofal?


–Acho que eu deveria ler, não?- Questiona Harry.


–Mas você não vai aguentar ler todos, então podemos variar.


–Tudo bem, me passe o livro, quando o livro já estava na sua mão ele começou a ler.


CAPÍTULOUM

O MENINO QUE SOBREVIVEU


O Sr. e a Sra. Dursley, da Rua dos 
Alfeneiros, nº. 4, se orgulhavamde dizer 
que eram perfeitamente normais, muito 
bem, obrigado. Eramas últimas pessoas 
no mundo que se esperaria que se 
metessem emalguma coisa estranha ou 
misteriosa, porque simplesmente 
nãocompactuavam com esse tipo de 
bobagem.
O Sr. Dursley era Diretor de uma firma 
chamada Grunnings, faziaperfurações. 
Era um homem alto e corpulento quase 
sem pescoço,embora tivesse enormes 
bigodes. A Sra. Dursley era loura e tinha 
umpescoço quase duas vezes mais 
comprido que o normal o que eramuito útil 
porque ela passava grande parte do 
tempo espichando-o porcima da cerca do 
jardim para espiar os vizinhos. Os Dursley 
tinhamum filhinho chamado Dudley, o 
Duda, e em sua opinião não haviagaroto 
melhor em nenhum lugar do mundo.
Os Dursley tinham tudo que queriam, 
mas tinham também umsegredo, e seu 
maior receio era que alguém o 
descobrisse. Achavamque não iriam 
agüentar se alguém descobrisse a 
existência dos Potter.


Só eu que não estou entendendo nada?- pergunta Sirius.


–Não é só você- Fala Lily E.


–Vocês vão achar confuso no inicio mas depois vão entender tudo, seria melhor se vocês prestassem atenção e não ficassem fazendo comentários- Fala Minerva.



A Sra. Potter era irmã da Sra. Dursley, 
mas não se viam há muitosanos, na 
realidade a Sra. Dursley fingia que não 
tinha irmã, porqueesta e o marido 
imprestável


–Ei, eu não sou imprestável- Reclama James C.


–Não discuta com um livro Jay- Fala Lily E.


