Crucio, falha, afastamento



Os dois chegaram na mansão, Narcisa escutou um barulho e foi ver o que era. Vinha do quarto de Draco. Ela abriu a porta e viu os dois ali. Fechou a porta.


 


-Draco! Hermione!


 


Lúcio havia seguido Narcisa, e Voldemort o seguiu.


 


-Ah, aí está você! E ainda com sua namoradinha. Venha.


 


-NÃO! Eu não vou deixar Hermione sozinha. Não agora. Por culpa da maldita Belatriz, Hermione quase morreu! E não executei a tarefa que a mim foi designada, foi por falha própria. Desde sempre eu já sabia que não ia conseguir. E se estão achando ruim que eu esteja falando tudo isso, eu não ligo. Eu vou voltar para a escola, que é meu lar de verdade. A marca está tatuada a brasa, eu sei, eu tirava se pudesse, porque não aguento mais... Tudo isso... Ah, e eu deixei Potter escapar, sim. Ele merece. E só mais uma coisa antes de ir. Ou esses malditos saem daqui, ou eu não piso nessa casa mais.-disse Draco, vendo a face de espanto do pai e de Voldemort.


 


-Ah, garoto! Draco, todos temos um destino, e o seu é ser um dos nossos! Crucio!


 


-NÃO!-gritaram Mione e Cissa. Draco se contorcia no chão.


 


-Como te obedecerei se não me deixa ser livre?-disse Draco.


 


Lúcio abaixou a varinha e saiu dali. Narcisa foi atrás dele, e ali estavam apenas Hermione, Draco e Voldemort. Os olhos de Hermione não saíam de perto do loiro, e os de Draco, não saíam de Voldemort.


 


Lentamente, ele se levantou, Hermione com ele. Voldemort disse:


 


-Draco. Meu querido Draco. Não cumpriu sua missão, e...


 


-Para você é fácil matar alguém, não é? Perdoe-me pela audácia, milorde, mas é a verdade.


 


-Draco, não o provoque. Vai ser pior.


 


-Não, Hermione! Tá mais que na hora dele perceber que a verdade é essa! Muitos aqui já mataram, mas mataram porque foram ordens dele. E não simplesmente porque tinham que matar. Hoje, eu não matei Dumbledore pois sabia que não conseguia. E Snape o fez por causa daquele maldito voto perpétuo que fez com mamãe. Ah, quer saber, vou voltar para Hogwarts, é o melhor que faço agora.


 


-Quê?-gritou Voldemort.


 


-Vem, Mione, vamos falar com a mamãe. Ah, e eu estava falando muito sério quando disse que só voltarei aqui quando não houver mais comensais nesta casa. Inclusive meu pai.


 


Os dois saíram dali, Narcisa ainda discutia com Lúcio, mas ela o prendeu para que deixasse Hermione e Draco em paz.


 


-Acalmem-se, ele não pode fazer nada!-disse ela, mostrando a varinha dele em suas mãos.


 


-Que ótimo. Prefiriria que ele jamais tivesse deixado Azkaban. Minha palavra final foi dada, não voltarei enquanto houverem comensais aqui. Inclusive ele e tia Bela. Eu sei que ficará só por aqui, mas não se preocupe. Tudo vai acabar melhor que começou...
Agora... Me deixe a sós com meu pai, por favor.


 


Narcisa e Hermione saíram dali. Draco disse:


 


-Eu já disse. Não dá mais. Eu sempre segui seus passos, do jeito que você sempre quis, mas agora, chega. Já sou maior de idade, decido o que vou ou não fazer da minha vida. Desculpa, eu não queria ter que estar aqui, falando isso, mas estou. E eu te mandaria de volta a Azkaban, de onde vocé e aqueles malditos jamais deviam ter saído. Assim como já estou de saída.


 


Ele saiu dali. Hermione e Narcisa conversavam na cozinha. Ele foi até lá.


 


-Eles já foram?-perguntou ele.


 


-Calma, querido. Não é assim, eles simplesmente vão, do nada.


 


-Ok. Então, vamos, Hermione? Mãe, eu não queria te deixar só, mas não dá para ficar aqui, principalmente com a louca da Bela. Vou ao Ministério, pedir a volta desses loucos para a prisão. Desculpa, mãe, mas é necessário.


 


-Eu sei, querido. Estava pensando mesmo em fazer isso.


 


Belatriz apareceu ali.


 


-Draco, sobrinho querido. O que uma sangue ruim faz aqui?


 


Draco olhou para Hermione. Ela nem ligava mais quando era chamada de sangue-ruim.