eram o que havia de menos 
parecidopossível com os Dursley. Eles 
estremeciam só de pensar o que 
osvizinhos iriam dizer se os Potter 
aparecessem na rua. Os Dursleysabiam 
que os Potter tinham um filhinho também, 
mas nunca otinham visto. O garoto era 
mais uma razão para manter os Potter 
àdistância, eles não queriam que Duda 
se misturasse com uma criançadaquelas.
Quando o Sr. e a Sra. Dursley 
acordaram na terça-feiramonótona e 
cinzenta em que a nossa história começa 
não havia nadano céu nublado lá fora 
sugerindo as coisas estranhas e 
misteriosas quenão tardariam a acontecer 
por todo o país. O Sr. Dursley 
cantarolavaao escolher a gravata mais 
sem graça do mundo para ir trabalhar e 
aSra. Dursley fofocava alegremente 
enquanto lutava para encaixar umDuda 
aos berros na cadeirinha alta.
Nenhum deles reparou em uma coruja 
parda que passou,batendo as asas, pela 
janela.
Às oito e meia, o Sr. Dursley apanhou 
a pasta, deu umbeijinho no rosto da Sra. 
Dursley e tentou dar um beijo de 
despedidaem Duda, mas não conseguiu, 
porque na hora Duda estava tendo 
umacesso de raiva e atirava o cereal nas 
paredes.
— Pestinha — disse rindo contrafeito 
o Sr. Dursley ao sair decasa. Entrou no 
carro e deu marcha à ré para sair do 
estacionamentodo número quatro.
Foi na esquina da rua que ele notou o 
primeiro indício deque algo estranho 
ocorria um gato lia um mapa. Por um 
instante o Sr. Dursley não percebeu o que 
vira — em seguida virou rapidamente 
acabeça para dar uma segunda olhada. 
Havia um gato de listrasamarela, sentado 
na esquina da Rua dos Alfeneiros, mas 
não havianenhum mapa à vista. Em que 
estaria pensando naquela hora? Deviater 
sido um efeito da luz. Ele piscou e 
arregalou os olhos para o gato.
O gato o encarou. Enquanto virava a 
esquina e subia a rua, espiou ogato pelo 
espelho retrovisor. Ele agora estava lendo 
a placa que diziaRua dos Alfeneiros — 
não, não estava olhando a placa: gatos 
não podiamler mapas nem placas. O Dr. 
Dursley sacudiu a cabeça e tirou o gatodo 
pensamento. Durante o caminho para a 
cidade ele não pensou em mais nada 
exceto no grande pedido de brocas que 
tinha esperanças dereceber naquele dia, 
mas ao sair da cidade, as brocas foram 
varridas de sua cabeça poroutra coisa. Ao 
parar no costumeiro engarrafamento 
matinal, nãopode deixar de notar que 
havia uma quantidade de 
genteestranhamente vestida andando 
pelas ruas. Gente com capas largas. OSr. 
Dursley não tolerava gente que andava 
com roupas ridículas — ostrapos que se 
viam nos jovens! Imaginou que aquilo 
fosse uma novamoda idiota. Tamborilou 
os dedos no volante e seu olhar recaiu 
emum grupinho de excêntricos parados 
bem perto dele. Cochichavamexcitados. 
O Sr. Dursley se irritou ao ver que alguns 
deles nem eramjovens, ora, aquele 
homem devia ser mais velho do que ele, e 
usavauma capa verde-esmeralda! Que 
petulância! Mas então ocorreu ao Sr. 
Dursley que se tratava prova de alguma 
promoção boba — essaspessoas 
estavam obviamente arrecadando alguma 
coisa... É, devia seristo! O tráfego 
avançou e alguns minutos depois o Sr. 
Dursley chegouao estacionamento da 
Grunnings, o pensamento de volta às 
brocas.
O Sr. Dursley sempre sentava de 
costas para a parede em seuescritório no


nono andar. Se não o fizesse, talvez tivesse achado mais difícil se concentrar em brocas aquela manhã. Ele não viu as corujas que voavam velozes em plena luz do dia, embora as pessoas na rua as vissem, elas apontavam e se espantavam enquanto um bando de coruja passava no alto. A maioria jamais vira uma mesmo à noite. O Sr. Dursley, porém, teve uma manhã normal sem corujas. Gritou com cinco pessoas diferentes. Deu vários telefonemas importantes e gritou mais um pouco. Estava de excelente humor até a hora do almoço, quando pensou em esticar as pernas e atravessar a rua para comprar um pãozinho doce na padaria defronte.


Esquecera completamente as pessoas de capas até passar por um grupo delas próximo à padaria. Olhou-as com raiva ao passar. Não sabia o porquê, mas elas o deixavam nervoso. Essas cochichavam também, mas ele não viu nenhuma latinha de coleta. Foi ao passar por elas na volta, levando uma grande rosca açucarada que entreouviu algumas palavras do que diziam.


— ... Os Potter, é verdade, foi o que ouvi...


– O que que tem nós?- Pergunta Lily E. já nervosa.


–As coisas já serão esclarecidas, espere um pouco.


— ... É, o filho deles, Harry...


O Sr. Dursley parou de repente. O medo invadiu-o. Virou a cabeça para olhar as pessoas que cochichavam como se quisesse dizer alguma coisa, mas pensou melhor.


Atravessou a rua depressa, correu para o escritório, disse rispidamente à secretária que não o incomodasse, agarrou o telefone e quase terminara de discar o número de casa quando mudou de idéia. Pôs o fone no gancho e alisou os bigodes pensando... Não, estava agindo como um idiota. Potter não era um nome tão fora do comum assim. Tinha certeza de que havia muita gente chamada Potter com um filho chamado Harry. Pensando bem nem sequer tinha certeza de que o sobrinho tivesse o nome de Harry. Jamais viu o menino. Talvez fosse Ernesto. Ou Eduardo.


Não tinha sentido preocupar a Sra. Dursley, ela sempre ficava tão perturbada à simples menção da irmã. Não a culpava — se ele tivesse uma irmã como aquela... Mas mesmo assim aquelas pessoas de capas.


Achou bem mais difícil se concentrar nas brocas aquela tarde e quando deixou o edifício às cinco horas, continuava tão preocupado que deu um encontrão em alguém parado ali à porta.


— Desculpe — murmurou, quando o velhinho cambaleou e quase caiu. Levou alguns segundos até o Sr. Dursley perceber que o homem estava usando uma capa roxa. Não parecia nada aborrecido por ter sido quase jogado ao chão. Ao contrario, seu rosto se abriu em um largo sorriso e ele disse numa voz esganiçada que fez os passantes olharem:


— Não precisa pedir desculpas, caro senhor, porque nada poderia me aborrecer hoje! Alegre-se! Porque o Você-Sabe-Quem finalmente foi-se embora! Até trouxas como o senhor deviam estar comemorando um dia tão feliz!


E o velho abraçou o Sr. Dursley pela cintura e se afastou.


O Sr. Dursley ficou pregado no chão. Fora abraçado por um completo estranho. E também achava que fora chamado de trouxa, o que quer que isso quisesse dizer. Estava abalado. Correu para o carro e partiu para casa, esperando que estivesse imaginando coisas, o que nunca esperara que fizesse, porque não aprovava a imaginação.


Quando entrou no estacionamento do numero quatro, a primeira coisa que viu — e isso não melhorou o seu estado de espírito,— foi o gato listrado que notara aquela manhã. Agora ele estava sentado no muro do jardim. Tinha certeza de que era o mesmo, as marcas em volta dos olhos eram as mesmas.


— Chispa! — disse o Sr. Dursley em voz alta.


O gato não se mexeu. Apenas lançou-lhe um olhar severo. Será que isto era um comportamento normal para um gato, pensou o Sr. Dursley. Continuava decidido a então não comentar nada com a esposa.


A Sra. Dursley tivera um dia normal e agradável. Contou-lhe durante o jantar os problemas da senhora do lado com a filha e ainda que Duda aprendera uma palavra nova (Nunca). O Sr. Dursley tentou agir normalmente. Depois que Duda foi se deitar, ele chegou à sala em tempo de ouvir o último noticiário noturno.


"E, por último, os observadores de pássaros em toda parte registraram que as corujas do país se comportaram de formamuito estranha hoje. Embora elas normalmente cacem a noite e raramente apareçam à luz do dia, centenas desses pássaros foram visto hoje voando em todas as direções desde o alvorecer. Os especialistas não sabem explicar por que as corujas de repente mudaram o seu padrão de sono.


O locutor se permitiu um sorriso.


―Muito misterioso. E agora, com Jorge Mendes, o nosso boletim meteorológico. ―Vai haver mais tempestades de corujas hoje à noite, Jorge?


"Bom, Eduardo", disse o meteorologista, não sei lhe dizer, mas não foram só as corujas que se comportaram de modo estranho hoje, ouvintes de todo o pais têm telefonado para reclamar que em vez do aguaceiro que prometi para ontem, eles tem tido chuvas de estrelas!


Talvez alguém ande festejando a noite das fogueiras uma semana mais cedo este ano! Mas posso prometer para hoje uma noite chuvosa".


O Sr. Dursley ficou paralisado na poltrona. Estrelas cadentes em todo o país? Corujas voando durante o dia? Gente misteriosa capas por todo lado? E um cochicho, um cochicho a respeito dos Potter...


A Sra. Dursley entrou na sala trazendo duas xícaras de chá.


Não adiantava. Teria que lhe dizer alguma coisa. Pigarreou nervoso.


— Hum, hum, Petúnia, querida, você não tem tido notícias de sua irmã ultimamente?


– Petúnia? Minha irmã? O que nossa história tem haver com ela?- Perguntou Lily apavorada.