 


-Este não é o termo correto para referir-se a uma nascida trouxa. E não me venha com cumprimentos carinhosos, você sabe bem o porquê. Já aguentei demais tudo o que você andou fazendo, mas a gota d‘água final para mim foi você torturar Hermione.


 


-Draco. Chega, vamos logo embora daqui.


 


Ele olhou para Hermione. Concordou, pois ainda iriam ao ministério.


 


Eles foram para a lareira, destinados ao ministério. Foram direto ao escritório do ministro.


 


-Sr. Malfoy, srta. Granger, a que lhes devo a honra?


 


-É... Quero que o senhor oficialize uma ordem de prisão perpétua contra todos aqueles que fugiram de Azkaban no ano passsado. Como o senhor e todo o mundo da magia já sabem, ele voltou. E o centro de concentração deles é a mansão dos Malfoys.


 


-Pelo que eu saiba, o sr. também é um...


 


-Eu era. Renunciei. Me tornei um comensal por pressão de meu pai. Mas cansei, para mim, chega, de viver fazendo o que ele quer. Eu não matei Dumbledore. Foi Snape. Meu pai é um louco.


 


-Tudo bem, Malfoy. Então prenderei teu pai, também?


 


-Acho que deve ser o primeiro. E Belatriz Lestrange também. Ah, e por favor, garanta a segurança de minha mãe, não quero que ela se machuque.


 


-Fica calmo. A Ordem foi dada, as buscas iniciadas neste exato momento. Podem voltar para a escola.


 


Os dois saíram para a lareira mais próxima. Aparataram. Chegaram na escola, foram direto para o salão comunal.


 


-Quanta loucura em um ano! Começamos a namorar, você descobriu que eu era um comensal, o Ronald foi morto... Por mim...


 


-Draco, para.


 


-Eu fiz a todos sofrerem quando lancei aquele impedimenta nele...


 


-Pare aí! Impedimenta?!


 


-É, porquê?


 


-Draco, então... Há chances de o Ron estar... Vivo. Porque o feitiço não mata! Vem, eu sei que está cansado, mas vamos falar com o Harry. Ou melhor, com a Minerva primeiro.


 


-Ah, pode ir. Tudo isso me cansou, temos só algumas horas para o sol raiar. Vou dormir, ou tentar. Boa sorte, Mione


 


-Obrigada, Draquinho. Se você quiser, tudo será luz, a partir de agora. Só dominarão as trevas se você quiser. Vá.


 


Ele foi dormir, pensando nas palavras dela. Mione foi até a sala da profa. Minerva.


 


-Ah, srta. Granger. O que deseja?


 


-A senhora sabe que o feitiço impedimenta não mata.


 


-Claro. Por quê?


 


-Porque foi esse feitiço que saiu da varinha do Draco, na tarde em que Rony foi morto. O que significa que talvez Rony Weasley esteja... Vivo.


 


-Espere, não foi o Potter que...


 


-Não. Harry atacou o Draco. Preciso falar isso ao Harry... E me disponho a tentar encontrar Rony, se ele estiver vivo.


 


-Vá.


 


Ela ia falar com Harry, quando o encontrou sentado num dos degraus da escada.


 


-Harry?


 


-Oi, Mione.


 


-Eu tenho que falar uma coisa para você. Chama a Gina, e me encontrem na Torre de Astronomia.


 


-Tá.


 


E assim, eles foram. Hermione revirou todos os livros de feitiços até achar. A teoria sobre Impedimenta. Depois, saiu, saltitante, até a torre, onde Harry e Gina já estavam.


 


-Para quê tanta urgência, Mione?


 


-Eu descobri que talvez, o Rony ainda esteja vivo.


 


-Quê? Como isso pode ser...


 


-É. Harry, o feitiço não se partiu em dois. O Draco lançou um impedimenta no Rony, que era para ter te atingido. Mas foi muito forte, por isso houve esse suposto desmaio do Rony.


 


-Rony, vivo... E o que vai fazer?


 


-Minerva me deu autorização para ir atrás dele.


 


-Gina, desce, tenho que falar com a Mione.


 


Ela saiu dali para o hall de entrada. O prof. Flitwick fazia os ajustes necessários nas partes destruídas pelos comensais. Harry disse a Hermione:


 


-Me ajude com o início.


 


-Não vou te deixar só agora, vai precisar de muita ajuda contra a destruição das horcruxes. Se eu nunca tivesse te ajudado, você já estaria morto há 6 anos, Harry Potter. Manteremos contato.


 


-Você é a garota mais incrível que já conheci. Todos esses anos...


 


-Ai, Harry... Eu não queria te deixar sozinho, de verdade, mas é que... Não tem outro jeito de ser, é assim.


 


-Tá tudo bem. Ainda tem o casamento de Gui e Fleur, ainda nos encontraramos.