Conforme esperava, a Sra. Dursley pareceu chocada e aborrecida. Afinal,normalmente fingiam que ela não tinha irmã.


— Não. — respondeu ela, seca. — Por quê?


— Uma notícia engraçada — murmurou o Sr. Dursley — Corujas... Estrelas cadentes e vi uma porção de gente de aparência estranha na cidade hoje...


— E dai? — cortou a Sra. Dursley.


— Bem, pensei, talvez, tivesse alguma ligação com... Sabe... O pessoal dela.


A Sra. Dursley bebericou o chá com os lábios contraídos. O Sr. Dursley ficou em dúvida se teria coragem de lhe contar que ouvira o nome "Potter". Decidiu que não. Em vez disso, falou com a voz mais displicente que pode:


— O filho deles, teria mais ou menos a idade do Duda agora, não?


— Suponho que sim — respondeu a Sra. Dursley ainda seca.


— Como é mesmo o nome dele? Ernesto, não é?


— Harry. Um nome feio e vulgar se quer saber minha opinião.


— Ah, é — disse o Sr. Dursley, sentindo um aperto horrível no coração. — E, concordo com você.


Não disse mais nenhuma palavra sobre o assunto a caminho do quarto onde foram se deitar. Enquanto a Sra. Dursley estava no banheiro, o Sr. Dursley foi devagarinho até a janela e espiou o jardim da casa. O gato continuava lá. Observava o começo da Rua dos Alfeneiros como se esperasse alguma coisa.


Estaria imaginando coisas. Será que tudo isto teria ligação com os Potter? Tinha-se... Se transpirasse que eram aparentados como um casal de... Bem ele achava que não agüentaria.


Os Dursley se deitaram. A Sra. Dursley, adormeceu logo, mas o Sr. Dursley continuou acordado pensando no que acontecera. Seu último consolo antes de adormecer foi pensar que mesmo que os Potter estivessem envolvidos, não havia razão para se aproximarem dele e da Sra. Dursley. Os Potter sabiam muito bem o que pensavam deles e de gente de sua laia... Não via como ele e Petúnia poderiam se envolver com nada que estivesse acontecendo. O Sr. Dursley bocejou e se virou. Isso não poderia afetá-los...


Como estava enganado.


O Sr. Dursley talvez estivesse mergulhando em um sono inquieto, mas o gato no muro lá fora não mostrava sinais de sono.


Continuava sentado imóvel como uma estátua, os olhos fixos na esquina mais distante da Rua dos Alfeneiros. E nem sequer estremeceu quando uma porta de carro bateu na rua seguinte, nem mesmo quando duas corujas mergulharam do alto. Na verdade, era quase meia-noite quando o gato se mexeu.


Um homem apareceu na esquina que o gato estivera vigiando.


Apareceu tão súbita e silenciosamente que se poderia pensar que tivesse saído do chão. O rabo do gato mexeu ligeiramente e seus olhos se estreitaram.


Ninguém jamais vislumbrara nada parecido com este homem na Rua dos Alfeneiros. Era alto, magro e muito velho a julgar pelo prateado dos seus cabelos e de sua barba, suficientemente longos para prender no cinto. Usava vestes longas, uma capa púrpura que arrastava pelo chão e botas com saltos altos e fivelas. Seus olhos azuis eram claros, luminosos e cintilantes por trás dos óculos em meia-lua e o nariz, muito comprido e torto, como se o tivesse quebrado pelo menos duas vezes. O nome dele era Alvo Dumbledore.


Ao ver que o pessoal do passado ia interferir ela os lançou um olhar severo do tipo vocês saberão.


Alvo Dumbledore não parecia ter consciência de que acabara numa rua onde tudo desde o seu nome às suas botas era malvisto.


Estava ocupado apalpando a capa, procurando alguma coisa. Mas parecia ter consciência de que estava sendo vigiado, porque ergueu a cabeça de repente para o gato, que continuava a fitá-lo da outra ponta da rua. Por algum motivo, a visão do gato pareceu diverti-lo. Deu uma risadinha e murmurou:


— Eu devia ter imaginado.