 


-Draco está revoltado, com Belatriz pelo que fizeram a mim. Fomos até ao ministério para pedir uma ordem prisional contra aqueles que fugiram ano passado. Isso inclui ao pai. Eu me preocupo com a mãe dele. Narcisa e Lúcio são tão diferentes... Eu vou buscar pelo Rony. Tem que ser agora. Diga ao Draco que muito em breve voltarei, e que ele sabe o tamanho do meu amor por ele.


 


Ela aparatou até a Toca.O sr. Weasley disse:


 


-Hermione! Por aqui, agora?


 


-Sr. Weasley! Desculpe vir sem avisar, mas é que tenho algo realmente importante para falar. Eu acho que o Rony ainda pode estar vivo. Não sei onde ele possa estar, mas sei que não foi Avada kedavra que atingiu o Rony. Foi um impedimenta.


 


-Um impedimenta?


 


-É. Lançado pelo Malfoy. E eu pensei que o Rony pudesse estar escondido por aqui.


 


-Olha, eu não acho que ele esteja aqui.


 


Enganaram-se, felizmente. Hermione passou uma semana ali. Mas o que ela não sabia, era que Rony estava no sótão, escondido. Ao escutar sua voz, ele estranhou. Uma noite, ele resolveu aparecer finalmente, mas apenas para ela. Ele entrou silenciosamente no quarto. Ela dormia calmamente. Ela acordou sentindo um forte cheiro de pasta de dente, de hortelã. Rony se escondeu debaixo da cama, ao vê-la ali. Ela acabou pisando na mão do ruivo, que não conteve a dor e deu um grito.


 


-AAAAAIII...


 


Ela deu um pulo para trás ao ouvir aquilo. Olhou sob a cama, e lá estava ele, com seus lindos olhos azuis, marejados em lágrimas pela dor. Ela não conseguia acreditar.
Ele saiu de onde estava. Foi até ela, lentamente. Quando se tocaram, finalmente, ela viu que era ele, sólido como uma rocha.


 


-Rony!


 


-Oi. O que faz aqui?


 


-Vim investigar sua morte.


 


-Quê?


 


-Para todos em Hogwarts, você está morto. O que aconteceu?


 


-Naquela noite, eu desmaiei porque o feitiço de Malfoy foi muito forte. Eu fui levado ao hospital e fugi. Vim para casa, e aqui estou. E você? Ainda com o Malfoy?


 


-Sim. Agora, mais que nunca. O pai e os comensais que fugiram estão todos presos. Dumbledore está morto, Snape o matou...


 


-Quê?


 


-É. Os momentos que se seguiram foram muito piores, eu saí correndo, eu tinha acabado de imobilizar o Harry, fui capturada pelos comensais... Eu sei que Harry e o Draco não são muito próximos, era para o Harry estar morto, mas Draco o salvou.


 


Rony tocou o rosto de Hermione, ela tentou se proteger um pouco.


 


-Me diz. O que foi? Está com medo de mim? Eu sei, é estranho, mas eu estou aqui, não estou?


 


-É, está. Alguém já sabe a verdade? Você tem que dizer a todos que está vivo!


 


-Ah, é muito difícil.


 


-Eu te ajudo. Agora o sol raia, em menos de uma hora, sua mãe colocará o café na mesa. Vem comigo, eu mostro a todos. Vai ser bem mais...


 


-Não. Quero fazer um suspense. Quem sabe no casamento? É uma promessa. E será uma grande surpresa, para todos. Confia em mim, você vai ver.


 


-Eu confio. Agora, tenho que ir. De verdade, agora que já sei de tudo, não há mais necessidade de ficar aqui. Cuide-se, por favor, volte ao sótão. Você está seguro por lá, agora, vai!


 


-Não precisa se preocupar.


 


-Não acha que o Harry tem o direito de saber? Ele é seu melhor amigo, Rony!


 


-É muito...-ele suspirou.-Tá bem, pode contar. Cuida da Gina.


 


-Tá bem. Preciso voltar.


 


Ela usou a rede de flu para voltar. Apareceu bem na sala comunal dos monitores chefes. Draco lia o Profeta.


 


-Hermione!


 


-Oi, meu amor... Quero te pedir desculpas, te deixei só, logo agora...


 


-Não tem que pedir nada, tá tudo bem., Potter esteve aqui e me contou tudo. Mas e você? Encontrou algo sobre o Rony?


 


-Eu te disse que impedimenta náo mata, não é?


 


-Quê?


 


-Rony está vivo.


 


-Isso é excelente!


 


-Quê? Não!


 


-O que foi? Não está feliz por saber que o Rony tá vivo?