Encontrou o que procurava no bolso interior da capa, parecia um isqueiro de prata. Abriu-o, ergueu-o no ar e ascendeu. O lampião de rua mais próximo apagou-se com um estalido seco. Ele fez de novo — o lampião seguinte piscou e apagou, doze vezes ele acionou o "apagueiro", até que as únicas luzes acesas na rua eram dois pontinhos minúsculos ao longe, os olhos do gato que os vigiava. Se alguém espiasse pela janela agora, até a Sra. Dursley, de olhos de contas, não conseguira ver nada que estava acontecendo na calçada. Dumbledore tornou a guardar o "apagueiro" na capa e saiu caminhando pela rua em direção ao número quatro, onde se sentou no muro ao lado do gato. Não para olhar para o bicho, mas, passado algum tempo, dirigiu-se a ele.


— Imaginava encontrar a senhora aqui, Professora Minerva McGonagall.


E virou-se para sorrir para o gato, mas este desaparecera. Ao invés dele, viu-se sorrindo para uma mulher de aspecto severo que usava óculos de lentes quadradas exatamente do formato das marcas que o gato tinha em volta dos olhos. Ela, também, usava uma capa esmeralda. Trazia os cabelos negros presos num coque apertado. E parecia decididamente irritada.


— Como soube que era eu? — perguntou.


— Minha cara professora nunca vi um gato se sentar tão duro.


— O senhor estaria duro se tivesse passado o dia todo sentado em um muro de pedra — respondeu a Professora Minerva.


— O dia todo? Quando podia estar comemorando? Devo ter passado por mais de dez festas e banquetes a caminho daqui.


A professora fungou aborrecida.


— Ah sim, vi que todos estão comemorando — disse impaciente. — Era de esperar que fossem um pouco mais cautelosos, mas não, até os trouxas notaram que alguma coisa estava acontecendo. Deu no telejornal. — Ela indicou com a cabeça a sala às escuras dos Dursley. — Eu ouvi... Bandos de corujas... Estrelas cadentes... Ora, eles não são completamente idiotas. Não podiam deixar de notar alguma coisa.


— Estrelas cadentes em Kent, aposto que foi coisa de Dédalo Diggle. Ele nunca teve muito juízo. — Você não pode culpá-los — ponderou Dumbledore educadamente. — Temos tido muito pouco o que comemorar nos últimos onze anos.


— Sei disso — retrucou a professora mal-humorada. — Mas não é razão para perdermos a cabeça. As pessoas estão sendo completamente descuidadas, saem as ruas em plena luz do dia, sem nem ao menos vestir roupa de trouxa, e espalham boatos.


De esguelha, lançou um olhar atento a Dumbledore, como se esperasse que ele dissesse alguma coisa, mas ele continuou calado, por isso ela recomeçou:


— Ia ser uma graça se, no próprio dia em que Você-Sabe-Quem parece ter finalmente ido embora, os trouxas descobrissem a nossa existência. Suponho que ele realmente tenha ido embora, não é, Dumbledore?


–Voldemort foi embora?


–James Charlus Potter dá próxima vez que você fizer alguma pergunta você vai ser expulso daqui.


— Parece que não há dúvida. Temos muito o que agradecer. Aceita um sorvete delimão?


— Um o quê?


— Um sorvete de limão. E uma espécie de doce dos trouxas de que sempre gosteimuito.


— Não, obrigada — disse a Professora Minerva com frieza, como se não achasse que o momento pedia sorveres de limão. — Mesmo que Você-Sabe-Quem tenha ido embora.


— Minha cara professora, com certeza uma pessoa sensata como a senhora pode chamá-lo pelo nome. Toda essa bobagem de Você-Sabe-Quem há onze anos venho tentando convencer as pessoas a chamá-lo pelo nome que recebeu: Voldemort — A professora franziu a cara, mas Dumbledore, que estava separando dois sorvetes de limão, pareceu não reparar — Tudo fica tão confuso quando todos não param de dizer "Você-Sabe-Quem". Nunca vi nenhuma razão para ter medo de dizer o nome de Voldemort.


— Sei que não vê — disse a professora parecendo meio exasperada, meio admirada. Mas você é diferente.. Todo o mundo sabe é o único de quem Você-Sabe... Ah está bem, de quem Voldemort tem medo.


— Isto é um elogio — disse Dumbledore calmamente. — Voldemort tinha poderes que nunca tive.


— Só porque você é muito... Bem... Nobre para usá-los.


— É uma sorte estar escuro. Nunca mais corei assim desde que Madame Ponfrey me disse que gostava dos meus abafadores de orelhas novos.


A Professora Minerva lançou um olhar severo a Dumbledore e disse:


— As corujas não são nada comparadas aos boatos que correm que todos estão dizendo? Por que ele foi embora? Que foi que finalmente o deteve?


Aparentemente a Professora Minerva chegara ao ponto que estava ansiosa para discutir, a verdadeira razão pela qual estivera esperando o dia todo em cima de um muro frio e duro, porque nem como gato nem como mulher ela fixara antes um olhar tão penetrante em Dumbledore como agora. Era óbvio que seja o que fosse que "todos"estavam dizendo, ela não iria acreditar até que Dumbledore confirmasse ser verdade. Dumbledore, porém, estava escolhendo mais um sorvete de limão e não respondeu.


— O que estão dizendo — continuou ela — é que a noite passada Voldemort apareceu em Godric's Hollow. Foi procurar os Potter. O boato é que Lily e James Potter estão... Estão mortos.


Um silêncio pairou pela sala e todos do passado estavam assustados esperando uma resposta que logo veio e pode-se dizer que não agradou todos.


Dumbledore fez que sim com a cabeça. A Professora Minerva perdeu o fôlego.


— Lily e James... Não posso acreditar... Não quero acreditar... Ah, Alvo.


Dumbledore estendeu a mão e deu-lhe um tapinha no ombro.


— Eu sei... Eu sei... — disse deprimido.


A voz da Professora Minerva tremeu ao prosseguir:


— E não é só isso estão dizendo que ele tentou matar o filho dos Potter, Harry. Mas... Não conseguiu. Não conseguiu matar o garotinho. Ninguém sabe o porquê nem como, mas estão dizendo que na hora que não pôde matar Harry Potter, por alguma razão, o poder de Voldemort desapareceu e é por isso que ele foi embora.


Dumbledore concordou com a cabeça, sério.


— É verdade? — gaguejou a professora. — Depois de tudo o que ele fez... Todas as pessoas que matou... Não conseguiu matar um garotinho? É simplesmente espantoso... De tudo que poderia detê-lo... Mas, por Deus, como foi que Harry sobreviveu?


— Só podemos imaginar — disse Dumbledore. — Talvez nunca cheguemos àsaber.


A Professora Minerva pegou um lenço de renda e secou com delicadeza os olhos por baixo das lentes dos óculos. Dumbledore deu uma grande fungada ao mesmo tempo em que tirava o relógio de ouro do bolso e o examinava. Era um relógio muito estranho.


James abraçava Lily que se segurava para não chorar e ele se mantinha forte por ela.


Tinha doze ponteiros, mas nenhum número, em vez deles pequenos planetas giravam à volta. Mas, devia fazer sentido para Dumbledore, porque ele o repôs no bolso e disse:


— Hagrid está atrasado. A propósito, foi ele que lhe disse que eu estaria aqui, suponho.


— Foi. E suponho que você não vá me dizer por que está aqui e não em outrolugar.


— Vim trazer Harry para tio e a tia. Eles são a única família que lhe resta.


– Isso não pode ser verdade, não pode- Falou Lily E.


–Lily você sabe que é a verdade e...


–Não, não isso, eles não podem deixar o Harry com a Petúnia ela simplesmente odeia os bruxos, ele vai sofrer muito lá, ele não pode ficar na casa dela, oh Harry- Falou ela desolada.