 


-Estou, claro, mas é que... Eu escolhi salvar você, lembra? Rony me pediu para deixá-lo, então o fim será com nós dois, juntos.


 


-É verdade.


 


Os dois se beijaram.


 


-E como vai tudo? Narcisa?


 


-Mamãe está bem. Fui lá ontem, tudo anda tão calmo... Aos poucos ela vai se acostumando, a ficar sem o velho nojento.


 


-É difícil, mas ela consegue,


 


-É verdade. A mamãe nunca teve, sabe, todo esse "orgulho por ser uma Malfoy", como o papai sempre teve, e durante meus primeiros anos, eu também. Agradeço a Merlin todos os dias, por ter você na minha vida. Seu jeito Granger de ser... Um jeito que eu não soube dar valor nos anos iniciais da escola, que eu desprezava mais que tudo nessa vida...


 


-Pare. Eu sei que é um desabafo, mas acho que vai te fazer mal. Ou então acalme-se. Ok?


 


Ele a puxou para mais um beijo. Agora que Rony estava vivo, o que seria?


 


Naquela manhã, após o café, Hermione foi falar com Harry.


 


-Hermione! Novidades?


 


-Tenho uma. O Rony tá vivo!


 


-Espera aí! Quê?


 


-É, eu sei, é assustador, mas é verdade! O RONALD TA VIVO! Não foi você que matou o Rony, não. Ele desmaiou apenas, naquele dia. O feitiço foi muito forte e... Acho que não preciso dizer mais nada.


 


-Posso contar para a Gina?


 


-Pode, mas foque na missão, ok?


 


-Tá bem, eu sei. Falando na missão...


 


-Vou falar com o Draco agora. Te vejo mais tarde.


 


-Te vejo mais tarde.


 


Ela usou uma lareira para ir até a Mansão dos Malfoy. Tinha que falar com Narcisa antes de falar com Draco.


 


-Hermione! Que bom te ver! Draco esteve por aqui ha alguns dias, encontrou algo de útil?


 


-Sim. Weasley está vivo.


 


-Oh, que maravilha! Mas eu sinto que mais alguma coisa a perturba.


 


-É verdade. Quando jovem, Voldemort criou seis horcruxes. Uma delas já foi destruída, ou até duas, o que quer dizer que, para matá-lo, ainda tem que ser destruídas as outras cinco. Estou preocupada, pois esta missão foi designada a Harry, por Dumbledore, e eu não acho justo deixar o Harry. Preciso ajudá-lo.


 


-Ah, já entendi. Você quer ir, mas para isso terá que deixar o Draco.


 


-É. Estou pensando na maneira mais simples de contar a ele, sem magoá-lo. O que não é justo é partir sem dar explicaação a ele... O que eu faço? Será temporário, eu sempre ajudei Harry...


 


-Eu sei, minha querida. Será doloroso para ele, mas... Quando você parte?


 


-No fim do mês que vem... Tenho que ir. Preparar Draco. Mantenha-o aqui até setembro, mande para Hogwarts, ao início de setembro. Ele estará seguro, tanto aqui, quanto lá. Pode ser?


 


-Claro. Draco é meu filho, faço o que for para sua proteção.


 


Ela voltou a Hogwarts.


 


-Hermione, onde estava?


 


-Na sua casa. Eu tinha que falar com sua mãe, antes de te falar qualquer coisa.


 


-Que foi?


 


-Quero que me escute antes, fale depois, tá? É que... Preciso que vá para casa no fim do ano. Fique por lá, e em 1o de setembro, volte para cá. Ok?


 


-Quê? É loucura!


 


-É, eu sei, não vou te ver por um tempo. Mas é só por um tempo, eu prometo.


 


-Acredito em você.


 


-Eu não queria ter que te deixar, de verdade, mas agora é por uma causa realmente necessária. A aventura só começa em julho, mas tenho que ir me preparando. Não é o fim, nem um adeus, até lá, nos veremos, eu te escrevo.


 


-Eu te entendo plenamente.


 


-Sério? Que ótimo. Eu te amo, mais do que tudo na vida, Draco.


 


-Eu também. Para onde vai?


 


-Para onde Harry e Rony forem em busca das horcruxes. Eu sei, é perigoso, mas vale a tentativa. Se destruirmos as horcruxes, é o fim de Voldemort, mas o fim mesmo, para sempre. Não se preocupe, durante as férias, sua mãe vai te ajudar a superar minha falta. E não se esqueça, é fundamental que você venha para cá, em setembro.


 


-Eu sei.


 


Os dias foram se passando. Finalmente, chegou o dia de ir para casa. Harry e Hermione sabiam da vida de Rony. Eles foram, cada um com seu plano, para casa.

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