— Você não quer dizer, você não pode estar se referindo às pessoas que moram aqui? — exclamou a Professora Minerva, pulando de pé e apontando para o número quatro — Dumbledore você não pode. Estive observando a família o dia todo. Você não poderia encontrar duas pessoas menos parecidas conosco. E têm um filho, vi-o dando chutes na mãe até a rua, berrando porque queria balas. Harry Potter não pode vir morar aqui!


— É o melhor lugar para ele — disse Dumbledore com firmeza. — os tios poderão lhe explicar tudo quando ele for mais velho, escrevi-lhes uma carta.


— Uma carta? — repetiu a professora com a voz fraca, sentando-se novamente no muro. — Francamente Dumbledore, você acha que pode explicar tudo isso em uma carta? Essas pessoas jamais vão entendê-lo! Ele vai ser famoso, uma lenda. Eu não me surpreenderia se o dia de hoje ficasse conhecido no futuro como o dia de Harry Potter. Vão escrever livros sobre Harry. Todas as crianças no nosso mundo vão conhecer o nome dele!


— Exatamente — disse Dumbledore, olhando muito sério por cima dos óculos de meia-lua. — Isto seria o bastante para virar a cabeça de qualquer menino. Famoso antes mesmo de saber andar. Famoso por alguma coisa que ele nem vai se lembrar! Veja que ele estará muito melhor se crescer longe de tudo isso e tenha capacidade de compreender?


A professora abriu a boca, mudou de idéia, engoliu em seco e então disse:


— É, é, você está certo é claro. Mas como é que o garoto vai chegar aqui, Dumbledore? — Ela olhou para a capa dele de repente como se lhe ocorresse que talvez escondesse Harry ali.


— Hagrid vai trazê-lo.


— Você acha que é sensato confiar a Hagrid uma tarefa importante como essa?


— Eu confiaria a Hagrid minha vida — respondeu Dumbledore.


— Não estou dizendo que ele não tenha o coração no lugar — concedeu a professora de má vontade — mas você não pode fingir que ele é cuidadoso. Que tem uma tendência a... Que foi isso?


Um ronco discreto quebrara o silêncio da rua. Foi aumentando cada vez mais enquanto eles olhavam para cima e para baixo da rua à procura de um sinal de farol decarro, o ronco se transformou num trovão quando os dois olharam para o céu — e uma enorme motocicleta caiu do ar e parou na rua diante deles.


Se a motocicleta era enorme, não era nada comparada ao homem que a montava de lado. Ele era quase duas vezes mais alto do que um homem normal e pelo menos cinco vezes mais largo. Parecia simplesmente grande demais para existir e tão selvagem — emaranhados de barba e cabelos negros longos e grossos escondiam a maior parte do seu rosto, as mãos tinham o tamanho de uma lata de lixo e os pés calçados com botas de couro pareciam filhotes de golfinhos. Em seus braços imensos e musculosos ele segurava um embrulho de cobertores.


— Hagrid — exclamou Dumbledore, parecendo aliviado — Finalmente. E onde foi que arranjou a moto?


— Pedi emprestada, Professor Dumbledore — respondeu o gigante, desmontando cuidadosamente da moto ao falar — O jovem Sirius me emprestou. Trouxe ele, professor.


– Eu tenho uma moto?- Perguntou Sirius. Minerva concordou e ele comemorou.


— Não teve nenhum problema?


— Não, senhor. A casa ficou quase destruída, mas consegui tirá-lo inteiro antes que os trouxas invadissem o lugar. Ele dormiu quando estivemos sobrevoando Bristol.


Dumbledore e a Professora Minerva curvaram-se para o embrulho de cobertores. Dentro, apenas visível, havia um menino, que dormia a sono solto. Sob uma mecha de cabelos muito negros caída sobre a testa eles viram um corte curioso, tinha a forma de um raio.


— Foi aí que? — sussurrou a professora.


— Foi — confirmou Dumbledore.— Ficará com a cicatriz para sempre.


— Será que você não poderia dar um jeito, Dumbledore?


— Mesmo que pudesse, eu não o faria. As cicatrizes podem vir a ser úteis. Tenho uma acima do joelho esquerdo que é um mapa perfeito do metrô de Londres. Bem, me dê ele aqui, Hagrid, é melhor acabarmos logo com isso.


Dumbledore recebeu Harry nos braços e virou-se para a casa dos Dursley.


— Será que eu podia... Podia me despedir dele, professor? — perguntou Hagrid.


Ele curvou a enorme cabeça descabelada para Harry e lhe deu o que deve ter sido um beijo muito áspero e peludo. Depois, sem aviso, Hagrid soltou um uivo como o de um cachorro ferido.


— Psiu! — sibilou a Professora Minerva — Você vai acordar os trouxas!


— Desculpe — soluçou Hagrid, puxando um enorme lenço sujo e escondendo a cara nele. — Mas na... Nã... Não consigo suportar, Lily e James mortos, e o coitadinho do Harry ter de viver com os trouxas...


— É, é muito triste, mas controle-se, Hagrid, ou vão nos descobrir — sussurrou a professora, dando uma palmadinha desajeita no braço de Hagrid enquanto Dumbledore saltava a mureta de pedra e se dirigia à porta da frente. Depositou Harry devagarinho no batente, tirou uma carta da capa, meteu-a entre os cobertores do menino e em seguida, voltou para a companhia dos dois. Durante um minuto inteiro os três ficaram parados olhando para o embrulhinho, os ombros de Hagrid sacudiram, os olhos da Professora Minerva piscaram loucamente e a luz cintilante que sempre brilhava nos olhos de Dumbledore parecia ter-se extinguido.


— Bem — disse Dumbledore finalmente — acabou-se. Não temos mais nada a fazer aqui já podemos nos reunir aos outros para comemorar.


— É — disse Hagrid com a voz muito abafada. — Vou devolver a moto de Sirius. Boa noite, Professora Minerva, Professor Dumbledore...


Enxugando os olhos na manga da jaqueta, Hagrid montou na moto e acionou o motor com um pontapé, com um rugido ela levantou vôo e desapareceu na noite.


— Nos veremos em breve, espero, Professora Minerva — falou Dumbledore, com um aceno da cabeça. A Professora Minerva assou o nariz em resposta.


Dumbledore se virou e desceu a rua. Na esquina parou e puxou o "apagueiro". Deu um clique e doze esferas de luz voltaram aos lampiões de modo que a Rua dos Alfeneiros de repente iluminou-se com uma claridade laranja e ele divisou o gato listrado se esquivando pela outra ponta da rua. Mal dava para enxergar o embrulhinho de cobertores no batente do número quatro.


— Boa sorte, Harry — murmurou ele. Girou nos calcanhares e, com um movimento da capa, desapareceu.


Uma brisa arrepiou as cercas bem cuidadas da Rua dos Alfeneiros, silenciosas e quietas sob o negror do céu, o último lugar do mundo em que alguém esperaria que acontecessem coisas espantosas. Harry Potter virou-se dentro dos cobertores sem acordar. Sua mãozinha agarrou a carta ao lado, mas ele continuou a dormir, sem saber que era especial, sem saber que era famoso, sem saber que iria acordar dentro de poucas horas com o grito da Sra. Dursley ao abrir a porta da frente para pôr as garrafas de leite do lado de fora, nem que passaria as próximas semanas levando cutucadas e beliscões do primo Duda. Ele não podia saber que neste mesmo instante, havia pessoas se reunindo em segredo em todo o país que erguiam os copos e diziam com vozes abafadas.


— À Harry Potter, o menino que sobreviveu.


E esse foi o final do primeiro capítulo, sabe eu queria que tivesse um pouco da minha vida com meus pais, eu tinha esperança de que os mostrasse antes de sua morte, desde que eu nasci e não desde que fui entregue aos meus tios- Falou Harry.


–Harry- O reprendeu Mione e o tirou do sofá praticamente o empurrando para cima dos pais, eles se levantaram e abriram os braços para o filho que por mais que tivesse a mesma idade que eles ainda era seu filho.


 

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